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Dissertacao Elaine Leal.pdf - UEFS

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Academic year: 2023

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TRABALHO EM SAÚDE NO BRASIL: início século XX ao momento atual 21

POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS PARA O SUS 25

CONDIÇÕES DE TRABALHO: da infra-estrutura à capacitação 25

Com o advento do Programa Saúde da Família (PSF) em 1994, o mercado de trabalho se expandiu muito no Brasil. Para avaliar as condições de trabalho é, portanto, importante realizar uma análise da ergonomia do trabalhador (BRASIL, 1990). Portanto, é fundamental compreendermos que a política de educação e desenvolvimento em saúde para o SUS fez uso do conceito de Educação Permanente em Saúde, em substituição à ideia de Educação Continuada.

Na Bahia, existem oito polos de educação permanente baseados em critérios geográficos que têm como referência a regionalização adotada pelo Plano Diretor de Regionalização (PDR). O Polo de Educação Permanente da Bahia foi aprovado pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB) em janeiro de 2005; propõe ser uma estratégia de reestruturação da gestão e da prática assistencial em saúde, a fim de mudar a forma de realizar e organizar o trabalho, tendo como referência as necessidades de saúde da população, uma relação entre aprender a praticar no serviço (BAHIA, 2004b). Contudo, é necessário investir fortemente na formação de facilitadores de educação permanente em saúde, que estão em todas as instituições que fazem parte dos centros (BRASIL, 2006a).

ASPECTOS SOCIAIS DO TRABALHO: da (des) valorização ao

No SUS, as cooperativas de trabalhadores da saúde surgiram na segunda metade da década de 1990. O primeiro não apenas fornece mão de obra, mas também administra uma ou mais unidades de saúde da rede. Assim, para melhor compreender a integração dos trabalhadores do SUS – especialmente na atenção básica – nos PACS/PSF/ambulatórios e outros, e seus aspectos legais do trabalho, é necessário abordar a Política de Recursos Humanos (PRH) e contextualizá-la com o cenário político-econômico no Brasil.

A concepção da área de recursos humanos seguiu as mesmas políticas definidas para os serviços de saúde do país. Em seu relatório final, a VIII Conferência Nacional de Saúde apontou a necessidade de uma política de pessoal baseada nas seguintes diretrizes: isonomia salarial entre as mesmas categorias de profissionais do governo; remuneração adequada para os trabalhadores da saúde; cumprimento da carga horária contratual e estímulo à dedicação exclusiva; e dedicação de servidores aos usuários (CORNETTA; PEREIRA e LÈFÈVRE, 2001). Historicamente, as três Conferências Nacionais de Recursos Humanos em Saúde (BRASIL) destacaram alguns avanços e retrocessos nas políticas de gestão do trabalho e na formação e desenvolvimento dos trabalhadores de saúde do SUS, conforme descrito a seguir.

TIPO DE ESTUDO 40

Quanto à sua rede de serviços de saúde, é composta por 22 instituições de saúde, caracterizadas a seguir na tabela 2. TABELA 2 Distribuição das unidades de saúde conveniadas ao SUS no município de Cruz das Almas/BA, 2006. 2, O município de Cruz das Almas possui 22 unidades de saúde unidades, sendo sete USF, quatro localizadas na zona urbana e três na zona rural, que são a USF Pumba, a USF João Nascimento Borges e a USF Sapucaia.

O município mantém um Centro de Especialidades Médicas para atendimento de média demanda - um Ambulatório Municipal que presta serviços de exames e diagnósticos, além de um Ambulatório de Oncologia, Hematologia, Nefrologia e Endocrinologia, além do Centro de Assistência Psicossocial (CAPS). ), onde os usuários são auxiliados a cuidar de sua saúde mental. O estudo foi realizado no Ambulatório Municipal Dr Fernando Carvalho de Araújo, CAPS, USF Areal, USF Escola de Agronomia, USF Pumba, II Centro de Saúde, Posto de Saúde Tuá. Na escolha dessas unidades, levamos em consideração os critérios de inclusão na pesquisa, ou seja, unidades da zona urbana e rural, além do Posto Tuá, por se tratar de uma unidade móvel (ônibus adaptado com sala para consultas médicas e odontológicas) que viaja com trabalhadores de saúde, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentistas e outros com o objetivo de prestar assistência à saúde em diversas regiões da zona rural do município de Cruz das Almas.

Consequentemente, após a implantação do Programa Saúde da Família houve uma expansão da atenção básica, que passou de uma média de 15% da cobertura populacional total em 2001 para uma cobertura média de 43,65% em 2005 e se mantém até hoje. Na Tabela 1 vemos que Cruz das Almas possui 54 agentes comunitários de saúde no Programa Saúde da Família, sendo que 36 deles atuam na zona urbana e 18 na zona rural. Na zona rural há menor número de famílias cadastradas por equipe, convergindo com os dados do IBGE (2006).

Quanto ao número de trabalhadores da saúde no município de Cruz das Almas, a Tabela 3 a seguir apresenta sua distribuição por categoria profissional e tipo de vínculo empregatício. TABELA 3 Distribuição dos trabalhadores de saúde da atenção básica segundo categoria profissional e tipo de atuação, no Município de Cruz das Almas – BA, maio/2007. De acordo com a tabela 3, existem atualmente 200 trabalhadores de saúde nas unidades de saúde da Atenção Básica de Cruz das Almas, distribuídos nas seguintes categorias profissionais: ACS (132), agentes administrativos (11), serviços gerais (11), enfermeiros (10) e médicos. (10).

Devido à falta de padronização na nomenclatura por parte dos trabalhadores da saúde, consideramos competitiva a forma de ingresso em que os trabalhadores da saúde realizavam prova escrita.

FIGURA  1 Mapa  de  Localização  de  Cruz  das  Almas  Fronteira  com  Municípios  Vizinhos  (http:www.cruzdasalmas.com.br, acesso 20 jul
FIGURA 1 Mapa de Localização de Cruz das Almas Fronteira com Municípios Vizinhos (http:www.cruzdasalmas.com.br, acesso 20 jul

SUJEITOS DO ESTUDO 46

Inscrição: ORL no. = número do entrevistado; ID= idade; SEXO = gênero; TA = tempo de atuação profissional; CH. Destes, 16 são trabalhadores de saúde (grupo I), a maioria são mulheres, a idade média é de trinta e cinco anos, quatro enfermeiros, três médicos, um segurança, uma recepcionista, dois auxiliares de serviços gerais, dois mecenas. , um auxiliar de enfermagem e dois técnicos de enfermagem; e dois informantes-chave (grupo II). A maioria dos entrevistados está empregada há mais de um ano e seis meses; desses 18 entrevistados, quatro são servidores públicos e 14 são empregados.

TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS 47

As entrevistas foram realizadas no período de julho a agosto de 2007, guiadas por roteiros (Anexos A e B), instrumentos que possibilitaram controlar os palestrantes, sistematizar as perguntas e facilitar aos entrevistados falarem sequencialmente sobre o tema. Durante as entrevistas, utilizamos gravador, com autorização do entrevistado, como forma de garantir a gravação do depoimento com mais credibilidade. Para atender à Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 1996), sobre Diretrizes e Normas Regulamentadoras para Pesquisas Envolvendo Seres Humanos, o projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa/CEP-UEFS sob Protocolo nº 70/2007, recebido parecer endossado pelos membros do CEP em 18 de junho de 2007.

Com base nessas orientações, realizamos as entrevistas, precedidas da leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE (Anexo D). Os depoimentos são inseridos nos textos elaborados pela pesquisadora, acompanhados da identificação ao final de cada depoimento. Cada entrevistado recebeu uma identificação numérica em ordem crescente de cada entrevista realizada; ou seja, entrevistado 1, lido (Ent.1), entrevistado 2, lido (Ent.2) etc. visibilidade para a análise.

A segunda técnica de coleta utilizada foi a observação, entendida como a técnica em que o entrevistador “utiliza os sentidos para obter determinados aspectos da realidade, não apenas para ver e ouvir, mas também para investigar fatos ou fenômenos que se deseja estudar” ( MICHEL, 2005, pág. 48). O tipo de observação escolhida foi a sistemática (Anexo C), que segundo Rudio (1986) é realizada em condições controladas para responder a objetivos previamente definidos. Durante os meses de julho e agosto de 2007, realizamos observações em seis unidades de atenção primária (mostradas em negrito na Tabela 2), localizadas em áreas urbanas e rurais, mas escolhidas aleatoriamente.

Envolve consultar documentos, documentos pertencentes ao assunto sob investigação, para reunir informações úteis para a compreensão e análise do problema” (MICHEL, 2005, p. 39). Na busca por obter mais informações sobre o objeto estudado, seguimos o caminho metodológico proposto por Minayo (2004), e a partir daí organizamos o material com representatividade (a representação do universo pretendido), homogeneidade e pertinência, para que isso seja , os 08 (oito) documentos analisados ​​foram selecionados por serem apropriados para a discussão dos dados, por tratarem de situações de relações de trabalho. Nos extratos dos documentos analisados, eles são citados e identificados pelos seus respectivos números, com a seguinte configuração: documento 1, leia-se Doc.

MÉTODO DE ANÁLISE DE DADOS 50

Quadro 5 Síntese das falas dos entrevistados do grupo I – Trabalhadores da atenção primária à saúde de Cruz das Almas/BA, agosto/2007. 4 TRABALHO E QUALIDADE DE VIDA: (des)valorização e (in)satisfação dos trabalhadores da atenção primária à saúde. Por que algumas unidades de saúde da atenção básica apresentam melhores condições de trabalho em comparação com outras do mesmo município.

Princípios éticos como a benevolência, a não malícia, a justiça e a autonomia estão presentes no cotidiano dos trabalhadores da saúde e nas suas condições de trabalho. Porém, um avanço nas condições de trabalho dos trabalhadores da linha de frente da saúde em Cruz das Almas é que o gestor municipal de saúde está engajado na educação continuada, conforme depoimento do entrevistado 17. 2007, em que disponibilizou as seguintes vagas para a linha de frente da saúde trabalhadores: onze (11) para enfermeiros do PSF/PACS, um (01) enfermeiro psiquiátrico, oito (08) para médicos do PSF, três (03) para dentistas do PSF, um (01) psicólogo para o CAPS.

Mas será que os trabalhadores da saúde de Cruz das Almas conhecem os seus direitos trabalhistas? Ainda sobre a questão do acolhimento dos trabalhadores de saúde na atenção básica no município de Cruz das Almas/BA, o entrevistado 17 afirma que a. As condições de trabalho dos profissionais de saúde da atenção primária em Cruz das Almas foram classificadas como ruins pela maioria dos entrevistados.

A qualidade de vida no trabalho dos profissionais de saúde da atenção primária está relacionada com remuneração, alimentação, tempo livre. A insegurança laboral dos trabalhadores de saúde entrevistados inclui a questão do ingresso, do emprego, do PCCS, dos direitos. Os trabalhadores da saúde de Cruz das Almas necessitam de organização e mobilização sindical em prol de melhores condições de trabalho e direitos trabalhistas.

GRÁFICO 8 Conflitos nas relações de trabalho entre trabalhadores de saúde da atenção básica e da SMS Cruz das Almas: avanços e obstáculos. Então o que fazer face às relações laborais entre o Ministério da Saúde e os trabalhadores da saúde dos cuidados primários e a política de recursos humanos. É necessário estabelecer uma política municipal de avaliação dos trabalhadores da saúde que abranja as questões sociais e jurídicas e as condições de trabalho.

Título da pesquisa: Relações de Trabalho dos Trabalhadores da Saúde na Atenção Básica em Cruz das Almas/BA: avanços e obstáculos. Avanços e/ou obstáculos nas relações de trabalho dos trabalhadores da Saúde do SUS na Atenção Básica.

FIGURA 3 Situação de Implantação de Equipes de Saúde da Família, Saúde Bucal e Agentes  Comunitários de Saúde, BRASIL, jul
FIGURA 3 Situação de Implantação de Equipes de Saúde da Família, Saúde Bucal e Agentes Comunitários de Saúde, BRASIL, jul

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FIGURA  1 Mapa  de  Localização  de  Cruz  das  Almas  Fronteira  com  Municípios  Vizinhos  (http:www.cruzdasalmas.com.br, acesso 20 jul
FIGURA  2  Número  de  Equipes  de  Saúde  da  Família  implantadas  em  Cruz  das  Almas  -  BA
TABELA  1  Distribuição  de  Agentes  Comunitários  de  Saúde  por  Equipe  e  Cobertura  populacional do Programa de Saúde da Família
FIGURA 3 Situação de Implantação de Equipes de Saúde da Família, Saúde Bucal e Agentes  Comunitários de Saúde, BRASIL, jul

Referências

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