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DOCTUM REDE DE ENSINO

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Academic year: 2023

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O objetivo principal desta pesquisa é analisar as condições de prisão em flagrante de militares que atuam sob a exceção da ilegalidade de legítima defesa. A prisão em flagrante é uma das modalidades de prisão previstas em nosso ordenamento jurídico e se caracteriza pelo imediatismo entre o cometimento do crime e a prisão. Portanto, cabe à justiça militar entender que mesmo que um soldado cometa um crime militar e seja preso em flagrante, não haverá prisão, uma vez que o crime foi cometido nas condições permissivas que excluem a ilegalidade, a saber. Defesa pessoal

Há questões a serem exploradas neste ponto porque, embora amparadas em exclusões de ilegalidade em caso de prisão em flagrante, é necessária a imediata soltura do militar envolvido. Por fim, o ganho acadêmico se revela pelo aprofundamento dos conhecimentos sobre exclusão de ilicitude, prisão e flagrante delito e justiça militar, que serão essenciais para a aplicação prática na vida deste estudante de Direito. Quanto à metodologia utilizada, o primeiro capítulo será dedicado à prisão em flagrante em geral e à prisão em flagrante do exército estadual.

Concluindo, o terceiro e último capítulo será dedicado a delinear a prisão em flagrante do militar estadual que agiu de forma permissiva, amparada na exclusão da ilegalidade da legítima defesa. No momento em que o indivíduo comete ato ilícito e é preso em flagrante, conforme já mencionado, ele deverá prosseguir com mandado de prisão em flagrante, que formaliza a detenção do indivíduo.

A PRISAO EM FLAGRANTE

Diferença entre a prisão em flagrante e as prisões cautelares

Ora, se a prisão temporária e a prisão preventiva têm como objetivo garantir o bom andamento dos inquéritos policiais e a homologação da prisão em flagrante dependerá da análise realizada pela Autoridade Policial, podemos concluir que esta estará nas mãos do Chefe de Polícia. para verificar a necessidade de precauções. Por outro lado, antes de receber a forma definitiva da sentença penal, é imposta uma medida liminar de prisão. Segundo os ensinamentos do doutrinador Eugênio Pacceli: “a prisão antes da sentença transitar em julgado é sempre preventiva, é preciso não perder de vista os resultados finais do processo, que, no final, os últimos, são. razão de ser." 9.

Essa modalidade de prisão preventiva pode ocorrer durante a fase de inquérito policial ou mesmo durante o processo criminal, desde que atendidos os requisitos legais. É um instrumento de detenção eficaz durante todo o processo penal, ou seja, durante o inquérito policial ou na fase processual. Assim, a prisão preventiva será ordenada para garantir a aplicação da lei penal (à luz de indícios de intenção de fuga por parte do investigado ou do arguido), para conveniência da investigação criminal (à luz da probabilidade de o arguido vir a interferir livremente na prestação de depoimentos, principalmente através da intimidação de testemunhas) e com o objectivo de garantir a ordem pública e a ordem económica.

A prisão preventiva pode ser imposta como garantia da ordem pública, da ordem económica, para fins de investigação criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e provas suficientes da autoria. Além desses requisitos objetivos, a prisão preventiva também exige a coexistência de dois pressupostos óbvios: a prova da existência de um crime e a prova suficiente de autoria, que são, na verdade, requisitos da decretação de qualquer prisão preventiva. Já a prisão temporária é regulamentada por lei na Lei nº 7.690/89 e é considerada mais uma forma de prisão preventiva, que vigora durante o período do inquérito policial, ou seja, antes do início do processo.

1. A prisão temporária será utilizada: I – quando for imprescindível às investigações do inquérito policial; II – quando o réu não tiver residência permanente ou não fornecer as informações necessárias ao esclarecimento de sua identidade; III - quando houver razões válidas, baseadas em qualquer prova permitida pela lei penal, sobre a autoria ou participação do acusado nos seguintes atos criminosos (..). 15. Quando isso for essencial para as investigações do inquérito policial, aliado ao fato de existirem razões válidas, de acordo com as provas aceitas pela lei penal, da autoria e participação nos atos criminosos especificados no inciso III do art. Portanto, não basta para uma ordem de privação temporária de liberdade que a medida seja essencial às investigações do inquérito policial ou que o investigado não tenha residência permanente ou não forneça informações suficientes para identificação.

Por fim, a prisão em flagrante é uma forma de prisão preventiva ou preventiva nos termos da recente lei nº 12.403/11.

A PRISÃO EM FLAGRANTE DO MILITAR

Quando se trata de militares, as prisões em flagrante são tratadas de forma diferenciada devido à condição em que se encontram e eles são levados a um tribunal especial para ouvir e julgar esses casos. É importante entender quando é uma das modalidades de prisão e deve ser tratada como tal, pois limita a liberdade da pessoa e, no caso do militar, impede-a de continuar o serviço. De acordo com o artigo 22 do Código Penal Militar, são considerados militares aqueles que pertençam às Forças Armadas ou estejam sujeitos à disciplina militar: “Para efeitos de aplicação deste Código, é considerado qualquer pessoa que, em tempo de paz ou de guerra, alistado ou não nas forças armadas, para servir nelas em patente, ordem ou sujeito à disciplina militar.”19.

A justiça militar tem a seguinte conceituação, por ser considerada uma das instituições mais antigas do sistema jurídico. O Código de Processo Penal Militar tem a seguinte definição de prisão em flagrante como a forma como um soldado é apreendido em flagrante. Quando se tratar de crime geral, quando da apreensão em flagrante, seguir as regras gerais do ponto 1.1 deste capítulo.

No âmbito da lei processual militar, mais precisamente no artigo 245, sabe-se da elaboração do auto de prisão do militar em flagrante delito. É imprescindível ressaltar que a autoridade da Polícia Judiciária Militar, durante a elaboração do auto de prisão em flagrante delito, deve colher o máximo de informações probatórias possível e garantir todas as garantias constitucionais aos acusados. Além disso, nada impede que a prisão em flagrante seja convertida em prisão preventiva, desde que realizada dentro dos critérios da legalidade, como se depreende da jurisprudência citada.

De acordo com a hipótese específica prevista no Código de Processo Penal Militar, sempre que a liberdade do agente puder afetar a preservação dos princípios da hierarquia e da disciplina, o magistrado poderá transformar a prisão em flagrante em preventiva ou ordenar esta. A especificação prevista na legislação militar visava manter os pilares sobre os quais assentam as Forças Armadas. O aumento gradativo do consumo e posse de entorpecentes por militares, incluindo guardas armados como agentes, leva a uma atuação mais contundente da Justiça Militar da União, com o objetivo de prevenir o quartel, seus integrantes e, em última instância, colocá-los em perigo. análise, a própria sociedade.

Ressalte-se ainda que a prisão-captura não vincula a autoridade da Polícia Judiciária Militar com a obrigação de lavratura da prisão em flagrante, assim como a acusação não está vinculada à decisão da Polícia Militar. A investigação, mesmo a do juiz, não está necessariamente vinculada ao cargo de membro do Ministério Público caso haja recurso.

A LEGÍTMA DEFESA COMO EXCLUDENTE DE ILICITUDE

  • Amparo legal da legítima defesa
  • Características que confirmam a legítima defesa
    • Uso moderado dos meios necessários e injusta agressão
    • Iminência e atualidade da agressão
    • Meios necessários
  • A necessidade de exclusão da ilicitude do fato
  • O posicionamento do Superior Tribunal de Justiça Militar

Nesse sentido, a legítima defesa é de grande valia quanto à sua aplicabilidade no direito penal e no processo penal, podendo ser utilizada quando necessário para a correta avaliação da prática do crime. Desde inquérito policial, o reconhecimento da legítima defesa na prática do ato garante que o ato seja arquivado justamente porque se reconhece que não ocorreu crime, pois o ato é protegido pela legítima defesa. O artigo 44 do Código Penal Militar diz sobre legítima defesa: “É legítima defesa quem, com uso parcimonioso dos meios necessários, repele agressão injusta, real ou ameaçada, contra direito próprio ou alheio.28.

DEFESA JURÍDICA - NÃO PROVADA - EXTINÇÃO POR DANOS PENAIS - INCOMPETÊNCIA - SERVIÇO COMUNITÁRIO - LICENÇA - NOTIFICAÇÃO DO ART. Para que um arguido seja absolvido em julgamento sumário com base em legítima defesa, as provas devem ser claramente convincentes de que os actos que cometeu serviram para dissuadir uma agressão injusta, presente ou iminente, através do uso de força moderada e proporcional. É fundamental verificar se qualquer transgressão em legítima defesa será punida nos termos do parágrafo único do artigo 23 do Código Penal.

É necessária proporcionalidade entre a defesa empreendida e a agressão sofrida, uma vez que a legítima defesa foi introduzida para legalizar a proteção de um bem jurídico e não para punir o agressor. Acontece que o referido artigo 42 do Código Penal Militar estabelece que não há crime quando o policial comete o ato em legítima defesa. O militar que comete o crime sob a ordem de exclusão da ilicitude de legítima defesa não deve ser detido, pois agiu com conduta que, embora tipificada no Código Penal Militar, enquadra-se na exclusão da ilicitude de legítima defesa .

Ressalta-se que a legítima defesa nos casos de prisão de militar em flagrante refere-se ao entendimento de que não apenas a liberdade será preservada, mas a prisão deverá ser considerada como uma exceção à regra, em função da exclusão daqueles presente. ilegalidade. A partir da jurisprudência abaixo resumida, extraída do Supremo Tribunal de Justiça Militar, evidencia-se o caso de reconhecimento de legítima defesa dos envolvidos no Inquérito Policial Militar. Quando o inquérito policial militar apresenta as condições que reconhecem a atuação dos militares sob a égide da legítima defesa, não há motivos para não fazê-lo, como indica a corte marcial.

O Supremo Tribunal de Justiça Militar afirma categoricamente que, na falta de legítima defesa, a ordem de prisão contra o militar que cometeu a infração penal deve ser preservada. A inexistência do crime está diretamente relacionada à teoria tripartida do crime, na qual um fato para ser considerado crime deve ser típico, ilegal e culposo, com o reconhecimento da atuação dos militares sob exceção da legítima defesa. . não há necessidade de falar sobre cometer um crime. Ressalte-se que não há prejuízo à persecução criminal, uma vez que a decisão do delegado de polícia de libertar o acusado é uma decisão incerta que não obriga à compreensão do promotor ou do juiz que, percebendo que não é o caso de legítima defesa, os requisitos de autorização ainda poderão estar presentes, determinar a custódia do acusado e o processo prosseguirá.

Referências

Documentos relacionados

Em sentido oposto, contudo, é o entendimento da 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça. No caso, debateu-se, também a necessidade de instauração do IDPJ para fins