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Academic year: 2023

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¹ Eng. Agr., Estudante de Doutorado em Agronomia, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS. E-mail:huth.caroline@yahoo.com.br

2 Eng. Agr., Estudante de Mestrado em Agrobiologia, UFSM.

3 Estudante de graduação em Agronomia, UFSM.

4 Eng. Agr., Doutor, Prof. Dep. de Estudos Agrários, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, RS (UNIJUÍ).

5 Eng. Agr., Postdoc, Prof. Dep. de Fitotecnia, UFSM.

6 Eng. Agr., Ma., Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), UNIJUÍ.

7 Estudante de graduação em Agronomia, UNIJUÍ.

DOSES DE NITROGÊNIO E DE REGULADOR DE CRESCIMENTO NA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE Avena sativa EM ÁREA PÓS-

CULTIVO DE SOJA

Caroline Huth¹, Fabricio Fuzzer de Andrade2, Caren Alessandra Müller3, Cariane Pedroso da Rosa2, Gerusa Massuquini Conceição4, Sidinei José Lopes5, José Antonio Gonzales da Silva4, Jordana Schiavo6, Charleston dos Santos Lima7, Camila

Ceolin7

A aveia branca (Avena sativa L.) é uma espécie de grande cultivo no Sul do Brasil e utilizada amplamente para na alimentação animal, tanto na forma de pastagens cultivadas, bem como, de feno ou silagem e tem destino para a indústria alimentícia, na fabricação de cereais (FONTANELI et al., 2012). Além disso, é empregada em rotação de culturas no sistema de plantio direto para cobertura do solo, por ter uma elevada capacidade de produzir palha e uma relação C/N considerada alta (CBPA, 2006).

As plantas apresentam elevada concentração de nitrogênio em seus tecidos, além de estar presente nas estruturas de aminoácidos, ácidos nucleicos, na clorofila, inúmeras enzimas, tendo efeito direto no desenvolvimento da planta e nos componentes de rendimento (SANGOI et al., 2007; TAIZ e ZIEGER, 2013). Esse elemento é recomendado de acordo com o teor de matéria orgânica presente no solo, bem como, qual cultura antecedeu o seu cultivo. Além disso, como os fertilizantes nitrogenados podem ser perdidos por imobilização, volatilização e lixiviação, é recomendado o parcelamento da dose de nitrogênio em vários estádios da cultura, como no momento da semeadura e no momento do perfilhamento, sendo essa adubação recomendada para a aveia branca (ROLAS, 2004).

Anteriormente, na seleção de genótipos de aveia buscava-se plantas com elevado crescimento inicial e maior estatura (SILVA et al., 2005). Essas plantas, quando cultivadas nos atuais sistemas, com utilização de adubação nitrogenada apresentam elevado crescimento, resultando no acamamento das plantas, o que dificulta a colheita mecanizada das sementes (ZAGONEL et al., 2002). Assim, para diminuir o crescimento da planta são utilizados reguladores de crescimento, tal como o trinexapac-ethyl (KASPARY et al., 2015). O objetivo deste trabalho foi avaliar os indicativos de qualidade de sementes de aveia branca produzidas em área pós cultivo da soja sob diferentes doses de nitrogênio e de regulador de crescimento trinexapac-ethyl.

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Foram utilizadas sementes de aveia branca, cultivar Barbarasul, proveniente de área localizada no município de Augusto Pestana, RS, semeadas na terceira semana de junho de 2015, no delineamento de blocos ao acaso, em cobertura residual de elevada relação C/N, em sistema soja/aveia. Foi utilizada semeadora- adubadora na composição da parcela com 5 linhas de 5 m de comprimento e espaçamento entre linhas de 0,20 m, formando a unidade experimental de 5 m2.

Os tratamentos empregados no cultivo foram doses do regulador de crescimento (trinexapac-ethyl): 0, 200, 400 e 600 ml ha-1, e doses de nitrogênio: 30, 90 e 150 kg de N.ha-1, resultando em um bifatorial, totalizando 12 tratamentos. A aplicação do N ocorreu em duas etapas, parte na adubação de base juntamente com a semeadura e a outra parte no estádio fenológico de quarta folha expandida, com N disponibilizado na forma de ureia. O regulador de crescimento (trinexapac-ethyl) foi aplicado com pulverizador costal à pressão constante de 30 lb pol-2, pelo CO2

comprimido, com pontas de jato plano “leque”, seguindo a recomendação técnica para a cultura de trigo entre o estádio fenológico de 1º e 2º nó visível.

As avaliações fisiológicas foram realizadas na Universidade Federal de Santa Maria, no Laboratório Didático e de Pesquisa em Sementes, em Santa Maria, RS, em delineamento inteiramente casualizado, esquema bifatorial 3x4 (doses de nitrogênio e doses de trinexapac-ethyl).

Após a colheita efetuou-se a superação da dormência, para posterior realização das avaliações fisiológicas. Utilizou-se o método do pré-resfriamento à temperatura de 10°C, por um período de 5 dias (BRASIL, 2009). As avaliações fisiológicas foram:

Germinação: foram utilizadas quatro repetições de 100 sementes, as quais foram colocadas em rolos de papel germitest umedecidos a 2,5 vezes o peso seco do papel e mantidos em um germinador regulado à temperatura de 20°C. As avaliações foram realizadas aos cincos e dez dias após o inicio do teste conforme as RAS (BRASIL, 2009), sendo os resultados expressos em porcentagem de plântulas normais.

Comprimento de plântula: as sementes foram semeadas em papel germitest, onde foi umedecido com água destilada, na proporção de 2,5 vezes o peso do papel seco. Foram colocadas 20 sementes no terço superior da folha do papel, ficando no germinador à 20°C. As avaliações foram realizadas no sétimo dia após a semeadura, aonde foi mensurado o comprimento da raiz e o da parte aérea em 10 plântulas, tomada aleatoriamente.

Matéria Seca de plântulas: foram utilizadas quatro repetições de 10 plântulas retiradas do teste de comprimento de plântulas aonde foram acondicionadas em sacos de papel e colocadas em estufa com ventilação forçada, à temperatura de 60°C, durante 48 hora. Posteriormente, foi determinada a matéria seca das plântulas em balança analítica e o resultado foi expresso em gramas (g).

Foram verificadas a normalidade da distribuição dos erros através do teste de Anderson-Darling e homogeneidade das variâncias dos tratamentos através do teste de Bartlett das variáveis. Atendidos estes pressupostos, os resultados foram comparados pelo teste de Scott-Knott em 5% de probabilidade de erro, utilizando o programa Action (ESTATCAMP, 2011). Os dados que não atenderam aos pressupostos foram transformados pelo procedimento Box-Cox.

A análise da variância, através do teste F, revelou que houve efeito significativo para o fator regulador de crescimento (trinexapac-ethyl) e para a interação doses de nitrogênio x doses de trinexapac-ethyl para as variáveis primeira contagem e germinação (p< 0,05).

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No teste de primeira contagem (Tabela 1), as maiores médias foram nas interações de 90 kg de N ha-1, sem aplicação de regulador de crescimento e com aplicação de 200 ml ha-1, apresentando 90% de plântulas normais, e a maior percentagem no tratamento com 150 kg de N ha-1, com aplicação de 400 ml ha-1 de regulador de crescimento, com 92% de plântulas normais. A dose de 600 ml ha-1 do trinexapac-ethyl foi a que apresentou menor percentagem de plântulas normais, diferindo significativamente das demais doses de regulador na primeira contagem.

Para o teste de germinação (Tabela 1), de maneira geral, os resultados foram semelhantes à primeira contagem, na qual, na interação de 90 kg de N ha-1 nas doses de 0 e 200 ml ha-1 apresentaram as maiores médias de germinação, 91 e 93%, respectivamente, diferindo da dose de 600 ml ha-1 do regulador de crescimento. Para a dose de 150 kg de N ha-1, a maior média de germinação (92%) ocorreu com aplicação de 400 ml ha-1, diferindo das demais doses de reguladores de crescimento. No entanto, ao aumentar a dose do regulador de crescimento para 600 ml ha-1, ocorreu decréscimo na germinação, resultando em 79% de plântulas normais, diferindo significativamente das demais doses, independente das doses de N utilizadas. Resultados semelhantes foram encontrados por Kaspary et al. (2015), que observaram redução da qualidade fisiológica de sementes de aveia branca com o uso de regulador de crescimento, aplicado no estádio de primeiro nó visível da aveia branca. A menor qualidade fisiológica das sementes com utilização de regulador de crescimento pode estar relacionada a menor quantidade de reservas armazenadas, pela menor área foliar, e consequentemente menor capacidade de acumular fotoassimilados (ESPINDULA et al., 2010).

Com relação ao aumento das doses de N, não foi verificada diferença significativa entre os tratamentos para as variáveis primeira contagem, germinação, comprimento de parte aérea e massa seca de parte aérea e raiz. Esses resultados corroboram com os trabalhos de Kolchinski e Schuch (2004), avaliando sementes de aveia branca, assim como, Prando et al. (2012), trabalhando com sementes de trigo, não encontraram diferenças na qualidade fisiológica das sementes com o aumento da dose de N.

A variável comprimento de raiz apresentou efeito significativo apenas para doses de N, sendo que a maior média de comprimento de raiz foi observado na dose de 90 e 30 kg de N ha-1, com 17,4 e 15,9 cm, respectivamente, diferindo da dose de 150 kg de N ha-1 (Tabela 1). Já as demais variáveis, comprimento de parte aérea, massa seca de raiz e parte aérea não apresentaram interação entre os fatores doses de N e doses de regulador de crescimento, nem diferença significativa entre os níveis de cada fator. Sendo que o comprimento aproximado da parte aérea foi de 11 cm, e a massa seca de raiz e parte aérea foram 0,03 e 0,05 g planta-1, respectivamente.

Referências:

COMISSÃO BRASILEIRA DE PESQUISA DE AVEIA – CBPA. Indicações técnicas para a cultura da aveia. Guarapuava: Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária, 2006. 82 p.

ESPINDULA, M.C.; ROCHA, V.S.; DE SOUZA, L.T.; DE SOUZA, M.A.; GROSSI, J.A.S.

Efeitos de reguladores de crescimento na elongação do colmo de trigo. Acta Scientiarum Agronomy, v. 32, n. 1, p. 109-116, 2010.

ESTATCAMP. Action: versão 2.0. Licença pública geral. São Carlos: Estatcamp, 2011.

FONTANELI, R.S.; SANTOS, H.P.; FONTANELI, R.S.Forrageiras para Integração Lavoura- Pecuária-Floresta na Região Sul-Brasileira. 2a edição Embrapa Brasília, DF, 2012.

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KASPARY, T.E.; LAMEGO, F.P.; BELLÉ, C.; KULCZYNSKI, S.M.; PITTOL, D. Regulador de crescimento na produtividade e qualidade de sementes de aveia branca. Planta daninha, Viçosa, v. 33, n. 4, p. 739-750, 2015.

KOLCHINSKI, E.M.; SCHUCH, L.O.B. Relações entre a adubação nitrogenada e a qualidade de grãos e de sementes em aveia branca. Ciência Rural, Santa Maria, v.34, n. 2, p.379-383, 2004.

PRANDO, A.M. Formas de ureia e doses de nitrogênio em cobertura na qualidade fisiológica de sementes de trigo. Revista Brasileira de Sementes, Londrina v. 34, n. 2 p. 272-279, 2012.

SANGOI, L.; BERNS, A.C.; ALMEIDA, M.L.; ZANIM, C.G.; SCHWEITZER, C. Características agronômicas de cultivares de trigo em resposta à época da adubação nitrogenada de cobertura. Ciência Rural, v.37, n.6, p.1564-1570, 2007.

REDE OFICIAL DE LABORATÓRIOS DE ANÁLISE DE SOLO E DE TECIDO VEGETAL DOS ESTADOS DO RIO GRANDE DO SUL E DE SANTA CATARINA – ROLAS. Manual de calagem e adubação para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Porto Alegre, 2004.

SILVA, G.O.; BERTAN, I.; CARVALHO, F.I.F.; OLIVEIRA, A.C.; SILVA, J.A.G.; BENIN, G.;

HARTWIG, I.; FINATTO, T.;VALÉRIO, I.P. Parâmetros de avaliação da sensibilidade ao ácido giberélico em diferentes genótipos de aveia (Avena sativa L.). Revista Brasileira de Agrociência, Pelotas, v.11, n. 2, p. 155-159, 2005.

TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. 918p.

ZAGONEL, J.; VENANCIO, W.S.; KUNZ, R.P. Efeito de regulador de crescimento na cultura de trigo submetido a diferentes doses de nitrogênio e densidades de plantas. Planta Daninha, Viçosa, v. 20, n. 3, p. 471-476, 2002.

Tabela 1. Primeira contagem (%), germinação (%), comprimento de raiz e de parte aérea (cm) e massa seca de raiz e parte aérea (g pl-1) de plântulas de aveia branca em diferentes doses de nitrogênio e do regulador de crescimento trinexapac-ethyl.

Santa Maria, 2017.

Dose N (kg ha-¹)

Dose regulador de crescimento (ml ha-¹)

0 200 400 600 Média

Primeira contagem (%)

30 83 A a 85 A a 84 B a 78 A a 83

90 90 A a 90 A a 83 B b 65 B c 82

150 77 B b 80 B b 92 A a 82 A b 83

Média 83 a 85 a 86 a 75 b

CV% 5,48

Germinação (%)**

30 86 B a 88 B a 87 A a 83 A a 86

90 91 A a 93 A a 87 A a 70 B b 85

150 80 B b 84 B b 92 A a 86 A b 86

Média 86 a 88 a 89 a 79 b

CV% 12,62

Comprimento raiz (cm)**

30 16,04 15,72 16,56 15,61 15,98 A

90 17,42 16,84 16,31 19,32 17,49 A

150 14,61 15,27 14,85 14,63 14,84 B

Média 16,05 15,64 15,90 16,52

CV% 0,05

Comprimento da parte aérea (cm)**

30 10,73 10,42 10,85 10,43 10,61

(5)

90 10,64 11,60 10,87 10,77 10,97

150 10,89 11,46 10,37 10,47 10,80

Média 10,76 11,16 10,69 10,56

CV% 9,44

Massa seca de raiz (g pl-1)

30 0,0350 0,0350 0,0350 0,0350 0,0350

90 0,0350 0,0375 0,0350 0,0325 0,0350

150 0,0325 0,0375 0,0300 0,0300 0,0325

Média 0,0342 0,0367 0,0333 0,0325

CV% 16,18

Massa seca da parte aérea (g pl-1)

30 0,0525 0,0550 0,0575 0,0500 0,0538

90 0,0550 0,0600 0,0525 0,0500 0,0544

150 0,0550 0,0600 0,0550 0,0525 0,0556

Média 0,0542 0,0583 0,0550 0,0508

CV% 11,83

* médias não seguidas da mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna diferem pelo teste Scott-Knott em nível de 5% de probabilidade de erro.**dados transformados por Box Cox.

Referências

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