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Uma educadora transformadora Rosangela da Silva Alves (1963-2017): percursos para uma educação antirracista na cidade de Sorocaba

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Academic year: 2023

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Considerando que o racismo ainda está presente em todos os âmbitos da nossa sociedade, este trabalho visa trazer reflexões sobre como o legado de Rosangela da Silva Alves traz grandes lições para o desenvolvimento de uma educação antirracista. Considerando que o racismo ainda está presente em todos os âmbitos da nossa sociedade, este trabalho visa trazer reflexões sobre como o legado de Rosangela da Silva Alves traz grandes lições para o desenvolvimento de uma educação antirracista. LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional MOMUNES: Movimento de Mulheres Negras de Sorocaba NUCAB: Núcleo de Cultura Afro-Brasileira.

13 2. COMO ME DESCOBRI COMO NEGRA E ADMIRAÇÃO PELO TRABALHO DA MILITANTE E EDUCADORA ROSANGELE DA SILVA ALVES. A HISTÓRIA DE VIDA DA PROFESSORA ROSANGELE DA SILVA ALVES, COM FOCO NO SEU SUCESSO NA EDUCAÇÃO. O recorte que tentei fazer na vida da professora Rosangela foi seu legado acadêmico e profissional, baseado na pesquisa em mídias digitais, na entrevista que Rosangela concedeu a Marco Antonio Pereira para sua dissertação de mestrado, e em sua participação em eventos e projetos na cidade. de Sorocaba.

A pergunta que tentarei responder nesta pesquisa é: “Qual a importância e o legado da professora Rosangela da Silva Alves para uma educação antirracista?”. Admirar a obra da professora Rosangela Alves da Silva me fez pensar porque a sociedade é tão cruel com os negros e principalmente com as mulheres negras, visto que "a história negra no Brasil passou pela mesma estratégia de falsificação e negação e quando foi contada, foi de a perspectiva do outro e seus interesses” (MUNANGA, 2015, p. 31). No segundo capítulo, intitulado “Como me descobri negra e admirando o trabalho da militante e educadora Rosangela da Silva Alves”, apresento como a trajetória de Rosangela e sua atuação como educadora antirracista transformaram minha percepção de adolescente negra sem real faz referência ao que é ser negro.

No terceiro capítulo, intitulado “A história de vida da professora Rosangela da Silva Alves, com foco em sua atuação na educação”, pretendo apresentar os principais pontos da história da vida profissional da professora Rosangela da Silva Alves, com foco na obra dela. no campo da educação antirracista e como essa trajetória pode transformar a vida de nós mulheres negras. No quinto capítulo, intitulado “O legado da professora Rosangela para a concretização de uma educação antirracista”, buscarei descrever a trajetória da professora Rosangela no campo da educação antirracista, na qual se desenvolveu, no Centro Cultural Quilombinho . , um processo de educação de ação afirmativa que não foi implementado nas escolas conforme exigido por lei. Rosangela, uma mulher negra da cidade de Sorocaba, construiu um legado ao lado de outras mulheres negras que, como ela, insistem em enfrentar as barreiras criadas pela estrutura racista.

Na adolescência, em busca de amigos negros, comecei a acompanhar a coluna social da época, nos anos 90, que informava sobre os acontecimentos do Clube 28 de Setembro e sobre a ativista e educadora Rosangela da Silva Alves. Por todos esses motivos, foi de grande importância para mim acompanhar a trajetória da ativista e educadora Rosangela da Silva Alves. Rosangela Cecilia da Silva Alves nasceu em 24 de dezembro de 1963 em Boituva, interior de São Paulo, e faleceu em 12 de março de 2017.

Sua mãe lhe disse para nunca mais voltar para casa chorando e para responder e se orgulhar de sua cor quando a chamavam de "negra", para mostrar que ela tinha caráter e inteligência e que ela poderia fazer qualquer coisa. Outro fato importante na minha vida foi a formação do Coral das Mulheres Negras de Sorocaba. A ideia da professora Rosangela foi construir um olhar diferente aprendendo a cultura afro-brasileira, pois essa cultura faz parte da construção do nosso país, não apenas como povo escravizado.

A proposta da professora Rosangela de valorização da cultura afro-brasileira vai ao encontro da ideia de que somos seres formados na dialética entre o individual e o coletivo.

Figura 1: Representatividade possibilitou me descobrir negra e ter orgulho.
Figura 1: Representatividade possibilitou me descobrir negra e ter orgulho.

Nesta reflexão também encontramos a dialética entre o individual e o coletivo, mas desta vez na forma de uma polaridade; por um lado, empenhamo-nos na nossa interpretação (interpretamos-nos a nós próprios) e, por outro lado, procuramos uma co-interpretação da nossa experiência no diálogo com os outros. Só tive acesso a informações que me trouxeram entendimento lendo alguns livros do curso de Pedagogia em 2013. Quando se trata da questão racial, para os negros não é apenas uma questão socioeconômica, apenas intensifica a opressão racial como a discriminação baseada na cor.

No livro The Danger of a Single Story, da autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, li sobre a ideia de uma história única, na qual Chimamanda não apenas discorre sobre sua própria experiência, mas também cita outras histórias que ilustram como uma história unilateral vista pode nos limitar. Esses exemplos mostram como uma visão limitada de uma única história pode nos cegar para as nuances e complexidades de outras culturas e perspectivas. Para quem estuda o assunto, a interpretação da história bíblica que trata da maldição que Noé infligiu ao próprio neto promove o racismo religioso no país e a perseguição a religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda.

A universidade pública, por meio de algumas disciplinas, está tentando redemocratizar esses espaços acadêmicos com textos que explicam os processos vigentes na sociedade. 205, que estabelece o dever do Estado de garantir, indistintamente, por meio da educação, a igualdade de direitos para o pleno desenvolvimento de todos, seja como pessoa, cidadão ou profissional. Isso sempre esteve na pauta desses movimentos, embora tomado com diferentes significados: “agora visto como uma estratégia capaz de equiparar negros a brancos, dando-lhes igualdade de oportunidades no mercado de trabalho; ora como veículo de ascensão social e consequente integração; às vezes como um instrumento de consciência por meio do qual os negros aprenderiam a história de seus ancestrais.

Por exemplo, um choro que pode estar pedindo atenção e amor não é só dengo de criança negra. O negro ainda é a referência central de nossos atrasos e progressos históricos, a maior esperança na luta dos oprimidos pela criação de uma nova sociedade (FERNANDES, 1995, p.1). Considera a necessidade de investimento na formação de professores, aquisição de materiais, livros e apoio pedagógico, o que implica em compromissos com a construção de uma política pública de combate ao racismo em nível nacional.

Algumas pessoas ligadas aos Movimentos Negros de Sorocaba tentaram conversar com eles sobre o projeto por meio de diálogos após a morte, mas não chegaram a um acordo. O legado de Rosangela da Silva Alves é um exemplo inspirador para a construção de uma educação antirracista. Podemos seguir o exemplo deles e nos envolver em movimentos antirracistas, seja por meio de protestos, campanhas ou outras formas de ação.

Durante meus estudos, procurei me conectar com a negritude por meio de pessoas próximas à minha realidade em Sorocaba, como Rosangela e NUCAB, que visitei algumas vezes na UNISO, e também pelo meu interesse em conhecer as religiões matrizes africanas. . Qual a importância e qual o legado da professora Rosangela da Silva Alves para uma educação antirracista?”, não tenho dúvidas de que respondi minha própria pergunta, quero ser uma educadora que inspira e transforma, quero ser uma educadora que todos os slides lutam para que crianças negras conheçam sua história.

Imagem

Figura 1: Representatividade possibilitou me descobrir negra e ter orgulho.
Figura 2: O sonho de Rosangela se torna realidade.
Figura 3: Cineclube Quilombinho.
Figura 4: Na roda da capoeira, corpo e alma se misturam em um canto de liberdade.

Referências

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