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Efeito da exposição ocupacional aos anestésicos no DNA de anestesiologistas

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Academic year: 2023

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XXXI Congresso de Iniciação Científica

Efeito da exposição ocupacional aos anestésicos no DNA de anestesiologistas

Hector Roder Meira (aluno), Kátina Meneghetti de Souza (colaboradora), Mariana Gobbo Braz (colaboradora), Leandro Gobbo Braz (orientador), Câmpus de Botucatu, Faculdade de Medicina, - UNESP, Laboratório GENOTOX, e-mail: hector.acadêmico2@gmail.com; Programa de Iniciação Científica Júnior (Edital 07/2018 PIBIC ENSINO MÉDIO/CNPq).

Palavras Chave: Resíduos de gases anestésicos, genotoxicidade, teste do cometa.

Introdução

Os profissionais que atuam nas salas de operação e de recuperação anestésica estão sujeitos à exposição ocupacional aos resíduos de gases anestésicos (RGA), os quais podem ter efeitos tóxicos no organismo. Porém, há carência de dados na literatura brasileira em relação ao biomonitoramento da exposição ocupacional aos RGA. A avaliação de danos no material genético, avaliados pelo teste do cometa, é uma importante ferramenta de monitoramento genético, pois detecta lesões no genoma a partir de qualquer célula nucleada.

Objetivo

O objetivo do presente estudo foi avaliar os danos no DNA de anestesiologistas expostos ocupacionalmente aos RGA.

Material e Métodos

Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) e obtenção do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), o estudo observacional foi realizado em 60 médicos atuantes no Hospital das Clínicas da FMB-UNESP, de ambos os sexos, de acordo (ou não) com a exposição ocupacional aos RGA: 30 anestesiologistas (grupo exposto), com média de 16 anos de exposição aos RGA: isoflurano, sevoflurano, desflurano e óxido nitroso, e 30 médicos da clínica médica (grupo controle) não expostos ocupacionalmente. Amostras de sangue foram colhidas de todos os participantes para obtenção de células mononucleares (~ 95% linfócitos) que foram utilizadas para avaliação de danos no DNA pelo teste do cometa. Todas as amostras foram codificadas, imediatamente processadas sob luz amarela e posteriormente analisadas em teste encoberto.

Resultados e Discussão

Sessenta médicos foram recrutados para o estudo, mas houve exclusão de três indivíduos do grupo

controle (falta de dados) e os resultados foram analisados em 57 médicos. Os indivíduos dos dois grupos não diferiram quanto à idade, sexo e índice de massa corpórea (p > 0,05 – dados não apresentados). Não houve diferença significativa entre os grupos em relação aos danos no DNA (Tabela 1).

Tabela 1. Danos no DNA detectados em linfócitos periféricos pelo teste do cometa (X ± DP)

Parâmetro Grupos

Controle (n=27)

Exposto (n=30) Danos no DNA (u.a.) 0,31 ± 0,27 0,34 ± 0,30 u.a. = unidade arbitrária. p > 0,05

A literatura internacional é controversa em relação à possível genotoxicidade dos RGA em profissionais expostos.1-4 Nossos dados mostraram ausência de genotoxicidade dos RGA mais modernos atualmente utilizados em centro cirúrgico com sistema parcial de exaustão de gases. Ressalta-se que a avaliação foi realizada em células sanguíneas e não em tecido alvo.

Conclusões

A exposição aos RGA, nas condições do estudo, não induziu danos no DNA de linfócitos periféricos em anestesiologistas expostos. Entretanto, a redução da exposição e o aumento do biomonitoramento devem ser considerados até que mais estudos sejam realizados.

Agradecimentos

FAPESP e CNPq

__________________

1Izdes, S., et al. Arch Environ Occup Health. 2010, 65, 211-7.

2El-Ebiary, A.A., et al. Hum Exp Toxicol. 2013, 32, 563-70.

3Rozgaj, R., et al. Int J Hyg Environ Health. 2009, 212, 11-7.

4Szyfter, K., et al. J Appl Genet. 2016, 57, 343-8.

Referências

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