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Efeito da vinhaça na fitotoxicidade do herbicida tebutiurom utilizando organismo teste não alvo

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Academic year: 2023

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XXVIII Congresso de Iniciação Científica

Efeito da vinhaça na fitotoxicidade do herbicida tebutiurom utilizando organismo teste não alvo

André Luiz Pinheiro Dias, Paulo Renato Matos Lopes, João Vitor França Pirola, Rafael Simões Tomaz, Paulo Henrique Frata Ferreira. Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas, campus de Dracena, Engenharia Agronômica. andreluizegustavo@outlook.com

Palavras Chave: bioensaios, dose-resposta, índice de germinação.

Introdução

Em lavouras canavieiras, a utilização do herbicida tebutiurom é expressiva, sendo sua toxicidade moderada a extrema no solo, com tempo meia vida de até 15 meses, ou seja, alta persistência e relativo impacto nas propriedades físico-químicas e microbiológicas do solo1.

Em contrapartida a aplicação da vinhaça como fertirrigação melhora a estrutura físico-química do solo, proporciona maior capacidade de troca catiônica, eleva a capacidade de retenção de água e aumenta a atividade microbiana2.

Neste sentido, é importante investigar o efeito do tebutiurom e da vinhaça aplicados em solo cultivado com cana-de-açúcar com intuito de caracterizar o comportamento ambiental desta associação.

Objetivos

Avaliar o efeito da vinhaça na ecotoxicidade do herbicida tebutiurom a partir de uma curva de dose- resposta a partir de bioensaios de fitotoxicidade.

Material e Métodos

O preparo das soluções do herbicida tebutiurom (TBT) seguiu a bula do produto comercial Combine® 500SC (Dow AgroSciences). Essas soluções foram identificadas pelo número de vezes (x) referente a uma dose do produto, ou seja, 1x.

Assim, foram utilizadas doses de TBT sem e com adição de vinhaça: 2x; 1x; 0,5x; 0,25x; 0,125x;

0,0625x e zero.

Os testes de ecotoxicidade utilizaram sementes de alface (Lactuca sativa) como organismo teste não alvo com sete repetições3. Ensaios de controle positivo (CP) e negativo (CN) também foram realizados a fim de avaliar a sensibilidade do método.

Após o período de incubação, foram avaliados a germinação de sementes, o crescimento radicular e o desenvolvimento do hipocótilo. A partir da análise das medidas de germinação (%G) e de crescimento radicular relativos ao CN (%R), foi obtido o índice de germinação (GI) a partir da equação:

GI = (%G*%R)/100.

Resultados e Discussão

Os resultados revelaram que não houve germinação de sementes na dose 2x TBT, porém a vinhaça permitiu que algumas plântulas se desenvolvessem na dose 1x o que não ocorre no ensaio 1x TBT ausente de vinhaça.

A partir dos bioensaios de ecotoxicidade, foram estabelecidas curvas dose-resposta de acordo a dosagem de tebutiurom sem e com vinhaça a partir dos valores de GI.

Também, foi possível estabelecer a concentração de TBT que provoca efeito adverso em 50% (EC50) e em 90% (EC90) dos organismos-teste, no caso a alface. Para a análise sem vinhaça as doses de EC50 e EC90 foram estimadas em 0,22x e 0,97x, respectivamente. No entanto, na associação do TBT com a vinhaça foram observados os valores de 0,54x para EC50 e 1,10x para EC90.

Portanto, a utilização da vinhaça diminui o impacto negativo do tebutiurom na ecotoxicidade para sementes de L. sativa. Para EC50, o valor da dose foi maior que o dobro quando o herbicida esteve associado à vinhaça. Tal fato pode ser devido a este resíduo tornar as condições mais propícias ao desenvolvimento das plântulas pela sua composição rica em matéria orgânica e nutrientes, culminando em um maior desenvolvimento do organismo-teste e/ou na redução da ação do herbicida.

Conclusões

A utilização da vinhaça em associação ao tebutiurom reduziu a ecotoxicidade do herbicida no bioensaio, sendo necessária uma dose duas vezes maior para EC 50, ou seja, que provoque impacto negativo na metade das sementes - EC50.

Agradecimentos

À Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPe/UNESP), à Usina Caeté e ao GAIA (Grupo de Ação de Impactos Ambientais) da FCAT/UNESP.

____________________

1Rodrigues, B. N.; Almeida, F. S. Guia de herbicidas. 6.ed. v.1.

Londrina-PR: IAPAR, 2011. p. 697.

2Glória, N. A.; Orlando Filho, J. Aplicação de vinhaça como fertilizante. São Paulo: Coopersucar, 1983. 38 p.

3Morales, C. G. Ensayos toxicológicos y métodos de evaluación de calidad de agua: estandarización, intercalibración, resultados y aplicaciones. México: IMTA, 2004.

Referências

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