XXVIII Congresso de Iniciação Científica
Inclusão e o ensino de Astronomia para alunos com deficiência visual por meio de impressão 3D.
Angelo Marcos Moreira De Souza¹, Cláudio Luiz de Carvalho²
¹UNESP de Ilha Solteira, Faculdade de Engenharia, Licenciatura em Física.
marcosmoreiramg@gmail.com Bolsa núcleo de ensino Prograd.
²UNESP de Ilha Solteira, Faculdade de Engenharia, Departamento de Física e Química, carvalho@dfq.feis.unesp.br
Palavras Chave: Inclusão, deficiência visual, impressora 3D, conteúdo digital, autonomia, astronomia.
Introdução
O presente projeto consiste numa parceria entre a Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional e a UNESP de Ilha Solteira, que recebe em uma das salas do núcleo de ensino da mesma, alunos portadores e não-portadores de deficiência visual com o intuito de ensinar astronomia utilizando constelações impressas em uma impressora 3D.
Este recurso pode ser apresentado como um suporte para a inclusão na introdução de conceitos científicos e possibilitar o levantamento de questões relacionadas ao mundo da Ciência, analisando a utilização de recursos didáticos no processo de ensino e aprendizagem em ciências de alunos com deficiência visual (CERQUEIRA E FERREIRA 2000¹). Por meio deste também estabelecer que os alunos, com e sem deficiência visual, poderão interagir entre si em processos discursivos acerca dos conceitos astronômicos, a fim de tornar o projeto inclusivo (CAMARGO, 2005²).
Objetivos
a. Elaborar e conduzir atividades de ensino em astronomia de forma inclusiva para alunos com e sem deficiência visual utilizando constelações impressas por meio de uma impressora 3D.
b. Analisar o desempenho desse plano de ensino de forma com que possamos incluir nos horários das instancias de educação pública do município.
Material e Métodos
Os materiais didáticos foram produzidos no Laboratório de Astronomia da UNESP através de uma impressora 3D Cliver CL1, que ao reproduzir imagens em 3D permite que os alunos com e sem deficiência visual identifiquem as constelações que estão em contato. Foram impressos em Braile os nomes de cada figura tornando mais claro o entendimento das aulas realizadas. Estas que são ministradas em um dos núcleos de ensino de excelência, o Núcleo de Apoio ao Ensino de Ciências e Matemática (NAECIM), da Faculdade de Engenharia da UNESP de Ilha Solteira.
Resultados e Discussão
Conseguimos atingir o nosso objetivo de forma didática e inclusiva para todos. Empregamos a inclusão ao pedir que os alunos videntes fechassem os olhos, tocassem as imagens em 3D que reproduziam constelações, e depois discutissem com toda turma sobre as formas e características, onde estrelas com menos cintilância eram representadas em menor relevo e com mais cintilância em maior relevo, acompanhadas de seus nomes em braile como na Figura 1.
Figura 1. Constelação de Órion em 3D.
Conclusões
Através dos materiais didáticos tanto os alunos videntes quanto os com deficiência visual conseguiram assimilar as imagens das constelações e, desse modo, a interação e discussão entre a turma facilitou a compreensão dos assuntos abordados durante as aulas.
Agradecimentos
Os autores agradecem a Prograd e o DFQ pelo suporte.
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¹ Cerqueira, J.B. e E. de M.B. Ferreira (2000). Os recursos didáticos na educação especial. Revista
Benjamin Constant, 1, 15. Em:
http://www.ibc.gov.br/?catid=4eitemid=57.
² E.P. Camargo, O Ensino de Física no Contexto da Deficiência Visual: Elaboração e Condução de Atividades de Ensino de Física para Alunos Cegos e com Baixa Visão. Tese. Doutorado em Educação, Faculdade de Educação, UNICAMP, Campinas, 2005.
