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Ensaios sobre método, educação e ensino.

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Academic year: 2023

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Gostaríamos de expressar nossa gratidão aos professores e alunos da Graduação em Filosofia e da Pós-Graduação em Fundamentos da Filosofia: Conteúdo e Método da Universidade Estadual de Roraima, que de uma forma ou de outra colaboraram na produção deste trabalho. Agradecemos também à Editora e à direção da Universidade Estadual de Roraima pelo apoio no desenvolvimento deste projeto.

A CRÍTICA POPPERIANA AO MODELO INDUTIVISTA

Uma observação ou resultado de um caso particular refere-se apenas a esse caso particular, na situação em que ocorre. Mesmo que um comportamento regular ocorra em uma experiência ou observação de um fenômeno, ele não pode ser considerado como tal.

Etapas do Método Hipotético-Dedutivo de Popper

Para ele, essa previsibilidade, possibilitada pela aceitação do método indutivo como método utilizado pela ciência, não se justifica.

Problemas e Conjecturas

O Falsificacionismo

Os indutivistas usavam a experimentação como critério de verificação, ou seja, para que uma teoria científica seja verdadeira, ela deve ser comprovada por um certo número de testes. Quando se afirma que uma teoria pode ser falsa, suas possíveis limitações foram colocadas em jogo e, portanto, é provável que seja testada.

A Concepção de Ciência a Partir do Método de Popper

Assim, a tentativa de eliminar os erros de uma dada teoria leva naturalmente à necessidade de uma nova teoria que se considere mais completa que a anterior. O que Popper demonstra é que o surgimento de uma nova teoria não necessariamente inutiliza a anterior, mas tenta explicar a mesma realidade das anteriores, portanto cobre parte da velha teoria.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presunção de que um determinado número resolve problemas melhor do que seus concorrentes está mais próxima da verdade. A reestruturação do pensamento científico proposta por Popper nos permite olhar para a ciência de uma maneira diferente.

Existem várias formas de conhecimento em nosso mundo, mas a ciência talvez seja um conhecimento que deve constantemente buscar uma explicação sobre seus limites. A partir disso, passamos a olhar para a ciência como um saber em constante construção, o que nos permite explicar, ainda que provisoriamente, alguns problemas que enfrentamos no dia a dia, aos poucos.

O CONCEITO DE VERDADE NA EPISTEMOLOGIA DE KARL POPPER E

THOMAS KUHN

INTRODUÇÃO

Dessa forma, as duas teorias separam o conhecimento de suas estruturas, com Popper, por um lado, criando um método baseado em pressupostos, que surgem da seleção e teste de hipóteses de um determinado fenômeno a ser observado; enquanto Kuhn, por outro lado, desenvolve uma metodologia em que o paradigma serve de modelo a ser seguido pelos cientistas, mas que pode ser superado a qualquer momento na forma de uma revolução científica. Atendendo aos objetivos deste estudo, vale ressaltar que a metodologia utilizada foi puramente bibliográfica, baseada em um método descritivo.

A EPISTEMOLOGIA DE KARL POPPER

Portanto, as teorias, segundo o epistemólogo, devem ser submetidas a rigorosos experimentos e confrontadas com dados e outras teorias, nesse sentido ressalta-se que uma teoria científica só pode ser considerada verdadeiramente científica quando está sujeita à falsificação. Popper (2003, p. 299) afirma que: “Podemos dizer que uma teoria que não foi realmente refutada pelos testes aos quais as novas, ousadas e impossíveis previsões que ela faz será uma teoria. validado pelos mesmos testes.testes".

THOMAS KUNH E O MODELO DE CIÊNCIA

Na ausência de um paradigma, todos os eventos relevantes são partes fundamentais no desenvolvimento de uma ciência (KUHN, 1991). No entanto, essa transição de um paradigma para outro está longe de ser simples e amigável dentro da comunidade científica, pois os membros mais antigos não permitirão que o paradigma seja abandonado em favor de um novo.

A QUESTÃO DA VERDADE NAS EPISTEMOLOGIAS DE POPPER E KUHN

Para Popper, portanto, como pudemos verificar, chegar à verdade indubitável por meio da ciência é improvável, justamente porque não podemos perceber o conhecimento absoluto como tal, mas apenas provisoriamente, já que não há condições (ou critérios) no conhecimento humano. , para demonstração da verdade absoluta. Nesse sentido, mesmo no nível da ciência normal, não há verdade absoluta, pois ela é posta à prova a cada novo experimento, a cada nova proposição hipotética. Kuhn, por outro lado, justifica o conhecimento científico por meio de estruturas modelo, que constroem todo o "mundo" de uma determinada ciência, ou seja, o modelo (paradigma) é a própria forma de operar dentro da ciência.

O Anarquismo Teorético de Paul Feyerabend: As Contribuições da Ciência

A EPISTEMOLOGIA ANARQUISTA DE FEYERABEND

Um exemplo disso é que o desenvolvimento de uma determinada ciência requer a formulação de “[..] hipóteses ad hoc, ou hipóteses que contradizem resultados experimentais bem-sucedidos” (FEYERABEND, 2011, p. 38). Para o desenvolvimento da ciência é necessário trabalhar contra-indutivamente, como enfatiza Feyerabend (2011, p. 43): “Examinar o princípio sem detalhes concretos significa traçar as consequências de contra-regras que se opõem às conhecidas regras do empreendimento científico". Se basearmos nossas avaliações em padrões aceitos, tudo o que podemos dizer sobre esta pesquisa é que 'vale tudo' (FEYERABEND, 2011, p. 51).

As Críticas de Feyerabend à Karl Popper e Thomas Kuhn

A ciência encontra limitações em sua busca pela verdade quando se depara com teorias que não podem ser medidas e são inexplicáveis, como as teorias metafísicas. O aumento do conhecimento ou, mais especificamente, a substituição de uma teoria abrangente por outra envolve tanto perdas quanto ganhos. Portanto, segundo o entendimento de nosso filósofo, Popper e Kuhn não fizeram uma verdadeira descoberta, simplesmente aperfeiçoaram o que já estava pronto, dado pela tradição e pela modernidade.

A Influência da Ciência na Sociedade Democrática

Para Feyerabend (2011, p uma sociedade livre é aquela em que todas as tradições têm direitos iguais e acesso igual aos centros de poder). democrático, pois "[..] transforma as pessoas vivas em escravos bem treinados de sua própria visão seca da vida" (FEYERABEND, 2011, p. 15) Para que esse processo se desenvolva "[..] as tradições se desenvolvem livremente lado a lado, exatamente como é, em qualquer caso, exigido pela provisão básica de uma sociedade livre” (FEYERABEND, 2011, p. 132).

O ensino e o currículo de filosofia no Brasil: Uma Reflexão sobre a

Contribuição da Filosofia para a Educação

Nesse sentido, a Filosofia torna-se conhecimento essencial para esse desenvolvimento crítico do ser humano, pois apresenta as condições que o pensamento humano criou ao longo da história humana. Também é importante afirmar que as contribuições a serem apresentadas aqui não pretendem ser um fim em si mesmas, mas o que se propõe é discutir criticamente o ensino de filosofia e sua interação com a história da filosofia. Entretanto, tal aula necessita da mediação do professor de filosofia para que o processo ensino-ensino tenha o sucesso esperado, contribuindo efetivamente para a compreensão do mundo e de seus problemas.

O ENSINO DE FILOSOFIA NO BRASIL: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA

A instrução filosófica deve ser guiada tanto pelo estudo da história da filosofia quanto pela discussão de temas filosóficos pertinentes à vida cotidiana. A ideia de ensinar filosofia é ajudar o indivíduo a despertar para as questões cotidianas de forma eficaz, tornando-se condizente com a sua realidade. Dessa forma, o ensino de filosofia foi capaz de fornecer tanto ao professor quanto ao aluno ferramentas intelectuais úteis para o conhecimento e interpretação de situações cotidianas.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PENSAMENTO FILOSÓFICO

Isso pode parecer um tanto vago, mas não é exagero considerar que a ciência se manifesta como conhecimento filosófico no pensamento ocidental primitivo. Segundo Garcia (2008), ao passo que o indivíduo é capaz de compreender a si mesmo como ser humano, ele tem consciência de seus direitos e deveres e da importância de participar das ações do Estado, levando-nos a pensar que a filosofia faz uma ligação entre experiência diária e a atividade do pensamento. Tudo isso nos faz perceber que o pensamento filosófico tem estreita relação com a cidadania, pois “[..] seu desenvolvimento depende de uma autoconsciência que nos coloca no mundo em um processo de relação com os outros de nossos direitos e deveres” (GARCIA, 2008, p. 01).

A PRÁTICA FILOSÓFICA NA ESCOLA

Inicialmente, vale ressaltar que a formação do professor não deve refletir única e exclusivamente sua prática pedagógica e profissional, mas também o que gira em torno das correntes filosóficas da educação e do seu ensino, a realidade social e demais aspectos da educação em geral. Refletir sobre a prática docente no contexto educacional atual significa, nesse sentido, estar atento às mudanças nas diversas esferas da sociedade, para assimilá-las e relacioná-las a essa nova visão de educação. Inclui também a constatação de que “[..] respeitar e valorizar os saberes dos alunos, integrando e ampliando esses saberes, constituem a essência e a finalidade da educação básica” (BRASIL, 2004, p. 51).

FILOSOFIA EM SALA DE AULA: NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ENSINO EM GERAL

Portanto, o ensino de Filosofia no ensino médio é de grande importância para a compreensão de uma educação libertadora, uma educação que não esteja apenas relacionada aos vínculos e planos do capital. Portanto, acredita-se que um dos muitos papéis relacionados ao ensino de Filosofia nas escolas hoje é o de contribuir para a formação social, cultural e política do indivíduo. O ensino de filosofia no ensino médio em escolas públicas do Distrito Federal: história, práticas e sentidos em construção.

A filosofia no ensino médio: A Prática Filosófica como uma Ação

Contemporânea

Nas atuais condições modernas, a questão do ensino e aprendizagem da filosofia nas escolas secundárias tem sido uma preocupação de muitos pesquisadores educacionais. Nesse contexto, o ensino de filosofia para o ensino médio tem, segundo alguns, se firmado como complexo, irreal e desnecessário para a vida prática. Nesse contexto, o papel da filosofia está relacionado e pode, a partir de qualquer posição, ajudar a iniciar a cooperação entre as diversas perspectivas teóricas e pedagógicas que compõem o universo escolar (BRASIL, 1999, pp. 328329). ).

FILOSOFIA E OS DESAFIOS DE SUA DOCÊNCIA NO ENSINO MÉDIO

De qualquer forma, na busca por respostas, é comum que professores de filosofia ouçam perguntas como: Por que filosofia? No entanto, é razoável clarificar o papel do professor no ensino da Filosofia no ensino secundário, pois não se pode assumir que o aluno deste nível profissional, no atual ambiente educativo fragmentado e deficiente, Terá, portanto, uma função predominantemente educativa que antecede o próprio projeto de ensino de filosofia.

O ENSINO DA FILOSOFIA E A PROBLEMÁTICA FILOSÓFICA

Na verdade, sua proposta envolve deslocar a atenção que costuma ser dada à tematização do ensino de filosofia para pensar a angústia de um professor encarregado de ensinar filosofia. Valendo-se de Nietzsche, Adorno e Lyotard, Pagni (2004) argumenta que esse modo de pensar seria pautado por uma atitude de oposição ao modelo de pensamento instituído sobre o ensino de filosofia. Como se vê, para pensar criticamente a profissão de professor de filosofia, a que se refere Pagni (2004), pode-se continuar buscando respostas na literatura específica sobre o ensino de filosofia.

A DISCIPLINA DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO COMO PROBLEMA FILOSÓFICO

Método e conteúdo se complementam no ensino de filosofia e no próprio filosofar, ou seja, ensinar o conteúdo de filosofia é ensinar a filosofar e ensinar a filosofar é ensinar a partir do método filosófico. E acrescenta que é essencial que os alunos aprendam três níveis de pensamento nas aulas de filosofia. Ensinar filosofia no limiar da modernidade: o que faz um filósofo quando sua função é ensinar filosofia.

Referências

Documentos relacionados

A principal contribuição do presente estudo foi a análise e extração de dados dos artigos da área para entender como podemos auxiliar professores na identificação de estudantes