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ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INTEGRAL: uma visão além da oferta ampliada de tempo

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Academic year: 2023

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A partir dessas reflexões, surgem os seguintes questionamentos: qual a diferença entre escola de tempo integral e educação em tempo integral. Para estruturar essas diferentes possibilidades atribuídas à escolarização em tempo integral, buscamos entender como a história da educação em tempo integral no Brasil contribui para a evolução da educação nacional. Muitas normas e leis trazem a educação integral como chave para as mudanças educacionais, como o objetivo 6 do Plano Nacional de Educação – PNE, que é o ponto principal para a orientação de novas escolas de tempo integral.

Assim, a educação inclusiva deve acontecer em diferentes espaços e tempos ao longo da vida, pois sempre há aprendizagem por meio das relações. A educação inclusiva ocorre em diferentes espaços e tempos, tendo em conta todos os tipos de aprendizagem ao longo da vida. Portanto, quando abordamos a escola de tempo integral, aquela com carga horária ampliada, abordamos a educação integral.

Assim, dada a valorização histórica da educação integral no país, chegar-se-á à “porta” que se abrirá para uma nova história da educação no Brasil.

Definição e adaptação do currículo para uma educação integral/de tempo integral

Diferentes fatores socioeconômicos, políticos e culturais contribuem, portanto, para que o currículo seja entendido como: (a) os conteúdos a serem ensinados e aprendidos; (b) experiências escolares de aprendizagem a serem vividas pelos alunos; (c) planos pedagógicos elaborados por professores, escolas e sistemas educativos; d) os objetivos a serem alcançados por meio do processo de ensino; (e) os processos de avaliação que acabam por influenciar os conteúdos e procedimentos escolhidos nos diferentes níveis de escolaridade. Assim, para um currículo de sucesso, são esperadas intenções de ensino em que os componentes curriculares sejam associados aos saberes e à cultura do aluno, culminando em suas vivências e vivências. Portanto, ao se pensar o currículo escolar em tempo integral, a realidade do aluno, da escola e da comunidade é levada em consideração e ajustada para que haja oportunidades de aprendizagem para o aluno através da realidade da escola, ou seja, o que a escola é capaz é oferecer.

Os Novos Paradigmas acreditam que a educação deve acontecer de forma contextualizada e articulada para o universo sociocultural das cidades e comunidades, de forma que os currículos reflitam esse contexto e compartilhem sua intencionalidade com a comunidade. Tal concepção de ensino e aprendizagem exige que a escola esteja aberta ao seu entorno, construa novos espaços de aprendizagem, dinamize a forma de ensinar, não só na oferta de atividades extracurriculares, mas também nas formas de fazer e aprendizado. aprender. . Trazendo para a realidade do aluno, uma simples visita a uma praça pode gerar uma atividade de integração entre ciências, na qual serão trabalhadas não só as disciplinas básicas, mas também os hábitos de quem visita a praça, o profissionais que ali trabalham e quais as políticas governamentais que permitem a existência da praça.

Essas visitas a locais públicos e privados não só podem fazer parte do currículo escolar, mas também devem fazer parte do currículo. Em 2014, foi aprovado o Plano Nacional de Educação (NEP), que estabelece vinte metas para a educação e estabelece como meta 6: "Fornecer educação em tempo integral em pelo menos 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de modo a atender menos 25% (vinte e cinco por cento) dos alunos da educação básica” (BRASIL, 2014, p. 1). Dentre elas, a estratégia de: “6.4 promover a articulação da escola com diferentes espaços educativos, culturais e esportivos e com equipamentos públicos, como centros comunitários, bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, teatros e planetários” (BRASIL, 2014, pág. 1).

Aqui também vale citar ocasiões em que a comunidade entra na escola, ou ainda, em que as escolas entram nas escolas, que oferecem integração entre culturas e saberes, e permitem que os alunos se descubram, em todos os ângulos e possibilidades. Esses são exemplos simples de como o currículo escolar pode ser ampliado de forma qualitativa, bem como espaços e possibilidades, que permitem novas experiências, agregam novos significados ao aprendizado. Cabe aos educadores observar a cultura local da comunidade escolar, as oportunidades que os cercam e como incorporá-los ao currículo escolar.

A necessidade dos currículos: formal e oculto

Eles também reforçam a necessidade de discussão e reflexão permanentes para planejar o currículo formal e oculto. Dessa forma, eles podem expressar suas ideias, comunicar-se entre si e com os alunos, entender que é um trabalho conjunto entre todos que fazem parte da escola. Prado (2003) enfatiza a necessidade da formação continuada dos professores, e essa necessidade deve ser estendida a todos os professores profissionais.

O autor aponta que, quando a informação chega a qualquer momento, os alunos ficam mais curiosos e questionadores. Assim, professores - e educadores - devem estar sempre preparados para certas "improvisações", que surgirão das dúvidas dos alunos. Portanto, compreende-se a necessidade de educação continuada e estar sempre atento a todas as dúvidas e observações dos alunos.

Quando você está preparado e atento, é mais fácil criar um currículo formal e um currículo oculto. Para Libânea (2014), as diretrizes curriculares do Ministério da Educação - MEC dividem-se em aprendizagem sociocultural, que tem como foco as relações e saberes não sistematizados, e aprendizagem formal. Libâneo (2014) enfatiza claramente a necessidade de combinar o conhecimento sistematizado com o conhecimento informal, valorizando tanto a ciência quanto a experiência para formar novos conhecimentos.

Falar de qualidade social da educação é falar de uma nova qualidade quando alunos e professores aprendem juntos a mudar o mundo a partir da leitura do mundo. Quando você conhece/aprende sobre outras culturas, você aprende sobre os outros e sobre si mesmo, você lê o mundo de novo. Desta forma, tendo em conta a ligação entre as ciências naturais, a interculturalidade e o multiculturalismo, será desenhado um currículo que combine a educação formal e não sistematizada e utilize o tempo de ensino, seja dentro ou fora da escola.

Dificuldades e necessidades da escola pública de tempo integral

6.3) institucionalizar e manter, em cooperação, um programa nacional de ampliação e reestruturação das escolas públicas, mediante a instalação de quadras poliesportivas, laboratórios, inclusive de informática, espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e equipamentos outros, bem como a produção de material didático e a formação de recursos humanos para o ensino em tempo integral; 6.4) promove a articulação da escola com diversos espaços educativos, culturais e desportivos e com equipamentos públicos, tais como centros comunitários, bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, cinemas e planetários; 6.8) garante educação em tempo integral às pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou talentos na faixa etária de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos, prestando atendimento educacional especializado complementar e suplementar em salas de recursos multifuncionais do própria escola ou de instituições especializadas;

Além disso, Limonta e Santos (2013, p. 49) chamam a atenção para uma visão da escola de tempo integral que deve se desviar do caráter assistencialista:. O objetivo principal da escola de tempo integral não pode ser tirar as crianças das ruas, esse caráter caritativo é fruto de um projeto político-pedagógico educacional. A escola de tempo integral é um projeto político confundido com assistencialismo, como resposta a demandas sociais.

Dessa forma, a escola de tempo integral deve focar no aluno, em suas necessidades de aprendizagem, oferecendo-lhe interação com o mundo. seja por vivências cotidianas, seja por conhecimento sistematizado, baseado em aprendizados contemporâneos e/ou inovações tecnológicas, nos mesmos e/ou em novos espaços. Como toda escola, a escola de tempo integral deve ter, entre outros objetivos: 1) educação para e pela cidadania; 2) criar hábitos de estudo e pesquisa; A autora destaca ainda que o processo de socialização do aluno significa o contato com a cultura institucional da escola e o contexto social em que está inserido.

O que pode ser contraditório para o aluno, pois ele vivencia uma realidade diferente fora da escola. A mesma classe que não fornece políticas públicas e recursos para suprir essas necessidades é a mesma que os utiliza para se eleger e promete a escola pública de tempo integral como solução para todas essas carências. Mais uma vez, apesar de os autores retratarem a atualidade das últimas décadas do século XX, na realidade atual não há diálogo suficiente entre a escola e a comunidade, o que ainda é causa de muitos problemas da escola pública.

Estratégias para o desenvolvimento da escola de tempo integral

O documento continua demonstrando as situações de implantação da educação integral em escolas no Brasil que deram certo, de forma que essas instituições inovaram na forma de realizar a educação integral. A escola de tempo integral gira em torno da diversidade, seja no currículo ou nos espaços. É tempo de discussão, amplo debate e esforços para chegar a um acordo em todas as instâncias, federal, estadual, municipal e da sociedade civil; A educação integral não é um tema novo nas políticas públicas relacionadas à educação.

Sobretudo do ponto de vista da historicidade da educação integral no Brasil, que anda em um ritmo muito lento. Já existem metas e estratégias, recursos financeiros, mudanças curriculares e sobretudo gestão escolar que iniciaram a luta por uma escola de tempo integral de qualidade, mesmo com as dificuldades impostas. Levando em conta os estudos realizados, entende-se que a ligação entre educação em tempo integral e escola em tempo integral deve ser observada, pois uma remete à outra, apesar de suas concepções serem diferentes.

A educação geral sempre acontece e ocorre dentro da escola de tempo integral, tanto de forma sistemática quanto informal. Devem ser consideradas as considerações históricas da educação integrada no Brasil para a formação de uma escola de tempo integral de qualidade. O currículo escolar em tempo integral deve ser elaborado de forma que os alunos adquiram novas experiências e integrem ciência e aprendizado informal.

A escola pública enfrenta diversos desafios para alcançar seu objetivo de se tornar uma escola de tempo integral, inclusive assumindo um papel assistencialista, mas se transformou, adquiriu estratégias que ampliam o conhecimento, com foco na formação de cidadãos que farão a diferença na sociedade no futuro. Dessa forma, a base da escola em tempo integral não é a extensão do horário, é apenas um resultado. A partir dessas diversas medidas e estratégias inter-relacionadas, a escola torna-se uma escola de tempo integral e a educação em tempo integral torna-se a essência da educação no Brasil.

Companhia Teatral Caixa de Pandora: uma experiência de educação estética na Escola Municipal de Educação Integral Monteiro Lobato. Instituir o programa Mais Educação, que visa promover a educação integral de crianças, adolescentes e jovens por meio do apoio a atividades socioeducativas no contraturno escolar.

Referências

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