Sociedade Brasileira de Química (SBQ)
35a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química
1P 2P
4P 3P 5P
6P 8P 7P 9P
10P 11P 12P
14P13P15P16P 17P18P20P21P23P19P22P 24P25P 27P26P
1R 1R 3R 4R4R
6R 7R
8R 9R
1C2C
3C 4C
11R10R
-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7
PC1: 33,3%
-8 -6 -4 -2 0 2 4
PC2: 20,2%
52Cr 55Mn 58Ni
59Co 63Cu
75As 82Se 88Sr
95Mo
121Sb 208Pb 137Ba
-1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0
PC1 : 33,3%
-1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0
PC2 : 20,20%
Estudo preliminar e avaliação multivariada dos teores de metais contaminantes em amostras de águas da cidade de Cachoeira-BA
Uenderson A. Barbosa1* (PG); Ana M. P. dos Santos1 (PQ); Ivanice F. dos Santos1 (PG); Sérgio L. C.
Ferreira1 (PQ); Daniel de C. Lima1 (PQ); Geraldo D. Matos1 (PQ)
*uendersonaraujo@hotmail.com
1 Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia – Rua Barão de Geremoabo, s/n.
Palavras Chave: Espectrometria, Metais, Quimiometria.
Introdução
Cachoeira é um município localizado no recôncavo do estado da Bahia a 120 km da capital, Salvador. A cidade fica situada às margens do Rio Paraguaçu, que faz parte da economia e fonte de alimentação para alguns moradores. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sua área é de 398 Km2.
A alteração na qualidade das águas é consequência de entradas de materiais através de fontes pontuais de poluição, como os esgotos domésticos e industriais ou ainda provocadas pelo aporte de fontes difusas, restos vegetais incorporados aos solos, e a utilização de fertilizantes nas culturas agrícolas.1 Visando o controle destes metais contaminantes nas águas que servem direta ou indiretamente para a alimentação, o trabalho propõe a avaliação por componentres principais dos analitos determinados em amostras de águas da cidade de Cachoeira utilizando ICP-MS.
Resultados e Discussão
As amostras foram coletadas em frascos previamente descontaminados em banho de HNO3 a 10% por um período de 24 horas e enxaguados posteriormente com água ultra pura obtida de um sistema MilliQ. As amostras de água foram classificadas como sendo de Cisterna, Rio e Potável. Todas as amostras passaram pela medição de pH logo após a coleta. Em seguida, foram filtradas com filtro de celulose (0,28µm) e acidificadas à uma acidez de 0,28 mol.L-1 utilizando HNO3 concentrado (65%).
Após a acidificação, as amostras foram submetidas à determinação por ICP-MS e os dados encontrados foram submetidos a métodos de análise exploratória, PCA, para avaliação da categorização. A partir de uma matriz de dados (42x12), na qual as amostras de água potável (P), de rio (R) e cisterna(C) foram dispostas em linhas e os analitos Cr, Mn, Ba, Cu, Se, Sr, As, Mo, Co, Pb, Sb e Ni em colunas, os dados foram pré- processados através de autoescalonamento. As duas componentes principais da PCA (PC1 e PC2) explicaram 53,4% da variância total dos dados. De acordo com a Figura 1, as variáveis de maiores pesos absolutos são Cr, Co, Mo, As, Se e Sr na PC1 e na PC2, Ba, Sb e Pb, na qual contribuem mais
com a informação da variância, e observou-se que a PC1 e a PC2 possuem habilidade para categorizar os tipos de água.
Figura 1: (a) Gráfico de escores e (b) Gráfico de pesos.
As amostras de cisterna obtiveram os valores de escores mais positivos, possuindo maiores teores dos analitos determinados. Também, identificou uma outlier, 7P, que é uma amostra de água potável, que apresentou os maiores valores de concentração para os analitos determinados. Mas em relação a PC2, esta apresentou habilidade de classificar os dois tipos de água, de rio e potável, através do modelo com o analito Ba anticorrelacionado com Sb e Pb.
Conclusões
Após a análise, pode-se notar que as águas de Cisternas comportavam-se diferentemente das demais, assim viu-se a necessidade de uma nova coleta a ser realizada para avaliar esses metais nessas matrizes que obtiveram maiores teores para os metais determinados.
Observou-se também que todos os valores encontrados estavam dentro do limite permitido pela portaria 518 do Ministério da Saúde e do CONAMA.
Agradecimentos
Os autores agradecem à CAPES e CNPq pelo auxílio financeiro e pelas bolsas concedidas.
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1 Salomão, M. S. M. B. (2004). Biogeoquímica de rios do Estado de São Paulo. 2004, 76.
(a)
(b)