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experimentações sonoras no espaço urbano

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Academic year: 2023

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XXVII Congresso de Iniciação Científica

O Som do Ruído: experimentações sonoras no espaço urbano

Autor: Ana Letícia Peixe Euzébio (autor), Gabriel Carelli Rodrigues de Oliveira (colaborador), FCT/UNESP de Presidente Prudente. Licenciatura em Geografia. analeticiaeuzebio@gmail.com e g_cro@outlook.com . Cláudio Benito Oliveira Ferraz (orientador). Bolsa Proex

Palavras-chave: Espaço urbano, Cinema, Linguagens

Introdução

Nossa pesquisa se encontra no contexto das atividades e estudos do Grupo de Pesquisa Linguagens Geográficas (GPLG), qual seja, aprofundar análises de outras linguagens, notadamente artísticas, para enriquecer os processos de leitura e reflexões trabalhadas pela linguagem científica da Geografia. É uma pesquisa, portanto, que se coloca no plano dos estudos epistemológicos do pensamento geográfico atual, como decorrência da análise e experimentação de objetos e fenômenos culturais que podem propiciar outras perspectivas de leituras e percepções geográficas, no caso em específico, abordamos o filme “O Som do Ruído” (França/Suécia. Direção:

Ola Simonsson e Johannes Stjärne Nilsson, 2010, 90 min.), como maneira de estabelecer intercessores capazes de pontuar, pela perspectiva da linguagem cinematográfica, derivas no pensar o sentido espacial do urbano a partir do som

Objetivos

- Experimentar formas inovadoras de pensamentos espaciais, como os expressos por meio da articulação entre imagens e sons realizada pela linguagem cinematográfica, de maneira a pontuar uma perspectiva mais ampla e atual da epistemologia geográfica;

- Exercitar outros sentidos de leitura geográfica dos processos de leitura do espaço, a partir dos elementos sonoros destacados no filme O Som do Ruído, como forma de pontuar como a leitura geográfica da cidade pode derivar para outras perspectivas;

- Contribuir para uma maior compreensão da linguagem geográfica, notadamente da leitura dos referenciais de localização e orientação espacial, a partir de como os mesmos são tratados pela linguagem artística do filme O Som do Ruído.

Material e Métodos

Para dar conta do encontro entre a linguagem artística do cinema e a linguagem científica da geografia, pautamo-nos nos referenciais teóricos agenciados por Gilles Deleuze e Felix Guattari¹, principalmente em suas perspectivas de criação de um pensamento geofilosófico. A partir desse referencial, analisamos a linguagem artística do cinema usando do instrumental metodológico pautado na experimentação semiótica que Gilles Deleuze exercitou nos seus estudos sobre cinema², e que os diversos trabalhos realizados no interior do

GPLG estão a aprofundar, de maneira a estabelecer um encontro entre os elementos articuladores da linguagem cinematográfica a partir dos referenciais geográficos que dali derivam, fogem e nos atravessam.

Resultados e Discussão

“O Som do Ruído” é um filme que retrata um grupo de músicos alternativos a fazerem intervenções sonoras inusitadas e marginais em vários pontos de uma cidade. Tais intervenções interferem na lógica de nossa imaginação espacial do mundo urbano por meio de criação de outros padrões sonoros e musicais. As cenas e sonoridades apresentadas nos provocam a pensar o quanto estamos acomodados a uma imagem tipificada do urbano, que se pauta em clichês sonoros (seja de estilos musicais, de tipificação de barulhos, da definição de padronização de vozes e discursos etc.), os quais nos levam a fixar a identidade dos lugares sem perceber o quanto os mesmos podem tomar outros sentidos espaciais conforme se rasura uma suposta ideia de “normalidade” sonora, o que se desdobra em fugas de imagens já estabelecidas sobre o que é certo e o que é problema do espaço urbano.

Conclusões

Nossa pesquisa permitiu, a partir do filme O Som do Ruído, a força de sensações do cinema como um agenciador de sons e imagens, propiciando novas percepções e pensamentos espaciais, tanto por rasurar a forma usual como entendemos os problemas do espaço urbano, quanto por instigar a criação de novos pensamentos que pudessem dar conta do que ali estava sendo instaurado, ou seja, buscar outras perspectivas para sentir e viver a cidade, para podermos melhor nos localizar e nos orientar a partir do acontecimento cidade não mais como uma coisa a ser necessariamente corrigida, mas que potencializa, em imagens e sons, as forças que nos afetam e nos instigam a pensar e criar sentidos para o ali percebido/vivenciado

Agradecimentos

À UNESP, pela Bolsa de Apoio Acadêmico e Extensão vinculada com a Pró-Reitoria de Extensão Universitária

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1 Deleuze, G.; Guattari, F. O Que é Filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992.

2 Deleuze, G. Cinema 1: A imagem-movimento. São Paulo: Editora Brasiliense, 198.

Referências

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