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Faculdade de Enfermagem

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Academic year: 2023

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O objetivo do estudo é o cadastramento da equipe de enfermagem na perspectiva da segurança do paciente pediátrico. O objetivo do estudo é, portanto: o cadastramento da equipe de enfermagem na perspectiva da segurança do paciente pediátrico.

Justificativa e r elevância do e studo

Após realizar uma busca com as combinações: “segurança do paciente” e. enfermagem', 'segurança do paciente' e 'criança', 'segurança do paciente'. e “criança hospitalizada”, “segurança do paciente” e “atendimento pediátrico”, foram selecionados os quatro artigos mais relacionados ao tema. Destacam também a importância da transferência precisa de informações como forma de garantir a continuidade e a qualidade dos cuidados de enfermagem e a segurança do paciente.

Figura 1 – Principais assuntos abordados nos artigos selecionados
Figura 1 – Principais assuntos abordados nos artigos selecionados

A comunicação na e nfermagem

O processo de comunicação ativa é um dos fatores determinantes para monitorar a qualidade da assistência prestada aos pacientes. Falhas nas linhas de comunicação podem levar à ocorrência de eventos adversos, principalmente no contexto hospitalar, onde o risco associado ao cuidado é mais evidente.

Registro de e nfermagem: subsídio para uma comunicação efetiva

De acordo com Ito et al. (2011) deve ser registrado o estado geral do paciente no início do plantão, tais como: estado geral e sintomas (exemplo: acordado/dormindo, hipoativo/hiperativo, acompanhado ou não; dor); condições físicas (exemplo: aparência da pele e mucosas; lesões; curativos; movimentação; dispositivos e equipamentos); Sinais vitais. A Figura 2 mostra essa forma de organização do registro de enfermagem (COREN-SP, 2010; FRANÇOLIN et al., 2012).

Figura 2 – Estruturação do registro de enfermagem
Figura 2 – Estruturação do registro de enfermagem

A segurança do p aciente

A s eguran ça da criança h ospitalizada

A segurança do paciente pediátrico é um grande desafio para todos os profissionais de saúde, principalmente para a equipe de enfermagem. Portanto, os profissionais de saúde devem se esforçar para identificar os riscos o mais rápido possível, definir soluções, prevenir e melhorar os eventos adversos decorrentes da assistência (SILVA, 2012). Para garantir a segurança do paciente pediátrico, é necessário que os profissionais que prestam assistência a esse cliente tenham conhecimento adequado das técnicas a serem utilizadas durante o processo de cuidado para que possam reduzir a probabilidade de eventos adversos. (YAMAMOTO; PETERLINI; BHOMOL, 2011).

Trata-se de um estudo qualitativo fundamentado na fenomenologia sociológica de Alfred Schutz, com o objetivo de registrar a equipe de enfermagem na perspectiva da segurança do paciente pediátrico. Nesse conceito, buscamos compreender o que os profissionais de enfermagem entendem sobre a relação entre seus registros e a segurança do paciente pediátrico, pois isso lhes permitirá compreender o funcionamento do registro durante o atendimento.

Figura 4 – Cuidar seguro
Figura 4 – Cuidar seguro

A f enomenologia como método de pesquisa

A fenomenologia permite aos pesquisadores obter um retrato real das experiências envolvidas no processo de saúde e doença, independentemente do cenário em que o cuidado ocorre (JESUS ​​​​​​et al., 2013). Portanto, a fenomenologia contribui para a pesquisa em enfermagem porque possibilita a compreensão, que não é evidente, mas relacionada aos fenômenos humanos. Dentro da fenomenologia, destaca-se a fenomenologia sociológica de Alfred Schutz, estruturada a partir dos pressupostos estabelecidos nos conceitos de Edmund Husserl e na sociologia compreensiva de Max Weber (VIEIRA et al., 2013).

Schutz tentou compreender a intersubjetividade por meio de seus estudos, pois Husserl não havia conseguido determiná-la anteriormente. Portanto, Alfred Schutz procurou compreender o significado das ações dos sujeitos no mundo social e o estabelecimento típico da ação, tomando como parâmetro as relações intersubjetivas relacionadas às suas experiências cotidianas (JESUS ​​et al., 2013; VIEIRA et al. , 2013).

A fenomenologia s ociológica de Alfred Schutz

A fenomenologia s o ciológica de Alfred Schutz e a e nfermagem

As ações realizadas variam de acordo com a relação estabelecida entre ambas as partes e as situações de cuidado (JESUS ​​et al., 2013). O cuidado profissional está relacionado a uma relação social específica entre os sujeitos que dele fazem parte, uma vez que a questão técnico-científica se soma ao cuidado natural, além de estar pautado na intersubjetividade, na base de conhecimento e na situação biográfica do profissional de saúde ( JEZUSI et al., 2013). O cuidado ao paciente é compreendido na medida em que existe reciprocidade de intenções e expectativas entre o cuidador e o destinatário desse cuidado (JESUS ​​et al., 2013).

Portanto, aplica-se a este estudo a fenomenologia sociológica de Alfred Schutz, pois permite compreender o significado do ato de admissão para o enfermeiro; ou seja, centra-se na relação entre profissionais com projetos intencionais semelhantes em sua natureza típica (RODRIGUES et al., 2011). Ao questionar o sujeito, Schutz busca a consciência intencional em Husserl, pois é na intencionalidade da consciência que há abertura para captar o que entendemos e percebemos como determinada ação realizada (RODRIGUES et al., 2011).

Cenário de estudo

Além disso, foi o primeiro hospital universitário do estado do Rio de Janeiro a receber o título de “Hospital Amigo da Criança”, em 1998, concedido pela UNICEF e pela OMS, devido às práticas que incentivam a amamentação. Em 2006 foi criado o Centro Perinatal, maternidade de referência para gestação de alto risco no estado do Rio de Janeiro, que inclui serviços obstétricos, sala de espera e UTI neonatal. Ainda, fazem parte dos serviços oferecidos às crianças: pronto-socorro infantil, voltado para crianças com doenças graves que necessitam de maior atenção da equipe de saúde e tecnologias mais avançadas; cirurgia pediátrica (CIPE), para crianças que necessitam de intervenção cirúrgica; e a enfermaria pediátrica, que conta com 16 leitos, e acolhe crianças de 30 dias a 12 anos, com ampla variedade de patologias, incluindo distúrbios neurológicos, genéticos, hematológicos, típicos da infância e respiratórios.

A enfermaria conta com equipe multidisciplinar composta pela equipe de enfermagem (enfermeiro, técnicos), equipe médica (pediatra e outras especialidades, quando necessário), nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e assistentes sociais. A equipe de enfermagem é composta por: 09 enfermeiros, 28 técnicos de enfermagem e 06 residentes, totalizando 06 equipes, que são divididas em uma escala de 12 por 60 (com exceção da residência que possui escala separada de 60 horas têm) por semana).

Participantes do estudo

Aspectos éticos da pesquisa

Foi comunicado ao enfermeiro que a pesquisa poderia trazer benefícios diretos para o serviço de enfermagem, bem como para o paciente pediátrico, pois o estudo buscaria entender o que a equipe de enfermagem tinha em mente ao realizar um registro, além de buscar discutir a segurança do paciente pediátrico por meio dos registros de enfermagem. Espera-se que a partir desta pesquisa haja reflexão e maior compreensão sobre as ações de enfermagem no âmbito do cuidado seguro. Ficou claro que a participação na pesquisa não acarreta riscos físicos ou psicológicos, pois o assunto abordado já faz parte da realidade em que o enfermeiro está inserido.

Antes de iniciar as entrevistas, os enfermeiros leram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Anexo A), conforme recomendações da Resolução nº 466/12 (BRASIL, 2012). Todas as informações obtidas ao longo do estudo foram de uso exclusivo do pesquisador e dos orientadores, e foram arquivadas ao final da pesquisa por cinco anos, período após o qual serão destruídas.

Coleta de dados

Após concordarem com todas as informações descritas no referido termo, os participantes assinaram o mesmo, garantindo assim segurança tanto para o pesquisador quanto para o pesquisado. Todos os dados coletados durante a pesquisa foram utilizados para esse fim, mantendo a identificação e os dados do paciente em sigilo. Os participantes da pesquisa foram informados que, caso sentissem necessidade de maiores esclarecimentos ou dúvidas sobre o estudo, poderiam solicitar esclarecimentos ao pesquisador.

Os relatos foram coletados individualmente por meio de aparelho de gravação de áudio, com consentimento prévio dos participantes da pesquisa, sendo que os enfermeiros falaram livremente e divulgaram suas percepções sobre seus registros e sua relação com a segurança do paciente. Após a gravação dos depoimentos e sua posterior transcrição, foi realizada uma leitura criteriosa para reconhecer o significado dos registros pela equipe de enfermagem e compreender se eles apresentavam alguma ligação com a segurança do paciente pediátrico.

Análise das falas

No total foram entrevistados 20 profissionais de enfermagem, 16 técnicos de enfermagem e 04 enfermeiros, que atuam diretamente no cuidado de crianças no Departamento de Pediatria. Os profissionais de enfermagem têm entre 6 e 32 anos de formação, sendo que a maioria possui formação há menos de 21 anos (75%). Vale ressaltar também que dos 16 técnicos de enfermagem entrevistados, 10 possuem ensino superior completo em enfermagem.

Ao analisarmos a tabela acima, percebemos também que os técnicos de enfermagem da faixa etária mais elevada, em sua maioria, não possuem formação superior em enfermagem, tendo apenas concluído o ensino médio. Assim, das falas dos participantes da pesquisa emergiram três categorias que possibilitaram compreender os motivos “para” a ação dos profissionais de enfermagem durante o seu registro, ou seja, sua intencionalidade.

Categoria I – Visar a segurança da criança hospitalizada na

Condições Gerais e Sintomas Condições Físicas Sinais Vitais Dispositivos e Equipamentos as condições em que ele se encontra durante o dia [..] como. Tabela 3 – Elementos do registro de enfermagem: condições gerais e sintomas; condições físicas; Sinais vitais; aparelhos e equipamentos (conclusão). Neste estudo destaca-se a relação intersubjetiva, que se baseia nas experiências dos enfermeiros quando registram suas ações (SALVADOR et al., 2014).

Além disso, dificulta a mensuração dos resultados da assistência da equipe de enfermagem (FRANÇOLIN et al., 2012). Nessa perspectiva, os registros de enfermagem são essenciais no prontuário do paciente - que fazem parte da documentação de todo o processo saúde/doença -, principalmente quando consideramos que a equipe de enfermagem está presente durante essa evolução, e com o paciente durante todo o período de 24 horas. horas. (FRANÇOLIN et al., 2012).

Figura 7 – Elementos que devem estar presentes no registro para a equipe de enfermagem
Figura 7 – Elementos que devem estar presentes no registro para a equipe de enfermagem

Categoria II – Registrar as ações de enfermagem no prontuário da

Portanto, a busca por um cuidado seguro deve ser constante nas instituições médicas, sem esquecer da necessidade de manter o compromisso ético (BOHRER et al., 2016). Um dos principais requisitos para uma assistência de qualidade é a comunicação eficaz, pois esta é uma forma de garantir condições que contribuam para a prevenção de erros, garantir que as informações sejam transmitidas de forma clara, correta e segura (CAVEIÃO et al., 2014). Para garantir a continuidade dos registros, é dever da enfermagem intensificar que o processo de documentação seja realizado de forma abrangente, objetiva e confiável e mostre as intervenções e observações encontradas na implementação dos cuidados, para que esses dados auxiliem na a continuidade da assistência prestada. , reduzindo e até eliminando riscos (CARNEIRO et al., 2016).

Segundo pesquisa de Azêvedo et al. 2016), ao questionarem os enfermeiros sobre a importância e as funções dos registros de enfermagem, responderam que é uma forma de documentar os cuidados prestados, sendo, portanto, uma importante ferramenta de trabalho; além de uma forma de comunicação entre os membros da equipe de saúde, para garantir que todos tenham informações sobre o paciente. Comparar os achados nos registros da equipe multidisciplinar é uma forma de obter informações sobre o paciente de forma mais confiável, avaliando a coerência dos relatos nos diferentes plantões (BORGES et al., 2017).

Categoria III – Respaldar legalmente o profissional frente à assistência

Quaisquer alterações podem ser mantidas judicialmente, por isso o registro de enfermagem é muito importante. Portanto, a ação intencional típica da equipe de Enfermagem em relação aos seus dados significa: Realizar o cartão de enfermagem visando a segurança do paciente por meio da comunicação com a equipe de saúde, garantindo assim o seu respaldo legal diante da assistência prestada. Através de suas experiências, os profissionais de enfermagem desenvolvem estratégias para alcançar um objetivo futuro.

Além disso, a educação em enfermagem será beneficiada ao abordar a importância dos dados de enfermagem – e a sua relação com a segurança. Construindo uma diretriz de cuidados de enfermagem para prevenção de incidentes intravenosos: implicações para a segurança do paciente pediátrico Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015. Visão da equipe de enfermagem para a Enfermagem em relação aos seus dados e ao segurança das crianças hospitalizadas”, sob responsabilidade de Natalia Fernanda Vitipo Cadavez e direção do Prof. Dr. Benedita Maria Rêgo Deusdará Rodrigues.

O cenário da pesquisa será a enfermaria de pediatria e os participantes da pesquisa serão todos membros da equipe de enfermagem que ali atua e presta cuidados diretos às crianças hospitalizadas.

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Figura 1 – Principais assuntos abordados nos artigos selecionados
Figura 2 – Estruturação do registro de enfermagem
Figura 3 – Riscos à segurança do paciente
Figura 4 – Cuidar seguro
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Referências

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Após análise dos dados, identificou-se as percepções dos usuários sobre a qualidade dos serviços ofertados nas unidades de saúde da família, a partir das quais emergiram 4 categorias