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faculdades doctum de serra

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Academic year: 2023

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REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOCENTE EM SALA DE AULA DO HOSPITAL INFANTIL NOSSA DA GLORIA DE VITÓRIA (ES). REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOCENTE NA SALA DE AULA DO HOSPITAL INFANTIL NOSSA DA GLORIA DE VITÓRIA (ES)1. A partir da entrevista semiestruturada, foram entrevistados cinco docentes que atuam na classe hospitalar do referido hospital.

Esta pesquisa é resultado de uma reflexão sobre a formação de professores que atuam em salas de aula hospitalares. A partir de tais incentivos a essa área, pouco falada durante nossa formação, procuramos pensar a formação dos professores que atuam na sala de aula hospitalar do Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, em termos de sua formação. Os professores que trabalham em salas de aula hospitalares têm o mesmo papel que os professores que trabalham em sala de aula.

Isso constata que a formação de professores, inicial ou continuada, que atuam em sala de aula hospitalar deve sempre focar na particularidade de cada aluno. A formação de professores para atuar em salas de aula hospitalares ainda é um tema recente, com crescente debate. Para tanto, foi realizada pesquisa por meio de grupos focais com sete professoras que atuam na classe hospitalar da Schwester Heine School.

O DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE HOSPITALAZADO EM RELAÇÃO ÀS CLASSES HOSPITALARES

Em 1939, na França, em Suresnes, foi criado o Centro Nacional de Estudos e Formação para a Infância Inadequada8 (CNEFEI), com o objetivo de formar professores para atuar em institutos especiais e/ou hospitais. A assistência educacional é prestada durante o período de internação aos alunos da educação básica internados para tratamento de saúde em hospital ou em domicílio por longo período, conforme previsto pelo Poder Público na regulamentação, no âmbito de sua competência federal (art. A, Lei 13.716/18). De acordo com a Resolução nº. 02, de 11 de setembro de 2001, os sistemas de ensino integrados aos sistemas de saúde devem organizar atendimento educacional especializado para alunos impossibilitados de frequentar as aulas devido a tratamento de saúde que envolva internação, ambulatório ou permanência prolongada em casa .

Decreto legislativo n. 1.044/69 dispõe sobre o tratamento de alunos com problemas, pois nem sempre as condições de saúde permitem que crianças/adolescentes frequentem a escola, mesmo que tenham condições de aprendizagem. A Associação Brasileira de Pediatria elaborou e apresentou documento, que foi aprovado, sobre os direitos da criança e do adolescente hospitalizado, no Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA, realizado em Brasília, em 17 de outubro de 1995 direito de não ser internado ou permanecer no hospital desnecessariamente por qualquer motivo que não seja o melhor tratamento para sua doença.

Direito de ser acompanhado pela mãe, pai ou responsável durante todo o período de internação e receber visitas. Direito ao conhecimento adequado de sua doença, do tratamento terapêutico e diagnóstico a ser utilizado, do prognóstico, respeito ao seu estágio cognitivo, além de receber apoio psicológico quando necessário. O direito de não ser utilizado pela mídia, sem a expressa vontade de seus pais ou responsáveis, ou sua própria vontade para proteger a ética.

Direito de ter seus direitos constitucionais e os contidos na Carta da Criança e do Adolescente plenamente respeitados pelos hospitais. O direito de morrer com dignidade, juntamente com seus familiares, quando esgotados todos os recursos terapêuticos disponíveis durante sua internação. Direito de não ser submetido a ensaios clínicos, testes diagnósticos e terapêuticos sem o consentimento informado dos pais ou responsáveis ​​e dos próprios quando tiverem juízo para tal.

Direito à morte digna, juntamente com seus familiares, quando esgotados todos os recursos terapêuticos disponíveis. 069, de 13 de julho de 1990, o direito à educação não é apenas um dever da escola, mas da sociedade, em que devem ser criadas alternativas que amenizem os problemas encontrados em muitas situações envolvidas no período de internação ou tratamento .

A FORMAÇÃO DO DOCENTE DA CLASSE HOSPITALAR

A proposta da classe hospitalar é dar continuidade às atividades escolares para crianças e jovens hospitalizados que cursam a educação básica, de forma que haja uma interação entre as ações educativas que devem ser realizadas de acordo com a realidade hospitalar do aluno. A maioria dos professores que atuam em sala de aula hospitalar possui formação básica em pedagogia e formação continuada9 na área de educação (FONTES, 2005), mas isso não se limita a trabalhar com professores apenas formados em pedagogia, pois também há professores autorizados em outras áreas do conhecimento para atender a demanda de pacientes internados que cursam o ensino fundamental II e o ensino médio. Outro fator ainda significativo para os professores que trabalham com esse público e cenário é a formação continuada.

A meta 16 do Plano Nacional de Educação para 2014 (PNE) garante, até o último ano de vigência do plano10, garantir a todos os profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, atendendo às necessidades, exigências e contextualização da educação sistemas. ”. A evolução social coloca novas demandas na prática docente, pois pode-se notar que as transformações ocorrem na sociedade a cada dia, por isso novas demandas devem ser atendidas pelos professores, seja das inovações tecnológicas, como também das condições especiais dos alunos atendidos. , o que exige que a formação docente seja contínua para que se alcance uma boa qualidade na formação, de modo que esta provoque mudanças na prática formativa (TERRA; BATISTA, 2016, p. 9). Com base em Terra e Batista, é possível ressaltar a importância da formação continuada para profissionais que atuam com educação em diferentes níveis e modalidades de ensino.

Se estamos falando da formação de professores que atuam em sala de aula hospitalar, por se tratar de um local informal de aquisição de conhecimento, o profissional trabalhador deve ter essa oportunidade na formação continuada, além do preparo na formação inicial. A formação continuada dos docentes hospitalares deve corresponder ao contexto de aprendizagem, tudo o que inclui o processo educativo do aluno hospitalizado. A pesquisa qualitativa não trata de quantidade numérica, mas possibilita o conhecimento da subjetividade dos pesquisados.

Com Minayo, percebe-se que a pesquisa qualitativa tem, por sua própria natureza, um maior aproveitamento da informação, pois outras questões inerentes à indagação podem se cruzar. A pesquisa exploratória visa descobrir, encontrar, esclarecer fenômenos ou explicar aqueles que não foram aceitos apesar de serem evidentes. O campo de pesquisa para coleta de dados foi o Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória localizado na cidade de Vitória (ES), onde foram entrevistados professores que atuam em sala de aula hospitalar para investigar a formação desses profissionais.

Por meio de entrevista semiestruturada, foi realizada uma entrevista presencial11, onde foram realizadas entrevistas com cinco docentes que atuam diretamente com o processo de mediação do conhecimento em sala de aula hospitalar. Quais são as diferenças em relação à sua formação e prática?Como se dá o processo de formação continuada?Qual a importância deste serviço para o contexto social do aluno.

LOCAL DA PESQUISA

São alunos que estão internados, em tratamento e também que só frequentam a aula hospitalar uma vez. A classe hospitalar do HINSG foi batizada de "Escola Canto do Encanto" pelos próprios alunos, por ser um local onde a criança doente esquece um pouco de sua dor. Uma das crianças que acompanhei estava marcada para cirurgia naquele momento, até o momento que a equipe do hospital chegou no setor para levá-la ao centro cirúrgico, pude observar a alegria e a tristeza dessa criança, mas ela já estava preparada para esse momento porque durante a conversa que tivemos antes de irmos para os setores, pude constatar que o professor que trabalha em sala hospitalar deve estar preparado para situações em que não se deve demonstrar tristeza com o paciente, ou seja, de tristeza, para que esta não seja transferida para a criança hospitalizada.

Para essa verificação do curto tempo de atuação desses profissionais na sala de aula hospitalar, contamos com a pesquisa de Fonseca (1999, p. 14), que também, ao questionar a atuação recente dos professores na sala de aula hospitalar, afirma que. Os professores C e D analisaram o processo seletivo da SEDU e relataram que o edital previa a participação em turmas hospitalares e que ao selecionarem as áreas buscavam conhecer mais sobre as áreas e também sobre a base legal. Ao mesmo tempo, é possível perceber que os profissionais C e D já aguardavam a internação e buscavam saber mais sobre o funcionamento de uma classe hospitalar.

Observamos nos relatos dos professores A e B que a escolha deles pela classe hospitalar seria a fuga da sala de aula. Os professores B, C e D afirmam que na formatura foram ensinados as metodologias do ato docente em sala de aula, não adentrando, nem que superficialmente, os demais espaços onde ocorre a formação. Este ano a UFES nos convidou para uma formação na área hospitalar, mas nem o Hospital nem a SEDU oferecem formação continuada para professores que atuam em sala de aula hospitalar.

Os docentes enfatizaram que a grande importância desse serviço é a busca dos desistentes, para que os indivíduos internados possam retornar às suas atividades diárias após a alta sem problemas em realizá-las. Os professores também relatam que nesse atendimento a criança vê uma nova possibilidade de vida e esperança após a alta. Sobre as falas dos professores acima, Barbosa (2015, p. 10) afirma que a classe hospitalar e seus serviços não são apenas um momento de mediação de aprendizagem e socialização entre os pacientes, mas também um local de descontração, socialização e alívio do estresse.

Ao adentrarmos nessa experiência, vimos que o ambiente de sala de aula hospitalar é um ambiente ainda mais delicado do que o ambiente formal, pois os sujeitos-alvo encontram-se fragilizados devido ao seu estado de saúde e ao ambiente, que muitos desconhecem. De acordo com o documento elaborado pelo Ministério da Educação, Aulas Hospitalares e Atendimento Pedagógico Domiciliar: Estratégias e Diretrizes (2002), o professor que leciona neste ambiente deve ter noções sobre as doenças e condições psicossociais que estão internadas. A importância da sala de aula hospitalar como espaço favorável para redução das situações estressantes observadas em crianças no período pré-operatório.

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Referências

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Este trabalho procurou investigar o impacto do crescimento da Pós-graduação stricto sensu na formação de professores de português da Educação básica que atuam na rede pública