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faculdades integradas fafibe

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Academic year: 2023

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AVALIAÇÃO DOS SINTOMAS FÍSICOS E MENTAIS APRESENTADOS PELOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA. O objetivo desta pesquisa é identificar a prevalência de sintomas relacionados ao estresse e à síndrome de burnout vivenciados pelos Agentes Comunitários de Saúde (AHA) do núcleo da Estratégia Saúde da Família (ESF). ACS Agente Comunitário de Saúde ESF Estratégia Saúde da Família UBS Unidade Básica de Saúde.

Agentes Comunitários de Saúde

O trabalho dos policiais é de grande importância, pois eles formam o elo entre a população e a Unidade Básica de Saúde (UBS) (POZ et al, 2005). O PACS obteve resultados positivos e se expandiu para outros municípios e, em 1991, foi adotado pelo Ministério da Saúde, como um esforço para ampliar o acesso da população aos serviços de saúde e levar à implementação das diretrizes estabelecidas pelo órgão nacional de saúde. sistema de cuidados. Saúde, levando a um maior número de ações de promoção da saúde para a população em situação de risco (LIMA et al, 2008). Assim nasceu em dezembro de 1993 o Programa Saúde da Família (PSF), uma estratégia de reforma no âmbito do SUS, com mudanças na distribuição de recursos entre as unidades de atendimento e mudanças no modelo de atenção, promovendo maior agilidade no atendimento à população e concentração na família, com adoção de ações preventivas na comunidade (POZ et al, 2005).

O surgimento do PSF foi resultado da criação de uma equipe de saúde mínima com a participação de outros profissionais de saúde para que os agentes locais de saúde não trabalhassem sozinhos e isolados (Rosa e Labate, 2005). O programa saúde da família teve como objetivo atuar com medidas de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação das doenças e enfermidades mais frequentes na sociedade e assim trabalhar para a manutenção da saúde desta sociedade (LIMA et al, 2008). Os agentes locais de saúde seriam responsáveis ​​por conectar a equipe de saúde com a população.

Assim, o Agente Comunitário de Saúde (ACS) atenderia as famílias atendidas pelo programa, identificando problemas, orientando, rastreando e acompanhando os casos existentes, promovendo assim a saúde e mantendo o vínculo de cuidado estabelecido com a população. O PSF, sendo um programa voltado à reestruturação da atenção básica na Reforma Sanitária Brasileira, passou a exigir grandes esforços por parte dos secretários de saúde para deixar de ser um programa e se tornar uma Estratégia de Saúde da Família (ESF), com o objetivo de integrar e reafirmar os princípios do SUS, ampliando assim as ações de saúde (BORGES et al, 2005).

O Stress

O trabalho dos agentes é feito diretamente com a realidade e sofrimento das pessoas e famílias, o que pode gerar um maior consumo de energia que pode levar esses trabalhadores a um desgaste emocional significativo e como uma de suas consequências pode ter o Estresse e o desenvolvimento da síndrome de Burnout ( CAMELO et al, 2004). Segundo Lipp, os sintomas físicos decorrentes do estresse podem ser: aumento da sudorese, taquicardia, tensão muscular, hipertensão, alteração do apetite, diarreia frequente, ranger de dentes, problemas de memória, insônia, náuseas, úlceras estomacais, infarto e raramente podem causar morte súbita. Os sintomas psicológicos decorrentes do estresse podem ser: ansiedade, tensão, ansiedade, problemas interpessoais, dúvidas, preocupação excessiva, pensamento focado no estressor, irritabilidade excessiva, hipersensibilidade emocional, diminuição da libido, fadiga excessiva, perda de senso de humor e outros. (LIPP, 2005).

O estágio de resistência ocorre quando você resiste aos estressores e não consegue restaurar o equilíbrio interno, o que pode levar muito tempo. A fase de exaustão já é considerada uma patologia e pode levar a doenças graves como infarto, úlcera, psoríase, depressão e outras doenças que podem levar à morte. Pode-se considerar que o tipo de trabalho desenvolvido pelos ACS, com exigências para atender aos objetivos relacionados aos programas de saúde realizados na comunidade e visitas mensais rotineiras a todas as famílias cadastradas no setor, além do preenchimento diário de formulários e no final de cada mês, pode estar contribuindo para o aparecimento de sintomas de estresse.

Outro ponto a ser destacado diz respeito às dificuldades de comunicação que podem existir entre a equipe de saúde, o que pode causar ansiedade e estresse entre eles.

Síndrome de Burnout

Segundo Telles (2008), a síndrome de burnout não advém do estresse em si, mas das circunstâncias pessoais de cada pessoa, do ambiente em que trabalha e dos recursos de que dispõe para enfrentar situações estressantes no trabalho. A síndrome de Burnout pode ser definida como algo que deixa de funcionar por falta de energia, ou seja, que atingiu seu limite com grande perda no desempenho físico e mental (TRIGO et al, 2007). A síndrome de Burnout apresenta-se em três dimensões como exaustão emocional (EE), o indivíduo começa a se sentir sem entusiasmo, sem entusiasmo, incapaz de se envolver emocionalmente em suas funções profissionais rotineiras, levando à exaustão.

Em segundo lugar, Silva et al (2008), os profissionais de saúde, que muitas vezes se encontram num contexto de saúde desumanizador, estão entre os mais afetados pelo stress e pelo burnout. Identificar a prevalência de sintomas relacionados ao estresse e à síndrome de burnout apresentados pelos agentes comunitários de saúde nos centros de saúde da família. Verificou-se também que muitas vezes eles se envolviam emocionalmente nas situações das famílias atendidas e sentiam-se frustrados e angustiados.

A partir dessas observações surgiu o interesse pela avaliação sistemática dos potenciais sintomas físicos e psicológicos apresentados pelos agentes comunitários de saúde. Acredita-se que conhecer e compreender o estado físico e psicológico dos agentes e a relação que estabelecem no seu trabalho pode estimular a reflexão e implementação de mecanismos que os ajudem a lidar com questões relacionadas às suas atividades. Além disso, este estudo pode contribuir com outras pesquisas no sentido de melhorar o sistema de saúde brasileiro.

Participantes

Critérios para participação na pesquisa

Para exaustão emocional, uma média de até 2,35 significa que você tem sintomas da síndrome, e acima desse valor você não tem sintomas da síndrome de burnout. Em relação à síndrome de burnout, constatou-se que as respostas dos participantes demonstraram que não apresentavam sinais do seu diagnóstico. A Tabela 3 descreve as frequências de respostas que os participantes atribuíram às três dimensões componentes da síndrome de burnout.

Dentro das três dimensões para o diagnóstico da síndrome de burnout, os agentes em exaustão emocional apresentaram respostas que indicaram a presença de motivação para o trabalho, o que significa que possuem recursos e habilidades para realizar atividades relacionadas ao trabalho. Nesse sentido, pode-se pensar que os ACS podem enfrentar problemas de comunicação entre a equipe no ambiente de trabalho, além das metas a serem alcançadas, o que pode representar fatores estressantes e contribuir para a apresentação do estresse e da síndrome de burnout. Este estudo proporcionou uma avaliação dos ACS quanto à presença de estresse e síndrome de burnout em relação ao seu trabalho.

A avaliação da Síndrome de Burnout revela que os agentes não apresentam sintomas suficientes para diagnosticar Burnout. Entretanto, as respostas dos ACS aos instrumentos estão muito próximas de pontuações suficientes para diagnosticar a Fase de Quase Exaustão do Estresse e a Síndrome de Burnout. E no caso de constantes estressores e dificuldades no trabalho, podem apresentar sintomas mais graves e consequentemente podem ser diagnosticados com estresse e síndrome de burnout.

Concluiu-se que este estudo favoreceu uma visão diferenciada dos ACS em relação ao estresse e à síndrome de burnout, pois foi possível demonstrar sintomas físicos e psicológicos relacionados ao trabalho com os inventários utilizados.

Tabela 1 – Característica Demográfica das participantes.
Tabela 1 – Característica Demográfica das participantes.

Local de coleta de dados

Material

A pontuação da escala baseia-se na pontuação construída para cada uma das dimensões, sendo que uma pontuação mais elevada indica um maior número de sintomas associados à Síndrome de Burnout, à Despersonalização e à Redução da Realização Profissional. O Inventário Lipp de Sintomas de Estresse para Adultos (ISSL) - validado em 1994 por Lipp e Guevara, tem como objetivo identificar o conjunto de sintomas de estresse, somático e psicológico, apresentados por um indivíduo, bem como caracterizar o estágio de estresse nele que mesmo que ele seja encontrado. Fase de alerta – a fase positiva do estresse, que através da produção e ação da adrenalina deixa a pessoa mais alerta e motivada.

A fase de quase exaustão – onde a tensão ultrapassa o limite de controle e começa a afetar as defesas imunológicas da pessoa e inicia-se o processo de doença. Fase de exaustão – se não houver eliminação dos estressores ou estratégias de enfrentamento do estresse, ocorrerá um intenso desequilíbrio interno, chegando à exaustão, o que pode levar a doenças graves como infarto, úlcera, psoríase, depressão e outras doenças. O inventário apresenta uma lista de sintomas físicos e psicológicos que você experimentou nas últimas 24 horas, na última semana e no último mês.

Procedimentos

Análise

As características demográficas dos participantes apresentadas na Tabela 1 mostram que suas idades variam de 20 a 54 anos, com média de 32,4 anos, sendo a maioria dos participantes entre 20 e 35 anos, com desvio padrão de +/- 9,92 . A escolaridade varia de 6 a 15 anos, com média de 11,6 anos, sendo que a maioria dos participantes possui 12 anos de estudo, desvio padrão 2,06. Em relação à avaliação dos sintomas de estresse, verifica-se que 83,33%, ou seja, a maioria dos participantes, apresentam sintomas suficientes para o diagnóstico de estresse, dos quais 75% estão na fase de resistência e 8,33% estão na fase de exaustão, conforme descrito na Tabela 2 e gráfico 1.

Em relação à dimensão Realização Profissional, observa-se que a maioria dos participantes (75%) respondeu dentro da média esperada, o que significa que alcançam satisfação com seu trabalho e mantêm uma avaliação ou visão positiva de si mesmos. Apenas 8,3% das respostas dos participantes indicaram a presença de sintomas relacionados à avaliação negativa do seu desempenho e à baixa satisfação no trabalho. Na dimensão despersonalização, parece que a maioria dos participantes (8,33%) apresentou respostas dentro da média esperada, o que significa que ainda mantêm sensibilidade emocional em comparação aos usuários do comportamento empático.

Na Despersonalização, a maioria dos participantes ofereceu respostas que ainda mantêm a sensibilidade emocional em relação aos usuários e ao ambiente de trabalho. Contudo, as respostas dos ACS aos instrumentos incluem referência aos sintomas de Estresse e Burnout para caracterizá-los como próximos de escores suficientes para o diagnóstico de Burnout e da fase de Quase Exaustão. Isso pode influenciar na tomada de cuidados pela equipe da ESF, o que pode melhorar as condições de trabalho, o que pode promover maior interação entre os profissionais, levando-os a valorizar o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde.

Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e indicadores de saúde da família no estado do Ceará, 2008.

Imagem

Tabela 1 – Característica Demográfica das participantes.
Gráfico 1 – Distribuição percentual da presença ou não do stress e em que fase se  encontra
Tabela 2  – Distribuição dos participantes segundo a presença ou não de stress e a  fase em que se encontra
Tabela 3 - Distribuição das participantes segundo critérios de Burnout.
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Referências

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