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A fauna de crocodilomorfos fósseis do Brasil. - Unesp

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Academic year: 2023

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XXVI Congresso de Iniciação Científica

A fauna de crocodilomorfos fósseis do Brasil.

Guilherme Henrique da Silva, Flávio Fernando Manzini, Campus de São José do Rio Preto, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas,

guihensi@gmail.com, Bolsa de Apoio Acadêmico e Extensão I (BAEE-I).

Palavras Chave: crocodilomorfos, Brasil, diversidade.

Introdução

O clado dos crocodilomorfos, apesar de não se apresentar como uma linhagem reptiliana tão relacionada ao campo paleontológico pelo público leigo, como é o caso dos dinossauros, aparece no registro fóssil de todo o globo e com grande representatividade nas formações geológicas brasileiras. Os crocodilomorfos se enquadram dentro da Superordem Archosauria e da ordem Crocodylomorpha, seus espécimes representantes denotam-se evidentes no estrato geológico desde o Triássico Inferior1.Os primeiros achados de fósseis crocodilianos no Brasil são refrentes a rochas do período Triássico Médio da Formação Santa Maria, estado do Rio Grande do Sul, sendo um dos registros mais antigos desses animais. A maior concentração de fósseis, contudo, encontra-se no período Cretáceo, sendo evidenciado por enorme diversidade e disparidade em relação à morfologia dos espécimes encontrados2. Os crocodilomorfos modernos são divididos em três famílias Alligatoridae, Crocodylidae e Gavialidae. As duas primeiras famílias são conhecidas desde o Terciário.

Durante o Cretáceo Superior foram amplamente mais distribuídas do que atualmente. Já os gaviais, formas quase que essencialmente aquáticas com focinhos longos e estreitos, adaptados à piscivoria, datam do Eoceno3.

Objetivos

Este trabalho teve como objetivos apresentar a diversidade de crocodilomorfos brasileiros, caracterizá-los morfologicamente e denotar a importância da pesquisa relacionada aos Crocodylomorpha extintos para compreensão dos hábitos dos representantes atuais, bem como a preservação dos mesmos.

Material e Métodos

A pesquisa para este projeto ocorreu através da análise bibliográfica de artigos, resumos, periódicos e livros, agrupando o conjunto de informações obtidas em um relatório. Após esta análise de revisão, procurou-se reunir as informações e dispô- las de forma clara e sucinta, a fim de diagnosticar o quadro do estudo dos crocodilomorfos fósseis do Brasil.

Resultados e Discussão

Os crocodilianos são próximos dos arcossauros ancestrais, também denominados tecodontes. Têm

como características o crânio longo e achatado dorsoventralmente, os ossos palatais são relativamente desenvolvidos, a região cervical é curta. O período Cretáceo representou o clímax da evolução dos Crocodylomorpha. A extensão de climas quentes até áreas de terra que atualmente se encontram em zonas de clima temperado frio favoreceu tanto a diversidade como o grande tamanho. A grande maioria das linhagens cretáceas conhecidas no mundo enquadra-se no grande grupo Mesoeucrocodylia, havendo poucos remanescentes de linhagens mais basais (“protossúquios”). No Cretáceo do Brasil são encontrados apenas membros do grupo Mesoeucrocodylia. Essas ocorrências estão concentradas em bacias sedimentares das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. Os grupos reconhecidos até o presente são:

Susisuchidae, Pholidosauridae, Trematochampsi- dae, Peirosauridae e Notosuchia.

Conclusões

Atualmente, Crocodylia corresponde a um pequeno grupo, distribuído pelo globo, de 23 espécies de crocodilos, aligátores e gaviais que vivem em águas tropicais doces e salgadas. Em comparação, somente no Brasil os fósseis formalmente descritos somam 51 espécies, com representantes de todas as famílias de crocodilomorfa. A diversidade estrutural e morfológica que compunha a fauna crocodilomorfa brasileira denota o quão capazes eram estes animais de se adaptarem a diversos paleoambientes. Tais fatos só ressaltam que a pesquisa paleontológica brasileira, apesar de se mostrar prolífica no estudo dos crocodilomorfos, precisa avançar e se desenvolver plenamente para conseguir abranger todo o conhecimento ainda oculto sob o solo nacional.

Agradecimentos

Agradeço a Pró-Reitoria de Extensão Universitária – Proex, pela concessão da Bolsa de Apoio Acadêmico e Extensão I, e também ao meu orientador Prof. Dr. Flávio Fernando Manzini, pelo apoio e incentivo.

1Carvalho, I.S. Paleontologia. 2. ed. Volume 1. Rio de Janeiro:

Interciência, 2004. 791-794p. 227-232p.

2Riff D., Souza R. G., Cidade G. M., Martinelli A. G., Souza Filho J. P.

Crocodilomorfos: A maior diversidade de répteis fósseis do Brasil.

TERRÆ, 2012. 9:12-40.

3Benton, M.J. Paleontologia dos Vertebrados. 1. ed. São Paulo: Atheneu Editora São Paulo, 2008. 232-240p.

Referências

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