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Figurar o Panteão: uma interpretação visual das divindades indígenas sob influência romana em Portugal

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Academic year: 2023

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A verdade é que se trata de um assunto nacional tanto ou nada, porque do português, o próprio documento nada contém para além da língua em que está registado e do perímetro limitador daquilo que é explorado. O que se pretende ver concretizado é um estudo sobre um tema obscuro para o grande público, que sirva de contextualização a uma coleção de sete ilustrações de divindades indígenas encontradas em Portugal. Aos meus amigos mais próximos, meninos e meninas, os do sul, os do norte, os das margens, os que nunca respondi, os que estão longe, os que não pretendem voltar, os que se lembram de Foskitos, aqueles que tiram sarro de seus círculos, aqueles que não se lembram de nada, aqueles que jogaram cartas, aqueles que me afastam, aqueles que acham engraçado, aqueles a quem eu dei o endereço, que todos esses anos compartilharam comigo o peso de um mundo tão imperfeito, faça da experiência de estar vivo uma alegria inesquecível, e na esperança de lutar por algo maior do que todos nós, minha mais profunda e sincera gratidão.

Procura conhecer melhor a cultura dos povos que o precederam e marcaram a sua presença no território nacional há mais de dois mil anos. Ao iniciar o processo de escolha dessas divindades, é preciso levar em consideração certos aspectos, como grau de importância, nível de informação que cerca a figura divina e também quem tem presença segura na periferia e não em outras áreas vizinhas. não. .

Estado da arte

Contextualização histórica, a evolução territorial da península

Segundo várias fontes, pode-se afirmar que a Península Ibérica pré-romana foi habitada por povos derivados de dois grupos étnicos principais, os ibéricos e os celtas.40 Essa origem norte-africana é hoje descartada pela maioria dos especialistas, desde os primeiros passos na tentativa de redescobrir Tartess, uma cidade com a presença profunda e ampla da consciência oriental fenícia, graças às escavações de arqueólogos nos últimos vinte anos.43 Hoje ele escolhe Baseia-se na suposição com base nos restos dos fenícios e presença grega no território, e formula a hipótese de desenvolvimento mútuo entre as populações internas da península e as contribuições do contato com as culturas mediterrâneas, que foram abandonadas pelo fluxo comercial incentivado pela riqueza que a Península Ibérica dispunha em matérias-primas44. Como se depreende da imagem acima, podemos compreender que os Lusitanos e Vettoni constituem um grupo étnico linguístico pré-céltico, ou seja, talvez uma população ou tribo que já habitava a região mais ocidental da península na mesma época que os Ibéricos , mas do lado oposto.

Com um crescimento progressivamente crescente das frotas marítimas comerciais através do Mar Mediterrâneo, conferindo à Península Ibérica cada vez mais inércia na exploração dos seus recursos minerais, que não é o único, mas sim o mais importante e valioso recurso.56. Pouco menos de um século depois, no ano 409 DC, a Península Ibérica foi invadida por suevos, alanos e vândalos.

Figura 1 -Divisão territorial da Península ibérica 300 a.C
Figura 1 -Divisão territorial da Península ibérica 300 a.C

Paganismo e a Hispânia

A herança Celta

  • A cultura, noções gerais
  • A alimentação
  • As artes bélicas
  • Culto e religião

Mais do que qualquer outra coisa, os lusitanos eram pastores.85 Esta característica revela e em grande medida concorda com o que Estrabão partilha sobre as condições agrícolas da região, que ele consagra como inférteis. Conta-nos José Leite Vasconcelos que os lusitanos da serra eram "brutos e selvagens, (...) onde o clima é agreste e a vida dura (...) .95). Do boxe às corridas, passando pela ginástica e pelos jogos equestres,94 justificados pelo caráter dinamizador das relações sociais e valorização das suas aptidões físicas entre os elementos da tribo, bem como parte integrante de rituais festivos para o entretenimento destas gentes, bem como um papel importante para preservar o espírito e as relações intrínsecas dos habitantes no bem-estar ideal de pertença à comunidade.95 Quanto aos rituais, Estrabão diz que os portugueses também praticavam o casamento à maneira helênica.

Para os lusitanos a melhor defesa é mesmo o ataque, enquanto os romanos carregavam o peso extra do grande escudo oblongo e usavam apenas uma mão para o ataque, os lusitanos usavam-na para ambas. Embora o autor não aprofunde esta noção, conseguimos relacioná-la com outros factos semelhantes noutros povos de diferentes regiões, equiparando os lusitanos ao resto do globo.

Figura 5 – Berrão
Figura 5 – Berrão

Entender os deuses: um olhar sobre a teórica

  • Reve
  • Bandua
  • Trebaruna
  • Nabia
  • Ilurbeda
  • Endovélico
  • Atégina

Comum nem sempre se traduz em claro, o que no caso específico dessa entidade se revelou em um abrangente compêndio de propostas e teorias em busca de um possível esclarecimento sobre a origem desses teônimos, ainda hoje incerta. Agora, apesar das dificuldades, o resultado da pesquisa pode ser declarado positivo, pois neste caso específico a deusa prefere um achado iconográfico, algo excelente e raro para a grande maioria dos teônimos encontrados neste panteão autóctone. Embora Alarcão diga: "as dificuldades de recuperação do tema morfológico deste teónimo ainda não foram completamente resolvidas p.98), a realidade é que para um trabalho de projecto deste género a aproximação a uma hipotética reconstrução do domínio real de Bandua, o conclusões dos contornos desta divindade, ela assegura uma identidade protetora, tutelar e vinculada às comunidades humanas, embora não seja esta a única esfera de atuação, é suficiente para impulsionar o pensamento criativo e imaginário de um teórico do corpo em necessidade desesperada de exposição pública.170 .

Trebaruna é a deusa com menos achados epigráficos de todo o panteão selecionado para este exercício. Mas de particular interesse é o epíteto encontrado no Ara de Mareco inscrito Nabia Corona, é um altar que registra um sacrifício anual e cuja inscrição menciona a deusa duas vezes, apenas uma vez seguida do respectivo epíteto. De um ponto de vista geral e praticamente indiscutível, Nabia está circunscrita a um registo da deusa das águas.

As hipóteses sugeridas sobre Ilurbeda carecem de um corpo epigráfico em número, mas não o suficiente para sofrer uma rejeição teórica de seus dados. Curiosamente, quase todos os vestígios arqueológicos encontram-se em zonas mineiras, e em casos específicos como as grutas dos ladrões, em Góis, que foram descobertas no interior de um poço mineiro. Uma figura que preserva com todos os outros deuses do panteão uma margem qualitativa e quantitativa absolutamente desproporcional de seus achados epigráficos.

Por um lado, Leite de Vasconcelos foi o responsável por adquirir a maior parte deste espólio de artefactos, dando a Portugal um enorme incentivo para ver o seu povo interessado na história e riqueza cultural da brava nação, por outro lado deu o presente nas suas mãos ao ser pioneiro e estrear-se com um espólio tão rico como o do Santuário de Endovélico,190 quase como cúmplices da linha do destino, circunstâncias em que talvez o ilustre homem tivesse ficado comprometido se a repercussão da sua obra não tivesse se concretize. Por mais de um século, hipóteses etimológicas foram construídas sob o olhar de vários mestres. Prósper deriva o nome de um possível topônimo *ataiko ou etnônimo *ataecini, hipótese que essencialmente converte Ataecina em um adjetivo, o dos Ataecinos.200.

Figura 8 – mapa dos achados epigráficos de Bandua
Figura 8 – mapa dos achados epigráficos de Bandua

Figurar o panteão: a memória descritiva do trabalho de projeto

Objetivos do produto final

Se as imagens do produto final não respeitassem seu propósito principal como promotor temático, a premissa total não corresponderia em suas partes. Como tal, parece fazer sentido a hipótese da concretização das imagens em objectos manejáveis, optámos pela construção de uma zine ou de sete postais ilustrados, disponíveis (hipoteticamente) no museu nacional de arqueologia.

Justificação do suporte

A iconografia presente na estética Galaico-lusitana

A cultura Castreja contém alguns exemplos iconográficos nos relevos das belas pedras, normalmente associadas a saunas, que podem contribuir significativamente para o enriquecimento da obra final. Elementos curvilíneos, em “S”, linhas em nós, tranças em forma de coração, cruzes e espirais que podem ter algum tipo de símbolo associado.

Figura 20 – Moodboard nº2 cerâmicas e iconografia votiva
Figura 20 – Moodboard nº2 cerâmicas e iconografia votiva

Representação dos deuses, processos e Hipóteses de interpretação

  • Reve
  • Bandua
  • Trebaruna
  • Nabia
  • Ilurbeda
  • Endovélico
  • Atégina

Observando a figura 26, percebemos que a pose ilustrada da divindade é a primeira e mais importante transposição de seu personagem. Essa característica, embora comum dentro do contexto histórico em que está inserida, gera uma peculiaridade quase exclusiva de Bandua, a questão de seu gênero, dificultando até mesmo para especialistas a identificação da divindade como um deus ou deusa da guerra. À medida que essas noções do mundo espiritual amadureceram, o autor propôs a noção de uma unidade divina cruzada, que se comprometeu com uma ideologia de unidade não binária.

Conceitos como peso, estabilidade e potência preenchem as linhas nas quais o propósito robusto do Bandua é traçado. A ânfora é de fato o signo de Nabia, no qual é guardada a água da vida, o sangue do ciclo da eternidade do qual dependem os mortais, inscritos na superfície de seu tecido estão os nomes dos deuses do panteão, que tem caiu no esquecimento nas mentes de seu povo, sobrevivendo como um resquício da história com a qual a deusa não se importava. A deusa que conduz os homens perdidos de seu caminho, neste caso particular, especificamente para sua comunidade e respectivo lar.

Luz assume um enorme grau de parentesco com vários outros termos, mas os escolhidos para a construção da figura 30 são os de poder, destino e esperança. Parece ao autor uma escolha acertada que destaca exponencialmente o perfil divino que procura representar. Para aqueles que se desviam no caminho, Ilurbeda joga seus cabelos como se fossem uma corda, para que encontre a deusa em seu destino, assim o autor idealiza a escolta dos fiéis.

Considerando o que foi apresentado no capítulo anterior sobre Endovélico, a imagem pintada é de um deus com clara influência celta, circunscrito a um círculo específico de crentes e com fortes laços culturais com ambos os agentes do oráculo de Endovélico. Na linguagem corporal, uma posição de repouso, típica de um homem exteriormente sábio, onde a experiência do seu ofício oblitera qualquer necessidade de recorrer ao esforço físico. A primeira e mais óbvia é a ligação da fruta com a deusa Prosérpina, da lenda escrita sobre ela na mitologia romana.

Assim, esse estímulo constante da emoção alimenta o dever do réu, que é tirar e dar a vida, ter na mão uma faca e um queijo, ou no caso, uma romã. Youtube min.) Disponível em WWW:

Figura 26 – Ilustração final REVE
Figura 26 – Ilustração final REVE

Imagem

Figura 1 -Divisão territorial da Península ibérica 300 a.C
Figura 3 – divisão administrativa da Hispânia
Figura 7 – mapa dos achados epigráficos de Reve
Figura 8 – mapa dos achados epigráficos de Bandua
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Referências

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