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Gestão e Planejamento de Recursos Hídricos no Brasil

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Academic year: 2023

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Este trabalho está dividido em seis unidades que abordam questões gerais relacionadas ao planejamento e gestão de recursos hídricos, bem como a aplicação de diferentes técnicas e diferentes estudos de caso. No segundo bloco discutimos uma série de políticas na área de gestão das águas, incluindo a Política Nacional de Recursos Hídricos, seus princípios, instrumentos e diretrizes.

Água: conceitos, dinâmica e distribuição

  • Problematizando o tema
  • Distribuição hídrica mundial
  • Divisão hidrográfica nacional
  • Considerações finais
  • Estudos complementares
  • Referências

Ou seja, o que está efetivamente disponível ao ser humano equivale a 0,007% da quantidade total de água do planeta. Estima-se que a demanda total de água no mundo seja de aproximadamente 10% do volume total disponível.

Figura 1 Distribuição de água no Brasil.
Figura 1 Distribuição de água no Brasil.

A Gestão dos Recursos Hídricos no Brasil

Problematizando o tema

A Lei Maranhense nº 7.052, que dispõe sobre a política estadual de recursos hídricos, institui o Sistema Integrado de Gestão das Águas e dá outras providências. Lei catarinense nº 9.748, que dispõe sobre a política estadual de recursos hídricos e dá outras providências.

Bases legais para a gestão de recursos hídricos

  • Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos
  • Instrumentos de Gestão
  • Planos de Recursos Hídricos
  • Enquadramento dos corpos de água em classes,
  • Outorga dos direitos de uso de recursos hídricos
  • Cobrança pelo uso de recursos hídricos

Procedimentos para obtenção da outorga de direito de uso

  • Outorga pela ANA
  • Outorga no Estado de São Paulo

A outorga é de grande importância dentro da Política e Sistema Nacional de Recursos Hídricos, pois promove o controle quantitativo e qualitativo do uso da água; permite uma distribuição mais justa e equilibrada; garante o exercício efetivo dos direitos de acesso à água pelos usuários interessados; minimiza conflitos entre usuários; dá ao usuário segurança de investimento. O artigo 12 da lei 9.433/97 apresenta os direitos de uso da água que são objeto de outorga do Poder Público: extrair ou captar parte da água existente em um corpo hídrico para consumo final, inclusive abastecimento público ou insumo de produção; extração de água de aquíferos subterrâneos para consumo final de pró- II. lançamento de esgoto e outros resíduos líquidos em corpos hídricos ou III. outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água V. existente em um corpo hídrico.

Figura 1 Fluxograma Licenciamento ambiental: CETESB, intervenção em área de pre- pre-servação permanente (APP).
Figura 1 Fluxograma Licenciamento ambiental: CETESB, intervenção em área de pre- pre-servação permanente (APP).

Solução de conflitos na tomada de decisão pelo uso da água

A Lei cearense nº 11.996, que dispõe sobre a política estadual de recursos hídricos, institui o Sistema Integrado de Gestão de Recursos Hídricos – SIGERH e dá outras providências. A Lei Piauí nº 5.615, que dispõe sobre a política estadual de recursos hídricos, institui o sistema estadual de gestão das águas e dá outras providências. A Lei nº 6.908, que dispõe sobre a política estadual de recursos hídricos, institui o Sistema Integrado de Gestão de Recursos Hídricos – SIGERH e dá outras providências.

Lei de Sergipe n. A Portaria 3.870, que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, cria o Sistema Integrado de Gestão de Recursos Hídricos e dá outras providências.

Figura 3 Integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Figura 3 Integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Considerações finais

Lei de São Paulo n. 7.663, estabelece diretrizes para a política nacional de recursos hídricos e para o sistema integrado de gestão de recursos hídricos.

Estudos complementares

Plano de Uso Integrado dos Recursos Hídricos do Nordeste Brasileiro – Fase I. Conflitos Inerentes ao Uso.

O Manejo de Bacias Hidrográficas no Gerenciamento de

  • Problematizando o tema
  • Bacias Hidrográficas
  • Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas
  • Aumento da Infiltração e estocagem de água no solo
  • Contenção de enxurradas
  • Recuperação Ambiental
  • O Manejo de Bacias Hidrográficas como instrumento
  • Considerações finais
  • Referências

Esta vantagem reduz a obstrução da porosidade pelas partículas quebradas do solo, garantindo uma boa infiltração de água no solo. Ao conter o escoamento, os terraços desempenham, portanto, um papel estratégico na conservação do solo e da água. Para tanto, estão disponíveis práticas já consolidadas por programas de gestão de água e solo.

As medidas de conservação de recursos são aquelas propostas para aumentar a infiltração de água no solo e controlar as inundações.

Geotecnologias como suporte para o planejamento e gestão de

Problematizando o tema

Geralmente são necessárias informações georreferenciadas em formato digital, pela praticidade de armazenamento dos dados, facilidade de manipulação, além da redução de custos em relação ao material impresso. Câmara & Davis (2001) mencionam que já na década de 1950, especialmente nos Estados Unidos e na Inglaterra, havia essa preocupação em automatizar o processamento de dados com características espaciais e, além disso, que foi na década de 1980, com os avanços tecnológicos da a microinformática e a criação de centros especializados em informações espaciais possibilitaram armazenar e representar essas informações em um ambiente computacional. Nesse contexto surgiu o termo Geotecnologia, que engloba as diversas tecnologias relacionadas à coleta, armazenamento, processamento, análise e apresentação de dados com expressão espacial, podendo assim ser referenciados geograficamente (VETTORAZZI, 1996).

Na literatura são apresentadas diferentes definições para esse termo, principalmente ao longo do tempo em decorrência justamente dessa evolução tecnológica dos equipamentos e das técnicas de processamento de dados.

Geotecnologias

  • Sistemas Globais de Posicionamento e navegação por satélite
  • Sensoriamento Remoto
  • Sistemas de Informações Geográficas

Deve ser possível alterar um método para outro (ou adicionar) sem perda de dados e atrasos que prejudiquem o andamento do projeto. Nesse sentido, os processos de classificação digital de imagens orbitais tornaram-se um importante aliado no estudo de bacias hidrográficas, pois o desenvolvimento de ferramentas de análise utilizadas em geoprocessamento aproximou ainda mais os usuários de dados de sensoriamento remoto do processo de desenvolvimento de suas aplicações. . Os primeiros SIG, no entanto, eram semelhantes às bases de dados de mapas georreferenciados e, em outros casos, tinham capacidades de análise espacial, mas não incluíam processamento digital de imagens de sensoriamento remoto.

Medeiros (1998), conceitualmente, o SIG apresenta, além desta característica, os seguintes componentes básicos: Interface do usuário; entrada e integração de dados; consulta e imagem; visualização e plotagem;

Tabela 1 Características de alguns dos principais sistemas de sensoriamento orbital.
Tabela 1 Características de alguns dos principais sistemas de sensoriamento orbital.

Exemplos de aplicação: definição de áreas prioritárias

A MA é uma das técnicas utilizadas para tomada de decisão e sua integração com o SIG foi considerada um avanço em relação ao procedimento convencional de cruzamento de planos de informações para priorização de áreas (MALCZEWSKI, 1999; THILL, 1999). Os pesos fatoriais expressam a importância, ou ordem de importância, dos fatores no processo de tomada de decisão (MALCZEWSKI, 2004). Os autores destacam ainda que os pesos de ordenação deste mapa de prioridades promoveram a definição de áreas prioritárias de acordo com o processo de tomada de decisão pré-determinado.

O MPO, por sua vez, é adequado para priorização de áreas, flexível, de fácil implementação no ambiente SIG e, sobretudo, permite a interação de conhecimentos e características da paisagem no processo de tomada de decisão.

Tabela A Matriz de comparação pareada entre os mapas de fatores e pesos de fator.
Tabela A Matriz de comparação pareada entre os mapas de fatores e pesos de fator.

Considerações finais

Estudos complementares

Primeiras palavras

Problematizando o tema

A bacia hidrográfica e a produção de água

Além disso, a mata ciliar retém sedimentos de áreas agrícolas, que reduzem a penetração da luz na água e afetam o crescimento e a reprodução de plantas aquáticas benéficas, bem como a alimentação e reprodução de peixes e insetos aquáticos. A mata ciliar também desempenha importante papel como corredor ecológico, conectando fragmentos florestais e contribuindo para o fluxo gênico entre populações de espécies animais e vegetais. Os exemplos apresentados nada mais são do que “funções ambientais” ou, como está em voga, “serviços ambientais” desempenhados pelas florestas e não devem ser ignorados em hipótese alguma se o objetivo for a gestão da bacia hidrográfica.

O serviço ambiental “Produção de Água”

A certificação ambiental/florestal e o pagamento por serviços ambientais contrariam essa lógica, que em vez de punir quem degrada, incentiva quem preserva. A maioria dos projetos de pagamento por serviços ambientais no Brasil está relacionada à conservação da água, que começou com um trabalho pioneiro em Extrema, sul de Minas Gerais, em 2007. Esta foi a primeira iniciativa municipal brasileira a implementar o pagamento por serviços ambientais com base na relação existente entre florestas e os serviços que prestam em relação à qualidade e quantidade de água para a sociedade como um todo.

Em relação às iniciativas estaduais, há exemplos em São Paulo, onde está em andamento legislação estadual sobre pagamentos por serviços ambientais.

Estudo de caso: Comitê das Bacias Hidrográficas dos rios Sorocaba

Desde então, o GT-PSA tem realizado reuniões periódicas para estruturar um programa de pagamento por serviços ambientais no CBH-SBS. Avanços importantes já foram alcançados, como a definição de que o programa a ser desenvolvido pela CBH-SBS abordará a questão do “produtor de água” e a seleção da microbacia piloto na área de proteção ambiental de Itupararanga para implementação do programa. Desde a sua implantação, o Comitê estabeleceu como prioridade a área da barragem localizada na Área de Proteção Ambiental (APA).

A cidade de Ibiúna destaca-se como a maior aglomeração populacional dentro da área de drenagem da represa de Itupararanga.

Considerações finais

Dada a sua importância socioambiental, a Microbacia do Ribeirão Murundú, em Ibiúna, foi escolhida por unanimidade pelos associados do GT-PSA para iniciar o programa de pagamento por serviços ambientais. A microbacia do Ribeirão Murundú está localizada na sub-bacia 4 – Médio Sorocaba dentro da UGRHI 10. A Universidade Estadual Paulista (UNESP campus Sorocaba) mantém um projeto de mapeamento e caracterização dos recursos e da vegetação ciliar do Ribeirão Murundú.

Para viabilizar esta proposta, o CBH-SMT GT-PSA colaborou para desenvolver e implementar um programa de pagamento por serviços ambientais direcionado aos “produtores de água” da bacia.

O pagamento por serviços ambientais é um processo que está em conformidade com esta proposta e é particularmente importante para os nossos pequenos produtores, que são na sua maioria subcapitalizados. Nestes casos, a compensação do PSA pode até ser o fator que viabiliza economicamente a propriedade rural e, consequentemente, a manutenção dos homens no campo.

A Bacia Hidrográfica como unidade de planejamento

Problematizando o tema

As águas dos riachos que drenam a região possuem propriedades físico-químicas próprias que refletem as atividades do solo da bacia em questão. A bacia hidrográfica deve ser considerada como uma unidade quando queremos preservar os recursos hídricos, pois as atividades nela realizadas afetam a quantidade e a qualidade da água. Representa a unidade de planejamento mais adequada para o uso e exploração dos recursos naturais, pois seus limites são imutáveis ​​dentro do horizonte de planejamento humano, o que possibilita o monitoramento das mudanças naturais ou artificiais no espaço.

Disciplinar o uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica é, portanto, a forma mais eficaz de controlar os recursos hídricos que compõem a bacia.

O caso da Bacia Hidrográfica da Cachoeira das Pombas

  • Morfometria da Bacia Hidrográfica
  • Características Biológicas
  • Características Socioeconômicas
  • Caracterização das nascentes e análise hidroambiental

A bacia hidrográfica de Cachoeira das Pombas possui pequena área de drenagem (698,1 ha), cota média igual a 921 m, declividade elevada (33,9% – relevo forte ondulado) e formato alongado (fator de forma, coeficiente de compacidade e índice de cercamento iguais a e 0,397, respectivamente). ). Portanto, a bacia hidrográfica da Cachoeira das Pombas possui funções ecológicas, ambientais, sociais e estéticas, pois as áreas verdes urbanas proporcionam melhorias no espaço superantropizado das cidades e benefícios para seus habitantes. Assim, a destruição da mata ciliar, no médio e longo prazo, poderá reduzir a capacidade de armazenamento da microbacia e consequentemente a vazão no período de seca, como provavelmente é o caso da bacia hidrográfica de Cachoeira das Pombas.

Este fluxo excessivo de água pode levar ao empobrecimento dos solos da bacia através da lixiviação de nutrientes, matéria orgânica e microfauna, resultando na perda de solo, água e nutrientes, bem como causando processos de erosão e assoreamento nos cursos de água a jusante. , o que acabará por afetar a vazão da Cachoeira das Pombas.

Figura 1 Delimitação das sub-bacias, nascentes e represas, Cachoeira das Pombas,  Guanhães, MG, 2004.
Figura 1 Delimitação das sub-bacias, nascentes e represas, Cachoeira das Pombas, Guanhães, MG, 2004.

Considerações finais

Engenheiro Florestal formado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e atualmente cursando mestrado em Ciências Florestais (UFV). Engenheira Florestal pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), mestre em Gestão Ambiental (UFLA), possui doutorado em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), especialização em Manejo de Bacias Hidrográficas pela Organização para Agricultura e Alimentação (FAO). ). Possui graduação em Silvicultura pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), mestrado em Hidrologia Florestal (UFV) e doutorado em Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), mestrado em Ciências Florestais pela Universidade de São Paulo (USP/ESALQ), doutorado em Recursos Florestais (USP/ESALQ).

Imagem

Figura 1 Distribuição de água no Brasil.
Figura 2 Divisão do território nacional em doze regiões hidrográficas de acordo com  CNRH 32/2003
Figura 1 Fluxograma Licenciamento ambiental: CETESB, intervenção em área de pre- pre-servação permanente (APP).
Figura 2 Fluxograma Licenciamento ambiental: DAEE análise de concessão de outorga  de uso e ou intervenção.
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Referências

Documentos relacionados

A mencionada Lei Federal dispõe sobre cinco instrumentos: os Planos de recursos hídricos PRH, o enquadramento dos corpos d’água, a outorga dos direitos de uso da água, a cobrança pelo