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Indução Assimétrica Remota 1,5 em Adições de Enolatos de Boro de Metilcetonas a Aldeídos Aquirais

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Academic year: 2023

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Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)

33a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química

Indução Assimétrica Remota 1,5 em Adições de Enolatos de Boro de Metilcetonas a Aldeídos Aquirais

Ellen Christine Polo1 (PG), Marco Antonio Barbosa Ferreira1 (PG), Luiz Carlos Dias1 (PQ)*

Instituto de Química - UNICAMP - caixa postal: 6154 - CAMPINAS - SP - CEP: 13083-970

*ldias@iqm.unicamp.br

Palavras Chave: Reação aldólica, metilcetona, enolatos de boro, estereoindução 1,5.

Introdução

A reação aldólica é um dos métodos mais eficientes e versáteis para a construção de novas ligações C- C de maneira regio-, diastereo- e enantiosseletiva sendo, portanto, amplamente empregada na síntese de produtos naturais.1 Em 1989, Masamune e col.

relataram pela primeira vez a indução remota 1,5, no artigo referente à síntese do fragmento [C1-C16]

da Briostatina 1. Ao realizar a reação aldólica entre o enolato de boro da metilcetona 1 e o aldeído 2 utilizando Et2BOTf foi obtido o aduto de aldol 3 com baixo senso de indução (ds = 66:33).1

Figura 1. Resultado obtido por Masamune.

Neste trabalho, apresentamos a preparação da metilcetona 9 e os resultados obtidos das reações aldólicas entre o enolato de boro desta metilcetona e aldeídos aquirais. O objetivo é investigar a influência da estereoquímica relativa de acetonídeo 1,3-anti na estereoindução 1,5.

Resultados e Discussão

O tratamento de 4 com acetimidato de PMB e CSA seguido de oxidação com PCC resultou em 5 (65%

em 2 etapas). A próxima etapa consistiu na reação aldólica entre o enolato de boro da metilcetona 5 e o aldeído 6 que forneceu o aduto 7 em excelente rendimento e seletividade (90%, ds>95:05). Em seguida, 7 foi submetido a condições de redução estereosseletiva 1,3-anti levando a formação do diol que ao ser tratado com 2,2-DMP/CSA resultou no acetonídeo 8 (84% em 2 etapas, ds>95:05). Em seguida, 8 foi tratado com DDQ, em meio de CH2Cl2:tampão, resultando no álcool (80%) que por fim foi oxidado nas condições de Swern fornecendo a metilcetona 9 em 82% de rendimento (Figura 2).

Figura 2. Preparação da metilcetona 9.

Com a metilcetona 9 em mãos, realizamos os acoplamentos aldólicos com aldeídos aquirais.

Sendo assim, a metilcetona 9 foi enolizada na presença de (c-Hex)2BCl e Et3N em Et2O a −30 ºC resultando no enolato 10. Em seguida o aldeído foi adicionado a −78 ºC fornecendo os adutos de aldol 11a-g e 12a-g (Figura 3). Os resultados obtidos estão apresentados na tabela 1.

Figura 3. Reações aldólicas entre o enolato de boro da metilcetona 9 e aldeídos aquirais.

Tabela 1. Resultados obtidos nas reações aldólicas entre o enolato de boro 10 e aldeídos aquirais

Ent. Aldeído (R) dsa Rend. (%)b

1 i-Pr (a) 78:22 88

2 Et (b) 69:31 76

3 t-Bu (c) 80:20 83

4 H2C=C(Me) (d) 69:31 76

5 Ph (e) 74:26 86

6 p-PhNO2 (f) 75:25 88

7 p-PhOMe (g) 67:33 76

a Proporção determinada por análise de RMN de 1H e de RMN de 13C sem efeito NOE da mistura diastereoisomérica. b Determinados após purificação por cromatografia de SiO2 flash.

Podemos concluir que as metilas na posição α carbonila não influenciam na seletividade da reação, sendo o acetonídeo 1,3-anti o responsável pela baixa seletividade observada por Masamune. No momento, estudos estão sendo realizados para determinar a estereoquímica relativa 1,5.

Conclusões

A metilcetona 9 foi preparada em 7 etapas com rendimento global de 32%. Os adutos de aldol obtidos a partir das reações aldólicas envolvendo o enolato de boro da metilcetona 9 foram obtidos em rendimentos muito bons e diastereosseletividade de moderada a boa.

Agradecimentos

Os autores agradecem a FAPESP, CNPQ e CAPES pelo apoio financeiro.

____________________

1 Dias, L. C. e Aguilar, A. M. Chem. Soc. Rev. 2008, 37, 451.

Me Me O O O

Me

Me (c-Hex)2BCl

Et3N Et2O,−30 ºC

R-CHO

Me O O O

Me Me

R OH

Me O O O

Me Me

R + OH

Me

OB(c-Hex)2 O O

Me Me

1,5-syn 9 10

11a-g 12a-g

1,5-ant i

−78 ºC, 1 h

Me Me

OH OH MeO

O CCl3 NH

CSA(cat.), CH2Cl2, t.a., 18 h a.

b. PCC, CH2Cl2, t.a., 3 h

65%, 2 etapas

Me Me

PMBO O a. (c-Hex)2BCl, Et3N Et2O,−30 ºC, 30 min b.

H O

Me, −78 ºC, 1 h 40 min

90%, ds > 95:05 Me

PMBO O

Me OH

a. Me4NHB(OAc)3 AcOH, CH3CN, CSA(cat.)

−22 ºC, 20 h b.

MeO OMe Me

Me ,CSA(cat.)

t.a., 18 h

Me

PMBO O

Me O Me Me

83%, 2 etapas, ds > 95:05

a. DDQ

CH2Cl2:tampão fosfato 0 ºC, 30 min, 80%

b. (COCl)2, Et3N, DMSO CH2Cl2,−78 ºC, 82%

Me O

Me O Me Me O

9

4 5

6

7

8

O O O

Me Me O Me

MOM Me Me

O

H OTBDPS

Et2BOTf, DIPEA, pentano

TBDPSO O O O

Me Me O

MOM Me Me

OH

OTBDPS 1

2

3 1,5-anti TBDPSO

ds= 66:33 (1,5-ant i:1,5-syn)

Referências

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