• Nenhum resultado encontrado

Investigação fitoquímica de uma amostra de Própolis Verde

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2023

Share "Investigação fitoquímica de uma amostra de Própolis Verde"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)

33a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química

O OH O

O 1

2 3 4

5 6

7

8 9

1''' 1''

2''' 2''

3''' 4''' 5''' 3'' 5''

4''

9' 1' 7' 2' 3'

4' 5'

6' 8'

HO

O 1 OH 2 3 4

5 6

7

8 9

1'' 1'

2'' 2'

3'' 4'' 5'' 3' 5'

4'

Investigação fitoquímica de uma amostra de Própolis Verde - MG

Leonardo C. Tavares1 (PG),), Ângela M. C. Arriaga1* (PQ), Telma L. G. Lemos (PQ), Raimundo Braz- Filho2 (PQ) *angelamcarriaga@yahoo.com.br

1Departamento de Química Orgânica e Inorgânica – Universidade Federal do Ceará.

2Universidade Estadual do Norte Fluminense – Setor de Produtos Naturais

Palavras Chave: Fitoquímica, Própolis Verde.

Introdução

O termo Própolis significa defesa da cidade ou da colméia (pro “em defesa de” e polis “cidade”)1,2. Produto de apiários comercializado em paralelo ao mel, é um material resinoso de consistência viscosa elaborado pelas abelhas que coletam matéria-prima de diversas partes de plantas como brotos, cascas e exsudatos de árvores. Dessa maneira a composição da própolis é um reflexo direto da flora vegetal da qual se servem as abelhas1.

A Própolis é conhecida e utilizada pelo homem desde os tempos mais remotos. Os sacerdotes do antigo Egito a utilizavam freqüentemente como substância medicinal e como parte integrante dos unguentos e cremes de embalsamar3. Mais tarde, persas, romanos e incas também fizeram uso da própolis para tratamento de infecções3.

A Própolis Verde brasileira, produzida em São Paulo e Minas Gerais são constituídas principalmente de derivados prenilados do ácido p- cumárico e possui grande quantidade de flavonóides, muitos dos quais não estão presentes em Própolis da Europa, América do Norte e Ásia4.

Este trabalho buscou a reinvestigação fitoquímica de uma amostra de Própolis Verde de Minas Gerais, coletada na cidade de Passa Quatro.

Resultados e Discussão

A fração hexânica do extrato etanólico foi submetida a sucessivas colunas cromatográficas em gel de sílica, tendo como eluente misturas binárias de Hexano:AcOEt em ordem crescente de polaridade que levaram ao isolamento de [ácido (E)- 3-(4-(3-fenilpronanoiloxi)-3,5-bis(3-metilbut-2-enil) acrílico] (1, 30 mg), ácido 3,5-diprenil-4- hidroxinâmico (2, 8 mg), lupeol (4, 19 mg), a mistura α- e β-amirina (5, 26 mg), e ácido 3-prenil-4- hidroxinâmico (7, 23 mg).

Uma alíquota da fração clorofórmio (3,0 g), foi dissolvida em uma solução de NaHCO3 5% e posteriormente particionada com AcOEt. A fração aquosa contendo os sais dos compostos fenólicos foi acidificada com HCl concentrado até pH 4. Em seguida a solução foi particionada com AcOEt, e a fase orgânica foi concentrada à pressão reduzida, fornecendo a fração PCC-F (2, 1 g) contendo os compostos fenólicos. Essa fração foi submetida a sucessivas colunas de exclusão com Sephadex LH- 20, eluída com MeOH que levaram ao isolamento de

uma mistura de flavonóis (Ramnocitrina e Eupalitina) (3, 16 mg) e de acacetina (6, 23 mg).

As determinações estruturais dos compostos foram realizadas por análise de dados de RMN 1H e RMN 13C, incluindo técnicas bidimensionais (COSY, HSQC e HMBC) e comparação com dados da literatura.

Figura 1. Estruturas dos compostos isolados da Própolis Verde.

Conclusões

A reinvestigação da Própolis Verde - MG permitiu confirmar seu perfil fitoquímico, com a ocorrência de compostos prenilados derivados do ácido cinâmico, flavonóides e triterpenos. O composto (1) está sendo relatado pela primeira vez na literatura.

Agradecimentos

CNPq, CAPES e PRONEX.

1 Burdock, G. A. Review of the biological properties and toxicity of bee propolis. Food and Chemical Toxicology, v. 36, p. 347-363, 1998.

2 Marcucci, M. C. Propriedades biológicas e terapêuticas de constituintes químicos da própolis. Química Nova, v. 19, p. 529-535, 1996..

3 Pereira, et. al. Própolis: 100 anos de pesquisa e suas perspectivas futuras. Química Nova, v. 25, p. 321-326, 2002.

4 Simões, L. C. M. et al. Effect of Brazilian Green própolis on the production of reactive oxygen species by stimulated neutrophils.

Journal Ethnopharmacology, v. 94, p. 59-65, 2004.

(1) (2)

O

O OH

OH CH3O

OH

1 2

3 5 4 6 7

8 9

10 1' 2'

3' 4' 5'

A C 6'

B

O

O OH

OH CH3O

OH CH3O

6' 5'

4' 3' 2'

1'

10 8 9 7

6 5 4

3 2 1

A C B

HO

H H

H H H

H

1 2 3

4 5

6 7 8 9 10

11 12 13 14

15 16 17 18

19 20

21 22

23 24

25 26

27 28

29 30

(3)

(4)

R1 R2

2

3 4 5

6 7

8 9 10

11 12

13 14 15

16 17 18 1920 21

22

24 23

25 26

27

28 29

R1=CH3; R2=H R1=H; R2=CH3

1

30

(5)

O

O OH

OH

OH OH HO

1' 2'

3' 4' 5' 6' 1

2

43 5 6

7 8 9

10 (6)

HO

OH O 1 2 3 4

5 6

7 8 1'

2' 3' 4'

5'

9

(7)

Referências

Documentos relacionados

Due to the high incidence of mastitis affecting cattle herds in Brazil, the recognized antimicrobial activity attributed to propolis and the fact that propolis is a