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Isolamento de uma ceramida da esponja Dysidea robusta

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Academic year: 2023

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Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)

31a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química

Isolamento de uma ceramida da esponja Dysidea robusta

Suzi O. Marques (PG)1*, Solange Peixinho2 (PQ), Eduardo Hajdu3 (PQ), Roberto G. de S. Berlinck (PQ)1

*suzi@iqsc.usp.br rgsberlinck@iqsc.usp.br

1Instituto de Química de São Carlos, Universidade de São Paulo, CP 780, CEP 13.560-970, São Carlos, SP, Brasil.

2Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA.

3Departamento de Invertebrados, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Quinta da Boa Vista, s/n, CEP 20.940-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Palavras Chave: esponjas marinhas, D ysidea robusta

Introdução

Vários metabólitos de interesse químico e farmacológico já foram isolados de esponjas do gênero Dysidea, principalmente éteres difenólicos bromados, derivados de peptídeos clorados e terpenos. Todavia, não existem relatos na literatura de estudos químicos da espécie Dysidea robusta (Villanova & Muricy, 2001).

Em nossos estudos de metabólitos secundários bioativos de invertebrados marinhos, o extrato bruto da esponja D. robusta (Baía de Todos os Santos, Salvador) apresentou atividade antibiótica contra várias linhagens de microrganismos patogênicos. A investigação química desta espécie levou ao isolamento de uma ceramida, além de outros compostos ainda não identificados. Este trabalho apresenta a identificação parcial da ceramida isolada desta esponja.

Resultados e Discussão

A esponja Dysidea robusta (300g) foi liofilizada e armazenada em MeOH:EtOH 1:1. O material sólido foi triturado e extraído com MeOH. O extrato bruto concentrado foi particionado com éter de petróleo (DR1-EP) e AcOEt (DR1-Ac).

Figura 1. Fracionamento do extrato éter de petróleo, levando ao isolamento de DR1-EP-5A-4.

O fracionamento do extrato DR1-EP foi realizado por meio de uma série de cromatografias em colunas em fase sílica gel. O processo levou ao isolamento da fração DR1-EP-5A, um sólido branco amorfo de caráter anfifílico. O analito foi submetido a uma reação de acetilação dos grupos hidroxila (detectados por RMN-1H) e, após purificação, obteve-se o produto acetilado DR1-EP-5A-4.

Análises por RMN-1H, -13C e RMN-2D possibilitaram estabelecer a estrutura parcial da ceramida que constitui a fração DR1-EP-5A-4. Observou-se 5 sinais de carbonilas na região de 170.0 ppm, quatro atribuídas aos grupos acetila (δ 21.0, 20.9, 20.8 e 20.7). Sinais de 13C na região de δ 30.0 e um singlete largo intenso em δ 1.26 (RMN-1H) indicaram a presença de cadeias alifáticas1. Os carbonos oximetínicos e hidrogênios ligados a estes puderam ser relacionados, analisando-se os espectros bidimensiomnais do tipo COSY 1H-1H, HSQC e HMBC, levando à elucidação parcial da estrutura 1.

Análises de dados de espectrometria de massas deverão estabelecer o tamanho das cadeias alifáticas e a posição dos grupos terminais isopropil [CH(CH3)2] e metil (CH3). Ceramidas com cadeias saturadas não são comuns em esponjas.

Conclusões

O isolamento de uma ceramida a partir de uma esponja do gênero Dysidea é inédito. Análises por EM permitirão estabelecer por completo a estrutura do composto isolado.

Agradecimentos

CNPq e FAPESP ____________________

DR1

DR1-EP 668,4 mg

DR1-Aq 611,0 mg DR1-Ac

335,0 mg

DR1-EP-5 64,8 mg

DR1-EP-5A 28,5 mg

H3C O CH3

O O

N +

Sep Pak Si,

grad. EP/CH2Cl2:EtOAc/MeOH

DR1-EP-5A-4 8,0 mg

AcO

H N O

AcO R2

OAc AcO

x

y

R1

R1= CH3ou CH(C H3)2 R2= CH(CH3)2ou CH3 x e y d esconh ecido s

1

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Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)

25a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química - SBQ 2

1 Hirsh, S; Kashman, Y. Tetrahedron. 1989, 108, (12), 3897- 3906.

Referências

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