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Jeanderson_Dissertação_versão final - UEFS

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Academic year: 2023

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A metodologia de coleta e análise citológica seguiu o protocolo de Tolbert et al. 2009), que, além dos micronúcleos, inclui o cálculo de alterações nucleares degenerativas indicativas de apoptose (cariorexia, cromatina condensada e picnose) e necrose (cariólise, cariorexia, cromatina condensada e picnose). O uso desses esteróides anabolizantes representa, portanto, um significativo problema de saúde pública, que agora é agravado pela sua prevalência entre jovens praticantes de atividade física, que antes era limitada a atletas profissionais (IRVING et al., 2002). Os esteroides anabolizantes, além de outros efeitos, promovem aumento da massa e do tônus ​​muscular (MARQUES et al., 2003;.

GHORBANIHAGHJO et al, decanoato de nandrolona, ​​propionato de testosterona e cipionato de testosterona são EAAs mais utilizados por praticantes de atividades físicas. O EAA decanoato de nandrolona é, segundo Valadares (2007), um dos esteroides anabolizantes mais utilizados entre atletas e é indicado como coadjuvante de terapias específicas (GHORBANIHAGHJO et al., 2005; CHAVES et al., 2006; VALADARES, 2006). O cipionato de testosterona possui forte ação androgênica, promovendo rápidos ganhos de força e volume muscular, mas pode levar à ginecomastia e ao aumento da pressão arterial (OLIVEIRA et al., 2007).

O uso de testosterona por atletas foi registrado, pela primeira vez, entre meados da década de 50 e 60, quando surgiu o termo doping olímpico (CHAVES et al., 2006; SOUZA; FISBERG, 2009). Atualmente, o uso de EAA não se limita mais ao grupo de atletas, mas também é consumido por quem frequenta academias de musculação (GUERRA et al., 2005b; SALAS-RAMIREZ et al., 2008; SOUZA; FISBERG, 2009). 1992) e Thomas et al. 2009) em que, além dos micronúcleos, também são contabilizadas alterações nucleares degenerativas indicativas de apoptose (cariorrexe, cromatina condensada e picnose) e necrose (aparecimento de cariólise ao lado dessas alterações).

Utilizando esta metodologia, Martins et al. 2010), em um estudo caso-controle, avaliaram os efeitos genotóxicos e citotóxicos dos esteróides anabolizantes decadurabolin e winstrol em 15 praticantes de levantamento de peso usuários dessas drogas.

TIPO DE ESTUDO

CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA

COLETA E PROCESSAMENTO DO MATERIAL

ANÁLISE CITOLÓGICA

ANÁLISE ESTATÍSTICA

ASPECTOS ÉTICOS

Conclusões: Os resultados obtidos mostram a inibição da apoptose causada pelo uso de EAA, o que sugere que este pode ser um dos mecanismos que contribuem para a ligação descrita entre o uso destas substâncias e o processo carcinogénico. A imagem de corpos musculosos e volumosos como modelos do corpo ideal e da masculinidade, frequentemente retratada na mídia de massa, levou à valorização do corpo e contribuiu para o aumento do número de adeptos ao uso de EAA (8, 63). A associação entre o uso de EAA e o câncer relatada na literatura pode estar relacionada ao potencial genotóxico, conforme já demonstrado por estudos realizados em culturas celulares in vitro e in vivo (41).

Portanto, responde-se à pergunta: “o uso de EAA está associado a maior risco de desenvolver câncer”. Trata-se de um estudo transversal individualizado e observacional que pode detectar uma possível associação simultânea entre o uso de esteróides anabolizantes e o risco de desenvolver câncer, mensurada pela quantificação e análise da frequência de indicadores de genotoxicidade e citotoxicidade. A frequência semanal de uso de EAA foi relatada por 12% dos indivíduos, 48% relataram uso mensal e 36%.

A análise da ocorrência de micronúcleos nos indivíduos do G1 em função do modo de utilização dos EAA revelou. Esses autores observaram que a maior incidência ocorreu entre pessoas com idade média de anos e destacaram a faixa etária como sendo um fator importante na determinação da frequência do treinamento físico, pois segundo esses autores, quanto maior a faixa etária, menor a prática . treinamento físico e uso de esteróides anabolizantes. Nesta pesquisa, os perfis obtidos em ambos os grupos são semelhantes e diferem principalmente quanto ao uso ou não uso de EAA.

Devido a essa semelhança entre os grupos, as diferenças observadas nas frequências de alterações nucleares na análise citogenética podem estar relacionadas ao uso de EAA. 45) utilizando o ensaio cometa (capaz de detectar lesões primárias no DNA) avaliaram o potencial genotóxico do EAA. Esses autores coletaram amostras de sangue periférico de 63 voluntários, agrupados em fisiculturistas não competitivos que usavam esteróides anabolizantes (23 participantes); fisiculturistas que não fazem uso de esteroides (20 participantes); e grupo controle (20 participantes) e observaram que não houve diferença estatisticamente significativa nos níveis de danos ao DNA em leucócitos do sangue periférico entre os grupos avaliados. Contudo, embora não tenha sido relatado por Torres-Bugarín et al. 67), o modo de utilização dos EAA pelos participantes, é provável que o potencial genotóxico identificado se deva ao uso associado de diferentes marcas.

Contudo, a combinação de diferentes variedades de EAA pode potencializar ou gerar um efeito citotóxico em comparação ao uso de apenas uma marca de EAA, sugerindo um efeito sinérgico. Os resultados obtidos mostram inibição da apoptose causada pelo uso de EAA, sugerindo que este pode ser um dos mecanismos que contribuem para a associação descrita entre o uso dessas substâncias e o processo carcinogênico. Uso de suplementos alimentares como forma de melhorar o desempenho em programas de atividade física em academias.

Dentre os diversos efeitos adversos associados ao uso de EAA, tem sido relatado o risco de câncer em usuários (SILVA et al., 2002), mas a ação dessas substâncias no início e desenvolvimento da doença não é clara, uma vez que o o número de estudos que avaliaram a genotoxicidade e/ou carcinogenicidade do EAA é considerado pequeno (JOOSTEN et al., 2004). Portanto, a ocorrência de efeitos genotóxicos associados ao uso de EAA ainda é um tema controverso, sugerindo a necessidade de produção de novos estudos sobre o tema. Os resultados obtidos neste estudo transversal mostram que: 1) O EAA avaliado quando utilizado isoladamente não apresenta efeito clastogênico e/ou. aneugênico; 2) quando combinados, os esteróides anabólicos androgênicos têm um efeito genotóxico e/ou citotóxico aumentado; 3) a inibição da apoptose causada pelo uso de EAA, sugerindo ser este um mecanismo importante na relação descrita entre o uso dessas substâncias e o processo carcinogênico.

Musculação, uso de esteróides anabolizantes e percepção de risco entre jovens fisiculturistas de um bairro popular de Salvador, Bahia, Brasil.

Tabela 1 – Características da amostra
Tabela 1 – Características da amostra

ARTIGO

Imagem

Tabela 1 – Características da amostra
Tabela 2 – Prática de exercício físico
Figura 1 – Fotomicrografia de uma preparação de células esfoliadas da mucosa oral corada pelo método
Tabela  3  –  Características  do  uso  de  anabolizantes
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Referências

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