XXIX Congresso de Iniciação Científica
Letras, alfabetos e sons: fonética, ortografia e sistemas de escrita
Amanda Kitzmann - Pesquisadora, Dr. Alessandro Jocelito Beccari (FCL/UNESP) - Orientador, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Assis, UNESP-Assis/SP,
amanda.kitzmann76@gmail.com Bolsa PIBIC - JÚNIOR – Grego e Latim no Ensino Médio.
Palavras- chave: Estudos Clássicos, Linguística, Alfabetos
Introdução
O estudo do grego antigo não é apenas um instrumento comprovadamente eficaz para o desenvolvimento da leitura e da escrita em línguas modernas, mas também um meio de ganhar consciência histórica das línguas e compreender a metalinguagem da Gramática Tradicional (GT) (DE VANE, 1997). Além disso, de acordo com Cagliari (1989, 2005), o aprendizado de diferentes alfabetos pode facilitar a compreensão dos “mecanismos de produção da leitura (decifração e compreensão) e da escrita (livre ou ortográfica)” na língua materna.
Objetivos
No primeiro semestre, a pesquisa teve como objetivo geral servir como introdução a noções elementares do grego antigo em comparação com o português e o inglês. No segundo semestre, a pesquisa direcionou-se para um tema específico:
diferentes alfabetos e o Alfabeto Fonético Internacional.
Material e Métodos
O Material descrito e analisado proveio de quatro alfabetos: grego, hebraico, latino clássico e o Alfabeto Fonético Internacional. No geral, a metodologia seguiu os seguintes passos: reconhecimento da diferença entre:
letra e som, fonema e grafema; compreensão gradual e intuitiva da constituição de diferentes alfabetos a partir da noção da diversidade dos sistemas fonológicos. As descrições e análises realizadas foram de tipo informal: a aluna tomou notas em seu diário de pesquisa das distinções supracitadas, praticamente sem utilização de terminologia técnica.
Resultados e Discussão
A pesquisa teve como resultado um aumento do conhecimento metalinguístico do pesquisador, que se deu pelo estímulo à comparação de aspectos formais entre os alfabetos e sistemas fonológicos de línguas antigas (o latim, o grego e o hebraico) e línguas modernas (o português e o inglês). Estimulou-se a maneira científica de pensar com o uso de noções e instrumentos da Linguística: o princípio acrofônico, a noção de fonema e sistemas fonológicos e a Tabela do IPA.
Conclusões
No geral, as pesquisas resultaram em um aumento na seguinte habilidade: maior compreensão de aspectos fonológicos fundamentais das línguas estudadas. Além disso, as discussões a respeito da relação entre sons e letras na decifração de textos escritos (as noções de princípio acrofônico e categorização gráfica de Cagliari (1989, 2005)), ajudaram no desenvolvimento de uma melhor compreensão das diferenças entre as línguas e como elas são aprendidas. Nesse sentido, foi uma experiência de aprendizado de grande relevância para a formação do pesquisador.
Agradecimentos
Agradecemos ao Prof. Alessandro Beccari e aos responsáveis pelo programa de iniciação científica PIBIC JR por esta oportunidade.
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BECCARI, A. J. O alfabeto latino. Jornal Nosso campus, Assis, ano 8, n°21, p 2, maio 2014. Disponível em: <
www.2.assis.unesp.br > acesso em: 4 maio 2015
2 CAGLIARI, L. C. Algumas questões de lingüística na alfabetização. Caderno do Professor (Belo Horizonte), Belo Horizonte, MG, v. 1, n.12, p. 12-20, 2005.
3 DE VANE , A. K. Efficacy of Latin Studies in the Information Age. Paper submitted for PSY 702: Educational Psychology.
Valdosta, GA: Valdosta State University, 1997. Diponível em
< http://teach.valdosta.edu/whuitt/files/latin.html >. Acesso em 16 de julho de 2014.
4 FISCHER, S. C. História da escrita. São Paulo: Editora UNESP, 2009. p. 46-47 e p. 124-125.
5 DOBSON, H. J. Aprenda o grego do NovoTtestamento. Rio de Janeiro: CPDA , 1992.
6 ØRBERG, H. H. Lingua Latina Per Se Illustrata: Pars I, Familia Romana. Grenaa: Domus Latina, 2003.
Figura 1: Derivação do alfabeto latino a partir do grego.