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Estudo microcalorimétrico da transição colorimétrica em vesículas de polidiacetileno causada por diferentes solventes orgânicos

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Academic year: 2023

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Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)

33a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química

Estudo microcalorimétrico da transição colorimétrica em vesículas de polidiacetileno causada por diferentes solventes orgânicos

Ana Clarissa S. Pires1(PQ), Nilda de F. F. Soares1* (PQ), Luis H. M. Silva2(PQ), Maria do C. H.

Silva2(PQ), Aparecida B. Mageste2(PG), Rêmili F. Soares1 (IC) Álvaro V. N. C. Teixeira3 (PQ).

*nfsoares@ufv.br

1Departamento de Tecnologia de Alimentos, 2Departamento de Química, 3Departamento de Física, Universidade Federal de Viçosa

Palavras Chave: 10,12 ácido pentacosadiinóico, solvatocromismo, entalpia

Introdução

Polidiacetilenos (PDAs) são polímeros formados pela adição 1,4 de monômeros de diacetilenos, que exibem propriedades cromáticas únicas. PDAs podem ser formados em estruturas auto- organizadas, como vesículas e filmes moleculares1 e, embora vesículas polidiacetilênicas tenham sido intensivamente estudadas por técnicas espectroscópicas e microscópicas, a termodinâmica envolvida na transição colorimétrica de estruturas auto-organizadas de PDA não foi determinada.

Desta forma, este trabalho investiga, pela primeira vez, a variação da entalpia das transições colorimétrica causadas por diferentes solventes

Resultados e Discussão

A Figura 1 ilustra as respostas colorimétricas de 3,0 mL de suspensões de vesículas de PDA e PDA/ES/CO, respectivamente, causadas pela adição de CH2Cl2 ou CHCl3. A resposta colorimétrica (RC) expressa a porcentagem das moléculas de PDA que sofreram a transição de azul para vermelho.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Adição do solvente (µµµL)µ

RC (%)

Figura 1 - Resposta colorimétrica (RC) de vesículas de PDA em função da adição de CHCl3 (○) e CH2Cl2

(∆) e de vesículas de PDA/ES/CO em função da adição de CHCl3 (●) e CH2Cl2 (▲).

O CHCl3 provocou maior conversão das moléculas de PDA em comparação com o CH2Cl2 em ambas as vesículas, indicando que a substituição de um átomo de H por um de Cl causou comportamento distinto em relação a transição espectrofotométrica das moléculas de PDA. Medidas de microcalorimetria de titulação isotérmica foram realizadas objetivando determinar a interação intermolecular responsável pela transição. A figura 2 mostra a entalpia molar aparente de interação, ∆Hap-

int, dos solventes CHCl3 e CH2Cl2 com as vesículas de PDA e PDA/ES/CO

0 75 150 225 300

-6 -4 -2 0 2 4

Htr-col = 7,3 kJ mol-1

Hap-int / kJ (CHCl3 mol)-1

n CHCl3 adicionado / µmol

Htr-col= -4,5 kJ mol-1

0 75 150 225 300 375

-0,3 0,0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 1,8

H = -1,5 kJ mol-1

H = -1,5 kJ m ol-1

Hap-int / kJ (CH2Cl2 mol)-1

n CH2Cl2 adicionado / µmol

Figura 2. Entalpia molar aparente de interação (∆Hap- int) entre vesículas de (■) PDA e (▲) PDA/ES/CO e CHCl3 (a) e CH2Cl2 (b).

A presença dos cossolutos ES e CO afetou a energia de interação entre as vesículas e ambos os solventes. É possível observar que durante a adição dos primeiros 75 µmol de CHCl3, a variação da entalpia de interação foi aproximadamente constante para as duas vesículas (Figura 2a). O ponto de inflexão observado em ambas as curvas quando, coincide com a quantidade mínima de CHCl3 necessária para a transição colorimétrica, sendo a variação entálpica referente ao processo termodinâmico de, aproximadamente, + 7,3 kJ mol-1. Esta energia absorvida foi atribuída a transição conformacionais trans-gauche das moléculas de PDA. Quando CH2Cl2 foi adicionado aos dois sistemas, a energia liberada foi menor, indicando que as interações intermoleculares destes com as vesículas foram mais fracas comparadas ao CHCl3. O efeito do CH2Cl2 sobre a transição colorimétrica das vesículas não foi influenciado pela presença dos cossolutos.

Conclusões

Não existe um único mecanismo envolvido na interação entre solventes orgânicos clorados e PDAs. A transição colorimétrica induzida por CHCl3

demonstrou-se entalpicamente dirigida, enquanto a interação com CH2Cl2 é entropicamente governada.

Agradecimentos

CAPES, CNPq e FAPEMIG.

__________________

1Su, Y.L., Li, J.R., Jiang, L., Cao, J. J. Coll. Int. Sci.2005, 284, 114- 119.

Referências

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