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O conceito de “padrão que liga” no contexto da epistemologia evolucionária

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Academic year: 2023

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XXXI Congresso de Iniciação Científica

O conceito de “padrão que liga” no contexto da epistemologia evolucionária

Rafael Otavio Ribeiro de Mattos, Mariana Claudia Broens, Unesp Campus de Marília (FFC), Curso de Filosofia, rafaelotrm@gmail.com, PIBIC/CNPq.

Palavras Chave: Epistemologia evolucionária, co-evolução, padrão que liga.

Introdução

Bradie (1986) distingue a epistemologia evolucionária em dois programas de pesquisa inter- relacionados, sendo um o da Evolução de mecanismos epistemológicos (EME) e o outro o da Epistemologia evolucionista das teorias (EET) (SILVA, 2005). Os teóricos dessa nova epistemologia focalizam capacidades perceptivas e cognitivas que atuam para a produção de crenças e no fato de elas serem produto do desenvolvimento natural, co- evolucionário, da espécie humana. A interdisciplinaridade é o que caracteriza essa perspectiva de análise, em alusão à teoria da evolução, uma de cujas principais teses é a de considerar que os processos adaptativos que envolvem capacidades cognitivas e perceptuais são epistemicamente relevantes para compreender tais capacidades. Gregory Bateson (1986), em sua obra Mente e Natureza, propõe o conceito de “padrão que liga”, o qual seria um padrão que conecta a trajetória co-evolucionária dos diferentes seres, um meta- conceito que relaciona ambos os programas da epistemologia evolucionária. A epistemologia refletida a partir das teses co-evolucionárias da Filosofia Ecológica se caracterizaria por ter um caráter mais naturalista, que difere das abordagens mais intelectualistas que a antecedem.

Objetivo

Analisar o conceito de “padrão que liga” cunhado por Bateson e localiza-lo em relação aos programas de pesquisa da epistemologia evolucionária. Para isso, foram analisados aspectos epistemológicos da Filosofia Ecológica, e como os autores dessa área (Bateson, 1986; Gibson, 1986) fornecem elementos para contribuir para um modelo alternativo de compreensão de relações que envolvem percepção/ação dos seres vivos, inclusive, dos seres humanos.

Material e Métodos

Por se tratar de uma pesquisa filosófico- interdisciplinar de natureza teórica e conceitual, utilizamos para o desenvolvimento de nossa investigação o método filosófico de análise e interpretação de textos componentes da bibliografia.

Resultados e Discussão

Trabalhou-se a concepção batesoniana de diferença que faz a diferença, relacionando-a com o conceito de padrão que liga, a partir da informação elementar que une organismo e ambiente, isto é, o sistema ecológico. Discute-se como as diferentes partes do sistema se relacionam a partir de padrões que podemos caracterizar pela Evolução dos mecanismos epistemológicos (EME), assim como o papel da percepção/ação no desenvolvimento co- evolutivo através da informação presente no meio e a relacão dessa com o programa evolucionista das teorias (EET), caracterizando padrões observáveis em ambos os programas dessa epistemologia.

Conclusões

Concluí-se que há uma diferença clara entre a epistemologia evolucionária juntamente à abordagem ecológica com relação às demais concepções epistemológicas. Com efeito, o conceito de padrão que liga se insere de forma construtiva para o estudo dessas abordagens, por estar diretamente ligado ao desenvolvimento natural co- evolucionário das diferentes espécies viventes além de dialogar com outros conceitos da Filosofia Ecológica, como o de informação ecológica diretamente percebida pelos organismos e propiciadora de padrões de conduta.

Agradecimentos

À Cnpq, pelo apoio financeiro. A minha orientadora, Mariana Claudia Broens, pela contribuição e dedicação. A minha família, perlo apoio incondicional. Aos colegas do Grupo Acadêmico de Estudos Cognitivos (GAEC) pelos estudos e discussões. ___________________

Bibliografia

BATESON, G; Mente e Natureza. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora S.A., 1986.

BRADIE, M; Assessing Evolutionary Epistemology, in Biology & Philosophy 1, 401– 459; 1986.

GIBSON, J.J. The ecological approach to visual perception.

Nova Jersey: Lawrence Earlbaum Associates, INC, 1986 (publicação original 1979).

MORONI, J. ; GONZALEZ, M. E. Q. . Epistemologia ecológica: a concepção de uma nova teoria do conhecimento proposta por Gregory Bateson.

FILOGÊNESE (MARÍLIA) , v. 1, p. 259-267, 2008.

MORONI, J. ; GONZALEZ, M. E. Q. . O Fisicalismo revisitado pela Filosofia Ecológica: as affordances sociais.

FILOGÊNESE (MARÍLIA) , v. 3, p. 124-141, 2010.

Referências

Documentos relacionados

Desta forma, apesar de não ter apresentado evidência de diferença estatística na maioria dos itens avaliados, possivelmente em decor- rência do tamanho reduzido da amostra, a