Dois dos benefícios citados por esse modelo de atenção são a redução do risco de infecções por cepas multirresistentes e o custo para os sistemas de saúde. A infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) é um dos eventos adversos à saúde mais comuns.
Hipóteses
Os programas de controle e prevenção de IRAS foram elaborados sob a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, ferramentas voltadas para a prevenção e controle de infecções em serviços de atenção domiciliar são escassas (SHANG et al, 2018).
Objetivos
Justificativa
Política de assistência à atenção domiciliar no Brasil
A AD2 foca em abreviar ou evitar internações por condições agudas ou crônicas agudas, com necessidade de cuidados intensificados e sequenciais, como terapia parenteral ou reabilitação; condições crônico-degenerativas, dependendo do grau de comprometimento devido à doença, que exijam cuidados pelo menos semanais com necessidade de cuidados paliativos com acompanhamento clínico e com o objetivo de controlar a dor e o sofrimento do usuário; ou prematuridade e baixo peso ao nascer quando os pacientes são bebês com necessidade de ganho de peso. Usuários com alguma das situações listadas na DA 2, além da necessidade de atendimento multidisciplinar mais frequente, uso de equipamento(s) ou combinação de procedimentos mais complexos (por exemplo, ventilação mecânica, paracenteses repetidas, nutrição parenteral e sangue transfusão) que normalmente exigiriam períodos mais longos de acompanhamento em casa.
Infecção Comunitária (IC) X Infecção hospitalar (IH) X Infecção Relacionada
É importante considerar o tempo necessário para desenvolver habilidades e promover a segurança assistencial (GONG et al.; 2019). E quanto à definição de IRAS no ambiente domiciliar, a Association of Professionals in Infection Control and Epidemiology (APIC), com o apoio dos Centers for Disease Prevention and Control's (CDC's) dos Estados Unidos, considera qualquer infecção que se desenvolva em um ambiente paciente recebendo atendimento domiciliar por profissional de saúde que ocorra 48 horas ou mais após o início do recebimento desse benefício (APIC, 2008).
Local de estudo
As readmissões hospitalares não planejadas de pacientes internados em casa por infecções chegam a 17% (SHANG et al., 2018). Além da pneumonia, outros tipos de infecção respiratória têm sido citados, como influenza (SILVA et al., 2012) e traqueíte para usuários de ventilação mecânica (BORGES et al., 2020). Nas crianças também foi possível identificar que o cateter não foi o fator associado mais significativo (SILVA et al., 2012).
Um estudo realizado na Turquia encontrou uma taxa de infecção entre pacientes assistidos em casa de 18,8%, sendo os tipos mais comuns infecção do trato urinário (41%) e infecção respiratória (26%) (KORKMAZ et al., 2018). . A singularidade da produção do cuidado na AD exige da equipe um olhar atento às necessidades dos usuários, cuidadores e familiares (PROCÓPIO et al., 2019). Além de evitar um fator de preocupação para as organizações de saúde frente às IRAS, que é o uso inadequado de antibióticos com o aumento da prevalência de organismos multirresistentes (SALA et al., 2019).
Acinetobacter está intimamente relacionado à infecção de feridas, sendo ambos microrganismos conhecidos por serem altamente resistentes a antibióticos (KORKMAZ et al., 2018). Esses microrganismos podem constituir a microbiota transitória ou colonizar pessoas recém-altadas, causar ou não infecção e disseminar-se entre outros pacientes e profissionais de saúde (AZEVEDO et al., 2019). Aqui, a explicação está na dificuldade de articulação do PS com outros serviços da rede de atenção à saúde (PROCÓPIO et al., 2019).
APPIERTO, L.; CORI, M.; BIANCHI, R.;et al.Home care for chronic respiratory failure in children: 15 years of experience.PediatricAnaesthesia, v. W;SEEGMILLER , S.; EPP L, et al. Nutritional, mechanical and septic complications in patients fed at home. LIU, J; et al. Infection in home health care: Results from national outcome and assessment information set data.
População/ amostra e período de estudo
Instrumento de coleta de dados
Artigo revisado Artigo alterado Artigo incorporado Artigo incorporado Artigo incorporado Artigo incorporado Importância Especificação Consistência Clareza Linguagem. Artigo respondido Artigo reformulado Artigo reformulado Artigo incluído Artigo incluído Artigo 6º 1.5- Alterar a ordem para: solteiro, casado,.
Coleta de Dados
Variáveis
Mudanças no perfil epidemiológico da população, como envelhecimento, aumento da morbidade crônica, têm levado a um aumento do número de pessoas recebendo cuidados em casa como substituto ou complemento da internação (LEVI et al., 2019). Os fatores associados à infecção respiratória foram características clínicas como repouso no leito, traqueostomia e uso de ventilação mecânica por períodos mais longos do dia (17-24 horas) (WHITE, 1992; CHENOWET et al., 2007; BORGES et al., 2020 ). . Alguns estudos mais antigos relacionaram o uso de dispositivo urinário como um fator de risco mais importante para infecção (WHITE, 1992; DWYER et al., 2013; MILIANI et al., 2015).
No entanto, as evidências mais recentes mostram a não correlação desse fator com a ITU, que é causada pela condição do paciente estar completamente deitado no leito (KORKMAZ et al., 2018). A traqueostomia no ambiente domiciliar é uma das condições clínicas comuns entre os pacientes domiciliares e, embora seja um fator de risco investigado para a ocorrência de infecções, um estudo investigado não conseguiu estabelecer essa associação, com dados estatisticamente significativos ( LIN et al., 2019). No entanto, existem efeitos negativos e complicações, algumas das quais evitáveis com cuidador capacitado e bom atendimento prestado pelo serviço de saúde (NAGESWARAN et al., 2018).
Estudo com pacientes em domicílio aponta que ficar acamado aumenta em mais de duas vezes o risco de contrair infecção urinária, com razão de chance de 2.649 (IC e análise de infecção de ferida (KORKMAZ et al., 2018). equipe e o cuidador qual tipo de sonda é utilizada, pois algumas sondas de gastrostomia precisam ser rotacionadas, mas outras não (STROLLO, MCCLAER, MILLER, 2017; JHONSON et al., 2019). Resultados semelhantes foram encontrados em culturas colhidas em outros estudos que incluíram pacientes investigados em casa (EXPOSITO BOUE et al., 2019; ELIAS; .RIBEIRO, 2017, KORKMAZ et al., 2018).
Também é importante esclarecer que o tempo de acompanhamento de alguns pacientes no sistema de saúde da EMAD é longo, resultado compatível com outros estudos (NEVES et al., 2019, SOUSA, et al., 2019). ESCUDERO, X.; GUARNER, J.; GALINDO-FRAGA, A, et al. A pandemia de coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19): situação atual e implicações para o México. MILIANI, K.; MIGUERES, B.; VERJAT-TRANNOY, D.; e outros Estudo nacional de prevalência pontual de infecções associadas à assistência à saúde e uso de antimicrobianos em assistência domiciliar francesa.
Processamento e análise de dados
Aspectos éticos
Após apreciação e aprovação pelo Comitê de Ética do hospital de emergência, local do estudo da pesquisa, o projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) via Plataforma Brasil. A validação com árbitros do instrumento de pesquisa foi iniciada após a aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Piauí e assinatura do TCLE que também garante sigilo de identidade e divulgação de riscos.
Revisão integrativa sobre infecções relacionadas à assistência à saúde em
Interessante notar que o perfil dos pacientes em atendimento domiciliar é caracterizado por idosos, mulheres, acamados, dependentes de dispositivos como sonda naso-enteral ou gástrica, sonda vesical de demora, em uso de traqueostomia, recebendo oxigênio, apresenta lesão por pressão. e a maioria com diagnóstico neurológico (CARNAÚBA et al., 2017). O desenvolvimento de tecnologias, principalmente o programa EndNote®, tem fornecido recursos para a viabilização de métodos de síntese do conhecimento, com transparência e reprodutibilidade e, como resultado, levou a uma melhoria na qualidade das revisões integradas (MENDES et al., 2019) . Os resultados apresentados nesta revisão permitem deduzir que o tipo de infecção mais difundido na assistência domiciliar é o do trato respiratório, sendo a pneumonia a mais frequente (SILVA et al., 2012; CHENOWETH et al., 2007; DWYER et al. ., 2013; MIDLETON et al., 2019; MILIANI et al., 2015).
Pacientes em uso de ventilação mecânica dependem de profissionais e cuidadores que saibam manusear o equipamento corretamente para prevenção e controle de infecção, a falta desse manuseio correto é um risco potencial de infecção (MIDDLETON et al., 2019; LAPPORTE et al.; 2008 ), principalmente nos primeiros dias após a alta, quando os familiares apresentam habilidades pouco desenvolvidas (SILVA et al., 2012). Em relação a outros fatores de possível associação, que não apresentaram associação estatística com infecções, pois a análise não foi realizada em estudos descritivos, destacam-se as reinternações hospitalares agudas; investigação/tratamento não planejado na admissão em atendimento domiciliar de forma excepcional; falta de articulação entre a atenção domiciliar, os serviços hospitalares e a atenção primária (LAPORTE et al., 2008; BLAIS et al., 2013). Observa-se também que houve correlação apenas entre fatores específicos no cenário domiciliar em três estudos, que foram planos de saúde (DURKIN et al., 2016), participação do cuidador (OSAKWE et al., 2019) e intervalo de visita para o plano de saúde equipe de cuidado à saúde (WHITE , 1994).
Em geral, os estudos nacionais sobre a prevalência dessas infecções em pacientes atendidos em domicílio são poucos e limitados, mas os resultados, em pauta, são semelhantes aos de outros países (KORKMAZ et al., 2018; BORGES et al. ., 2020 ), conforme evidenciado pela revisão integrativa. A mudança para o atendimento domiciliar exige do cuidador o aprendizado de habilidades técnicas de cuidado à saúde que vão desde higiene, verificação de sinais vitais, aspirações, curativos, exercícios de manobras respiratórias, estímulos funcionais até a organização de atividades fora do domicílio, como pedido e retirada de medicamentos, materiais e equipamentos, solicitar assistência e serviços sociais (KABAYASI et al., 2019). Lesões que podem se tornar crônicas tendo em vista as dificuldades de cicatrização dos tecidos agravados, que são uma porta de entrada para microorganismos e uma via de infecção (CARNAÚBA et al., 2017; . TRELEASE-BELL, 2020; MACHADO et al., 2018).
Não foram encontrados estudos que mostrassem associação estatística de infecções com maior tempo de uso do dispositivo, mas foram encontradas associações entre o tempo de uso da alimentação enteral e complicações na alimentação, com 49,1% de complicações sépticas com infecções gastrointestinais, partes moles da pele no área de entrada da fístula alimentar e pneumonia por aspiração (KALITA et al.; 2015). No entanto, as formas mais comuns de estomas, como gastrostomia e jejunostomia, também apresentam risco de infecção devido a problemas mecânicos, como vazamento, deslocamento e tecido de granulação que surgem ao longo do tempo na área do peristoma (KALITA et al., 2015; JHONSON et al ..., 2019). A justificativa encontrada é o adiamento da alta desses pacientes relacionado à idade avançada, grau de dependência, frequência de consultas e origem do acesso ao SAD, já que alguns destes são regulados pela própria atenção primária à saúde devido à ausência de melhora na a situação de bem-estar do paciente (SOUSA et al., 2019).
Dados sociodemográficos e epidemiológicos dos pacientes assistidos pelo
Ocorrência e topografia das infecções que mais acometem os pacientes
Fatores associados a ocorrência de infecções que acometem os pacientes
