Dada a amplitude dos serviços prestados por essas organizações, este artigo busca compreender o papel e as contribuições das ONGs nos processos escolares, neste caso na educação não formal, por meio de projetos sociais voltados ao atendimento de crianças e jovens matriculados em escolas públicas no ensino fundamental. educação, analisando as possíveis contribuições dessa inclusão na educação escolar das crianças. Neste caso, a ONG configura-se como uma organização da sociedade civil, que, dentre diversas áreas de atuação, pode atuar na educação, como processos informais que se materializam por meio de projetos sociais. Portanto, entre os diferentes tipos de educação informal e baseados na contribuição da sociedade civil nestes processos, os projetos sociais propostos por associações e organizações não governamentais pretendem oferecer medidas para o desenvolvimento socioeducativo-cultural dos sujeitos, ou seja, poder contribuir, nunca substituir, com o papel do Estado na oferta e garantia de uma educação de qualidade.
O pedagogo é conhecido por atuar em diversos espaços de educação não formal, como projetos sociais e experiências em outros segmentos da educação. Esta afirmação tenta compreender o problema deste estudo: os projetos sociais e as atividades desenvolvidas neste ambiente contribuem para a formação ampla, o progresso humano e o processo de formação dos sujeitos atendidos neste espaço. A hipótese deste trabalho é que os projetos sociais contribuem como facilitadores no processo educativo, pois têm como objetivo desenvolver ações que promovam o crescimento de crianças e adolescentes, abordando aspectos psicossociais e familiares e garantindo a socialização dos adolescentes por meio de experiências que possibilitem a construção de experiências. cidadania.
O objetivo do estudo foi investigar e mensurar o processo de envolvimento de crianças em projetos sociais, avaliar o desempenho e o impacto dos projetos sociais na educação e nas escolas públicas e como se estabelece a cooperação entre escolas e projetos sociais. As ferramentas metodológicas de coleta de informações sobre os projetos sociais e escolas utilizadas foram os questionários. Os três estudos estão relacionados com a pesquisa atual: avaliar as contribuições dos projetos sociais na educação escolar, promover a compreensão de como as atividades são organizadas e com que finalidade, como a educação não formal oferecida nas ONGs provoca mudanças significativas na educação e na sociedade pode fazer possível, porque um todo.
3 APORTES TEÓRICOS
CONTEXTOS DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL E PROJETOS SOCIAIS
No Brasil, a educação formal é regulamentada pelo Ministério da Educação, pelas secretarias estaduais de educação e pelos conselhos nacionais, estaduais e municipais de educação (BRASIL, 1996). A educação informal não está sujeita a nenhum dos regulamentos e órgãos educativos, mas inclui todas as atividades educativas organizadas e sistemáticas que ocorrem fora do ambiente escolar, onde os espaços informais são muito diferentes. Assim, segundo Trilla (2008), a educação é um fenômeno complexo, multifacetado, distribuído, heterogêneo, permanente e quase onipresente (TRILLA, 2008, p. 29).
Gohn (2006, p. 29) destaca que a educação formal ocorre nas escolas, instituições regulamentadas por lei que certificam e são organizadas de acordo com diretrizes nacionais. Partindo da constatação de que a educação ocorre não apenas nas instituições de ensino, mas também fora dos muros das escolas, nas interações com familiares, amigos e em espaços onde existem relações sociais. As práticas de educação não formal são geralmente desenvolvidas fora dos muros da escola, através de organizações sociais, movimentos, programas de formação em direitos humanos, cidadania, práticas identitárias e combate à desigualdade e à exclusão social.
São o centro da atuação das organizações não governamentais (ONGs) em programas de inclusão social, especialmente nos campos da arte, da educação e da cultura (GOHN, 2016, p. 61). A educação não formal, por não ser um processo ensinável, a mídia ou mesmo o senso comum não a considera como educação. Segundo Gohn (2016), a educação não formal não deve ser vista como uma proposta contra a alternativa à escolarização formal.
Não deve ser definido pelo que não é, mas sim pelo que é: um espaço concreto de formação em que se aprendem conhecimentos para a vida coletiva. Esta formação inclui tanto a aprendizagem subjectiva – relacionada com o nível emocional e cognitivo das pessoas – como a aprendizagem de competências físicas, técnicas, manuais, etc., que permitem o desenvolvimento de uma actividade criativa, resultando num produto como resultado do trabalho. trabalhos realizados ( GOHN, 2009, p. 32). Na possibilidade de realizar trabalhos que complementem o processo de formação dos sujeitos e entre os diferentes espaços educativos que podem contribuir para esta ação, podemos citar os projetos sociais que surgem para solucionar determinados problemas sociais em comunidades em intensa vulnerabilidade de experiência social. contribuindo assim para a transformação de um problema social.
Os projetos sociais são ações estruturadas e intencionais de um grupo ou organização social, que partem da reflexão e do diagnóstico de um problema específico e visam contribuir, em certa medida, para outro resultado possível. Dessa forma, pode-se observar a importância dos projetos sociais e das atividades educativas desenvolvidas em sua área.
4 METODOLOGIA
PROJETO SOCIAL
O projeto social visa trazer oportunidades para jovens e crianças que vivem em situação de risco, neste sentido o objetivo do projeto social é trazer melhorias e garantir autonomia no processo de desenvolvimento na sociedade. É fundamental que a família participe das atividades propostas pelo projeto, pois uma das propostas do projeto social é estimular o fortalecimento dos laços familiares. São muitos os projetos sociais dirigidos aos jovens com o objetivo de melhorar as suas condições de vida e promover a sua autonomia e protagonismo.
Contudo, isso só será possível se a família e as redes de apoio do jovem também conseguirem condições de vida pelo menos razoáveis e se de alguma forma acompanharem o projeto social em que está envolvido e a sua possível aplicação na sua vida prática. Os projetos sociais surgem para solucionar os problemas de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, e para atingir esse objetivo contarão com a ajuda de autoridades governamentais, empresas privadas e da sociedade em geral b) Critérios para a inclusão da criança na vida pública projeto/perfil social. Os critérios de inclusão de crianças e jovens em projetos sociais estão geralmente ligados aos objetivos traçados pelos projetos, pois os projetos sociais visam transformar a realidade de sujeitos que se encontram em situação económica e social vulnerável.
Segundo a educadora do projeto social Semente da Vida, “para todo e qualquer programa social, a passagem é pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). O projeto social conta com a ajuda de forças governamentais e não governamentais, de empresas e da comunidade em geral para atingir seus objetivos. Os projetos sociais são de grande importância para o desenvolvimento humano das crianças e jovens que participam, pois proporcionam à sociedade benefícios decorrentes de suas atividades.
A educação infantil baseia-se na articulação dos eixos fundamentais, para a formação integral de crianças e adolescentes, os projetos sociais funcionam em função de valores e atitudes, confirmando, apoiando e transformando o que sabem e o que podem aprender. Ainda de acordo com a conclusão do estudo, as crianças que acompanham projetos sociais apresentam melhor padrão de desenvolvimento motor em comparação às crianças que não participam de projetos sociais e que também não participam de atividades extracurriculares. Por fim, as atividades oferecidas no projeto social beneficiam o aspecto físico e motor, promovidas por meio de atividades esportivas de qualquer natureza, utilizando diferentes metodologias para a prática esportiva com finalidade socioeducativa.
Em meio à reflexão desenvolvida, destacam-se as ações de projetos sociais voltados à cultura, à inclusão social e ao fortalecimento dos vínculos familiares. Nesse sentido, o projeto social acredita que contribui para o desenvolvimento das crianças, pois fortalecer o vínculo familiar, em consonância com outras atividades, incentiva crianças e adolescentes à boa convivência familiar, à educação, à ética, à paz, à cidadania, aos direitos e à democracia.
ESCOLAS
Pode-se notar a importância da parceria do projeto, quando a pedagoga foi questionada sobre as contribuições para o desenvolvimento das crianças na escola, ela respondeu que “com certeza acreditamos nesta parceria. Esta questão reflete a cooperação mútua entre projetos sociais e escolas, permitindo identificar se os projetos sociais contribuem ou não para a educação escolar. Como diz a professora da Escola A, “há uma parceria em Rede onde se reúnem representantes do Centro Médico, do Conselho Tutelar, das Escolas, do CRAS e dos Projetos Sociais”.
Na pesquisa realizada no Projeto Social foram identificadas atividades existentes, também foi possível obter confirmação positiva em relação às contribuições para o desenvolvimento da criança, no sentido de cooperar com o percurso escolar. Nesse sentido, as escolas também indicaram acreditar que as atividades em projetos sociais contribuem para o desenvolvimento da criança, desde que haja planejamento. Portanto, os projetos sociais como espaço de educação não formal promovem a intencionalidade em suas ações, com o objetivo de promover mudanças, estabelecer diálogo e fortalecer laços sociais, privilegiando a cultura do indivíduo e de seus grupos em seus métodos.
Passando para as últimas considerações da pesquisa, podemos observar que crianças e adolescentes que não participam de projetos sociais ou de qualquer outra atividade extracurricular têm tempo ocioso e tendem a perder o incentivo ao estudo; em alguns casos encontram-se em situação de vulnerabilidade social e exposição à violência. Compreender que os projetos sociais e ONGs são criados com o objetivo de contribuir com a sociedade, promovendo a inclusão, estabelecendo processos de socialização e interação que contribuam para o bem-estar de crianças e adolescentes, e sua participação e integração em diferentes espaços para contribuir para a transformação do indivíduo como um todo. Sendo os projetos sociais um desses espaços educativos, o objetivo do presente estudo foi elucidar possíveis contribuições dos projetos sociais na educação escolar.
Ao realizar pesquisas nas escolas, houve participação mais ativa dos alunos do ensino fundamental nos anos iniciais (1ª a 5ª série), no sentido de que o entrevistado forneceu dados sobre o cotidiano escolar. Por outro lado, os alunos do ensino primário dos últimos anos (6º ao 9º ano) são mais independentes e, segundo os pais entrevistados, não participam na vida escolar do aluno. De acordo com os dados fornecidos pela escola dos últimos anos do ensino fundamental, ainda não foi possível perceber mudanças significativas nos alunos após sua inclusão em projetos sociais. Porém, a pedagoga acredita que os projetos sociais contribuem para a socialização dos alunos.
Portanto, conclui-se que a promoção de projetos sociais é de grande importância dentro da sociedade brasileira, tendo seus objetivos voltados para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e econômica, que desejam contribuir efetivamente para a integração, promoção e fortalecimento dos vínculos familiares. Além de desenvolver atividades que contribuem para o desenvolvimento físico e cognitivo, os projetos sociais colaboram no processo de formação do ser humano como sujeito consciente de sua ação social. Por fim, o estudo abordou os projetos sociais como contribuição para o desenvolvimento de crianças e adolescentes, refletindo sobre suas contribuições no contexto escolar.
Nesse sentido, a educação escolar pode ser entendida como uma educação formativa que auxilia na aquisição de conhecimentos, enquanto a educação informal oferecida no contexto de projetos sociais funciona paralelamente, contribuindo.
ABSTRACT
ANEXO
Quantas crianças são atendidas neste projeto e quais os critérios para incluir a criança neste projeto.
