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Pedagogias da sexualidade em mídias impressas

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Academic year: 2023

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XXIV Congresso de Iniciação Científica

Pedagogias da sexualidade em mídias impressas: os relaciomentos afetivos em foco

Fernanda Reis, Paulo Rennes Marçal Ribeiro, Universidade Estadual Paulista - Campus de Araraquara - Faculdade de Ciências e Letras, Pedagogia, nandapoa83@hotmail.com, bolsista PIBIC- CNPq

Palavras Chave: Mídias impressas, relacionamentos afetivos, pedagogias da sexualidade

Introdução

Nos últimos tempos é notória a quantidade de veículos midiáticos que têm se colocado a serviço da informação e da propagação de conhecimentos acerca de diversos assuntos.

Nessa enseada, as questões envolvendo as sexualidades vêm sendo constantemente abordadas e discutidas por tais veículos, o que muitas vezes ocorre de maneira distorcida, podendo gerar visões errôneas e sem criticidade no tocante a essa temática.

Em vista de tal realidade, a pesquisa em questão tem como objetivo analisar os conteúdos presentes em mídias impressas, a saber, nas revistas juvenis Capricho, Atrevida e Totadeen, através da categoria relacionamentos afetivos.

Material e Métodos

Neste trabalho, para o estudo de 13 exemplares das revistas citadas adotamos o método de análise de conteúdo de Laurence Bardin (1994), o qual ancorado na descrição analítica de certos conteúdos se caracteriza como um conjunto de técnicas de análises das comunicações.

Sendo assim, utilizando a técnica de análise temática a leitura das referidas edições, publicadas no período de junho a dezembro de 2010, possibilitou a criação da categoria de análise relacionamentos afetivos, que juntamente abriu espaço para a criação das subcategorias de análise:

namoro, ficar e paqueras; e sexo.

Resultados e Discussão

Como resultados, encontramos quatro seções fixas, assim como doze reportagens e matérias esporádicas que abordam os assuntos contemplados pelas duas subcategorias mencionadas.

Não obstante, a análise mostrou que as revistas apresentam um enfoque mais aberto durante algumas discussões, sobretudo mediante os conselhos dados as leitoras frente aos relacionamentos.

Por outro lado, em muitos momentos as reportagens ditam normas de conduta, estipulando formas

consideradas corretas de ser menino e menina na contemporaneidade.

Somado a isso, averiguamos que as poucas matérias sobre sexo abordam os temas mais polêmicos de forma vaga e sem aprofundamento, sendo que muitas delas apresentam um cunho somente preventivo, o que se dá pela inculcação do medo nas leitoras.

Conclusões

Para tanto, infere-se que no interior dos conteúdos analisados existe o que Louro (1999) chama de pedagogias da sexualidade, aquela que de certa forma exerce influência nos indivíduos por meio de investimentos, prescrições, ditos e não ditos.

Logo, observa-se que no estudo realizado esse tipo de pedagogia na verdade deseduca as leitoras quando ressalta valores socialmente aceitos e endossa estereótipos de identidade na abordagem dos relaciomentos afetivos.

Mediante os resultados encontrados, nota-se a necessidade de se debater as influências nefastas da mídia para o desenvolvimento dos jovens, considerando que nesta fase da vida eles se encontram em processo de formação de identidade.

Neste contexto, conclui-se que a escola é um espaço profícuo para que discussões nesse sentido se concretizem, cabendo a esta estimular pensamentos menos normatizados e mais reflexivos.

Referências

____________________

1 BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1994.

2 LOURO. G. L. Pedagogias da sexualidade. In: _________ (org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 1999, p. 9-34.

Referências

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