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Plano Verde da Cidade de Bragança

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Academic year: 2023

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O uso de SIG na Caracterização e Análise da Estrutura Verde Urbana

Plano Verde da Cidade de Bragança

Gonçalves*1, A., Maia1, F., Veloso, M. e Feliciano1, M.

1- Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Bragança, e-mail – ajg@ipb.pt, www.esa.ipb.pt

O Plano Verde da Cidade de Bragança, iniciado em 2006, surge como um instrumento de apoio à autarquia local, pela definição de um modelo da estrutura verde urbana, secundado por um conjunto de elementos técnicos de apoio à sua correcta gestão. Entre as múltiplas vertentes deste projecto, o levantamento e análise dos espaços verdes assumiu-se desde o primeiro momento como uma das áreas mais relevantes do projecto. O presente poster documenta os esforços de formulação e aplicação de um modelo de avaliação da estrutura verde da cidade de Bragança, tendo por base a plataforma de SIG – ArcGis - descrevendo sumariamente a metodologia de análise e apresentando diversos mapas resultantes do processo.

A análise dos espaços verdes teve como referência ortofotomapas

disponibilizados pela autarquia, de 2005. Tendo servido para a elaboração de, entre outros, os mapas de espaços livres e de vegetação da cidade e da

envolvente.

Análise Espacial

Levantamento de Dados

Indicadores de Superfície

Tendo como referência a zona de expansão prevista no novo Plano de Urbanização. Os Espaços Livres foram objecto de classificação, caracterização e quantificação

atendendo ao valor funcional .

Os espaços camarários, em particular, foram considerados tendo por base três patamares dimensionais de referência: espaços com qualquer valor de área (todos), espaços com uma dimensão superior a 1000 m2 e espaços

com uma dimensão superior a 5000 m2. Os limiares quantitativos expressos nos dois últimos patamares expressam selecção de áreas com crescente valor funcional, sendo posteriormente integrados na construção

de outros indicadores.

Análise de Distância

A distância a percorrer nas deslocações para os espaços verdes é um dos indicadores mais relevantes, no entanto, a sua leitura é muitas vezes pouco precisa.

O modelo tradicional de análise de distâncias, com recurso a Buffers (ou Aureolas espaciais) está longe de oferecer um interpretação eficaz da realidade urbana, onde as deslocações assumem

uma natureza diferenciada e própria dos espaços edificados.

Como forma de contrariar esta limitação metodológica, utilizou-se a ferramenta

Spatial Analyst, aplicando um modelo assente na construção de uma matriz de permeabilidade urbana, correspondente aos espaços de mobilidade, incluindo os

espaços viários e outros permeáveis, sobre o qual se aplicou a função Cost Weighted, tendo como referência os espaços verdes, para calcular uma nova

matriz que apresenta as distâncias máximas aos espaços verdes.

Esta matriz de distância foi então utilizada no cálculo das distâncias médias a espaços verdes, em diversos patamares dimensionais, para diferentes bairros da

cidade de Bragança.

Fazendo uma análise estatística das diferentes zonas da cidade (Zonal Statistics) foi possível traçar o perfil

de acessibilidade dos diferentes bairros urbanos.

Com base nesta informação, mais realista, é igualmente possível interpretar os valores da distâncias a

diferentes tipologias de espaços verdes da cidade.

5 10 15 20 25

Espaços Verdes Formais

Espaços Ligados ao Trânsito

Espaços em Equipamentos

Espaços em Solo Residêncial Totais > 1000m2 > 5000m2

Espaços Agrícolas 37%

Expectantes 34%

Espaços em Equipamentos

11% Bosques 9%

Espaços Verdes 3%

Espaços Verdes Camarários

2%

Espaços em solo industrial

2%

Estruturas Lineares

1%

Espaços em solo residencial

1%

Espaços Ligados ao Trânsito

0%

Espaços Singulares 0%

Outro 1%

Capitação de espaços verdes

Tendo como referência a população recenseada em 2001, os valores de capitação dos espaços verdes camarários são

de aproximadamente 11 m2/hab para a totalidade dos espaços, de 8 m2/hab para o patamar dos 1000m2 e 6

m2/hab para o patamar dos 5000m2.

Como a capitação absoluta não é representativa da distribuição dos espaços, efectuou-se uma avaliação para

os diferentes bairros da cidade, unidade comunitária fundamental, tendo por a informação espacial das subsecções estatísticas do Instituto Nacional de Estatística.

Considerando os diferentes patamares é possível estabelecer qual o balanço quantitativo da análise dos

espaços verdes.

-40000 -20000 0 20000 40000 60000 80000

Diferença EV Diferença 1000 Diferença 5000

Os diferentes espaços verdes e outros espaços não pavimentados, foram identificados com recurso a foto-interpretação. tendo sido utilizada para,

entre outros , avaliar o valor funcional destes espaços na cidade e na sua envolvente imediata.

Igualmente por foto-interpretação foram identificados os elementos de vegetação, que viriam a ser utilizados na caracterização dos espaços livres

e na análise do valor ecológico dos espaços.

0 500 1000 1500 2000 2500

Média EV Média EV 1000 Média EV 5000

Agradecimentos

O projecto de Plano Verde da Cidade é financiado pela Câmara Municipal de Bragança. Agradecimentos devem igualmente ir

para o projecto de investigação GreenUrbe

(PPCDT/AMB/59174/2004), financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pelo Fundo Europeu para o

Desenvolvimento Regional (FEDER).

Considerações Finais

Por limitações de espaço, apenas se apresenta uma limitada fracção da utilizações do software ArcMap da ESRI no Plano

Verde da Cidade de Bragança, tendo provado ser uma ferramenta decisiva na caracterização desta realidade complexa e na procura (constante) de soluções para a sua

interpretação.

Área de Estudo Tipologias de Espaços Verdes Tipologias de Vegetação

Hectares Metros (m)

Referências

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Esta pesquisa se caracteriza como quantitativa-qualitativa, é um estudo de caso que visa utilizar o modelo Demanda-Controle (Karasek) como forma de atingir um ponto de equilíbrio