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PODA DE ARVORES FRUTIFERAS.pdf

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Academic year: 2023

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Poda de fruteiras / João Aleixo Scarpare Filho, Ricardo Bordignon Medina e Simone Rodrigues da Silva. Pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária do Programa de Aprendizagem pela Cultura e Extensão da Casa do Produtor Rural. Fundo de Incentivo às Ações de Cultura e Extensão da Pró-Reitoria de Cultura e da Universidade.

A história da poda é tão antiga quanto a humanidade e nos remete a um passado distante e a fatos curiosos. Antigos relatos da Grécia indicam que um burro, e sua mordida nos galhos, foi o "inventor" da poda. Há relatos do uso da poda até na Bíblia: “Eu sou a videira verdadeira e meu Pai o agricultor.

O desenvolvimento da planta ocorre pela retirada de água e sais minerais do solo por meio de suas raízes. O ato de poda, manual ou mecânica, consiste em operações simples que se resumem no corte de partes das plantas como caules, galhos, folhas, raízes, flores e frutos. A poda de formação visa criar uma boa estrutura da copa, deixando-a simétrica e arejada, o que facilita os tratos culturais e garante maior resistência ao tombamento e quebra de galhos.

Cabe ressaltar aqui que esses tipos de cortes (formação, frutificação e limpeza) também podem ser denominados de forma diferenciada dependendo do tempo e intensidade de execução.

Figura  1 -  Gemas  de  pessegueiro,  que  produz  em  ramos  do  ano  anterior,  antes  (a)  e  após  a brotação (b)
Figura 1 - Gemas de pessegueiro, que produz em ramos do ano anterior, antes (a) e após a brotação (b)

Poda de inverno (ou poda seca)

Poda de verão (ou poda verde)

A poda de renovação de copa deve ser considerada quando o objetivo é regenerar parte da copa, porém, sem alterar a arquitetura principal da planta. A poda drástica deve ser considerada quando partes da arquitetura principal da planta, como o tronco e os ramos principais, são cortadas para renovar e renovar. Independentemente do nome que receba de acordo com a intensidade ou tempo de implantação, é importante que Figura 8 - Poda de rejuvenescimento (esqueleto) em pessegueiro seja realizada em líder central.

É a retirada de folhas para promover a iluminação e arejamento de flores e frutos, eliminar focos de doenças e pragas e melhorar a cor de pêra, maçã, ameixa e kiwi, entre outros. Essa operação deve ser feita com cuidado, pois a desfolha excessiva prejudica o desenvolvimento da planta, já que a folha é a responsável pela fotossíntese. Esta operação também pode ser usada para forçar o desenvolvimento de ramos inferiores ou brotos laterais quando necessário.

Consiste na retirada de uma determinada quantidade de frutos da planta ainda imaturos, com o objetivo de equilibrar a produção e melhorar a qualidade dos frutos remanescentes, como tamanho, cor e sabor. Em geral, o raleio de frutos é uma operação demorada e cara, mas os benefícios da fruticultura geralmente compensam e justificam sua realização (Figura 14). É a redução do número de flores e botões florais na planta, para evitar a formação excessiva de frutos.

Consiste em uma leve torção dos ramos durante o período vegetativo, com o objetivo de quebrar a dominância apical e assim estimular brotações laterais. Essa técnica é realizada no início do amadurecimento para melhorar o vingamento, tamanho, cor e sabor dos frutos (Figura 18 a, b). Deve ser feito com moderação, pois uma série de quebras de seiva pode enfraquecer a planta.

Na poda de formação, os erros mais comuns são: podar antecipadamente os ramos que crescem no tronco, evitando que engrossem e os exponham à luz; forma uma copa muito alta que dificulta a poda e a colheita; deixando vários ramos principais e permitindo a produção na fase de formação da planta. Ao podar frutas, o erro mais comum é não realizar essa poda por vários anos, por exemplo. Outro erro é a eliminação excessiva de ramos no interior ou na base da planta, o que prejudica a produção e expõe os ramos secundários à luz solar intensa que causa escaldaduras.

Para fazer um corte, a lâmina oposta deve estar apoiada no galho a ser cortado, e a lâmina deve ir em direção ao galho. Nas partes mais altas da planta, a poda deve ser feita com o auxílio de uma escada.

Figura 6 - Poda drástica em goiabeira
Figura 6 - Poda drástica em goiabeira

Vaso

As fruteiras podem ser feitas de forma livre e apoiada, levando em consideração a espécie, a variedade e a região. A forma livre é a mais comum em pomares, onde a planta é realizada em forma de árvore ou arbusto, apoiada no próprio tronco, como mangueira, laranjeira e pitangueira, entre outras. Os sistemas de fiação mais utilizados são vaso, copo, condutor central, guia modificada, em formato “Y” ou “V”.

O sistema de guia de vasos é utilizado para caquis, pessegueiros, figueiras, ameixeiras, macieiras, pereiras, marmeleiros, entre outros.

Taça

Líder Central

Guia Modificada

Espaldeira

Latada, caramanchão ou pérgola

O intervalo entre as cabeceiras é dividido e os postes secundários ou internos são colocados. Os postes podem ter as mesmas propriedades descritas para treliças, mas devem ser enterrados aprox. 20 cm, 1,80 m acima do solo (Figura 25).

Manjedoura

A videira é uma planta de clima tipicamente mediterrânico, mas altamente adaptável às mais diversas regiões. Por ser uma planta trepadeira, a videira necessita de suportes para o seu desenvolvimento, como as treliças e treliças, já descritas anteriormente. As gemas mistas são as que trazem os cachos de uva para o rebento, por isso são chamadas de gemas férteis.

Em geral, as videiras de vigor médio recebem podas curtas, pois as gemas férteis estão localizadas na base dos ramos que se desenvolveram no ano passado e são levadas até as espáduas. Nas vinhas mais vigorosas, realizam-se podas longas, uma vez que os gomos férteis localizam-se normalmente a partir do quinto gomo, no ramo que cresceu no ano anterior, e são efectuados na latada.

Condução em espaldeira

Estas últimas se desenvolvem durante um ano e depois são enxertadas.A formação das plantas ocorre entre o primeiro e o segundo ano após a enxertia. A orientação é feita selecionando dois brotos do enxerto (Figura 27) e direcionando-os para o primeiro fio (Figura 28). Cada broto do enxerto é passado sobre o primeiro fio e amarrado de forma que o crescimento seja direcionado horizontalmente, formando os braços (Figuras 29 e 30).

O crescimento de cada galho continua até chegar ao galho da planta próximo a ele, ou seja, ao objetivo. A época de emergência das plantas pode variar em função do vigor da cultivar, da fertilidade do solo e do clima da região. Faremos o primeiro corte de produção no neto (fotos 32 e 33), com o qual expulsaremos o broto misto (nativo), que se localiza na perna.

A poda produtiva dos anos seguintes será realizada na primeira gema (poda curta) dos ramos produzidos no ano anterior (Figura 34 a, b). Após a poda dos frutos (Figura 35), inicia-se a poda de limpeza, que é realizada durante o período de desenvolvimento vegetativo com eliminação.

Figura 27 - Brotações selecionadas do enxerto
Figura 27 - Brotações selecionadas do enxerto

Condução em latada

A poda de produção nos anos subseqüentes será realizada da quinta à décima gema dos ramos (poda longa) produzidos no ano anterior, dependendo do vigor da cultivar e do clima da região (figuras. a aplicação, após a produção poda, de biorreguladores (regulador de crescimento) para regular e padronizar a brotação - ziram, já que a goiabeira frutifica em galhos que crescem, ou seja, em galhos do ano.

Os ramos que crescem verticalmente (ramos vegetativos, sem produção) também são eliminados; ramos que se cruzam e os que crescem para baixo ou em direção ao centro da copa. Em plantas mais velhas, que possuem poucos ramos frutíferos, esse número deve ser maior, deixando de três a quatro frutos por ramo. Como o objetivo é formar uma planta baixa, esta haste única é podada a uma altura de cerca de 40 cm do solo, o que promoverá o crescimento de novos brotos laterais que deverão ser selecionados.

No inverno, após o plantio, cada uma das três hastes selecionadas no ano anterior será podada, deixando apenas "tocas" de 10 a 15 cm de comprimento cada. Com o surgimento de novos brotos, procede-se então ao desbaste e seleção de pelo menos dois brotos em cada uma das “tocas”. Quando a produção de figos se destina à indústria, o número de ramos por planta seja bem maior, pois o que interessa ao produtor é a quantidade de frutos por planta, e não frutos de boa aparência e tamanho, como é o caso dos frutos destinados à mesa.

Após a formação da planta, que ocorre no terceiro ano, os ramos formados nas pernas iniciais devem ser podados anualmente, deixando apenas 10 a 15 cm, onde se desenvolverão novos rebentos. Dessa forma, enquanto a poda frutífera é realizada para renovar os ramos produtivos, mantém-se a saúde da planta, conhecida como poda de limpeza. Após a poda, recomenda-se escovar o local da incisão com pasta bordalesa ou outro produto para proteger a planta da infecção por patógenos.

Dessa forma, a poda dos frutos limita-se a retirar ramos em excesso, mal posicionados e doentes, retirando mais de 50%. Para isso, os postes de madeira devem ser plantados no solo em um ângulo de 45º, as pernas devem ser amarradas com uma corda e amarradas aos postes, puxando-os para formar um ângulo de 30º. As gemas vegetativas estão localizadas na base dos ramos, enquanto as gemas mistas estão localizadas no topo dos ramos.

Portanto, durante a poda de produção (Figura 53), os ramos não devem ser cortados, pois a tamareira dá frutos.Neste sistema, a planta é constituída por um único tronco, do qual emergem três ou quatro ramos principais, localizados radialmente tronco e em diferentes alturas do solo. No inverno seguinte, enquanto as plantas ainda estão dormentes e sem folhas, as pernas são encurtadas para 30 cm, para favorecer brotos vigorosos.

Figura  45  -  Detalhe  da  brotação  com  inflo-
Figura 45 - Detalhe da brotação com inflo-

Imagem

Figura  1 -  Gemas  de  pessegueiro,  que  produz  em  ramos  do  ano  anterior,  antes  (a)  e  após  a brotação (b)
Figura 2 - Gema mista de videira, que produz em ramos do ano, antes e após a brotação
Figura 3 - Planta de lichieira não podada
Figura 4 - Poda de inverno em pessegueiro
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Referências

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