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pode ser feito até o final do governo

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Academic year: 2023

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A segunda seção resume os antecedentes da política de importações, no nível doméstico, e as principais tendências do cenário internacional em que atua a política comercial brasileira. Esta seção também inclui uma rápida referência a um fato novo na economia política da política comercial: a crescente participação do Legislativo na promoção de medidas protecionistas. O contexto internacional em que operam o comércio internacional e a política comercial brasileira passou por intensas transformações nos últimos anos.

Medidas não tarifárias e facilitação de comércio

No Brasil, após a reforma do marco regulatório da política comercial na década de 1990, o foco na atualização e revisão desses procedimentos só foi retomado após a assinatura do Acordo de Facilitação do Comércio na OMC em dezembro de 2013 e o início da implementação do Acordo Comercial Comum. tratado de comércio exterior. Portal (2014), processo no qual, até recentemente e quase exclusivamente, se concentraram os esforços de facilitação do comércio do país. O módulo de exportação do Portal Comum de Comércio Exterior foi entregue em outubro de 2018 e abrange 100% das atividades, o que teria levado a uma redução do tempo médio de funcionamento de 13. Indicadores estabelecidos pela OCDE para avaliar o ambiente regulatório relacionado à facilitação do comércio ( OCDE, Indicador de Facilitação de Comércio) mostram que no caso do Brasil, entre 2017 e 2019, houve uma melhoria no desempenho em termos de disponibilidade de informações, regras, cobrança de taxas, simplificação e harmonização de documentos, automação de processos e iniciativas de colaboração além das fronteiras. -fronteira9. b) Licenças de importação não automáticas.

Além de acelerar o processo de implementação do INP a partir de 2020, o atual governo tem procurado ampliar o foco da agenda política não tarifária, indo além do projeto do Portal Único e abrangendo temas relevantes para a simplificação regulatória e desburocratização do comércio exterior e especialmente as importações. A proliferação de atos normativos provenientes de diversos órgãos e instituições pode criar encargos excessivos para os atores do comércio exterior. Nesse contexto, é realizada a revisão e consolidação das ações normativas da Secretaria de Comércio Exterior, SECEX, com referência a diversos temas, como importação de material usado, isenção de licenciamento não automático de mercadorias celebradas em regime de regime temporário importação, revisão de normas para simplificação de anuências e revisão de procedimentos administrativos na SECEX.

De acordo com o Anuário de Comércio Exterior 2020 da Secex, 54% dos atos normativos identificados como objetos de análise foram revisados ​​à luz do Decreto nº. Criação do Grupo de Inteligência de Comércio Exterior – GI-CEX – Portaria Conjunta instituiu painel com a finalidade de coordenar ações de identificação e combate a violações da legislação de comércio exterior.

A política de defesa comercial

Os relatórios anuais dos Comités para a Implementação do Acordo Anti-Dumping apresentam este resultado: o último relatório21 mostra que o stock de medidas anti-dumping estava em vigor em Junho. O Gráfico 1 apresenta o cenário do caso brasileiro: a evolução do número de investigações iniciais de defesa comercial iniciadas, a aplicação de medidas, o início de investigações e a prorrogação de medidas existentes no período 2009-2020. Chama a atenção o aumento de novas iniciativas investigativas (as investigações “originais”), bem como o número de medidas aplicadas quando o ativismo político relacionado à implementação do Plano Brasil Maior do governo Dilma Rousseff atingiu seu auge. ...

Houve um desenvolvimento significativo na renovação dos inquéritos para prorrogar as medidas anti-dumping existentes, que têm apresentado uma tendência ascendente desde 2015-2016. No caso do Brasil, há uma tendência contínua de aumento no número de investigações iniciadas e de medidas prorrogadas durante o período. Ressalte-se que, no regime de interesse público brasileiro, essas avaliações são obrigatórias, mediante solicitação ou ex officio, apenas no caso de investigações originais de defesa comercial e são opcionais no caso de revisões de medidas existentes – precisamente no caso de medidas mantido por longos períodos.

As regras atuais não esclarecem a lógica desta distinção em comparação com a obrigação existente no caso de investigações iniciais e levantam dúvidas sobre a coerência global do regime, uma vez que a «vida útil» das medidas aplicáveis ​​também pode afetar o interesse público. O atual governo tem se esforçado para alcançar transparência e harmonização nos métodos adotados na implementação desta política - por meio de iniciativas para melhorar as regras para investigações de interesse público, realizando audiências públicas para revisão de critérios de análise específicos, bem como emitindo orientações que facilitam a harmonização de critérios de implementação.26 No entanto, ainda não é evidente uma maior parcimónia na resposta do governo aos pedidos de protecção anti-dumping – dados da SDecom mostram que no período de 2019 a 2020, cerca de 67% das investigações iniciais foram concluídas, levando para a aplicação de medidas.

A economia política da política comercial: um novo capítulo

O seu resultado será, portanto, o resultado do cumprimento dos objectivos da política comercial que pretende alcançar. É neste contexto que a regulação da política de proteção comercial exige o estudo de critérios e métodos de análise definidos de acordo com a interpretação dada pelas autoridades de cada país. A diferença entre estes indicadores mostra que um tema relevante na agenda de reforma comercial de curto prazo seriam os critérios para a extensão de medidas a serem considerados mesmo ex officio no âmbito das avaliações de interesse público.

O Ministério da Indústria e Comércio Exterior concentrou os instrumentos de administração da política comercial e tornou-se o principal interlocutor do setor e seu “representante” na estrutura institucional do Estado. Também em consonância com a preservação de interesses setoriais específicos, tramita no Congresso desde 2020 uma ação parlamentar que contraria o regime de análise do interesse público na aplicação de medidas de defesa comercial - o Projeto de Decisão Legislativa sobre Suspensão de Atos Normativos da Gestão Executiva . Filial, PDL. O Decreto 8.058/13 estabelece a prerrogativa da CAMEX de suspender, reduzir ou não aplicar medidas antidumping, quando estas não forem consideradas de interesse público, e a referida Portaria regulamenta os procedimentos de avaliação do interesse público para tais decisões.

3., que estabelece a competência da CAMEX para suspender, modificar ou revogar medidas de interesse público; e artigos referentes a revisões ao final do período, inclusive aqueles que possibilitam a suspensão de medidas – art. Este PL propõe uma mudança profunda no processo de formulação da política comercial ao neutralizar a autonomia do Poder Executivo para reduzir tarifas de importação, transferindo essa decisão para o Poder Legislativo, que será responsável por definir os “parâmetros” dessas medidas.

O Mercosul na agenda de política comercial do atual governo brasileiro

  • A estratégia do governo Bolsonaro para o Mercosul
  • Os avanços na agenda interna em 2020 estimulados pelo acordo com a União Europeia
  • Os escassos avanços em 2020
  • As prioridades da Presidência Pro-Tempore Brasileira (PPTB)
  • Obstáculos remanescentes ao comércio intrabloco

O avanço da agenda externa, principalmente a conclusão das negociações com a União Europeia, gerou importantes externalidades positivas na agenda interna do Mercosul. Com o advento da pandemia de COVID-19 no início de 2020, os parceiros do Mercosul voltaram ainda mais a sua atenção para as suas prioridades internas. Todos os Estados-Membros assinaram e ratificaram o Acordo da OMC sobre Facilitação do Comércio.

A falta de um acordo aplicável ao comércio intrabloco foi sanada com a assinatura do Acordo de Facilitação do Comércio do Mercosul por decreto em dezembro de 2019. Deve-se notar o alto grau de convergência entre os acordos intrabloco e os acordos do Mercosul com a União. Europeu em termos de princípios e temas abrangidos por ambos. Dois setores importantes para as economias membros do Mercosul ainda não estão totalmente integrados ao livre comércio do bloco: o automotivo e o açúcar.

O Brasil chefiará a Presidência Pro Tempore do Mercosul no segundo semestre de 2021 e tem quatro prioridades principais para este período: (a) modernizar a TEC; b) renegociação de regimes especiais de importação; c) revisão do regime de origem do Mercosul; e (d) inclusão dos setores automotivo e açucareiro na zona franca do bloco. (a) a modernização da tarifa externa comum. O. O objetivo do PPT brasileiro é aproximar o Protocolo de Origem do Mercosul dos marcos normativos negociados com os europeus35.

Acertos e desacertos na agenda externa do Brasil

  • As dificuldades em fazer avançar os acordos preferenciais de comércio
  • O diálogo comercial com o Estados Unidos
  • A decisão de aderir ao Acordo de Compras Governamentais da OMC
  • Acordos sobre Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI): o modelo brasileiro
  • Lentidão na negociação e na internalização dos acordos negociados

Após o anúncio do fim das negociações, os dois acordos com os blocos europeus entraram na fase preparatória para assinatura e encaminhamento aos respectivos parlamentos para ratificação. Além dos acordos políticos anunciados em 2019 com os dois blocos europeus, a agenda externa do Mercosul também inclui quatro processos de negociação com atores extra-regionais: Canadá, Coreia do Sul, Singapura e Líbano. Se as negociações com os países asiáticos são do interesse do setor agrícola brasileiro, mas contestadas pelo setor industrial, no caso da América Central, o movimento é estimulado pelo setor industrial.

Não houve interesse do Brasil e dos Estados Unidos em iniciar negociações bilaterais sobre um acordo comercial preferencial, mas em 2011 foi assinado o Acordo de Cooperação Comercial e Econômica Brasil-EUA (ATEC), que permite a implementação de atividades de cooperação entre os dois países sobre vários temas relacionados ao comércio e economia. Os direitos e obrigações do Brasil e dos Estados Unidos no Acordo de Facilitação Comercial da OMC, assinado pelos dois países, não são alterados pelo Protocolo. Por exemplo, o acordo comercial preferencial entre o Mercosul e a União Aduaneira da África Austral (SACU) demorou sete anos e um mês desde a sua assinatura e entrada em vigor.

37 Entre estes 45 acordos há uma diversidade de finalidades, alguns são acordos comerciais preferenciais como os negociados com a Índia ou a União Aduaneira Sul-Africana, outros são acordos para evitar a dupla tributação, os ACFIs e o protocolo anexo à ATEC com os EUA são também faz parte do conjunto de acordos submetidos a esse processo. Por outras palavras, os acordos comerciais internacionais exigem prazos muito longos para serem negociados e implementados.

Elementos para uma agenda de liberalização comercial de curto prazo

  • Economia política da proteção
  • Eliminação / redução de barreiras não tarifárias
  • A agenda intra-Mercosul
  • A agenda externa

A retirada da atividade económica no Brasil e dos fluxos comerciais mundiais certamente não contribuiu para tornar o ambiente propício a medidas de política comercial mais ambiciosas. É inegável que uma ampla gama de medidas foi adotada com o objetivo de reduzir as barreiras não tarifárias. Este conjunto inclui iniciativas em áreas como a defesa comercial, a facilitação do comércio, a redução do número de produtos sujeitos a licença de importação não automática, etc.

Partem do reconhecimento de que programas ambiciosos de liberalização comercial requerem capital político e devem ser anunciados e implementados desde o início da administração. Manter o diálogo com o setor privado e procurar atrair o interesse dos diferentes segmentos da sociedade civil na agenda de redução dos custos comerciais. Mobilizar os diversos setores do poder executivo para apoiar iniciativas de redução de custos comerciais lideradas pela SECINT.

O INP deve ter em conta a evolução do comércio internacional, incluindo o crescimento do comércio eletrónico, adaptando as suas ferramentas e controlos às novas modalidades comerciais. Devem ser feitos esforços para acelerar os processos de ratificação e entrada em vigor dos acordos internacionais assinados pelo governo brasileiro em áreas que afetam as políticas comerciais e de investimento.

Referências

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