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Análise sócio histórica da educação e o trabalho do trabalho do assistente social inscrito na política de educação

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Academic year: 2023

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Trabalho de conclusão de curso oferecido no curso de Serviço Social da Universidade Federal de Ouro Preto como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social. Este trabalho tem como objetivo analisar a inserção do Assistente Social na política educacional, para compreender a atuação profissional frente às demandas feitas nesses espaços. Tal reflexão pretende contribuir para a ampliação do debate sobre a relevância da inserção do Serviço Social na política educacional.

ABEPSS - Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social CBAS - Congresso Brasileiro de Serviço Social. 1.1 - O processo de desenvolvimento do capitalismo 1​3 1.2 - Refuncionalização do Estado e a questão social 19 1.3 - Institucionalização e direção do serviço social brasileiro 21 1.4 Implicações para o serviço social na fase monopolista 31 CAPÍTULO 2 - ANÁLISE SÓCIO-HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO A educação como esfera da vida social e sua atitude perante o trabalho 3​5 2.2 A trajetória histórica do sistema educacional no contexto brasileiro 41 2.3 A intervenção do assistente social na educação: uma análise a partir de. O objetivo deste trabalho de conclusão de curso intitulado: Análise sócio-histórica da educação e do trabalho do assistente social escrito na política educacional é consolidar e ampliar a produção de conhecimento, delinear a importância e a necessidade do trabalho do assistente social na política educacional. campo da política educacional.

E gostaria de acrescentar que o ingresso no curso de Serviço Social da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) completou o desenvolvimento da ideia existente sobre o assunto. Assim, objetivamos apresentar a importância do Serviço Social na educação, como profissional que intervém nas expressões da questão social verificada no espaço escolar, bem como na elaboração de estratégias que contribuam para o desenvolvimento de sujeitos empoderados e autônomos .

CAPITALISMO E SEU DESENVOLVIMENTO

As implicações para o Serviço Social no estágio monopolista

A institucionalização do Serviço Social está vinculada às intervenções do Estado nos processos de regulação social identificados no item anterior. O Serviço Social só pode afirmar-se como prática institucionalizada e legitimada na sociedade respondendo de forma socialmente determinada a necessidades sociais derivadas da prática histórica das classes sociais na produção e reprodução de meios de subsistência e trabalho. Assim, tendo em vista as particularidades desse processo no Brasil, o Serviço Social se institucionaliza e se legitima profissionalmente como um dos mecanismos mobilizados pelo Estado e pelo empresariado, com o apoio da Igreja Católica, na perspectiva de enfrentamento da questão social confrontar e regular.

Considerando a natureza do trabalho do assistente social, ou seja, envolvido na divisão social e técnica do trabalho (IAMAMOTO, 2014), ao mesmo tempo em que são empregados para atuar como mecanismos de controle da força de trabalho e manutenção da lógica monopolista . , eles também sofrem as consequências desse processo, ao se tornarem trabalhadores assalariados, vendedores de sua força de trabalho. Historicamente, a profissão recebeu sua institucionalização quando o Estado passou a intervir sistematicamente nos assuntos sociais por meio de políticas públicas. Assim, nessa enxurrada de mudanças desencadeadas no capitalismo monopolista, houve uma complexificação da divisão sociotécnica do trabalho em que se abrem espaços socioprofissionais para o Serviço Social.

Esses são os mesmos espaços que se abrem para a profissão, moldados nas políticas sociais, que também ofereceram novas configurações a partir dos anos 1990, com a ascensão da política neoliberal e a acumulação flexível no mundo do trabalho. O trabalho do assistente social também é afetado por tais transformações, produto das mudanças na divisão sociotécnica do trabalho no cenário mundial (ABEPSS, 1996, p.5). As mudanças impostas pela portaria e a reestruturação do trabalho também colocam em risco o exercício profissional do assistente social.

Atendendo ao facto de este profissional entrar no mercado de trabalho como trabalhador assalariado, a sua intervenção depende dos elementos objetivos do contexto em que trabalha e está subordinada aos interesses do empregador. Embora o serviço social seja uma profissão regulamentada como liberal na sociedade, na prática ele não é tratado dessa forma. O serviço social, sendo um trabalho e como tal de natureza não liberal, tem a questão social como base de sustentação de sua profissionalização e sua intervenção se dá por meio da mediação organizacional de instituições públicas, privadas ou entidades filantrópicas (GUERRA, 2000 , pp.

Desta forma, o assistente social não dispõe plenamente dos meios necessários para a realização do seu trabalho, estando envolvido em processos de trabalho previamente determinados pela instituição empregadora. Portanto, é necessário que o assistente social faça leituras críticas do espaço em que está inserido, delineie os limites e limites impostos, a fim de buscar estratégias de enfrentamento. Nesse cenário, determinado pela globalização do capital e mudança no tamanho do trabalho, o projeto neoliberal intensifica as condições para.

ANÁLISE SÓCIO-HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO

A Educação como uma esfera da vida social e sua relação com o Trabalho

Na sociedade primitiva, as pessoas produziam e se apropriavam conjuntamente dos meios de produção, e no decorrer desse processo educavam-se mutuamente, porém, com o desenvolvimento das relações de produção, substituindo assim a divisão social do trabalho e o surgimento das classes sociais , forma de transmitir conhecimento assume um grau fracionário de acordo com a nova organização social. Assim, instaura-se uma cisão na unidade de ensino, que antes era plenamente identificada com o próprio processo de trabalho. Se antes era inerente às "ações desenvolvidas pelo homem, totalmente coincidentes com o processo de trabalho" (SAVIANI, 2007, p. 155), agora será destinada a uma determinada parcela da sociedade e segundo

Consequentemente, a escola está se desvinculando da produção em um processo que se intensificará com o surgimento do modo de produção capitalista (SAVIANI, 2007). Vamos resumir que o modo de produção capitalista é sustentado por uma relação de exploração agravada de uma classe social que é abastecida com sua força de trabalho apenas por outra que, por sua vez, possui os meios de produção. Dentre as mudanças ocorridas na sociedade capitalista, mais especificamente na produção, podemos destacar aquela que foi provocada pela introdução das máquinas (cuja intensificação levou à revolução industrial).16 Atualmente, o processo de trabalho antes totalmente transformações manuais em cera que reduzem quantitativamente a demanda por mão de obra viva na produção stricto sensu.

O processo da revolução industrial provoca, assim, a associação, ainda que indireta, da escola com os processos de produção. Nesse modo de produção capitalista, cada formato que essa organização do trabalho adota exige um perfil de funcionário diferente. O fordismo, por exemplo, constituía um sistema de produção em massa17 que separava gestão, controle e execução em diferentes etapas do processo de trabalho.

No modelo de acumulação flexível 18 predomina a flexibilidade nos processos de trabalho; há uma queda no número de empregos regulares; a produção ocorre em pequenos lotes e a qualidade do produto é rigorosamente controlada para minimizar erros e atrasos na produção; há eliminação de desperdícios e diversificação da produção. Essa percepção física e subjetiva do indivíduo nos processos de trabalho foi incorporada pela produção para aumentar as possibilidades de reprodução do capital. Nessa perspectiva, a trajetória de vida do indivíduo é uma esteira rolante de produção, onde a educação o molda para se adaptar a um ambiente que o utilizará da forma necessária para a manutenção do capital.

18 Modo de produção que se seguiu ao fordismo, caracterizado pela produção de mercadorias de acordo com a demanda do mercado. As desigualdades, assim como a pobreza, a exclusão e a exploração, por serem consequências do próprio modelo de sociedade em que vivemos, só podem ser efetivamente superadas pela superação do próprio modo de produção capitalista. Segundo Mészáros (2008), a educação poderia representar o meio pelo qual seria possível alcançar a emancipação humana, mas, fatalmente, acabou tornando-se proporcional à reprodução do modo de produção capitalista.

Trajetória histórica do sistema educacional no contexto brasileiro

O campo da educação é uma área socioprofissional, que inclui especialistas da área de serviço social que trabalham de forma articulada e interdisciplinar com outros especialistas. 21 Segundo o Conselho Federal de Assistência Social (CFESS), as questões sociais com as quais o assistente social escolar deve lidar são as seguintes: 1) evasão escolar; 2) Falta de interesse em aprender; 3) Problemas de disciplina; 4) Descumprimento de qualquer restrição ou regra escolar; 5) Vulnerabilidade às drogas; 6) Atitude e comportamento agressivo e violento (CFESS, 2001, p. 23). Portanto, o assistente social deve capacitar os usuários para um olhar crítico sobre a realidade em que estão inseridos.

A atuação do profissional do Serviço Social na política educacional é verificada a partir das três esferas de governo: federal, estadual e municipal, dentro de instituições filantrópicas e instituições privadas, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). O Serviço Social pode trazer elementos da comunidade em que está inserido para o espaço interno da escola. Sylvia Terra, que aborda a implantação do Serviço Social nas escolas de ensino fundamental e médio, quanto à adequação da inserção do Serviço Social na educação e também as possibilidades legais de projetos de lei para implantação do Serviço Social nas escolas e sua regulamentação nas instâncias municipais e poder do estado.

Em 2001, um grupo de estudos sobre Serviço Social na Educação elaborou uma cartilha intitulada “Serviço Social na Educação” pelo CFESS. Em 2004, o CFESS solicitou a elaboração de parecer sobre os projetos de lei que dispunham sobre a inserção do assistente social na educação, resultando no documento intitulado "Parecer sobre os projetos de lei que dispõem sobre a inserção do assistente social na educação". 35ª Assembleia Nacional, um Grupo de Trabalho de Serviço Social (GTSS) em educação foi formado juntamente com o Conselho Federal de Serviços Sociais.

No GT SS da Educação, elaborou uma sistematização de leis e projetos de Serviço Social na Educação em nível municipal, estadual e nacional. Além disso, foi elaborado o documento “Subsídios para o debate sobre o Serviço Social na Educação”, como material de base para as discussões posteriores. Este documento está estruturado na perspectiva de afirmar: a concepção de educação que deve nortear a atuação profissional; as competências e características do assistente social; bem como as dimensões, especificidades e estratégias de inserção, efetivação e consolidação da prática profissional no campo da educação em consonância com o projeto ético-político e profissional do serviço social.

No que diz respeito ao documento “Subsídios para o Debate do Serviço Social na Educação” produzido por Campos​et al(2011), há um debate em andamento sobre o acúmulo teórico e político da categoria, a oferta de subsídios para melhor aprofundamento e reflexão sobre a integração/funcionamento do assistente social na educação. Portanto, a partir das discussões sobre o serviço social na política educacional, foi possível compreender a grande importância da inclusão desses profissionais nessa política, para contribuir no acesso à educação e demais direitos sociais, e no enfrentamento qualificado das demandas, expressões relacionadas da questão social no campo da educação. 80 anos de serviço social no Brasil: organização política e protagonismo social da profissão no processo de ruptura com o conservadorismo.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL, ABEPSS: Diretrizes Gerais para o Curso de Serviço Social (com base no currículo mínimo aprovado em assembléia geral extraordinária de 8 de novembro de 1996). A construção do projeto ético-político do Serviço Social contemporâneo” em Educação em Serviço Social e Política Social.

Referências

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