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Práxis educativa e consciência crítica em escolas

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Academic year: 2023

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XXVIII Congresso de Iniciação Científica

PROJETO AÇÃO-ESCOLAS NO PONTAL PARANAPANEMA: Práxis educativa e consciência crítica em escolas de assentamentos rurais

Murilo Garcia Costa, Irineu Tuim Viotto Filho, Fabiana Lohani de Sousa, Larissa Zangarini Antonio.

FCT-UNESP PRESIDENTE PRUDENTE, Educação Física, murilogargia@yahoo.com Núcleo de Ensino Palavras Chave: Atividade Ludo-pedagogica, Teoria histórico-cultural, Trabalho Coletivo.

Introdução

A Teoria histórico-cultural apresenta-se na escola com a finalidade de atender as necessidades de aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes e para isso construímos um projeto de intervenção ludo-pedagógico, comprometido o processo de aprendizagem e desenvolvimento da consciência crítica das crianças das séries iniciais de uma Escola Pública do Assentamento "Agua Sumida" no município de Teodoro Sampaio/SP na região do Pontal do Paranapanema. O trabalho com as crianças acontece na escola, com a finalidade de criar atividades educativas para que pensem criticamente a sua realidade, a partir da apropriação de conhecimentos científicos construídos pelo grupo CETAS da UNESP-Presidente Prudente que pesquisa os efeitos deletérios do agro negócio canavieiro na terra, água e ar da região, assim como no trabalho e na vida dos camponeses de assentamentos rurais da região.

Objetivos

Contribuir para o processo de desenvolvimento da consciência crítica das crianças de uma escola do assentamento "Água Sumida" da cidade de Teodoro Sampaio/SP na região do Pontal do Paranapanema e possibilitar a participação coletiva das crianças em atividades que discutem questões ambientais daquela região.

Material e Métodos

As intervenções-emancipatórias são construídas a partir de reflexões e ações coletivas sobre as necessidades das crianças e relacionadas a apropriação de conhecimentos sobre a terra, o ar, a água e os alimentos produzidos nos assentamentos e a relação predatória que o agronegócio tem estabelecido na região, sobretudo no uso da terra para o plantio da cana de açúcar. São organizados grupos de intervenção, adequando às expectativas, necessidades e características das crianças, sendo que as atividades são realizadas na própria escola pelos membros do GEIPEEthc e pelos professores, os quais recebem treinamento para a realização dessa atividade em suas disciplinas regulares na escola. Junto as crianças utiliza-se a metodologia ludo-pedagógica como forma de atender as necessidades das crianças a partir de jogos e brincadeiras (NUNES, 2013; NUNES & VIOTTO FILHO, 2016). São realizadas dinâmicas de grupo, vivências, dramatizações, desenhos, roda de conversa e debates coletivos, dando voz e vez as crianças da escola. São oportunizados momentos

de reflexão sobre a importância do trabalho coletivo e da construção de atividades que atendam às características e necessidades das crianças tendo em vista a construção de sua consciência numa direção crítica.

Resultados e Discussão

Nosso projeto de intervenção procura resgatar a escola como centro privilegiado do processo de desenvolvimento da consciência crítica dos estudantes e, sobretudo, reconhecê-la como uma escola-comunidade (VIOTTO FILHO, 2014).

Percebe-se que a participação dos estudantes é efetiva e ativa, pois os assuntos tratados são concernentes à suas vidas e por isso tornam-se relevantes e de interesse dos sujeitos. A escola, por sua vez, é também valorizada como um espaço de participação da comunidade e que aglutina os estudantes para compreenderem de forma mais ampla a sua própria realidade como estudantes e o seu papel na transformação das suas vidas e da sociedade.

Conclusões

Um projeto de intervenção-emancipatória tem um caráter eminentemente educativo e humanizador e deve possibilitar condições efetivas de desenvolvimento a partir das relações sociais, da apropriação dos conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade, sobretudo os conhecimentos científicos que criam as condições para a construção da consciência crítica dos estudantes na escola.

As ações coletivas são imprescindíveis num projeto de intervenção na escola, vez que os estudantes percebem que a ajuda mútua, a participação cooperativa, dentre outras relação sociais humanizadoras, tornam a atividade educativa muito mais significativa em suas vidas.

____________________

NUNES, R.L.; VIOTTO FILHO, I.A.T. A atividade do jogo e suas implicações para o desenvolvimento da consciência da criança na escola. 1. ed. Curitiba/PR: CRV, 2016. v. 1. 126p.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações.

Campinas: Autores Associados, 2000.

VIOTTO FILHO, I.A.T.; PENSANDO A ESCOLA PÚBLICA COMO COMUNIDADE: CONTRIBUIÇÕES TEÓRICO-CRÍTICAS DA FILOSOFIA DE AGNES HELLER. In: Stela Miller; Maria Valéria Barbosa; Sueli Guadelupe de Lima Mendonça. (Org.). Educação e Humanização: as perspectivas da teoria histórico-cultural. 1ed.Jundiai:

Paco Editorial, 2014, v. 1, p. 7-244.

Referências

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