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Academic year: 2023

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INTRODUÇÃO

OBJETIVOS

Identificar os principais diagnósticos nas Consultas de Grupo de Puericultura para crianças de 0 a 5 anos pela Equipe de Saúde da Família (ESF) Lilás do Centro de Saúde da Família Guiomar Arruda, no Bairro Pirambu, Fortaleza, Ceará, maio de 2006 a setembro de 2008; Propor um instrumento que sirva de norteador para as ações dos membros das Equipes de Saúde da Família do Centro de Saúde da Família Guiomar Arruda, no Bairro Pirambu, quanto às questões relacionadas aos resíduos sólidos, desde a gestão insuficiente até os danos causados ​​por esta exposição.

METODOLOGIA

A construção do referencial teórico

A análise da realidade local

Problemas ambientais e de saúde associados à gestão inadequada de resíduos sólidos nos países da América Latina e do Caribe. Escolas promotoras de saúde: experiência do Brasil/Ministério da Saúde/Organização Pan-Americana da Saúde.

Figura 1. O Grande Pirambu e seus bairros.
Figura 1. O Grande Pirambu e seus bairros.

O local do estudo

ESTABELECENDO O DIÁLOGO ENTRE A SAÚDE DA FAMÍLIA E A SAÚDE

Os resíduos sólidos e seu manejo: contradições de uma sociedade de consumo

Segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (1999), cada um dos 370 milhões de residentes urbanos da América Latina e do Caribe produz aproximadamente 0,92 kg de resíduos sólidos por dia, resultando em 330 mil toneladas de lixo a serem descartadas diariamente. Os resíduos coletados em Fortaleza mais os gerados no município de Caucaia vão para o Aterro Metropolitano Oeste de Caucaia, que é administrado pela Prefeitura de Fortaleza (EMLURB-Fortaleza, 2008).

Resíduos sólidos e saúde coletiva

  • As populações expostas aos resíduos sólidos e seus efeitos
  • Segregadores ou segregados?
  • Efeitos na saúde humana e no meio ambiente
  • O Pirambu e os resíduos sólidos

Estudos em locais de disposição de resíduos sólidos urbanos relatam a presença de diversos patógenos, como os apresentados na Tabela 1 (SCARPINO et al., n.d.). No bairro Pirambu, diferentemente do que acontece na zona leste, mais valorizada e “verticalizada” de Fortaleza, morar próximo ao mar representa maior estigma e exposição aos perigos dos resíduos sólidos.

Doenças relacionadas aos resíduos sólidos em uma análise da realidade local

Com a situação degradada das famílias que vivem na área de abrangência da Equipe de Saúde da Família Lilás, no Bairro Pirambu, e a proximidade do mar, os efeitos dos pequenos derramamentos e dos depósitos inadequados de resíduos sólidos têm seus efeitos potencializados pela alta densidade populacional. e a possível fonte de contaminação das águas superficiais e marítimas. Os principais problemas ambientais e de saúde relacionados à gestão inadequada de resíduos sólidos nos países da América Latina e do Caribe são exemplificados na Tabela 2. Propagação de vetores (insetos, ratos, roedores e microrganismos patogênicos) Poluição do ar pela queima de resíduos sólidos Poluição de águas superficiais provenientes de derramamentos de resíduos.

Fonte: Relatório de Avaliação Regional dos Serviços Municipais de Gestão de Resíduos Sólidos na América Latina e no Caribe. A geração, armazenamento, coleta, separação, reciclagem e destinação inadequada de resíduos sólidos na região afetam a saúde e o meio ambiente.

TABELA 1. Principais diagnósticos em Consultas de Grupos de Puericultura de crianças de  0 a 5 anos de idade da ESF Lilás no Bairro Pirambu, Fortaleza, Ceará (maio de 2006 a  setembro de 2008), classificadas de acordo com a Classificação Internacional de D
TABELA 1. Principais diagnósticos em Consultas de Grupos de Puericultura de crianças de 0 a 5 anos de idade da ESF Lilás no Bairro Pirambu, Fortaleza, Ceará (maio de 2006 a setembro de 2008), classificadas de acordo com a Classificação Internacional de D

Atenção Primária à Saúde e Atenção Primária Ambiental orientadas para a

Para optimizar os cuidados de saúde, os cuidados de saúde primários devem centrar-se na saúde humana, que inclui outros determinantes da saúde, ou seja, o ambiente social e físico em que as pessoas vivem e trabalham, em vez de se concentrarem apenas numa única doença. A atenção primária lida com os problemas mais comuns e menos definidos, geralmente em ambientes comunitários como escritórios, centros comunitários, escolas e residências (STARFIELD, 2002). A atenção primária e seus profissionais trabalham para prestar cuidados de longa duração aos seus pacientes, seus familiares e comunidades, conhecendo bem a realidade desses indivíduos, que são acompanhados contínua e integralmente, nos quais são tratados como pessoas e não como doenças.

Nas comunidades onde prestam assistência à saúde, esses profissionais têm se envolvido em questões relacionadas à atenção ambiental primária (APA). Este conceito encontra a sua base teórica nos Cuidados de Saúde Primários (APS), que ligam a comunidade ao sistema formal de saúde através dos princípios de acessibilidade, regionalização e hierarquização dos cuidados de saúde (OPAS, 1999).

Figura 3. A saúde e seus fatores determinantes: interações entre a saúde e o ambiente
Figura 3. A saúde e seus fatores determinantes: interações entre a saúde e o ambiente

Vigilância Ambiental em Saúde, indicadores de saúde ambiental e o desafio da

A análise deste conjunto de indicadores e da relação entre eles, bem como a análise dos contextos particulares em que os riscos ocorrem, é tarefa da monitorização ambiental. Também está incluído nas ações de monitorização da saúde ambiental o desenvolvimento e melhoria de indicadores específicos de qualidade de vida associados, entre outros, à qualidade do ar, qualidade da água, qualidade do solo, nível de ruído. Além dos já mencionados, a sistematização, divulgação e divulgação de informações de forma ágil também deve ser responsabilidade do monitoramento da saúde ambiental.

O envolvimento do sector da saúde no modelo de vigilância da saúde ambiental é defendido pela promoção da saúde, que estabelece a defesa da saúde, a formação e a mediação como estratégias básicas. O Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental (SINVAS) foi regulamentado pela Instrução Normativa nº. 1º do Ministério da Saúde, de 25 de setembro de 2001, que definiu responsabilidades nas esferas federal, estadual e municipal.

Figura 4. Pirâmide de informação associada ao tipo de utilizador.
Figura 4. Pirâmide de informação associada ao tipo de utilizador.

Percepção de riscos e vulnerabilidade e seu papel no manejo de situações locais

Quando se tentam abordagens intersetoriais, o conhecimento dos fatores demográficos, socioeconômicos-culturais e ambientais, além da distribuição desigual das situações de risco e dos problemas de saúde, torna-se fundamental para a construção de atividades integradas. Como palavra de ordem para a promoção da saúde, são necessárias abordagens interdisciplinares e transdisciplinares no modelo conceitual de vigilância de situações de risco, que se baseia na compreensão de que questões relacionadas à relação entre saúde e ambiente fazem parte de sistemas complexos (TAMBELLINI & CÂMARA, 2002 ) ; BARCELLOS & QUITÉRIO, 2006). Emergindo da relação dialógica entre a Psicologia Ambiental recente e a Psicologia Social, os estudos de percepção de risco tornaram-se uma disciplina cientificamente organizada com base nos trabalhos de Slovic, Fischhoff e Lichtenstein (1982).

Ao avaliar a percepção de risco, os processos subjetivos devem ser levados em consideração ao tentar compreender se determinadas pessoas enfrentam ou não situações de risco. O território surge então como um importante aliado no tratamento das situações locais e torna-se um ambiente adequado para a compreensão de processos e tendências para o diagnóstico de contextos e situações de risco social.

Promoção da Saúde, Escolas Promotoras de Saúde e suas interfaces com a Medicina

  • Escolas Promotoras de Saúde e a intersetorialidade como ferramentas

Após realizar seis conferências internacionais sobre promoção da saúde e analisar as cartas e declarações das mesmas, Demarzo e Aquilante (2008) observam que as metas a serem alcançadas incluem uma visão holística da saúde, equidade social, determinação social do processo saúde - doença, intersetorialidade, participação social para fortalecer os esforços comunitários e a possibilidade de dar às gerações futuras o uso dos recursos utilizados no presente, ou seja, a sustentabilidade. As ações de promoção da saúde devem ser orientadas por uma visão holística da saúde que enfoque a multicausalidade do processo saúde-doença. Sustentabilidade A promoção da saúde trabalha com questões de natureza complexa, exigindo processos de transformação coletiva, com consequências de médio e longo prazo.

Devido às crescentes críticas à ineficácia das medidas de educação em saúde nas escolas, juntamente com o surgimento da promoção da saúde na década de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) propôs o conceito de Escolas de Promoção da Saúde (EPS). Com o objetivo de propor a revitalização da promoção da saúde na escola, a iniciativa EPS visa fortalecer a ação intersetorial das políticas sociais, especialmente da educação e da saúde, configurando alianças e parcerias, otimizando recursos, equipamentos técnicos de especialistas e representantes da população, cujos o objetivo é requalificar e controlar socialmente as condições de saúde na comunidade escolar (BRASIL, 2006a e 2006b).

O PROTOCOLO EM SI (RECOMENDAÇÕES)

  • Diagnóstico de situações de exposição a riscos e vulnerabilidades: descobertas para
    • Diagnóstico complementar
  • Atuação da Atenção Primária à Saúde (Atenção Básica)
    • O Projeto Terapêutico Singular como ferramenta de atuação da Atenção
  • A criação de indicadores de saúde ambiental relacionados aos resíduos sólidos
  • A participação da comunidade na resolução e discussão de situações locais partindo
  • Ações intersetoriais: as Escolas Promotoras de Saúde e seu papel no incremento da

Inalação de poeiras, gases e vapores contendo elementos ou compostos químicos perigosos resultantes da combustão incompleta de resíduos sólidos. Os sujeitos e as comunidades em que vivem apresentam particularidades únicas e singularidades complexas, com características subjetivas individuais e coletivas desempenhando forte papel no enfrentamento de situações vulneráveis ​​relacionadas à gestão inadequada de resíduos sólidos. Com base no modelo driver-pressão-estado-exposição-efeitos-ação (FPEEEA) proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2004, é possível desenvolver indicadores de saúde para indivíduos e comunidades com o objetivo de monitorar, fornecer informações. às autoridades competentes e a melhoria das condições de vida de indivíduos e comunidades expostas a situações de risco causadas pelo manejo inadequado de resíduos sólidos devido à deterioração das condições de vida em que se encontram.

A Tabela 9 mostra alguns indicadores que os profissionais de cuidados de saúde primários podem utilizar para monitorizar as condições ambientais relacionadas com os resíduos sólidos e tomar medidas para melhorar e aumentar a qualidade de vida das comunidades expostas à eliminação e gestão inadequada de resíduos. Programa de manutenção predial e de equipamentos, plano de gerenciamento de resíduos, sistema de tratamento de resíduos, monitoramento da destinação de resíduos, monitoramento do tratamento interno de resíduos, coleta seletiva e reciclagem de resíduos, construção de instalação de compostagem de resíduos comuns, tipo de tratamento interno e externo dos resíduos gerados ( por tipo de resíduo). Com o objetivo de ampliar a compreensão sobre o entendimento, do ponto de vista e do imaginário dos moradores da comunidade que estão expostos às diversas possibilidades de riscos relacionados aos resíduos sólidos descartados inadequadamente no ambiente em que vivem, a técnica dos grupos focais torna-se de grande valor. para a participação dos membros da comunidade.

Deverá ser prevista a realização de 4 a 6 grupos focais para discussão de temas relacionados aos resíduos sólidos.

Figura 6. Balança de vulnerabilidade.
Figura 6. Balança de vulnerabilidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como superar esse tipo de análise que realizamos quando olhamos para as questões abordadas neste trabalho. Diante dos desafios que surgem na prática cotidiana, sejam eles sociais, culturais, econômicos, psicológicos, pressão da demanda reprimida da sociedade, entre outros, torna-se importante a adoção de ações que os complementem com prevenção, cura e reabilitação, e caminhem em direção à saúde. medidas de promoção, sendo a intersetorialidade a principal responsável por essas mudanças. O profissional de saúde deve estabelecer parcerias e compartilhar responsabilidades com indivíduos e outros setores da sociedade, como organizações não governamentais, igrejas, associações, empresas públicas e privadas, entre outros. manter e aumentar a saúde, onde melhorar a qualidade de vida, espaço para lazer, cultura, educação, atividades físicas, também é uma luta de todos.

Por fim, gostaria de ressaltar o desejo de mudança que advém de uma experiência como a aqui vivenciada, e ressaltar que isso serve de apoio e motivação para que mais profissionais vivenciem esse sentimento. Deve servir como veículo para o surgimento de novas perspectivas sobre um papel mais inclusivo para os profissionais de saúde da família.

Programa de Atualização em Medicina de Família e Comunidade (PROMEF), Ciclo 3, Módulo 1: 49-75, Porto Alegre: Artmed/Panamericana Editora, 2006. Acessível através do site http://www.emlurb.fortaleza.ce.gov.br em 10 de março de 2008. Relatório sobre a Avaliação Regional dos Serviços Municipais de Gestão de Resíduos Sólidos na América Latina e no Caribe.

Dissertação (Mestrado em Geografia) – Programa de Pós-Doutorado e Pesquisa em Geografia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2006. Processo de trabalho da coleta de lixo domiciliar no município do Rio de Janeiro: percepção e experiência de funcionários.

APÊNDICE

Imagem

Foto 2. O lixo servindo de base para as construções
Figura 1. O Grande Pirambu e seus bairros.
Figura 2. Divisão do Bairro Pirambu por Equipes de Saúde da Família.
TABELA 1. Principais diagnósticos em Consultas de Grupos de Puericultura de crianças de  0 a 5 anos de idade da ESF Lilás no Bairro Pirambu, Fortaleza, Ceará (maio de 2006 a  setembro de 2008), classificadas de acordo com a Classificação Internacional de D
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Referências

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