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UMA PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA O ESTUDO SOBRE A CLOROQUINA E HIDROXICLOROQUINA A PARTIR DAS ESTRUTURAS

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Academic year: 2023

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Proposta LeiUma de sequência didática para estudar cloroquina e hidroxicloroquina a partir de estruturas químicas utilizando o software Chemsketch. Uma proposta de sequência didática para o estudo da cloroquina e hidroxicloroquina a partir de estruturas químicas utilizando o software chemsketch. Além disso, distribuir uma ferramenta educacional para trabalhar com modelos moleculares no ensino de química, apresentar estratégias didáticas que favoreçam a discussão sociocientífica com base em uma questão sociocientífica e desenvolver o processo de uma sequência didática desenhada por uma questão sociocientífica, para destacar, e o aplicação dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina, ou seja, a finalidade para a qual foram desenvolvidos e a real eficácia para o tratamento do coronavírus.

Enfrentar esses discursos que contradizem o que já foi comprovado por diversos institutos de pesquisa - como a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), o Departamento de Epidemiologia da USP, etc., tem a função de promover um ambiente de discussão sobre um software que usa uma droga altamente. alunos de escolas ou mesmo instituições de ensino superior podem ter a oportunidade de simular as interações medicamentosas da cloroquina e hidroxicloro contra protozoários. A sequência didática (DS) proposta foi pensada a partir da seguinte questão problemática: “Um medicamento usado para combater um protozoário pode ser eficaz contra um vírus?”. Essa proposta será concretizada por meio de uma sequência didática (SD), que inclui uma série de atividades que, em conjunto, visam auxiliar na compreensão do tema.

Objetivo geral

Objetivos específicos

Cronologia da Pandemia do Coronavírus

A partir das informações obtidas, pode-se traçar um gráfico dos óbitos em função do tempo (Figura 1). É possível notar que os números aumentaram significativamente entre março e julho de 2021, o que pode ser explicado pelo surgimento de novas variantes do SARS-COV-2. Logo depois, com a campanha de vacinação utilizando produtos de diversos laboratórios, a curva de mortalidade começa a se estabilizar, o que pode ser uma prova da eficácia que as vacinas podem trazer para as pessoas.

Cronologia produção de vacinas

Fonte: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2021/uso-emergencial-das-vacinas-linha-do-tempo-na-anvisa. Pela figura apresentada, percebe-se que, apesar da demora na obtenção das doses das vacinas, o Brasil, assim como outros países, conseguiu realizar pesquisas e aprová-las em um tempo relativamente rápido em comparação com as vacinas que foram desenvolvidas ao longo do tempo. dependendo da complexidade e variabilidade genética da doença, sua pesquisa pode levar de 10 a 30 anos para chegar à fase de registro e aprovação.

Origem da indicação de cloroquina e hidroxicloroquina

Em maio de 2020, após uma série de estudos comprovando a ineficácia da cloroquina ou hidroxicloro, a própria revista divulgou uma retratação em seu site (MEHRA et al., 2020). O então presidente dos Estados Unidos na época usou a pesquisa para pressionar a Food and Drug Administration (FDA) a aceitar o tratamento em 28 de março de 2020, que cedeu. O presidente brasileiro, Jair Messias Bolsonaro, que muitas vezes seguia as ideias do presidente americano, também passou a proteger as drogas e seu uso no Brasil passou a ser estimulado, o chamado “Kit Covid” (SANTOS-PINTO et al., 2021), que consiste em cloroquina/hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina e outros medicamentos (CORRÊA et al., 2020).

Tanto o presidente do Brasil quanto o dos Estados Unidos fizeram uma forte propaganda política sobre as drogas hidroxi/cloroquina, criando um certo frenesi na mídia para promover a divulgação das drogas como cura ou pré-tratamento para a doença. No entanto, além da falta de provas – comunicada logo após a revelação do presidente – o uso dessas drogas resultou em inúmeros efeitos colaterais que podem ser tão ruins quanto o próprio coronavírus. A indicação por “profissionais políticos”, especialmente em população menos escolarizada ou cooptada por um discurso ideológico reacionário, gerava alvoroço e automedicação desnecessária, podendo agravar a situação do paciente (CORRÊA et al., 2020).

Não só os líderes brasileiros e americanos, mas em um estudo de cálculo da Universidade Federal de Alagoas mostrou que a cada fake news ou publicada sem investigação científica por um líder de um país ou outro, o índice de pesquisa sobre o tema aumenta significativamente, o que é feito refletindo sobre os cuidados que devem ou devem ter ao divulgar determinada informação sem comprovação (LISBOA et al., 2020). Nesse sentido, ressalta-se que a informação e a tecnologia devem ser tratadas com cuidado, para que não agravem uma situação de crise, mas podem ser utilizadas para melhorar a pesquisa e a população, como a química computacional, que vem crescendo massivamente. O conhecimento da estrutura molecular é muito importante na pesquisa científica, principalmente na ciência farmacêutica, pois estuda a origem molecular da atividade biológica dos fármacos e possibilita a pesquisa de fármacos eficazes, seletivos e seguros pelo entendimento da similaridade e complementaridade molecular (BARREIRO e outros, 1997).

Diferenças entre cloroquina e hidroxicloroquina

Ação antimalárica e efeitos no corpo humano

Após atravessar as membranas dos eritrócitos e plasmódios, a cloroquina (uma base diprótica fraca) concentra-se no vacúolo alimentar ácido do parasita, principalmente por sequestro de íons. Para se proteger, o parasita polimeriza o heme em hemozoína (um pigmento), que fica preso no vacúolo alimentar do parasita. O aumento do pH e o acúmulo de heme resultam em dano oxidativo às membranas fosfolipídicas, levando à lise do parasita e dos eritrócitos.

A droga tem um grande volume de distribuição e está concentrada em eritrócitos, fígado, baço, rins, pulmões, tecidos contendo melanina e glóbulos brancos. Ao contrário de tomar o medicamento, os efeitos colaterais mais comuns - embora raros em baixas doses profiláticas - são distúrbios gastrointestinais, urticária (prurido), dor de cabeça e visão turva. As complicações mais graves incluem retinopatia (uma complicação do diabetes que afeta os olhos e causa danos à retina nos vasos sanguíneos da região posterior), cardiomiopatia (inflamação do músculo cardíaco que causa aumento e enfraquecimento afetando a capacidade de bombear sangue, levando à insuficiência cardíaca), neuromiopatia (doença que afeta simultaneamente o sistema nervoso e os músculos) e miopatia (distúrbios musculares) (RIBEIRO et al., 2020).

Nesse contexto, a cloroquina é contraindicada para pacientes com psoríase, porfiria e em uso de outras drogas que também prolonguem o intervalo QT. Deve-se ter cautela ao administrar o medicamento a pacientes com insuficiência hepática e distúrbios gastrointestinais, neurológicos ou hematológicos (WHALEN et al., 2016). Ambas as drogas também podem ser utilizadas para profilaxia contra a doença quando o indivíduo viaja para uma região endêmica (WHALEN et al., 2016).

Outras aplicações dos medicamentos

Por sua vez, a hidroxicloroquina é utilizada no tratamento de doenças reumáticas, como artrite reumatoide (AR) e lúpus eritematoso sistêmico (LES), mas o mecanismo exato de ação nessas condições não é totalmente compreendido. É importante notar que, apesar de causar menos efeitos colaterais no fígado e no sistema imunológico em comparação com outras drogas anti-reumáticas. Modificadores de Doença (FARMD), a hidroxicloroquina pode causar toxicidade ocular, com depósitos na córnea e até danos irreversíveis à retina (WHALEN et al., 2016).

Com relação à proposta de uso dos referidos medicamentos no tratamento da COVID, desde o início da pandemia existem algumas controvérsias sobre o uso de medicamentos não testados cientificamente contra o Coronavírus, com viés epistemológico e suas implicações. Um dos artigos publicados, “Controvérsia científica sobre cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19: a importância dos estudos sociais da ciência na sociedade complexa”, trata do uso precipitado e impacto na sociedade com a velocidade da informação e desinformação , a chamada infodemia. Assim, como simples informações divulgadas por redes sociais de autoridades respeitadas podem ser perigosas fontes de informação que, aliadas à falta de conhecimento e ignorância, trazem resultados muito perigosos para a saúde humana (RODRIGUES, 2020; ARAUJO, OLIVEIRA, 2020).

Neste contexto, é importante desenvolver estratégias de ensino que permitam aos alunos analisar criticamente a informação obtida através dos media e outras fontes de informação.

Sequências didáticas

Esse modelo de ensino tem sido muito criticado por ser descontextualizado e não interdisciplinar, dificultando que os alunos relacionem o conteúdo abordado em aula com o seu cotidiano (ROCHA; VASCONCELOS, 2016). É importante lembrar que os alunos têm diferentes preferências e motivações em relação ao conhecimento e à forma de aprender. Espera-se que os alunos compreendam a importância do ensino da química de forma aplicada em situações vivenciadas no dia a dia e que utilizem esse conhecimento no processo de educação cívica.

Como atividade final de SD proposta neste trabalho, espera-se que os alunos sejam capazes de discutir o uso racional de medicamentos, e conciliar o que foi aprendido sobre cloroquina e hidroxicloroquina no contexto do tratamento e profilaxia contra a Covid e uma pesquisa sobre os já citados substâncias. Além disso, espera-se que os alunos sejam capazes de utilizar o conhecimento desenvolvido em diferentes conteúdos para explicar os fenômenos que ocorrem no mundo e desenvolver intervenções práticas que possam ser utilizadas tanto no ambiente escolar quanto na vida como um todo. Espera-se também que os alunos sejam capazes de tomar decisões com base na interpretação das informações obtidas e se conscientizem da responsabilidade de repassar as informações corretamente.

Inspirado por essa situação, surgiu a ideia de desenvolver uma sequência didática envolvendo o uso de um software (ChemSketch) para ajudar os alunos a entender os mecanismos de ação da cloroquina e da hidroxicloroquina contra protozoários e vírus e discutir sua correta indicação. Além disso, espera-se que os alunos sejam capazes de utilizar os conhecimentos adquiridos em diferentes disciplinas para explicar fenômenos que ocorrem no mundo e desenvolver intervenções práticas que possam ser utilizadas tanto no ambiente escolar quanto na vida como um todo. Este momento será importante para introduzir os alunos ao universo das estruturas químicas para que possam compreender os assuntos que estudarão nas aulas seguintes.

Metodologia: Nestas aulas o professor irá apresentar as estruturas químicas, para que os alunos tenham uma ideia da geometria molecular. Espera-se que os alunos aprendam a desenhar e interpretar uma fórmula eletrônica (fórmula de Lewis), além da fórmula estrutural planar e da fórmula molecular. Metodologia: Nesta aula, os alunos aprenderão a desenhar as estruturas dos medicamentos cloroquina e hidroxicloro no software ChemSketch.

Metodologia: Com a ajuda do professor, os alunos aprenderão a simular interações medicamentosas e mecanismos de ação no software ChemSketch. Metodologia: O professor e os alunos formarão uma roda com as mesas e discutirão a possibilidade do uso da cloroquina e hidroxicloro no tratamento da Covid. Os alunos devem participar da discussão, relatando experiências de que tenham conhecimento sobre efeitos colaterais associados ao uso de diversos medicamentos.

Figura 5. Figuras em 2D no ChemSketch
Figura 5. Figuras em 2D no ChemSketch

Imagem

Figura 1. Mortes por Coronavírus ao longo do tempo
Figura 2. Linha do tempo de aprovação de vacinas contra Coronavírus
Figura 3. Cloroquina e hidroxicloroquina
Figura 4. Ação da cloroquina na formação de hemozoína pelas espécies de plasmódios
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Referências

Documentos relacionados

O plano de ensino (quadro 2) apresentado relaciona os temas que serão abordados no curso, materiais necessários à execução das aulas teóricas: data show, notebook e DVD, bem como