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Remoção de corante reativo têxtil em solução aquosa por adsorção em humina

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Academic year: 2023

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Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)

32a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química

Remoção de corante reativo têxtil em solução aquosa por adsorção em humina

Bruno R. Araújo1 (IC), Juliana de O. M. Reis1(IC), Amanda M. D. de Jesus1 (PG), Maria de Lara P. M.

Arguelho1 (PQ), Luciane P. C. Romão1* (PQ) luciane@ufs.br

1 Universidade Federal de Sergipe. Departamento de Química. Laboratório de Química Ambiental. São Cristóvão/SE.

Palavras Chave: Corante Reativo; Humina; Adsorção.

Introdução

A indústria têxtil produz grande quantidade de água residuária durante seu processo de tingimento das fibras. Estima-se que cerca de 40% dos corantes utilizados não são fixados à fibra e são eliminados nesses resíduos aquosos1. Dentre os corantes, citam-se os chamados reativos, os quais em sua maioria são tóxicos e devem ser removidos para não causar danos ambientais. Adsorção é uma técnica usual no tratamento de efluentes e a turfa é um adsorvente rico em componentes húmicos e formada pela decomposição microbiológica de vegetais e animais em ambientes alagados. A humina corresponde à fração obtida na extração alcalina e insolúvel em todo intervalo de pH. Neste trabalho, a fração humina foi investigada como uma alternativa de adsorvente na remoção de corantes reativos utilizados nas indústrias têxteis.

Resultados e Discussão

10 mL de soluções de concentração variadas (10 – 50 mg.L-1) do corante Reactive Orange 16 (RO 16/

Sigma-Aldrich) foram postas em contato com a humina. O efeito do pH (1-10), quantidade do adsorvente (0,1– 0,2g) e tempo de contato sob agitação mecânica em 150 rpm (5–180 min) foram estudados. O percentual de remoção de 100% foi alcançado com o valor de pH 1,0. A Figura 01 mostra o efeito da massa do adsorvente, utilizando granulometria de 115 mesh, na adsorção do corante. A massa de 0,2g foi a mais eficiente na remoção, devido à maior disponibilidade de sítios ativos na superfície do adsorvente. Também é mostrado que a maior massa contribuiu para o alcance do equilíbrio em menor tempo de agitação (45 min). Resultados similares foram encontrados na literatura2.

2 0 4 0 6 0 8 0 1 0 0 1 2 0 1 4 0 1 6 0 1 8 0 2 0 0

4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0

% de Remoção

t ( m i n )

0 , 1 g H u m i n a 0 , 2 g d e H u m i n a

Figura 01. Efeito da quantidade do adsorvente em pH 1,0, tempo de agitação 180 min, concentração inicial de 10 mg.L-1.

A Figura 02 mostra o efeito do tempo na remoção de concentrações iniciais variadas da solução do corante. Foi observado que, em menor tempo de contato, a porcentagem de remoção aumentou para concentrações menores com valores de 76,4, 54,9, 50,5 e 42,2% para as concentrações de 10, 20, 30 e 50 mg.L-1, respectivamente. Porém, o equilíbrio em todo o intervalo estudado alcançou remoção maior que 95%.

0 2 0 4 0 6 0 8 0 1 0 0

4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0

% Remoção

t ( m in )

5 0 m g .L-1 3 0 m g .L-1 2 0 m g .L-1 1 0 m g .L-1

Figura 02. Porcentagem de remoção do corante em pH 1,0, 0,2 g de humina e tempo de agitação de 90 min para as concentrações iniciais de 10-50 mg.L-1.

Os dados de adsorção foram testados utilizando as isotermas de Langmuir e Freundlich. Os dados foram melhores ajustados para o modelo de isoterma de Freundlich (R= 0,968). Os dados cinéticos de adsorção foram testados utilizando modelos cinéticos de pseudo-primeira ordem, pseudo-segunda ordem e difusão intrapartícula.

Esses resultados seguem o modelo cinético de pseudo-segunda ordem com R variando de 0,994- 0,999 em todo o intervalo de concentração estudado e com considerações à difusão intrapartícula.

Conclusões

Os experimentos mostraram que a fração humina da turfa é viável na adsorção de corantes reativos têxteis sendo necessária a verificação de procedimentos de dessorção do corante e possível reaproveitamento e reutilização do adsorvato e adsorvente, respectivamente.

Agradecimentos

CAPES, FAPITEC/SE e à profa. Dra. Maria Valnice Boldrin Zanoni pelos corantes reativos têxteis cedidos.

_________________

1Amin, N. K .; Desalination. 2007, 223, 152-161

2Santhy, K; Selvapathy P. Bioresouce Technology. 2005. 97, 1329- 13366

Referências

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