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Retroatividade e abolitio illicit na Lei de Improbidade: análise crítica ao voto do Ministro Alexandre de Moraes

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Academic year: 2023

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ATIVIDADE RECORRENTE E INTERRUPÇÃO ILEGAL NO ATO DE INCIDÊNCIA: análise crítica do voto do ministro Alexandre de Moraes. O princípio da retroatividade mais favorável e sua aplicabilidade nos casos de abolição de atos ilícitos; 3. A presente pesquisa visa analisar a possibilidade de aplicação do princípio da retroatividade mais benéfica nos casos de improbabilidades administrativas, tendo em vista as alterações introduzidas na lei pela Lei n. .

É nesse contexto que por meio deste estudo procuramos examinar o posicionamento do Ministro Alexandre de Moraes (Relator do processo) no julgamento da ARE 843.989/PR quanto à análise da possibilidade de aplicação do princípio da retroatividade. lei mais vantajosa, originária do direito penal, no âmbito da incredibilidade administrativa. FATOS DA MUDANÇA LEGISLATIVA: LEGISLAÇÃO REFORMA LEI EM RESPOSTA AO “MEDO” DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Disponível em: https://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/354099/mudanca-na-lei-de-improbidade-administrativa-tenta.htm.

Disponível em: https://www.migalhas.com.br/depeso/357584/mudancas-na-lei-de-improbidade-administrativa-avancos-ou-retrocessos. Reforma da nova lei de irregularidade administrativa e sua proteção. https://www.conjur.com.br/2022-mar-11/improbidade-debate-reforma-protecao.

PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE MAIS BENÉFICA E SUA APLICABILIDADE NAS AÇÕES DE IMPROBIDADE

A falsidade administrativa, implantada no regime jurídico do direito administrativo sancionador, é um instrumento utilizado pelo Estado com o objetivo de proteger a moralidade e a cortesia administrativa, constitucionalmente fundamentado no art. Nesse contexto, é imprescindível que o conceito de sanção administrativa seja apresentado como forma de definir a premissa básica para delimitar a extensão da ocorrência do direito administrativo sancionador.30 É a partir dessa definição que se examinará: 1 ) Princípios constitucionais do DAS; 2) a natureza (civil ou criminal) da conduta imprópria; Essa questão é essencial para a análise da aplicação do princípio da retroatividade mais favorável na forma de inadequação.

Quer se trate de natureza cível, penal ou administrativa – ponto que será melhor explorado no capítulo 3 – o certo é que a sanção do ilícito insere-se no âmbito do Direito Administrativo Sancionador. Tendo em vista a concordância existente entre as sanções administrativas e penais e, tendo em vista a atuação punitiva do Estado na aplicação das sanções por improbidade administrativa, é imprescindível que a mesma seja amparada por princípios constitucionais, especificamente os princípios constitucionais das sanções de direito administrativo40, de acordo com o disposto no art. Sanção do direito administrativo e o estatuto constitucional do poder penal estadual possibilidades, limitações e aspectos controversos da regulamentação do setor de revenda de combustíveis.

Com base em todo esse aparato doutrinário que chega à mesma conclusão - que os princípios constitucionais devem ser aplicados no âmbito do direito administrativo sancionador, com a mesma lógica garantidora do direito penal - e tendo em vista o artigo. Verificada a lide criada, há autores que entendem a possibilidade da retroatividade da lei mais benéfica no sentido de inaplicabilidade, como, por exemplo, Fabio Medina Osório, Marçal Justen Filho, João Trindade Cavalcante Filho, Guilherme Pupe da Nóbrega. , Rodrigo de Bittencourt Mudrovitsch, Daniel Amorim Assunção e Rafael Carvalho Rezende, bem como aqueles que entendem que o Direito Administrativo Sancionador possui. Primeiramente, aqueles que estão associados à corrente de que o princípio da retroatividade da lei mais benéfica seria aplicável às ações desonestas, entendem que a incidência dos princípios constitucionais da Lei de Sanções Administrativas para a desigualdade administrativa está expressamente incluída no sistema das sanções pelo § 4º do artigo 1º da nova redação da lei de improbidade.

Deste ponto de vista, o direito administrativo sancionatório, o âmbito de regulamentação da Lei das Desigualdades Administrativas e o Direito Penal constituem ramos jurídicos que constituem o Direito Público, pelo que não há diferença ontológica entre eles, mas apenas de regimes jurídicos50, no caso de , portanto , de um único Poder Punitivo. Os que defendem a existência de obstáculos ao uso da retroatividade da melhor lei - doutrina minoritária - partem do pressuposto de que o Direito Administrativo Sancionador não está sujeito ao Direito Penal57 e, nessa lógica, "o dispositivo constitucional que determina a retroatividade da lei penal mais benéfica. 55 “A rejeição da lei mais benéfica é um princípio geral da lei sancionatória e não apenas da lei penal.

No entanto, do ponto de vista do autor, há uma diferença inesperada entre as esferas da aplicação da lei, no caso, o Direito Penal e o Direito Administrativo Sancionador. Deste ponto de vista, resta concluir: .. a taxa penal de retroactividade da lei que extingue a infracção ou torna mais branda a sanção punitiva não pode ser transferida para o Direito Administrativo Sancionador. Diferentemente do que ocorre no Direito Penal, portanto, não há princípio de retroatividade na sanção do direito administrativo que seja mais útil ao infrator.

POSICIONAMENTO DO MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES NO JULGAMENTO DO ARE 84989/PR

Breve síntese dos fatos

Assim, quanto à aplicabilidade desse princípio no ordenamento jurídico brasileiro, “é inevitável o reconhecimento de seu impacto no âmbito da nova Lei de Improbidade”. É justamente por meio desses contornos interpretativos que o tema culmina na análise do Ministro Relator Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, com repercussão geral reconhecida no Tema 1199, no Recurso Extraordinário nº 843.989/PR. Foram analisadas detalhadamente as principais bases doutrinárias e jurisprudenciais sobre a possibilidade de aplicação do efeito retroativo mais favorável quanto a: a) exclusão da modalidade culposa; b) alteração do prazo de prescrição geral; ec) implementação da regulação intercorrente.

Diante do contexto fático delineado pelo INSS em suas manifestações, é imprescindível para a análise do caso destacar que a acusação de inadmissibilidade administrativa praticada contra servidora pública, ré em ato de atentado ao pudor, refere-se a conduta supostamente culposa. Justamente por isso, o caso descrito é fundamental para a análise das alterações introduzidas pela nova lei de improbidade administrativa e principalmente para o presente estudo; que procura analisar minuciosamente a possibilidade de aplicação retroativa da prescrição do tipo culposo de ato de improbidade administrativa, caso ocorra em favor do réu na ação. Ademais, quanto ao arcabouço processual, inicialmente em primeira instância, o acórdão rejeitou a pretensão com o entendimento de que os deslizes praticados no exercício da profissão com acúmulo de trabalho não podem ser considerados ato de irregularidade administrativa, pontuação, neste sentido, a ausência de dolo ou negligência.

Definição de possíveis (IR)REAÇÕES do disposto na Lei em especial, em relação a: (I) A necessidade da presença do elemento subjetivo — dolo — para a configuração do ato de improbidade. Associação Nacional dos Membros do Ministério Público - CONAMP; Ministério Público do Estado de São Paulo; Ministério Público do Estado de Goiás; Ministério Público do Estado de Minas Gerais; Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro; Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul; Ministério Público Estadual do Espírito Santo; Associação Brasileira de Municípios – ABM; Frente Nacional de Prefeitos - FNP; Instituto dos Advogados de São Paulo - IASP; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil – CFOAB. Por outro lado, os pedidos de habilitação indeferidos: Instituto Mais Cidadania; Instituto de Direito Administrativo do Distrito Federal - IDADF; Instituto Brasileiro de Direito Administrativo – IBDA; Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil – ANFIP; Instituto dos Advogados de Santa Catarina; Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil - SINDIFISCO Nacional, Confederação Nacional dos Municípios - CNM; e Instituto Brasileiro de Estudos de Infraestrutura Jurídica – IBEJI.

Note-se que foram admitidas todas as unidades do Ministério Público que formalizaram o pedido de admissão, enquanto alguns institutos especializados no assunto, aptos a fornecer conhecimento técnico e relevante ao caso - como o Instituto de Direito Administrativo do Distrito Federal (IDADF) e Instituto Brasileiro de Direito Administrativo (IBDA) – foram rejeitadas, mesmo após pedido de reconsideração. Sobre a possibilidade de retroatividade da revogação da modalidade culposa72, o desembargador André Mendonça, Dias. Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes concluíram pela possibilidade de retroatividade, mesmo com decisão final da qual não cabe recurso.

Os ministros Nunes Marques, Luiz Fux e Alexandre de Moraes entenderam o regime de não retroatividade como uma oportunidade de utilizar inovações legislativas nos processos em curso.

Voto do Ministro relator

A análise da natureza das ações inadequadas é, de fato, essencial para lidar com o assunto sob investigação. Esse debate se intensificou à medida que a reforma da lei de imperícia promoveu o acréscimo do art. 17-D que dispõe expressamente que a ação por falsidade administrativa não constitui ação civil pública. Seguindo essa lógica, diante da possibilidade de ajuizamento da ação penal, como alternativa à punição do ato ilícito, o ato de falsidade administrativa seria o ato “não penal”, portanto de natureza civil.

77 "As sanções impostas aos actos de infidelidade administrativa são de natureza civil, distinta das penais. Com base nos argumentos anteriores, o Ministro da Comunicação decidiu que a reforma da lei da infidelidade, por tentativa de natureza da ação por infidelidade (art. 17-D), agiu.

Sem entrar no conteúdo da causa - se a natureza do processo administrativo de contraordenação é civil ou criminal - pode-se constatar que o min. Fica claro a partir dessa abordagem que se trata de duas instituições jurídicas completamente diferentes, o litígio e a ação desleal. Esse fundamento, por si só, demonstra que uma ação de improbidade não pode ser substituída por uma mera ação civil.

Para sustentar sua posição, Gilmar Mendes revela, em seu voto, uma teoria que a Teoria Albino Zavascki82 abordou sobre a natureza das sanções por ato administrativo impróprio. Dizer que o ilícito determina a aplicação de sanções penais não é defender a natureza penal dessas sanções. Relator, frisa-se nesse sentido que as normas sancionatórias são criminosas em relação à injustiça administrativa.

Pelo exposto, tendo em vista a discussão sobre a natureza das sanções por irregularidades administrativas e as propostas de alteração legislativa, o art. 17-D -, não há como crer que a ação de improbidade administrativa esteja incluída única e exclusivamente na esfera cível. Dispõe sobre as sanções cabíveis em razão da prática de atos de irregularidade administrativa, de que trata o § 4º do artigo.

Referências

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Nesse contexto, analisar o papel do Estado é essencial para compreender como essas consequências materiais conseguem se dar de maneira que não protegem a população local,