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Substâncias bioativas contra Mycobacterium tuberculosis produzidas pelo fungo endofítico Colletotrichum crassipes

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Academic year: 2023

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Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)

29a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química

Substâncias bioativas contra Mycobacterium tuberculosis produzidas pelo fungo endofítico Colletotrichum crassipes

Mariana C. Cafêu1 (PG)*, Geraldo H. Silva1 (PG), Angela R. Araujo1 (PQ), Vanderlan da S. Bolzani1 (PQ), Karina de Prince2 (PG), Clarice Q. Leite2 (PQ), Ludwig H. Pfenning3 (PQ). maccafeu@posgrad.iq.unesp.br

1NuBBE – Núcleo de Biossíntese, Bioensaios e Ecofisiologia de Produtos Naturais, Instituto de Química – UNESP – Araraquara/SP.

2Faculdade de Ciências Farmacêuticas – UNESP – Araraquara/SP.

3Departamento de Fitopatologia – Universidade Federal de Lavras, Lavras/MG

Palavras Chave: endofítico, tuberculose, triglicerídeo.

Introdução

Fungos endofíticos constituem uma fonte rica de metabólitos bioativos e, recentemente, várias substâncias inéditas foram produzidas por estes microrganismos1. O ácido colletótrico, produzido pelo endófito Colletotrichum gloesporióides associado à espécie vegetal Artemisia mongólica, apresentou atividade antimicrobiana inibindo o crescimento de linhagens de Bacillus subtilis, Staphylococcus aureus e Sarcina lutea2.

A necessidade por novos agentes antimicrobianos deve-se à incidência de doenças infecciosas e ao aumento da resistência dos patógenos às atuais drogas3. Há uma grande preocupação mundial com a forma resistente da tuberculose uma vez que 1/3 da população mundial está infectado com o bacilo de Koch e cerca de 6 mil brasileiros morrem de tuberculose por ano. Considerando a potencialidade dos fungos endofíticos e a necessidade por novos agentes antimicrobianos, este trabalho relata o isolamento de dois metabólitos produzidos por Colletotrichum crassipes, associado à espécie vegetal Casearia sylvestris. Estas substâncias foram submetidas à bioensaio com Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch) e apresentaram atividade promissora quando comparadas à atividade da isoniazida.

Resultados e Discussão

O fungo endofítico C. crassipes foi isolado de folhas saudáveis4 de C. sylvetris e cultivado em Milho, previamente esterilizado, por 28 dias. Em seguida foram realizadas as extrações com Acetato de etila e Metanol, e após a evaporação do solvente resultaram nos extratos brutos. O extrato bruto obtido após extração com AcOEt (1,50 g) foi submetido a partição com hexano e acetonitrila resultando na fração Hex-1 (1,0 g). O extrato bruto obtido a partir da extração com metanol (6,0 g) foi submetido a partição com diclorometano e n-butanol, resultando nas frações DCM-1 (0,9 g) e But-1 (4,0 g). As 3 frações foram submetidas à técnicas espectroscópicas de RMN de

1H e 13C, 1D e 2D, as quais evidenciaram tratar-se de

3 substância puras. As substâncias 1 (Hex-1) e 2 (DCM-1) foram enviadas a bioensaios e apresentaram uma atividade promissora contra Mycobacterium tuberculosis com MIC de 125,0 e 62,5 µg/mL, respectivamente (padrão: isoniazida). As substâncias 1 e 2 tiveram suas estruturas determinadas parcialmente como triglicerídeo e ácido graxo, respectivamente. Considerando a potencialidade antimicrobiana demonstrada por estas substâncias e a alta massa obtida, será dado continuidade à determinação da extensão da cadeia hidrocarbônica de 1 e 2. Para tanto, as substâncias serão hidrolisadas e os ácidos livres posteriormente esterificados com diazometano e submetidos a CG- MS para determinação estrutural completa.

.

Figura 1. Substâncias produzidas por Colletotrichum crassipes.

Conclusões

Os resultados encontrados até o momento evidenciam os fungos endofíticos como uma fonte potencial na busca por metabólitos bioativos. Este é o primeiro relato do estudo químico de C. crassipes e as substâncias produzidas por este microrganismo apresentaram-se como promissores agentes antimicrobianos, evidenciando a necessidade do estudo químico neste nicho de fungos.

Agradecimentos

À FAPESP e CNPq.

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1 Chomcheon, P.; Wiyakrutta, S.; Sriubolmas, N.; et al J. Nat.

Prod. 2005, 68, 1103.

2 Collado, I. G.; García-pajón, C. M. Nat. Prod. Rep. 2003, 20, 426.

3 Wiyakrutta, S.; Sriubolmas, N.; Panphut, W.; et al World Journal of Mycrobiology & Biotechnology 2004, 20, 265.

4 Maier, W.; Hammer, U.; Dammann, U.; Schulz, B. Planta 1997, 202, 36.

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Referências

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