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Academic year: 2023

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XXVII Congresso de Iniciação Científica

As estratégias de valorização da riqueza do “Rei do Café” no complexo cafeeiro paulista [1889-1924].

Henrique Costa Garcia. Pedro Geraldo Saadi Tosi. Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, UNESP campus de Franca, curso de História, e-mail rickbolacha@hotmail.com. PIBIC/CNPq.

Palavras Chave: Cafeicultura, valorização da riqueza, imigrantes alemães.

Introdução

Em paralelo à expansão cafeeira paulista no século XIX, o imigrante alemão Francisco Schmidt efetuou sua ascensão econômica chegando a ser o maior produtor de café no Brasil até então, recebendo o título “Rei do Café” em 1913. O estudo sobre a atuação econômica desse imigrante alemão no complexo cafeeiro paulista, de 1899 a 1924, nos possibilita investigar o desenvolvimento do mercado interno paulista e sua relação com a economia internacional – por sua relação com a companhia alemã Theodor Wille & Cia.

Objetivos

Assim, o objetivo foi investigar as estratégias de valorização da riqueza deste imigrante alemão no complexo cafeeiro paulista no período de 1899 a 1924. Período inicial de crise de superprodução do café, seguido pelo programa de valorização do café, cuja firma Theodor Wille & Cia teve importante participação nessa política econômica.

Material e Métodos

O arcabouço documental desse trabalho é composto por registros cartorários localizados no 1º Oficial de Registro de Imóveis de Franca/SP e o livro Cem anos da Casa Theodor Wille & Cia. no Brasil de autoria de um dos sócios da firma.

Analisados através da perspectiva teórica sobre o capitalismo do historiador francês Fernand Braudel.

Resultados e Discussão

Investigando a atuação econômica de Francisco Schmidt especificamente em Franca/SP, localizamos registros de negócios feitos por Francisco Schmidt sobre os seguintes imóveis: as fazendas Bebedourozinho, Cachoeira, Conserva, Monte Alegre e um imóvel urbano na rua Major Claudiano, número 90. Alguns desses negócios são de natureza financeira e outros de natureza comercial. Sua principal frente de atuação comercial era a produção cafeeira e para mantê-la ele precisou efetuar financiamentos de alto vulto com a firma alemã Theodor Wille & Cia. – em condições privilegiadas, mas que por outro lado assegurava o monopólio desta firma sobre sua

produção de café. No entanto, utilizando a descrição dos imóveis presentes nos documentos dos negócios citados acima, em que constam os bens que existiam no interior das fazendas, nos foi possível verificar outras maneiras de valorizar sua riqueza, atuando principalmente no mercado interno. Sabemos, por exemplo, que além da produção de café ele também se dedicava à produção de açúcar, tendo na fazenda Cachoeira um engenho de açúcar. Porém, no interior de suas fazendas ainda nos resta analisar a relação com seus trabalhadores. Entre os negócios financeiros, destaca-se o registro de uma hipoteca, cuja credora é a firma alemã Theodor Wille & Cia e o devedor é Francisco Schmidt. A partir deste registro, efetuado em 1910 e saldado somente em 1924, adentramos no mundo do negócio entre esses alemães e verificamos o circuito internacional que ligava esses alemães.

Conclusões

Conclui-se que na conjuntura econômica de 1889 a 1924 Francisco Schmidt estava inserido num circuito creditício internacional ligado à Wille. Sua importância e permanência nesse circuito davam-se pela alta produção cafeeira (financiada pela Wille), mas possuía importantes frentes de atuação localmente que garantiam a valorização de sua riqueza - através da diversificação de atividades, quais sejam a atuação comercial no mercado interno e o fornecimento de crédito a juros mais alto que os contraídos com a Theodor Wille & Cia.

Agradecimentos

Agradeço ao CNPq, ao Prof. Pedro Tosi e aos demais que contribuíram com este trabalho.

____________________

BRAUDEL, Fernand. A dinâmica do capitalismo. Trad. Álvaro Cabral.

Rio de Janeiro, RJ: Rocco, 1987.

Id. Civilização material, economia e capitalismo: séculos XV-XVIII: os jogos das trocas, vol. 2. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.

CANO, Wilson. Raízes da Concentração Industrial em São Paulo.

Campinas, SP: UNICAMP. IE, 1998.

MORAES, Maria Luiza de P. M. Companhia Agrícola Francisco Schmidt:

origem, formação e desintegração [1890-1924]. Dissertação, USP, 1980.

MORAES, Maria Luiza de P. M. A atuação da firma Theodor Wille &

Cia. no mercado cafeeiro do Brasil 1844-1918. Tese, USP, 1988.

TOSI, Pedro Geraldo; FALEIROS, Rogério Naques; FONTANARI, Rodrigo. Modalidades e hierarquias do crédito na cafeicultura paulista (1889-1930). In: Revista Brasileira de Economia. Rio de Janeiro, 2011.

Referências

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