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Academic year: 2023

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XXIV Congresso de Iniciação Científica

Relação entre principais grupos de fungos e bactérias e parâmetros hematológicos de aves marinhas em reabilitação

Bruna Del Busso Zampieri, Thais Leandra Siems, Andrea Maranho, Ana Julia F. C. de Oliveira. Campus Experimental do Litoral Paulista, Ciências Biológicas, brunadbzampieri@gmail.com, PIBIT/ CNPQ.

Palavras Chave: Aves marinhas; reabilitação; traquéia

Introdução

Existe uma poluição cada vez maior nas regiões costeiras. Aves marinhas que entram em contato com essa água contaminada podem vir a se infectar, alterando sua condição fisiológica fazendo com que sejam encontrados debilitados na zona costeira (Bogomolni, 2006). Fungos e bactérias oportunistas podem também contaminá-los durante o processo de reabilitação. Dessa maneira, o presente estudo tem como objetivo caracterizar as principais espécies de fungos e bactérias que se encontram no trato respiratório de aves marinhas em processo de reabilitação no Centro de Reabilitação de Animais Marinhos, Guarujá – Sp e se há relação com parâmetros hematológicos com a finalidade de detectar se existem relações entre os parâmetros sanguíneos e a ocorrência de infecções que permitam a realização de exames mais rápidos, simples e baratos nos animais assim que são resgatados.

Material e Métodos

Amostras da secreção da traqueia de 84 aves marinhas foram coletadas com swabs estéreis. Os swabs foram inoculados em meio de cultura Agar Nutriente, em estufa a 37°C por 48h, para crescimento das bactérias.

Para os fungos foi usado meio de cultura Mycosel Agar e colocados em estufa à 37°C por 7 dias. A partir das colônias que cresceram foram feitas laminas para observação no microscópico. E partir das características foi feita a identificação e confirmação das bactérias com testes bioquímicos.

Foram determinadas as seguintes provas hematológicas de 21 aves: hematócrito (PCV), proteínas totais no soro, hematimetria e a contagem total leucocitária que podem indicar se estão havendo infecções bacterianas, fungicas ou virais.

Resultados e Discussão

Foram encontrados 5 gêneros principais de bactérias (Sthaphylococcus, Streptococcus, Pseudomonas, Enterococcus e Clostridium) e 4 de fungos(Candida, Aspergillus, Trichophyton e Penicillium). Diferentes espécies de bactérias com potencial patogênico são encontradas na microbiota normal da pele e do trato respiratório e digestivo de animais

sadios, podendo causar doenças

quando quebradas as barreiras de defesa do organismo (Cubas & Godoy, 2004). Um estudo sobre mortalidade de aves aquáticas de Newman et al.

(2007) demonstrou que a mortalidade por bactérias e fungos é bem maior em aves marinhas com hábitos costeiros, podendo estar relacionado à perturbação causada pelo homem nos ambientes costeiros. Muitas dessas infecções causadas por bactérias podem ser indicadoras de problemas no manejo. As micoses em aves estão entre as doenças sistêmicas mais frequentes e mais sérias, sendo que membros do gênero Aspergillus e Candida são os patógenos mais frequentemente isolados. No presente estudo, 5 dos 7 pinguins com Aspergillus, vieram a óbito, indicando que o diagnóstico prévio dessa doença é importante (Garcia et al, 2007).

Quanto às análises sanguíneas apenas duas aves apresentaram PCV abaixo do valor de referência, indicando anemia, pois todas já estavam sob tratamento. O único gênero que apresentou impacto sobre esses parâmetros sanguíneos foi Aspergillus, em que a maioria das aves em que esse fungo foi encontrado apresentou valores abaixo de valores de referência. Não foi possível indicar se infecções estavam acontecendo somente com esses parâmetros escolhidos, além disso, são necessários maiores estudos, pois muitas espécies não apresentam valores de referência na literatura.

Conclusões

Só houve uma baixa dos valores totais de leucócitos e hemácias nas aves que apresentaram Aspergillus, mas mesmo assim é necessário maior número de amostras para maior robustez dos resultados. Além disso, existem poucos dados específicos de parâmetros sanguíneos para cada espécie de ave marinha, sendo necessárias algumas generalizações que podem causar erros na identificação dessas relações.

Agradecimentos

Agradeço às integrantes do laboratório MICROMAR, à UNESP – CLP e ao Cnpq.

_________________

BOGOMOLNI A., ELLIS J., GAST R.J., HARRIS R., POKRAS M., TOUHEY K., MOORE M.J. Emerging zoonoses in marine mammals and seabirds of the Northeast U.S. Oceans '06: September Boston, MA.p. 18-21, 2006.

CUBAS, Z. S.; GODOY, S. N. Algumas doenças de aves ornamentais., 2004.

Disponível em: http://www.abma.com.br/2004/notes/207.pdf. Acessado em: 5 de junho de 2011.

GARCIA, M.E.; LANZAROT, P.; RODAS, V.L.; COSTAS E.; BLANCO J.L.

Fungal flora in the trachea of birds from a wildlife rehabilitation centre in Spain.

Veterinari Medicina, v. 52, p. 464-470, 2007.

NEWMAN S.H.; CHMURA A.; CONVERSE K.; KILPATRICK A.M.; PATEL N.; LAMMERS E.; DASZAK P. Aquatic bird desease and mortality as an indicator of changing ecosystem health. Mar Ecol Prog Ser v. 352, p. 299–309, 2007.

Referências

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