XXVIII Congresso de Iniciação Científica
Percepção do professor a respeito do uso da Comunicação suplementar e alternativa com um aluno com deficiência.
Ana Clara Fernandes Bravim, Rafaela Heleno Silva e Débora Deliberato (orientador) Campus de Marília, Faculdade de Filosofia e Ciências, Curso de Terapia Ocupacional
Email: clara863@hotmail.com
Palavras Chave: Educação especial, inclusão, comunicação alternativa.
Introdução
A educação inclusiva vem ganhando mais espaço, dando assim mais possibilidades aos alunos com deficiência em estudar no ensino regular, cabendo ao professor a adequar atividades e dar os suportes necessários para um ensino eficaz. Há aspectos importantes que a literatura tem discutido pela falta de capacitação de professores, como necessidade do professor buscar conhecimentos específicos a respeito da diversidade de alunos com deficiência:
suas habilidades e necessidades e a necessidade de formação a respeito de recursos, técnicas, serviços que permitam auxiliar sua prática, bem como sua formação profissional. Para melhorar e ampliar a visão da educação inclusiva nas escolas regulares é necessário que os professores estejam abertos e engajados a aprender, principalmente sobre as novas tecnologias que Schirmer (2012) destaca a importância da relação entre a educação e as novas tecnologias para favorecer as pessoas com deficiência, mesmo sendo um desafio para as escolas adotarem esse tipo de recurso em suas atividades,principalmente por falta de conhecimento.
Neste contexto de discussão, a área da Comunicação Alternativa vem sendo discutida e utilizada para favorecer a participação do aluno com deficiência na sala de aula.
Objetivos
Neste contexto de discussão, a presente pesquisa tem como objetivo identificar o uso de recursos e estratégias com um aluno com deficiência na rotina de sala de aula por meio da comunicação alternativa segundo o relato do professor.
Material e Métodos
Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC) da UNESP e os participantes desta pesquisa receberão todas as informações pertinentes ao projeto, como: objetivos, procedimentos de coleta de dados, tempo de duração, resguardo da privacidade do participante e utilização dos dados para fins científicos, e foram convidados a assinar o termo de consentimento livre e esclarecido,
confirmando anuência.Foram convidadas para este estudo uma professora do ensino regular e uma aluna do terceiro ano não falante, foi realizada uma entrevista semi-estruturada na qual a professora
respondeu questões sobre o aluno, sobre a rotina dentro de sala, sobre a participação a aula e sua percepção sobre o aluno em questão. Também foi utilizado o protocolo de habilidades comunicativas (Paula, Deliberato, Manzini, 2015), no qual a professora respondeu sobre seu aluno. Para a coleta de dados deste estudo foi necessário o uso de um gravador e logo em seguida transcritas para analise das mesmas.
Resultados e Discussão
A partir das informações foram estabelecidas as categorias e subcategorias a partir do referencial teórico estabelecido na literatura a respeito da comunicação alternativa no contexto escolar. As categorias estabelecidas foram: habilidades comunicativas (habilidades verbais e não verbais), atividades pedagógicas (recursos, procedimentos);
sistemas gráficos (recursos e estratégias); recursos (ações do professor, tecnologias).Foi possível identificar por meio do relato do professor que o aluno com deficiência sem a oralidade tem a possibilidade de ampliar sua interação e
comunicação com os demais alunos por meio dos sistemas gráficos, embora o professor tenha relatado que é um desafio usar os recursos da tecnologia assistiva com a sala de aula. O professor também percebeu e relatou que há necessidade de organizar e preparar os recursos para o aluno com deficiência em conjunto com o professor do atendimento educacional especializado.
Conclusões
O trabalho com a tecnologia assistiva, principalmente com a comunicação alternativa depende de ações colaborativas entre os profissionais da saúde e educação. A formação dos professores neste contexto é de fundamental importância para o processo de inserção do aluno com deficiência sem oralidade na rotina pedagógica.
Agradecimentos
Agradecimento ao PIBIC CNPq
____________________
DELIBERATO, D.Comunicação alternativa na escola: possibilidades para o ensino do aluno com deficiência. In: ZABOROSKI, A. P.;
Oliveira. J. P. (Org.). Atuação da Fonoaudiologia na escola: reflexões e práticas. 1ed. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2013, v.1, p. 71-90.
