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Academic year: 2023

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XXXI Congresso de Iniciação Científica

O ‘Programa Minha Casa Minha Vida – Entidades’ na Zona Leste da cidade de São Paulo

Aluna autora: Isabela Arisa Ferreira, Orientador: Jefferson O. Goulart, Câmpus Unesp Bauru, Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, e-mail: isabelaarisa@gmail.com, bolsa no país.

Palavras Chave: Programa Minha Casa Minha Vida, PMCMV-Entidades, zona leste, São Paulo, habitação social.

Introdução

O Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), na modalidade “Entidades”, foi uma tentativa de resposta institucional ao longo processo de luta social pela moradia que resultou na formação de movimentos, cooperativas e entidades que congregam a população pobre, precisamente aquela enquadrada na Faixa 1 deste programa. O recorte espacial (a Zona Leste da capital paulista) sintetiza o longo processo contraditório de ocupação da cidade, marcado por intensa segregação socioespacial. A pesquisa examina justamente essa questão: se e como a implantação do „PMCMV–Entidades‟

representa uma alternativa de política habitacional inclusiva para a população mais pobre ou se apenas reproduz as contradições entre habitação como direito e a financeirização da moradia.

Objetivo

Analisar a implantação, o desempenho e os impactos urbanísticos do „Programa Minha Casa Minha Vida – Entidades‟ na Zona Leste da cidade de São Paulo.

Material e Métodos

A investigação adota duas dimensões metodológicas complementares: a primeira, quantitativa, remete à catalogação, classificação e inventário atualizado dos empreendimentos contratados e implantados na modalidade „PMCMV–

Entidades‟, envolvendo descrição e caracterização de sua tipologia (casa, apartamento), sua espacialização no recorte territorial selecionado (Zona Leste), identificação das entidades parceiras;

a segunda dimensão, qualitativa, envolve a revisão da literatura interdisciplinar (urbanismo, sociologia urbana, antropologia, ciência política, demografia) que vem tratando dos temas do processo de urbanização paulistano, das políticas públicas de habitação social, dos movimentos sociais por moradia e, mais detidamente, da bibliografia contemporânea sobre o PMCMV. Para completar o estudo, também serão realizadas entrevistas com diferentes atores: empreendedores, representantes de entidades parcerias e moradores beneficiários do programa.

Resultados e Discussão

Trata-se de pesquisa em desenvolvimento, em fase intermediária, e já foram identificados 35 empreendimentos do PMCMV-E na cidade de São Paulo, a maioria deles localizados nas periferias, seguindo a “lógica de confinamento da população pobre em áreas com baixo padrão de urbanidade”

(ROLNIK, 2014, p.31). A Zona Leste recebeu 22 desses empreendimentos, região que é parte de uma recepção histórica de alocação das populações de menores faixas de renda em situação de luta, moradia, resistência e movimentação política. Os dados permitem relacionar as operações e contradições do programa aos diferentes agentes políticos e sociais envolvidos e aos impactos nos espaços onde ele se insere materialmente, a Zona Leste de São Paulo como parte desse processo de construção territorial e urbana. A implantação do PMCMV-E é decisiva nessa análise da política pública, pois cruza um processo perverso para as cidades de consolidação e expansão de novas fronteiras periféricas, administradas principalmente pelo e para o mercado.

Conclusões

O PMCMV apresenta uma contradição estrutural: ao mesmo tempo em que favorece os segmentos imobiliário e da construção civil, contribuindo para dinamizar a economia e assumindo um perfil mercadológico, também admite outras modalidades alheias ao mercado tradicional, como o PMCMV- Entidades (CARDOSO, ARAGÃO e JAENISCH, 2017). Em síntese, “o MCMV Entidades coloca-se entre os direitos, as urgências e os negócios demonstrando a necessidade de se sustentar em um contexto político que ameaça a manutenção da única modalidade que procura resistir às operações de mercado” (CAMARGO, 2017, p.16).

Agradecimentos

À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo pela concessão de bolsa de Iniciação Científica (Processo FAPESP nº 2018/09317-0).

____________________

Rolnik, R. Ferramentas para avaliação da inserção urbana dos empreendimentos do MCMV. Chamada MCTI/CNPq/MCIDADES Nº 11/2012. Publicado em Novembro de 2014.

Cardoso, A.L.; Aragão, T.A. Do fim do BNH ao Programa Minha Casa Minha Vida: 25 anos da política habitacional no Brasil. In: Cardoso, A.L. (Org.). O Programa Minha Casa Minha Vida e seus Efeitos Territoriais. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2013.

Camargo, C.M. MCMV Entidades: outras interações reguladas pelo mercado. Trabalho apresentado ao XVII ENANPUR. São Paulo, 2017.

Referências

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