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Academic year: 2023

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XXXI Congresso de Iniciação Científica

A influência da assimetria durante a iniciação do andar em pessoas com doença de Parkinson

Murilo Henrique Faria, Fabio Augusto Barbieri, Lucas Simieli, Gabriel Felipe Moretto, Leticia Nardoni Marteli. Campus de Bauru, Faculdade de Ciências, Educação Física, muhh.henri@outlook.com, Bolsa PIBIC.

Palavras Chave: Doença de Parkinson, assimetria, início do andar

Introdução

A assimetria é utilizada no diagnóstico da doença de Parkinson (DP), e têm sido associada a maior chance de queda¹. A assimetria é evidenciada durante o andar de pessoas com DP, provocando um déficit no controle e na coordenação dos movimentos do lado mais afetado pela doença². É possível que assimetria afete também a iniciação da marcha desta população, visto que esse período exige ajustes posturais antecipatórios (APAs) e estabilidade para um início seguro. Pessoas com DP apresentam APAs reduzidos em comparação a pessoas neurologicamente sadias. Com isso, a iniciação do andar com o membro mais afetado pela doença pode ser arriscada para esta população, contribuindo negativamente para o restante da locomoção.

Objetivo

O objetivo do estudo é investigar a influência da assimetria no início do andar em pessoas com DP.

Material e Métodos

Participaram deste estudo 14 pessoas com DP (67±7 anos, 1,61±0,8m, 70,1±10,2kg) e 14 pessoas neurologicamente sadias (65±6 anos, 1,62±0,09m, 76,2±23,3kg). Os participantes realizaram 10 tentativas de iniciação do andar, sendo 5 tentativas com o membro mais afetado pela DP e não- preferido pelo GC e 5 tentativas com o membro menos afetado para o DP e preferido pelo GC. O membro mais afetado foi determinado pelos itens 20, 22 e 26 da UPDRS-III. O participante foi instruído a fechar os olhos e após o comando

“prepara”, abrir os olhos e após o comando “Vai”, iniciar o andar com o membro inferior informado pelo avaliador e caminhar por 8m. Foi utilizada uma plataforma de força (200Hz) para obtenção das coordenadas do centro de pressão para análise dos APAs. Foram analisados os parâmetros dos APAs no sentido anteroposterior (AP) e médio-lateral (ML) do deslocamento (mm), velocidade (mm/s) e amplitude. Foi realizado ANOVA-two way com fator para grupo (grupo DP x Grupo Controle) e membro (membro mais/menos afetado para o grupo DP e membro preferido/não preferido para GC).

Resultados e Discussão

Os resultados indicaram menor velocidade (p<0,01), deslocamento (p<0,01), e amplitude (p<0,01) dos APAs no sentido ML para o grupo DP comparados ao GC. Além disso, a ANOVA indicou interação entre os fatores, sendo que grupo DP apresentou menor amplitude do APAs no sentido ML (p<0,005) quando iniciou o andar com o membro mais afetado quando comparado ao GC (membro não preferido).

Os resultados indicaram que independente do membro utilizado para o início do andar, o grupo DP realizou menos APAs. Os déficits ocasionados pela DP, como a acinesia (dificuldade de iniciar os movimentos) e bradicinesia (lentidão dos movimentos) parece forçar o grupo DP a adotar uma estratégia de stiffness, mantendo o sistema mais rígido³, ou seja, oscilando menos. Entretanto, esse comportamento pode ser arriscado, visto que, caso haja um desequilíbrio, a capacidade de ajustar eficientemente o centro de pressão é prejudicada, aumentado a chance de queda. Os dados indicam que a assimetria existente entre os membros não parece influenciar nesta tarefa, uma vez que não houveram diferenças entre os lados para o início da marcha. Esse comportamento pode ocorrer devido a baixa dificuldade da tarefa. Em tarefas mais desafiadoras, como na presença de um obstáculo, a necessidade do uso do membro mais afetado pode exacerbar os parâmetros analisados, evidenciando um pior controle na tarefa.

Conclusões

Pode-se concluir que o grupo DP utiliza uma estratégia de stiffness, o que pode diminuir sua capacidade de realizar APAs, aumentando a chance de cair. Ainda, tarefa menos desafiadoras parecem não sofrer o efeito da assimetria entre os membros.

Agradecimentos

Agradeço à FAPESP pelo financiamento por meio do processo 2018/21870-7 e ao CNPq pela bolsa.

1 Capenter M. G; Silcher C. P. J Vestib Res. 1999, 9: 277-286.

² Carpenter, M. G. et al. Journal of Neurology, 2004, 1245–1254.

³ Galna, B.; murphy, A. T.; Morris, M. E. Human Movement Science.

2010, 843–852.

Referências

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