• Nenhum resultado encontrado

Template for Electronic Submission of Organic Letters

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2023

Share "Template for Electronic Submission of Organic Letters"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

XXV Congresso de Iniciação Científica

Leitura crítica da aplicação de procedimentos estatísticos em trabalhos científicos no campo da Psicologia

Thaís Souza PAULILLO, Carina Alexandra RONDINI, Bianca Molica MARINHEIRO, Câmpus de Assis, Faculdade de Ciências e Letras, Psicologia, thaispaulillo@hotmail.com, PIBIC/CNPq.

Palavras Chave: Interpretação estatística de dados, Psicologia.

Introdução

A Estatística, parte da matemática aplicada, consiste no estudo de métodos para o planejamento, coordenação, coleta, aplicação de instrumentos de pesquisa, organização, análise e interpretação de dados. É critério de cientificidade (KERLINGER,1980) capaz de descrever relações entre variáveis de forma precisa, com procedimentos que são compartilhados pela comunidade científica. Pode ser melhor utilizada como auxílio à pesquisa, podendo obter considerável aumento da confiabilidade e credibilidade pública, e um melhor desenvolvimento do projeto. Entretanto, é comum notar o olhar parcial das pessoas para a Estatística que acabam por restringir sua aplicação. Tanto estudantes de graduação quanto pesquisadores da área da Psicologia sentem, muitas vezes, dificuldades de interpretação ao se defrontarem com a estatística aplicada em artigos científicos, em testes psicológicos ou no cotidiano. (CARNEIRO, 2008).

Objetivos

Realizar uma leitura crítica da utilização da estatística na área da Psicologia, de forma que possa se identificar possíveis pontos de dificuldades por parte de seus usuários – autores e leitores.

Material e Métodos

Realizou-se uma leitura crítica de 25 artigos na área da Psicologia publicados na Coleção de revistas e artigos científicos Scientific Electronic Library Online – Scielo. A busca foi realizada na plataforma www.bvs-psi.org.br, com o termo “Estatística e Psicologia”, resultando em artigos compreendidos no período de 1999 a 2012. Não foram considerados no presente trabalho livros e teses, artigos que utilizassem ferramentas mais “robustas” da Estatística, tais como Teoria de Resposta ao Item, Análise Fatorial, Regressão Logística ou que estivessem validando algum tipo de escala.

Também foram desconsideradas bases de dados em ciências da saúde e áreas correlatas. Para identificação das possíveis deficiências na empregabilidade da Estatística no campo da Psicologia, foram observados os seguintes

aspectos: a) definição correta da amostra/população; b) apresentação e justificativa dos testes estatísticos utilizados; c) utilização correta dos testes; e d) análise adequada dos resultados.

Resultados e Discussão

Apenas (n = 5) trabalhos demonstraram claramente como foi definida a amostra da pesquisa, evidenciando a forma como os participantes foram recrutados, o tipo de amostra e os critérios de inclusão e exclusão adotados. Quanto aos testes estatísticos empregados, apenas (n = 4) apresentaram dados que comprovaram e justificaram a utilização dos mesmos. Por outro lado, (n = 9) não trouxeram a descrição específica de cada método estatístico utilizado. Em (n = 8) estudos verificaram-se decisões pautadas na utilização equivocada/infundadas de testes estatísticos, como por exemplo, a utilização de teste paramétrico sem menção de verificação de normalidade. Dentre todos os artigos analisados, apenas (n = 4) não apresentaram nenhum dos erros aqui analisados, bem como forneceram todas as informações necessárias para uma melhor compreensão e interpretação dos dados. Embora a classificação Capes (Qualis) da revista não foi considerada um fator de influência nas análises dos resultados, vale considerar que dos 25 artigos tem- se: 2 (A1); 19 (A2); 2 (B3) e 1 (B4).

Conclusões

Verificou-se um número considerável de artigos (n = 21) que deixou de apresentar pelo menos uma informação estatística relevante dentre as analisadas aqui. Tal ação pode induzir o leitor ou à própria pesquisa a interpretações e conclusões errôneas dos resultados, bem como dificultar a leitura dos mesmos por pessoas menos familiarizadas no campo da Estatística – favorecendo assim, a sensação de “aversão” a essa área.

____________________

1 CARNEIRO, A. M. Estatística simples? Avaliação Psicológica.

Porto Alegre: RS, v. 7, n. 2, p. 263-264. 2008. Disponível em:

<http://pepsic.bvsalud.org/pdf/avp/v7n2/v7n2a17.pdf >. Acesso em: 17 abr. 2012.

2 KERLINGER, Fred N. Metodologia da pesquisa em ciências sociais: um tratamento conceitual. Tradução Helena Mendes Rotundo; revisão técnica José Roberto Malufe. São Paulo: EPU, 1980. 378p.

Referências

Documentos relacionados

Objetivos O nosso objetivo é analisar os discursos escolhidos como corpus, tomados, em cotejo com outros de saúde e de beleza, veiculados pela mídia, como ilustração da produção