XXVIII Congresso de Iniciação Científica
AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA MECÂNICA DE SOLO ARENOSO POR MEIO DE INCLUSÃO DE FIBRAS DE POLIETILENO (PET)
Laís Maciel Silva, Paulo César Lodi, Maitê Rocha Silveira e Naiara Pradela, Campus Unesp, Unidade de Bauru, engenharia civil, laismaciels@hotmail.com, bolsa Pibic.
Palavras Chave: fibra polimérica, resistência mecânica, fibrossolo.
Introdução
Historicamente, a melhoria do solo vem sendo buscada como forma de garantir sua resistência e estabilidade mecânica ao longo da vida útil da obra.
Assim, diferentes métodos, como drenagem de solo e utilização de geossintéticos e fibras no solo tem sido utilizados para atingir-se essa finalidade.
Objetivos
Avaliar a resistência mecânica do solo arenoso com a inclusão de fibras de polietileno tereftalato (PET).
Materiais e Métodos
Foi utilizado solo arenoso do Campus da Unesp/Bauru-SP de uma profundidade de 0,95m. As fibras foram adicionadas aleatoriamente e analisadas em quatro diferentes comprimentos: 10, 15, 20 e 30 mm, nas porcentagens de 0,25; 0,5;
0,75; 1,0; 1,5 e 2,0% com relação à massa seca do solo. Para a avaliação da resistência foram realizados ensaios de compressao simples na umidade ótima do solo obtida pelo Proctor Normal.
Resultados e Discussão
O solo utilizado foi classificado como uma areia média a fina pouco argilosa marrom avermelhada. A umidade ótima obtida foi de 10,6%. A Figura 1 apresenta os resultados de resistência obtidos em função do teor e comprimento de fibras. Nota-se que o maior valor de resistência, aqui denominado de teor ótimo, foi obtido para o teor de 1,5% e comprimento de 20mm. A tensão axial para a mistura ótima foi de 109,34 kPa, enquanto para o solo sem fibra foi de apenas 56,72 kPa, ou seja, houve um aumento de quase 200%. Além disso, para o teor ótimo, variou-se a umidade ótima de 2%
acima e abaixo (12,6 e 8,6%) na moldagem dos corpos de prova para avaliar-se a influência na resistência mecânica do solo para a mistura ótima e para o solo sem fibra. A Figura 2 ilustra os resultados obtidos mostrando que os maiores valores de resistência ocorreram na menor umidade (8,6%), tanto para o solo na mistura ótima quanto para o solo sem fibra.
Figura 1. Variação da resistência do solo em função do teor e comprimento de fibras.
Figura 2. Variação da resistência do solo em função do teor e comprimento de fibras.
Conclusões
A inclusão de fibras provocou aumento gradual na resistência do solo resultando em um teor ótimo da mistura. Há uma tendência de comportamento com um pico de resistência e consequente decréscimo.
Os valores de resistência também apresentaram tendência quando variou-se a umidade em torno da ótima.
Agradecimentos
Ao Departamento de Engenharia Civil; aos meus pais pelo incentivo e ao Pibic pela concessão da bolsa.
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1 CASAGRANDE M.D.T. Estudo do comportamento de um solo reforçado com fibras de polipropileno visando o uso como base de fundações superficiais. Tese de Mestrado, UFRGS, Porto Alegre, 2001.
2 TRINDADE T.P. et al. Latossolo vermelho-amarelo reforçado com fibras de polipropileno de distribuição aleatória: estudo em laboratório. Rem-Revista Escola de Minas, Ouro Preto-MG, v.57, n.1, p. 53-58, Jan/Mar 2004.