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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - BDM

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Academic year: 2023

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61 Figura 21 - Concreções seixos descritas na fácies Po dos depósitos lacustres da formação Pedra de Fogo (AF1). 63 Figura 23 - Fácies da fácies Ao e Po pertencentes aos depósitos lacustres da Formação Pedra de Fogo (AF1). 64 Figura 24 - Depósitos lacustres da parte superior da Formação Pedra de Fogo (AF1). A) perfil estratigráfico localizado no ponto seis.

APRESENTAÇÃO

LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO

OBJETIVOS

ASPECTOS GERAIS

ASPECTOS TECTÔNICOS

1975) e Fortes (1978) a distribuição dos eixos e camadas sedimentares durante o desenvolvimento da bacia é condicionada por elementos estruturais como estruturas graben e hemigraben. Além disso, observa-se uma pequena espessura de sedimentos em contraste com as grandes dimensões da bacia, o que por si só indica uma lenta subsidência da bacia. O formato da bacia consiste em um perímetro angular de seis lados formando um hexágono, com vértices próximos às cidades de Sobral (CE), Fronteiras (PI), Dianópolis (GO), Remansão (PA) e Tomé-Açu (PA). ).).

ASPECTOS LITOESTRATIGRÁFICOS

O Grupo Balsas

  • Formação Piauí
  • Formação Pedra de Fogo
  • Formação Motuca
  • Formação Sambaíba

Na parte alta há registros de condições desérticas com pequenas incursões marítimas (VAZ et al., 2007). Este período também é caracterizado pela transição de um período glacial para um interglacial, o último da Era Paleozóica (SCOTESTEE et al., 1999; FORD; GOLONKA, 2003). O efeito combinado desses eventos causou drásticas mudanças climáticas globais, passando de condições glaciais no início do Permiano, para condições quentes de extrema secura ou “Casa Super Quente” no final do Permiano (SCOTESTEE et al., 1999). .

SISTEMA DESÉRTICO

Os lagos desérticos são temporários e geralmente formados pelo represamento de alguns canais e dunas eólicas. As formas mais conhecidas e também mais importantes de depósitos eólicos desérticos são as dunas (Figura 9). Existem, no entanto, outros tipos de depósitos de areia, entre os quais se destacam os montes de areia, o vento carregado de areia e os lençóis de areia.

As pilhas de areia são depósitos criados quando um obstáculo reduz a velocidade da corrente de ar e, portanto, reduz a sua capacidade de carga. Os lençóis de areia são depósitos psamíticos tabulares com margens bem definidas, mas sem faces de deslizamento de areia. Dunas são depósitos eólicos que variam em forma e tamanho, mas apresentam sempre uma face inclinada, colocada em sentido oblíquo e denominada face deslizante (MENDES, 1984).

Na área com dunas eólicas o transporte é realizado por suspensão, salga ou arrasto superficial (Figura 10). Os grãos maiores, mais resistentes ao intemperismo, acabam depositados no solo do deserto e dão origem a depósitos de deflação. Aparecem como lençóis de areia ou lentes, com grandes laminações cruzadas e plano-paralelas no arenito.

Ainda segundo o mesmo autor, estes depósitos estão associados a fácies de leques aluviais, rios e lagos efêmeros e depósitos de praia.

SISTEMA LACUSTRE

Em regiões de climas áridos e semiáridos, onde a taxa de precipitação é inferior à de evaporação, os lagos efêmeros, também chamados de lagos playa, ocorrem com mais frequência (Figura 8). Quando ocorrem chuvas, os rios ficam ativos e as corredeiras drenam a água para as áreas mais baixas da bacia, formando lagos. Uma vez formado o lago, partículas suspensas na água começam a se depositar, formando camadas de granulometria fina.

A evaporação da massa de água reduz gradativamente seu volume e a superfície do lago começa a diminuir, deixando as margens expostas e permitindo a formação de fissuras de dissecação. Os depósitos do lago Playa são comumente encontrados intercalados com fácies de ambientes áridos, como depósitos de dunas, leques aluviais e materiais depositados por rios efêmeros de fluxo rápido (NICHOLS, 2009). Este zoneamento é causado por alterações na energia hidrodinâmica, que se origina na zona costeira com quebras de ondas, seguida pelas zonas acima e finalmente abaixo da base das ondas (SUGUIO, 2003).

Esses lagos ocupam as regiões hidrográficas mais baixas da bacia hidrográfica e são influenciados por uma série de subambientes deposicionais. As jazidas podem dar origem a áreas economicamente exploráveis, uma vez que a composição química da água dos lagos depende das substâncias dissolvidas, e desta forma diferentes tipos de sais (carbonatos, sulfatos, cloretos, boratos, nitratos, entre outros) podem ser precipitados como evaporações em ambientes lacustres (SUGUIO, 2003). Plantas e animais que vivem em lagos podem ser preservados como fósseis em depósitos lacustres, devido ao ambiente redutor que se instala no fundo de muitos lagos, e concentrações de matéria orgânica podem formar camadas de carvão ou rocha que são fontes de petróleo e gás. .

A geometria dos depósitos lacustres é bastante variável, porque a forma dos lagos é muito diversificada e as profundidades também são bastante variáveis ​​(SUGUIO, op. cit.).

ANÁLISE DE FÁCIES

PETROGRAFIA SEDIMENTAR E CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL

DIFRAÇÃO DE RAIOS – X (DRX)

MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV) E

TRABALHOS PRÉVIOS

No topo da Formação Pedra de Fogo existem restos fósseis de madeira silicificada e níveis de grãos silicificados frequentemente associados a siltitos e arenitos avermelhados (camadas vermelhas) da Formação Motuca. A composição mineralógica e petrográfica da Formação Pedra de Fogo é formada por ilita-montmorilonita e clorita-montmorilonita interestratificadas e principalmente por esmectita, que é o argilomineral mais abundante sugerindo condições climáticas secas e semiáridas, além de monocristalino subarredondado a arredondado grãos e quartzo policristalino, seguido de k-feldspato, oligoclásio e muscovita. Plummer (1946) denominou a Formação Pedra de Fogo de “Formação Sílex” devido à intensa silicificação que ocorre ao longo de sua extensão, gerando abundantes e variadas camadas de sílex (sílex).

O sílex ocorre nas mais diversas formas, desde horizontes estromatolíticos e silicificados, identificados na parte central da bacia, até nódulos de concreto milimétricos a centimétricos, informalmente chamados de “craques” (FARIA JR., 1979). Em termos de conteúdo paleontológico, sabe-se que a Formação Pedra de Fogo contém excelentes unidades de caules fossilizados, principalmente do gênero Psaronius. Trabalhos recentes na Formação Pedra de Fogo, em regiões próximas ao município de Filadélfia, revelaram novas espécies para esta unidade, como Tietea singularis e Psaronius brasiliensis, ambas pertencentes à família Psaroniaceae (MARTINS, 2000), além de novas espécies de samambaias como Grammatopteris freitasii Nov.

Uma variedade de espécies faunísticas foram descritas para a Formação Pedra de Fogo que contribuíram para a datação Permiana desta unidade, principalmente restos de peixes e anfíbios, com fragmentos de Ctenacanthus, Xenacanthus, Holocefalídeos (COX; HUTCHINSON, 1991), espinhos de . A idade Permiana atribuída à Formação Pedra de Fogo é consensual, mas divergências entre dados paleontológicos, estratigráficos e sedimentológicos levam a controvérsias sobre o intervalo de tempo específico em que ela foi depositada. 1989) descreve espécies e gêneros de caules fósseis encontrados próximos a Teresina-PI, às margens do rio Poti, incluindo o exemplar Teresinonoxylon euzebioi, que possui grande afinidade com espécies mesopermianas. 2002) identificaram semelhanças entre as associações palinológicas do membro superior "Trisidela" da Formação Pedra de Fogo, com a palinozona Tornopollenites toreutos, descrita por Playford e Dino (2000) na Bacia Amazônica.

No entanto, Góes e Feijó (1994) afirmaram que a deposição desta unidade ocorreu em um ambiente de planície costeira nerítica de Sabkha, sob influências ocasionais de tempestades. 2002), com base em dados paleontológicos e palinológicos, propôs um ambiente marinho raso a costeiro sob condições quentes, áridas a semiáridas para a Formação Pedra de Fogo.

ASPECTOS GERAIS

Descrição e interpretação das fácies

  • Pelito com laminação levemente ondulada/planar (Po)
  • Argilito laminado (Agl)
  • Arenito com laminação levemente ondulada/planar (Ao)
  • Arenito com laminação quase planar com truncamentos de baixo
  • Arenito com laminação cruzada gerada por ação de onda (Ac)
  • Arenito com laminação cruzada cavalgante supercrítica (Alc)
  • Arenito com gretas de contração (Ag)
  • Conglomerado/arenito maciço de base escavada (CAm)
  • Arenito com estratificação cruzada acanalada (Aa1)
  • Arenito com moldes evaporíticos silicificados (Ame)
  • Arenito com estratificação cruzada tangencial (At)
  • Arenito com estratificação cruzada acanalada (Aa2)
  • Arenito com estratificação cruzada sigmoidal (As)

Esta fácies foi gerada pela migração de dunas 3D sob influência de correntes de calado em regime de jusante. Arenitos finos a médios com estratificações cruzadas sigmoidais, em camadas de geometria lobulada em suspensão em pelitos com laminação levemente ondulada/planar, subordinadas. Os estratos são estruturados com laminação levemente ondulada/planar ocorrendo em associação com a fácies Po (Figura 23).

Esta fácies é devida à migração de pequenas marcas de ondulação em um regime de fluxo inferior produzido pela ação das ondas/correntes. Esta fácies é constituída por arenito com grãos de areia finos a médios, moderadamente ordenados, variando de subredondo a subangular, dispostos em camadas decimétricas com laminação cruzada gerada pela ação das ondas. Esta fácies é composta por arenitos de granulação fina a média, moderadamente classificados e variando de subarredondados a subangulares.

Esta fácies está associada a arenitos com leito cruzado canelado (Aa1) e pelitos com laminação levemente ondulada/planar (Po). Esta fácies é constituída por arenito com grãos de areia finos a médios, mal selecionados, com grãos subangulares a arredondados com pequenos leitos canalizados transversalmente com conjuntos de 2 a 5 centímetros (Figura 27 C e D). Esta fácies foi descrita apenas no ponto 1, e a sua origem está associada à migração de dunas 3D sob influência de correntes de calado em regime de menor caudal.

Esta fácies consiste em arenitos sigmoidais de estratificação cruzada de granulação fina a média com clastos de até 0,5 metros de espessura (Figura 30).

Associação de fácies (AF) para a Formação Pedra de Fogo

  • Associação de fácies 1 (AF1) – Lacustre
  • Associação de fácies 2 (AF2) – Lacustre com rios efêmeros
  • Associação de fácies 3 (AF3) – Lacustre com restos de madeira
  • Associação de fácies 4 (AF4) – Sabkhas continentais
  • Associação de fácies 5 (AF5) – Campo de dunas

Interpretações paleoambientais dessas assembleias fósseis são necessárias para compreender o sistema deposicional da Formação Pedra de Fogo durante o Permiano. AF6 está localizado próximo ao limite inferior com a Formação Motuca e representa a última ligação fácies da parte superior da Formação Pedra de Fogo (Figura 19). Arenitos representativos das diferentes associações de fácies das formações Pedra de Fogo e Motuca foram coletados sistematicamente para análise petrográfica.

Esta microintervenção reflete a intercalação entre as fácies Ao e Po encontradas nos depósitos lacustres da Formação Pedra de Fogo. A análise das associações de fácies indica o paleoambiente deposicional da Formação Pedra de Fogo, um sistema lacustre associado a um campo de dunas eólicas subordinadas (Figura 44). A associação de fácies AF1 (lacustre) é a principal associação de fácies descrita para a Formação Pedra de Fogo.

É constituída por arenitos finos a médios entremeados por pelitos, ambos com laminação levemente ondulada, formando finos ciclos progradantes na base do perfil estudado e tornando-se mais espessos em direção ao topo da Formação Pedra de Fogo. Segundo Góes e Feijó (1994), os sedimentos da Formação Motuca sobrepostos à Formação Pedra de Fogo foram depositados em um sistema desértico, com lagos associados. O modelo aqui apresentado está de acordo com a reconstrução paleoambiental da Formação Pedra de Fogo (Figura 44), indicando possíveis alterações ambientais ocorridas na transição do Permiano para o Triássico.

A análise fácies e estratigráfica em afloramentos das formações Pedra de Fogo e Motuca, possibilitou a individualização de 13 litofácies agrupadas em 7 associações de fácies (AF): Lacustre (AF1); Lacustre com rios efêmeros (AF2);. Fácies e estratigrafia da parte superior da Formação Pedra de Fogo, Permiano da Bacia do Parnaíba, região de Filadélfia-TO. Dissertação de mestrado, Núcleo de Ciências Geofísicas e Geológicas, Universidade Federal do Pará, 57 p. Estratigrafia e petrografia da Formação Pedra de Fogo – Permiano da Bacia do Maranhão.

Referências

Documentos relacionados

A Companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso – SANEMAT, criada no final da década de 1960, integrando a estrutura institucional desenhada pelo Plano Nacional de