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Uma análise conceitual do processo de inovação e do Sistema Nacional de Inovação.

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Academic year: 2023

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Para tanto, a pesquisa se propõe a discutir o processo de inovação, bem como os desafios enfrentados para um efetivo desenvolvimento do sistema nacional de inovação. No capítulo 3, é apresentada uma discussão que questiona como analisamos atualmente o sistema nacional de inovação de um país.

Ciência, tecnologia e inovação

  • Ciência
  • Tecnologia – bem de valor
  • Descoberta e invenção
  • Pesquisa e desenvolvimento (P&D)
  • Inovação – conceito e tipos
  • Inovação versus invenção
  • Inovação de processos
  • Inovação de marketing
  • Inovação organizacional
  • Casos de fronteira

O processo de inovação de produtos pode focar no aumento da receita de vendas, bem como, em última análise, na redução de custos, para ter uma margem de lucro maior. O processo de inovação de serviços, por outro lado, introduz um serviço novo ou significativamente melhorado em termos de recursos e possíveis usos. Por fim, temos o processo de inovação organizacional, que pode ser considerado como a introdução de um novo método organizacional, seja nas práticas empresariais, na organização do local de trabalho, seja nas relações externas (OCDE; FINEP, 2005).

O objetivo desse tipo de inovação é o foco na equipe, bem como a redução de custos ou melhoria de processos. O principal diferencial da classificação do tipo de processo de inovação é a existência ou não de um componente tecnológico acentuado. Se esse tipo de inovação TPP for introduzida no mercado (inovação de produto) ou utilizada em um processo produtivo (inovação de processo), podemos considerá-la como implementada.

Figura 1 - Tipos de inovação
Figura 1 - Tipos de inovação

Inovação x mudanças

Para ele, a escala, direção e eficácia das atividades de inovação envolvem fatores econômicos, políticos e culturais. Em 1996, Albuquerque classificou o Sistema Nacional de Inovação como “uma construção institucional, produto de uma ação planejada e consciente ou uma soma de decisões não planejadas e incoerentes que impulsionam o progresso tecnológico em economias capitalistas complexas” (ALBUQUERQUE, 1996). Dutrénit e Arza (2015) afirmam, portanto, que o sistema nacional de inovação brasileiro ainda é classificado como subdesenvolvido em comparação com outros países.

Pelo exposto podemos entender que o Sistema Nacional de Inovação é basicamente a interação entre três agentes: Estado, universidade e empresas. Acredita-se que os sistemas de inovação coordenam o processo inovativo e definem o caminho de desenvolvimento seguido por um determinado país. Por meio da construção desse sistema de inovação, é possível realizar o fluxo de informações necessárias ao processo de inovação tecnológica.

Uma tipologia começa com uma demarcação que tem certo grau de arbitrariedade, então o primeiro movimento para iniciar uma tipologia de um sistema de inovação é um esboço de classificações que podem ser construídas a partir da imposição e. A primeira característica incluiria sistemas de inovação que permitiriam aos países manterem-se na vanguarda do processo tecnológico internacional. A segunda categoria abrangeria os países cujo objetivo central dos sistemas de inovação seria a difusão da inovação.

No entanto, existem filtros sociais dentro do referido núcleo de inovação e, efetivamente, esses filtros constituem a natureza das inovações.

Figura 3 – Matriz de inovação e melhoria
Figura 3 – Matriz de inovação e melhoria

Inovação incremental

Inovação radical

Sistemas nacionais de inovação

O crescimento de países como Estados Unidos, Alemanha e Japão mostra como um clima nacional favorável pode ter um grande impacto no estímulo a atividades inovadoras. Sobre esse “clima nacional favorável”, o conceito de sistemas nacionais de inovação foi desenvolvido na literatura sobre o assunto (VILELLA, 2009, p. 3). Segundo Freeman, um dos precursores do conceito, o sistema nacional de inovação seria o conjunto de instituições, atores e mecanismos de um país que contribuem para a criação, promoção e disseminação de inovações tecnológicas, ou seja, institutos de pesquisa, sistema de ensino. , empresas e seus laboratórios de pesquisa e desenvolvimento, órgãos governamentais, universidades, sistemas financeiros, entre outros.

Lundvall (1992) concentrou sua pesquisa no conceito e desenvolvimento da estrutura de análise do sistema de inovação, separando estruturas de produção e definição institucional como entidades importantes e separadas para o real entendimento dos sistemas de inovação. Em 2001 Edquist desenvolveu um trabalho no qual acredita que um sistema de inovação reúne todas as entidades econômicas, sociais e políticas e que fatores externos influenciam o desenvolvimento e difusão da inovação. Embora existam diferenças específicas entre os autores que se dedicaram a definir os Sistemas Nacionais de Inovação, todos concordam que o processo de inovação traz benefícios para a sociedade e, portanto, um Sistema Nacional de Inovação deve ser estruturado da melhor maneira possível para facilitar a interação entre todos os agentes envolvidos e, assim, promover com eficiência a inovação no país.

Sistema nacional de inovação brasileiro

Podemos considerar uma série de instituições dos setores público e privado interagindo em suas atividades para gerar, aprimorar, aplicar e disseminar novas tecnologias, impulsionando a inovação. Neste estudo, pretende-se avançar as razões desse subdesenvolvimento, os gargalos, além de mostrar boas práticas para aprimorar o processo de inovação brasileiro. Assim, assim como o processo de inovação, o sistema de inovação é igualmente complexo e dinâmico, portanto sua validade reflete um período de tempo, e sua profundidade é limitada aos parâmetros e variáveis ​​definidos (FIATES, 2017).

O processo de inovação realmente ocorre nas empresas, mas o Estado tem um papel importante ao influenciar o comportamento das empresas em termos de atividades inovativas. Segundo Albuquerque (1996), existem fatores decisivos do progresso tecnológico e através do conceito de sistema nacional de inovação é possível concluir como essa construção institucional é produto de uma ação planejada e consciente ou a soma de decisões não planejadas e desconexas, o que impulsiona progresso tecnológico em economias capitalistas complexas. A terceira categoria incluiria países cujos sistemas de inovação não foram concluídos: são países que construíram sistemas científicos e tecnológicos que não se tornaram sistemas de inovação.

O segundo objetivo é buscar evidências estatísticas sobre possíveis focos de atuação da política econômica de inovação. VILLELA, T.N, Magacho, L.A.M., Abordagem histórica do Sistema Nacional de Inovação e o papel das Incubadoras de Empresas na interação entre os agentes desse sistema, XIX Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, Florianópolis, SC, 2009.

Sistema nacional de inovação brasileiro

Perspectivas modernas

Tratamento dos dados de C&T e estatísticas dos “tipos ideais” de SNIs

Origem e natureza dos dados no caso brasileiro

Em particular, as estatísticas do setor produtivo no Brasil buscam entender a distribuição entre os setores público e privado em termos de pesquisa. Com a ajuda de dados do Ministério da Ciência e Tecnologia, procura-se contabilizar os centros de pesquisa e desenvolvimento e a concentração e distribuição setorial entre iniciativa privada e estatal. O Censo da Indústria também é uma importante fonte de consulta para extrair dados sobre os gastos das empresas com tecnologia (que inclui P&D, patentes e contratos de transferência de tecnologia).

Existem algumas limitações num Registo Industrial que condicionam a possibilidade de dele tirarmos algumas conclusões, uma vez que dele podem ser excluídas empresas que se sabe investir em I&D. Segundo essa tipologia para o SNI brasileiro, o envolvimento do setor manufatureiro nas atividades de inovação foi negativo, pois poucas empresas investiram em P&D e as que o fizeram gastaram pouco.

Como a relação entre P&D patentes se relacionam com as categorias da tipologia SNI

Em outras palavras, essa categoria superestima a capacidade da função de P&D da patente em capturar a complexidade do fenômeno inovador. Alcançar os SNIs aumentou os gastos com P&D, com uso intenso de fluxos internacionais de tecnologia e maior empreendimento comercial, compromisso com a inovação e atividades inovadoras. Os SNIs da OCEC tiveram pesados ​​gastos em P&D, mas com uma alta proporção indicada para fins militares (com um fraco transbordamento para usos civis).

Portanto, o índice de P&D de patentes também pode ser mais fraco do que no caso de sistemas "maduros" e do catching up dos SNIs. Dadas as diferentes tipologias dos SNI, bem como as diferenças na capacidade de relação I&D (utilização das patentes como elemento de captação das atividades inovadoras de cada SNI), o "maduro e. Os resultados não refutam a hipótese testada não, portanto, as qualificações apresentadas para a relação P&D - patentes e o agrupamento de países em todas as categorias do SNI são úteis.

P&D, artigos científicos e categorias de SNIs

Albuquerque, portanto, testou essa hipótese usando um exercício estatístico baseado em regressão que usou variáveis ​​“dummy” para distinguir entre as categorias de SNI, levando em conta as diferentes relações entre P&D e patenteamento. "Imaturos" SNI ECEC têm um importante nível global de infraestrutura científica e científica, pois no passado havia grandes investimentos no setor científico nesses países. Embora os efeitos de feedback tenham sido fracos (como no SNI OISTS), a alocação de recursos permitiu que o setor científico tivesse um bom desempenho, mas a transição para uma economia de mercado teve um forte impacto em seus recursos científicos.

Os SNIs de progênie asiática "imaturos" tiveram a menor infraestrutura científica nesta amostra, dado o pequeno investimento neste setor, daí o baixo desempenho. Se os dados utilizados pudessem captar esse aspecto, provavelmente os resultados poderiam ter sido mais próximos da hipótese de que existe uma correlação diferencial P&D - patentes em uma perspectiva tipológica do SNI.

Produção científica no brasil

Em primeiro lugar, por que é necessário determinar o papel da ciência nas diferentes categorias da "tipologia" do SNI? Primeiro, precisamos considerar o papel da ciência marginal como um "dispositivo de focalização" para o processo de recuperação. Em comparação com os países não pertencentes à OCDE (periferia), existem diferenças significativas no papel da ciência.

A distinção fundamental reside na contribuição da ciência para o processo de recuperação, atuando como um "agente de focalização". Em outras palavras, o principal papel da ciência na periferia é instruir o SNI nas correntes científicas e tecnológicas internacionais. São dois objetivos principais: primeiro, testar a eficácia dos gastos com P&D e propor um ajuste mais preciso para o SNI brasileiro, afinal, o sistema nacional de inovação deve contribuir para diminuir o gap tecnológico com a fronteira internacional.

Além disso, os picos das ondas de inovação são separados uns dos outros por determinados períodos, repetindo os mesmos ciclos longos que mencionamos anteriormente. Isso é). É preciso agregar novas chaves interpretativas, pois em economia muitas vezes as dinâmicas de longo prazo são mais complexas que as de curto prazo, principalmente quando os resultados obtidos no presente são componentes que afetam as variáveis ​​determinantes do processo. 1996) “O Sistema Nacional de Inovação no Brasil: Uma Análise Introdutória Baseada nos Dados Disponíveis em Ciência e Tecnologia”, Revista de Economia Política, vol.

A infraestrutura científica dos países não OCDE

Limites do diagnóstico

Ainda, segundo Vargas, as novidades e os paradigmas de ação nascem aleatoriamente e se espalham pela sociedade após seleção competitiva. De todos os desvios de Vargas, o que mais chama a atenção são as observações sobre o que ele chamava de "filtros sociais". Os filtros da sociedade podem ter um determinado caráter (um grupo de físicos terá seu filtro, o filtro dos matemáticos terá outro).

Dessa forma, a atenção aos filtros societais possibilita uma análise: para examinar as propostas acima, buscou-se uma experiência de criação de um filtro societal, o “Prêmio do Milênio”, criado pelo Clay Mathematics Institute “CMI”. 1999) "Sistemas Nacionais de Inovação e Países Não-OCDE: Notas sobre uma "Tipologia" Rudimentar e Tentativa", Revista Brasileira de Economia Política, vol. A abordagem dos sistemas de inovação e a política de inovação: um relato do estado da arte.

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Figura 1 - Tipos de inovação
Figura 2 – Caso de fronteira entre tipos de inovações
Figura 3 – Matriz de inovação e melhoria

Referências

Documentos relacionados

A gestão social do ponto de vista de Boullosa e Schommer(2009) é um processo de inovação social, pois enxerga o conhecimento como algo a ser construído, que insere todos os atores