Foi então que percebi que queria fazer o curso de Literatura Vernácula e ser professora de português. Mas, olhando para trás, vejo hoje uma preocupação maior com o desenvolvimento das habilidades de leitura dos alunos do que há 24 (vinte e quatro) anos, quando comecei minha carreira; o que me fez repensar meus conceitos e a forma como abordo o ensino da minha língua nativa, principalmente no que diz respeito à leitura e escrita. A publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais trouxe um novo rumo ao ensino da língua materna, estabelecendo o texto como unidade de ensino e os gêneros como objeto de ensino para a sala de aula.
Ao definir o conceito de língua que utilizamos nas nossas aulas de português, teremos assim estabelecido o conceito e o lugar do texto nas nossas salas de aula. Na percepção da linguagem como representação do pensamento e do sujeito como senhor absoluto de suas ações e discursos, o texto é visto como um produto – lógico – do pensamento do autor (representação mental), nada mais cabendo ao leitor. . /ouvinte, em vez de “capturar” esta representação mental, juntamente com as intenções (psicológicas) do produtor, desempenha portanto um papel essencialmente passivo. Na percepção da linguagem como código – isto é, simplesmente como instrumento de comunicação – e do sujeito como simples produto da codificação de um emissor a ser decodificado pelo leitor/ouvinte, sendo este último suficiente para conhecer o código já que o texto, quando codificado, é completamente explícito.
Portanto, se entendermos a linguagem como um sistema por meio do qual se estabelece a interação entre os sujeitos, em suas mais variadas práticas sociais, e que isso acontece apenas nos textos, nenhum outro lugar pode ser dado ao texto em nossas aulas de línguas que não seja o centro do processo de ensino, pois é a partir deste projeto de dizer que os discursos se materializam. Em consonância com a fala de Geraldi, é importante reiterar que a utilização do texto para fins de estudo da metalinguagem apenas conduziu a noções metalinguísticas que escapam ao real significado do ensino da língua e à busca de classificações gramaticais que ignoram o texto como meio de utilização. qual idioma está sendo processado.
A QUESTÃO DA LEITURA NA ESCOLA
A leitura do texto literário em sala de aula: uma perspectiva para o letramento 21
CONCEITO E ORIGEM DAS FÁBULAS
A fábula na formação de leitor/escritor
IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO LÓCUS E DOS SUJEITOS DA
Esta proposta de atividade é parte obrigatória da dissertação de mestrado profissional em Letras da Universidade Estadual de Feira de Santana – Profletras/UEFS e foi desenvolvida na disciplina de Língua Portuguesa, em uma turma do 6º ano do Ensino Fundamental II do Antônio Carlos. Escola Estadual de Pedreira. . Escola tradicional e referência do município de São Gonçalo dos Campos, localizada no Recôncavo baiano, a Escola Estadual Antônio Carlos Pedreira, carinhosamente conhecida como Prédio (como vou me referir a ela a partir de agora), completa este ano de 2016 8 de dezembro, completa cem anos de existência e tem dado uma grande contribuição à educação do município de São Gonçalo dos Campos. Até 1990, a escola funcionava apenas nos turnos matutino e vespertino com a Folkeskole I, na época chamada de Folkeskole; A partir de 1991 passou a operar também no período noturno com Aceleração 1 (etapas 1 e 2), para atender a parcela da população que apresentava diferença idade/série.
A partir de 2000, o prédio passou a funcionar em conjunto com o Ensino Fundamental II, numa transição que ocorreu gradativamente até que, em 2003, a escola passou a atender apenas usuários do Ensino Fundamental II. A partir de 2008, o turno da tarde passou a trabalhar apenas com EJA (eixos IV e V), enquanto o turno da noite deixou Pospesek e passou a trabalhar com EJA (eixos IV e V). Em 2013, no turno vespertino, realizamos o Momento Formativo (Níveis III e IV) para crianças de até 18 anos 6.
O prédio conta atualmente com um total de 632 alunos, divididos nos turnos matutino, vespertino e noturno, sendo que o turno matutino funciona com o ensino fundamental II (das turmas 6 a 9), o turno regular, o turno vespertino com Tempo Formação Juvenil7 e o noturno mudança. os cursos são destinados aos alunos do curso EJA. 7 O Tempo de Formação de Jovens destina-se a servir alunos do ensino básico II dos 15 (quinze) aos 17 (dezassete) anos, garantindo a utilização de mecanismos específicos para este tipo de alunos, tendo em conta as suas potencialidades, necessidades, expectativas relativas à vida, culturas juvenis e mundo do trabalho, conforme previsto no artigo 37 da Lei nº 9.394/96.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Descrição da Intervenção Didático-pedagógica
- Elaboração do material didático para a intervenção
Primeiramente tivemos uma conversa bastante descontraída com os alunos sobre sua relação com a leitura e a escrita. Outro dado relevante que obtivemos em nosso acervo são os momentos de leitura que os alunos têm dentro e fora da escola. Comecei a aula perguntando aos alunos se eles sabiam o que era ser feliz com a vida.
Neste momento pedi aos alunos que dissessem o que pensavam sobre o tema; Depois distribuí a segunda parte do nosso caderno de atividades e pedi que lessem o texto “De bem com a vida” de Nye Ribeiro, que discute autoestima. Após coletar as características dos animais, pedi aos alunos que escolhessem dois ou três desses animais para escreverem uma fábula sobre autoestima (essa sugestão está no caderno de atividades) e os recolhi quando ficaram prontos. Disse então aos alunos que iria expor (através de uma mostra informática) dois exemplos das suas produções e que gostaria que os autores não se identificassem.
Feito isso, iniciamos nossa produção - enquanto os alunos conversavam, coloquei no quadro. Assim que o texto ficou pronto, sugeri que os alunos que quisessem acrescentassem uma moral à fábula, e a maioria dos alunos decidiu adicioná-la no final do texto, não necessariamente incluindo a moral. Feito isso, pedi aos alunos que respondessem às questões práticas do texto e as recolhi.
Esta atividade teve como objetivo mostrar aos alunos que existem várias versões da mesma fábula, algo que foi identificado desde o início da nossa intervenção. Em seguida, lemos os textos do quadro Ampliando o conhecimento, para contextualizar os alunos sobre os autores. Esta foi uma atividade onde os alunos estiveram muito envolvidos, todos gostaram de fazer as máscaras, até os alunos que não queriam representar nenhum animal se envolveram e produziram máscaras.
Em seguida, pedi aos alunos que olhassem a figura do quadro Interaja e discutimos as questões; Os alunos fizeram falas relevantes sobre a disseminação dos mosquitos e das doenças transmitidas, e assim pudemos traçar um paralelo entre as ideias do texto e o combate ao Aedes Aegypti, que não é um problema apenas de uma pessoa, mas de um coletivo. . Além disso, orientei os alunos em relação à elaboração do texto, lembrei das características do gênero, enfatizei a necessidade de planejamento e preparação do texto antes da versão final a ser submetida. Iniciei o momento sensibilizando os alunos e demais presentes em relação à relevância do momento em questão, suas produções bem como a leitura e a escrita para a formação de cidadãos.
Iniciei a aula conscientizando os alunos sobre a importância da avaliação e expliquei como ela aconteceria. Os outros 7 (sete) foram justamente aqueles alunos que foram convidados a revisar o texto para que seus textos pudessem ser incluídos no produto final.
UMA PAUSA PARA REFLEXÃO
Os alunos foram competentes para produzir seu discurso de acordo com a situação comunicativa proposta, suporte e potenciais leitores. Portanto, acreditamos que as práticas de leitura de textos literários em sala de aula podem ser transformadas, valorizando a diversão, a troca de experiências, a troca e a interação, de forma a promover a alfabetização dos alunos. O objetivo é observar o interesse, ou não, que os alunos demonstrarão pelos livros e emprestá-los, se desejarem.
Neste momento pedirei aos alunos que retornem aos seus lugares e explicarei que responderão algumas perguntas sobre alguns pontos da nossa conversa. Distribuirei e lerei o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para que os alunos possam acompanhar a palestra e assinar o termo ou não; Dou aos alunos um momento para lerem silenciosamente como seu primeiro contato com o texto.
Após a discussão, pedirei aos alunos que se sentem em duplas e discutam as questões da aula do Interact. Faça a primeira produção com base no conhecimento que os alunos já possuem sobre a fábula. Farei perguntas aos alunos sobre o que significa para eles ter um bom relacionamento com a vida.
Após as respostas, lerei o texto “De bem com a vida” de Nye Ribeiro do caderno de atividades, enquanto a aula continua. Escreverei as ideias no quadro, já estruturando o texto com os alunos fazendo observações sobre margens, paragrafação, ortografia, pontuação, discurso e adequação à proposta; Pedirei a um ou mais alunos que leiam oralmente o texto A Raposa e o Macaco do livro de atividades.
Tentaremos relacionar as ideias do texto com comportamentos cotidianos como furar fila, colar em prova, mentir para atingir um objetivo ou alguém. Pedirei aos alunos em duplas que respondam às questões do quadro Interação para posteriormente socializarem com o grupo; Confeccionar uma fábula sobre o combate ao Aedes Aegypti que será publicada na página da escola no Facebook e em um livreto de fábulas produzido pela turma que será distribuído aos alunos (sujeitos da pesquisa), professores e demais funcionários da escola.
Realizo uma revisão de texto com os alunos cujos textos não são selecionados, ficando os demais alunos a cargo do professor/regente. Ao finalizar, os resultados da pesquisa serão publicados em trabalho produzido pela pesquisadora para conclusão de seu curso, mas sem identificação dos alunos que dele participaram.
