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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI

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Academic year: 2023

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Por fim, com um estudo das Políticas Públicas Rurais, do mercado de trabalho rural, do Desenvolvimento Social Rural e das decisões judiciais mais importantes para os agricultores rurais, destacamos a Função Social dos benefícios previdenciários rurais como promotores da inclusão social. Definimos Função Social na hermenêutica de Cesar Luiz Pasold, agir e dever de agir42, para apresentar a Função Social dos benefícios previdenciários rurais como um verdadeiro meio de transferência de renda para o meio agrícola, para combater as desigualdades sociais, o êxodo rural, em suma, uma forma eficaz de inclusão social43.

FUNDAMENTOS PRIMEIROS

Nesta lógica, o debate previdenciário convoca ao estudo, além da dignidade da pessoa humana, dos valores do bem-estar e da justiça social, com destaque para o valor social do trabalho. 82 Para nós, esse fato foi um marco que mudou o conceito de “seguro social” para “seguridade social”.

DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS E A SEGURIDADE SOCIAL

O professor Paulo Bonavides resume os direitos fundamentais ao apresentar a seguinte reflexão doutrinária: “os direitos fundamentais nascem no abraço do princípio da igualdade”105. Por fim, com o estudo dos direitos fundamentais, colocamos a segurança social no rol dos direitos fundamentais da segunda dimensão.

MANIFESTAÇÕES DA SEGURIDADE SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO DA

Como já foi apresentado, a história dos mecanismos de proteção social apresenta o bem-estar como meio de proteção, que é o precursor do seguro social120. E os modelos de proteção social podem ser resumidos como auxílio e alimentação, e no campo constitucional brasileiro, desde 1988, a proteção social é representada pelo Instituto da Seguridade Social, que em sua trilogia inclui saúde, seguridade social e assistência social.

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA PROTEÇÃO SOCIAL RURAL NA

O princípio da solidariedade previsto no artigo 3º, I da Carta Federal de 1988 é de extrema importância quando se discute o trabalhador rural. Uma verdadeira venda para o intérprete conservador que esquece injustificadamente o princípio da unidade e equivalência de benefícios e serviços para a população urbana e rural, que deve ser a fonte da interpretação e não um “simples” complemento.

RECONHECIMENTO HISTÓRICO DA PROTEÇÃO SOCIAL

As pressões sociais do início da década de 60 do século XX, somadas à crescente organização dos trabalhadores rurais em associações, levaram o governo a editar o Estatuto do Trabalhador Rural - Lei nº. Cássio Mesquita Barros Júnior argumenta que o objetivo principal do Estatuto do Trabalhador Rural de 1963 era tornar a seguridade social rural semelhante à previdência social urbana com proteção social para velhice, invalidez, doença, maternidade, assistência médica, morte e assistência funeral173. A Lei Complementar 11/71 instituiu o PRORURAL - Programa de Assistência aos Trabalhadores Rurais, onde a arrecadação, o controle e a gestão das contribuições para a seguridade social no meio rural eram de responsabilidade do Fundo de Assistência aos Trabalhadores Rurais e do Fundo de Pensão - FUNRURAL, que no naquela época adquiriu a natureza de ente federal autônomo ligado à união federal.

A verdadeira revolução na seguridade social no meio rural só veio com a publicação da Constituição Federal de 1988; Aqui o trabalhador rural passou a ser visto como membro efetivo e permanente do sistema previdenciário do país; nas zonas rurais foi aplicado um genuíno “princípio de acesso universal dos idosos e deficientes de ambos os sexos à segurança social”190.

UM CONCEITO DE TRABALHADOR RURAL

Empregado rural

O enquadramento da proteção social destes trabalhadores depende da atividade que exercem ou da natureza jurídica do estabelecimento. A questão de comprovar a implementação de uma atividade urbana ou rural não é uma questão de linguagem conceitual, mas sim uma questão de avaliação das provas materiais apresentadas pelo interessado. 243 “[…] Parece que a aceitação do critério da natureza da atividade do empregador para definir a atividade no meio rural para obtenção de benefícios previdenciários não atende ao dispositivo constitucional.

Por outro lado, não nos parece lógico que contadores, escriturários, cozinheiros, motoristas, etc., sejam considerados trabalhadores rurais simplesmente pela natureza da atividade rural do seu empregador.

Trabalhador avulso rural

O contribuinte individual rural

Entendemos que a presunção de dificuldade na atividade rural é o que justifica a redução da idade em cinco anos. Ressaltamos que a boia-fria, ao exercer atividade rural de forma eventual para um ou mais empregadores, é considerada pela Previdência Social como trabalhador ocasional e, portanto, como contribuinte rural individual (art. 11, V, “g”, Lei , porém, a interpretação restritiva é enganosa e injusta e contradiz diretamente os objetivos de proteção social da Carta Federal da contradição de que justamente aqueles trabalhadores que possuem rendimentos mais baixos, por serem variáveis, têm acesso mais difícil, uma vez que grande número de bovas - trabalhadores frios perambulando pelas fazendas do interior [..]"254. A nova legislação rural veio para modernizar a antiga e ultrapassada legislação aplicável aos trabalhadores rurais (Lei 8.212 e um dos fatos mais comentados hoje pelos operadores do direito previdenciário é o autorização da nova legislação para contratação de trabalhadores temporários por um período de até 120 dias por ano, e a utilização de.

Fica claro no corpo da decisão: “[…] É certo que as “boias-frias” constituem, em regra, a classe mais pobre entre os trabalhadores da aldeia.

O segurado especial

Dessa forma, o segurado especial inclui os tipos de trabalhadores agrícolas definidos como produtores rurais, proprietários, usufrutuários, mutuários, possuidores, assentados, sócios, meeiros e camponeses261. Produtor rural é aquele que exerce suas atividades rurais de forma independente e geralmente é proprietário de suas terras, mas não existe tal exigência. O parceiro rural é considerado o produtor rural não proprietário de imóvel rural, que exerce sua atividade em área entregue.

No caso do meeiro, trata-se de um produtor rural especialmente segurado que exerce suas atividades em conjunto com outro trabalhador rural, que pode ou não ser proprietário de sua terra.

DAS CONTRIBUIÇÕES À PREVIDÊNCIA SOCIAL NA ÁREA RURAL

A redistribuição do rendimento, reconhecida como uma das funções da segurança social, ocorre entre as zonas urbanas e rurais. Enquanto os empregados e demais segurados urbanos da previdência social são obrigados a participar do financiamento, os trabalhadores rurais [...] do PRORURAL não participam. c. O contribuinte individual rural contribui para a seguridade social à alíquota de 20% de sua renda mensal, conforme redação do artigo 12, inciso V, alínea “a” da lei, ou de 11% se trabalhar conforme a regra de § 2º e 3º do art.

Pela redação da lei, além da contribuição para a remuneração, os segurados acima listados deverão recolher um percentual de 2,3% na venda e comercialização de sua produção rural: “O percentual de 2,3%”.

PARTICULARIDADES DO TRATAMENTO NORMATIVO DESTINADO À

Os segurados especiais, previstos no artigo 39.º, ponto I da Lei, têm direito a pensão por velhice, invalidez, subsídio de doença, subsídio de prisão e pensão por morte, estes dois últimos a dependentes, bem como subsídio de maternidade, cf. . arte. . A análise detalhada demonstra que os segurados especiais não têm direito ao retrocesso do período contributivo 326, ao retrocesso especial e ao abono de família. O trabalhador agrícola enquadrado como segurado especial (produtor, sócio, cooperado e agricultor que exerça suas atividades individualmente ou em regime econômico familiar - CF, arte para fins previdenciários por antiguidade, deverá comprovar número mínimo de mensalidades facultativas contribuições (período de carência), uma vez que a contribuição obrigatória incidente sobre o rendimento bruto da comercialização da sua produção (2,5%) assegura apenas pensão por velhice ou invalidez, auxílio-doença, auxílio-prisão e pensão.

342 Concessão de aposentadoria por idade com comprovação de atividade rural conforme regra do art. 142 ou 25, II, da Lei com a devida redução de idade de 5 anos.

UMA ANÁLISE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS PREVIDENCIÁRIAS RURAIS

Políticas Públicas Previdenciárias

As políticas públicas podem ser entendidas como um conjunto de planos de acção e programas governamentais que visam a intervenção no domínio social, através dos quais se delineiam as orientações e objectivos a promover pelo Estado, especialmente no que diz respeito à concretização dos objectivos e dos direitos fundamentais consagrados no Lei Básica361. Porém, os direitos sociais básicos inseridos em nosso ordenamento jurídico pela carta federal de 1988 não são políticas públicas do governo, na verdade, os direitos sociais básicos são concretizados e efetivados para os cidadãos por meio de políticas públicas quando sua implementação não é possível diretamente. do comando constitucional362. Os direitos sociais concretizam-se através de políticas públicas (“política de segurança social”, “política de saúde”, “política de educação”) orientadas pelo princípio básico e estruturado da solidariedade social.

Direitos sociais e controle jurisdicional de políticas públicas: algumas considerações a partir dos contornos do Estado Constitucional de Direito.

Políticas Públicas Rurais

Já o PAA – Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar foi instituído pela Lei nº. O programa permite a compra de produtos agrícolas da agricultura familiar sem leilão e é destinado a pessoas com insegurança alimentar e nutricional, por meio de entidades da rede socioassistencial. dos municípios384. O Sibrater é coordenado pela Dater e gerido socialmente por meio do Comitê Nacional da Ater, órgão conjunto do governo e da sociedade civil, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf), dos Conselhos Estaduais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS) e suas Câmaras da Ater. . e as Redes Ater formadas por organizações governamentais e não governamentais que prestam serviços aos agricultores familiares do país.” BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Agropecuário, Secretaria de Agricultura Familiar.

O Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF) garante aos agricultores beneficiados pelo Pronaf Custo ou Investimento, a.

PREVIDÊNCIA SOCIAL RURAL E AS EXIGÊNCIAS DE JUSTIÇA

Mercado de trabalho rural

Neste sentido, o mercado de trabalho urbano é contínuo404 e o mercado rural é sazonal, ligado ao ciclo biológico das plantas e animais, portanto a necessidade de trabalho no campo também é sazonal405. A ideia não é proibir a mecanização agrícola, situação que seria um verdadeiro retrocesso no meio rural, mas sim ter proteção aos trabalhadores que se encontram em situação de transição através de políticas públicas de absorção de mão de obra no meio rural415. o discurso sobre a vitimização parece ter bloqueado a capacidade de pensar e propor alternativas”416. Como mencionado, a atividade no meio rural é sazonal, parte do ano o trabalho é intenso, parte é gratuito, portanto a verdadeira justiça trabalhista no meio rural requer tratamento.

A constatação de que parte da legislação trabalhista desenvolvida para a realidade urbana é inadequada para regular as relações no campo não pode ser lida como uma defesa de um possível absurdo ou desproteção, mas sim como a necessidade de adequação das regras às particularidades do setor419 .

Desenvolvimento Social Rural

Na próxima secção, analisaremos os benefícios da segurança social nas áreas rurais a partir de uma perspectiva de política pública destinada a combater as injustiças sociais e promover o progresso moral nas áreas rurais.Finalmente, analisaremos a função social dos benefícios da segurança social nas áreas rurais. No âmbito da seguridade social é inegável a função social dos benefícios previdenciários rurais para a sociedade, tanto que, após inúmeras pressões sociais e edições de diversas legislações, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 padronizou nas cidades e na zona rural. benefícios de segurança como política pública, onde o vetor chave é impedir o crescimento do êxodo rural e proporcionar plena segurança alimentar à nação. Neste sentido, defendemos uma função social dos benefícios previdenciários no meio rural, num horizonte que vai além do simples interesse social.

E os benefícios previdenciários rurais, vistos como política pública estadual, são verdadeiros defensores da função social do Estado, ambos em ação. Os serviços sociais rurais passaram a representar um meio de desenvolvimento social rural com equidade e proporcionando rendimento rural544, um meio eficaz de combate à emigração rural e à transferência de rendimentos. Os serviços de segurança social nas zonas rurais, apresentando a cobertura de políticas públicas eficazes, ainda promovem a transformação nas zonas rurais e consequentemente implementam a função social do Estado moderno552 que promove o bem-estar e a justiça social.

Referências

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