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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA ... - UEFS

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Academic year: 2023

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VHB Vírus da Hepatite B HPV Papiloma Vírus Humano HSV Vírus Herpes Simplex IC Intervalo de Confiança OLP Líquen Plano Líquen Plano Oral LP Líquen Plano. O Líquen Plano Oral (LPO) é uma doença inflamatória crônica, mucocutânea, de natureza imunológica, na qual autoanticorpos são direcionados contra a camada basal do epitélio, produzindo lesões de diversos aspectos clínicos (MCCREARY; MCCARTAN, 1999).

O LÍQUEN PLANO BUCAL (LPB) E SEUS ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS

FATORES ETIOLÓGICOS DO LPB

A presença de fatores psicológicos também foi investigada por McCartan et al. 1995) em 50 pacientes com BPL erosivo e não erosivo por meio de testes psicométricos (Escala HAD e Questionário Cattell 16PF). No estudo de Campisi et al. 2004b), em 19,7% dos indivíduos com LPO, o ácido ribonucleico (RNA) do HPV apresentou uma diferença estatisticamente significativa quando comparado a um grupo controle composto por indivíduos saudáveis.

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DO LPB

Através desses resultados concluiu-se que o risco de pacientes com LPO ou câncer serem positivos para EBV foi 6,8 vezes comparado a indivíduos sem essas lesões (SAND et al., 2002). As placas geralmente estão associadas a lesões reticulares brancas com ou sem lesões atróficas ou erosivas (EPSTEIN et al., 2003).

PATOGENIA DO LPB

DIAGNÓSTICO DO LPB

TRATAMENTO DO LPB

Por esse motivo, o tratamento de manutenção normalmente é realizado com corticosteróides tópicos (CHAINANI-WU et al observaram que a probabilidade de transformação maligna da doença deve ser levada em consideração, e a abordagem conservadora baseada no uso de corticosteróides tópicos e controle periódico deve ser adotada somente após confirmação histopatológica de que não há componentes displásicos, caso contrário a remoção cirúrgica seria a melhor opção de tratamento. Estes, assim como os corticosteróides, podem ser usados ​​tanto de forma tópica quanto sistêmica (NAGAO et al., 2001, PETRUZZI et al., 2002).

O POTENCIAL DE TRANSFORMAÇÃO MALIGNA DO LPB

Esse fato explicaria o potencial de transformação maligna da displasia liquenoide e não do BPL, concordando com os achados de Villarroel et al. Além disso, Van der Meij et al. 2003), observaram em estudo prospectivo que a transformação maligna foi observada apenas nas displasias liquenoides e não no LPO.

O VÍRUS DA HEPATITE C

Apesar das considerações de Mattsson et al. 2002), os resultados divergentes de estudos que discutem o potencial de transformação maligna do LPB e da displasia liquenóide parecem ser considerados por autores que recomendam o acompanhamento periódico de indivíduos com ambas as doenças (MIGNOGNA et al., 2001; MIGNOGNA et al., 2002a, VAN DER MEIJ et al., 2003). A suspeita de infecção pelo HCV pode ser causada pela observação de manifestações clínicas, mas na maioria dos casos o diagnóstico da doença é feito acidentalmente durante a investigação de alterações de transaminases ou programa de rastreamento (FERREIRA; SILVEIRA, 2004). O teste diagnóstico mais utilizado para identificação do HCV é o ELISA, devido a características como sua alta sensibilidade e especificidade adequada, além de ter as vantagens de ser relativamente barato e facilmente adaptável a grandes populações (CONTE, 2000, BRANDÃO et al. al., 2001).

O teste ELISA de terceira geração utiliza proteínas recombinantes (core, NS3, NS4, NS5) cuja função é capturar anticorpos anti-HCV circulantes no soro dos pacientes, sem, no entanto, distinguir entre infecção aguda e crônica ou recuperação do indivíduo (SILVA ; ROSSETI, 2001). O valor preditivo positivo do ELISA é maior em populações de pacientes com alta prevalência da doença. Testes falso-positivos tendem a ocorrer em pacientes com baixo risco de infecção, como doadores voluntários de sangue e profissionais de saúde, numa taxa que pode chegar a 25%.

Em geral, a evolução da doença é lenta, insidiosa e progressiva, cujo prognóstico a longo prazo não é bem conhecido (CONTE, 2000).

O VHC E SUA ASSOCIAÇÃO COM O LPB

Resultados semelhantes podem ser observados na Itália, França, EUA, Japão e Espanha (PORTER et al., 1997, MIGNOGNA et al., 2002a). Os autores concluíram que a prevalência desta lesão em pacientes com HCV é significativamente maior do que em pacientes não portadores e há necessidade de exames periódicos para que diagnósticos precoces possam ser feitos através da adoção de condutas adequadas (NAGAO et al., 1997). Esse resultado levou os autores a concluir que a relação poderia ser uma coincidência (JABER et al., 2003).

De acordo com o estudo de Arrieta et al., 2000, não foram observadas alterações histopatológicas e infiltrado inflamatório ao redor das células epiteliais infectadas pelo VHC, mas os autores acreditam que não se pode excluir que o VHC, juntamente com outros fatores, seja responsável por alguns casos de LPB. Além disso, observa-se também, como mostram Mega et al. 2001), uma percentagem mais elevada de células CD8+ entre indivíduos infectados pelo VHC com LPO do que entre aqueles com apenas LPO e reações liquenóides. Além dos achados de Arrieta et al. 2001) sugerem que o potencial patológico do HCV para desencadear LP pode surgir da sua replicação nos tecidos de indivíduos geneticamente suscetíveis à LP que estão infectados com o vírus.

Complementarmente, Pilli et al. 2002) mostraram que as células T CD4+ e CD8+ específicas do HCV desempenham um papel importante na patogênese do dano às células epiteliais no LPO.

OBJETIVO GERAL

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA

Riscos e Benefícios para os Sujeitos da Pesquisa

Além disso, os indivíduos com LPB, com ou sem HCV, participantes do estudo continuarão em acompanhamento periódico no ambulatório da disciplina de Odontologia Preventiva e Social IV do Curso de Odontologia da UEFS.

MATERIAIS E MÉTODOS

  • Caracterização do Estudo
  • Campo de Estudo e Infra-estrutura Disponível
  • População do Estudo
  • Coleta de Dados: Instrumentos e Procedimentos
  • Variáveis do Estudo
  • Análise Estatística
  • Processo de Modelagem

O pareamento aumenta a eficiência do estudo e permite reduzir o tamanho da população do estudo caso a variável utilizada no pareamento seja um forte fator de confusão; entretanto, dificulta ainda mais a seleção dos controles, além de impossibilitar a investigação da associação de tal variável com a doença estudada e dificultar a apresentação e interpretação dos dados. Com base nesses parâmetros, a população do estudo foi composta por sessenta indivíduos, divididos em dois grupos, casos e controles, que procuraram tratamento odontológico nas clínicas do curso de odontologia da UEFS. Trata-se, portanto, de uma amostra de conveniência, pois os indivíduos participantes do estudo são aqueles que procuram atendimento de saúde e, portanto, não é representativo dos pacientes da comunidade.

O grupo caso foi composto por trinta indivíduos com diagnóstico clínico-histopatológico de LPO que procuraram o Centro de Referência em Lesões Bucais através do Ambulatório do Departamento de Odontologia Preventiva e Social IV da UEFS e que atenderam aos critérios de inclusão do estudo. Para investigação da infecção pelo HCV, foi solicitado teste sorológico anti-HCV a todos os indivíduos inscritos no estudo. Variáveis ​​de problemas de saúde: presença e tipo de doenças sistêmicas, presença de menopausa e uso e tipo de medicamento utilizado (agrupados por grupo de medicamentos);

Primeiramente trabalharemos com a variável principal (presença de HCV) e observaremos sua significância em relação à variável dependente (variável resposta) presença de lesão (BPL).

CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DE ESTUDO

Ao analisar as características do estado de saúde, constatou-se que 40% dos indivíduos apresentavam algum tipo de doença sistêmica com maior prevalência de problemas cardiovasculares, com destaque para a hipertensão arterial. Quanto ao estilo de vida, 18,3% dos indivíduos mencionaram o hábito de fumar, dentre os quais 90,9% mantinham o hábito há mais de 10 anos, e 81,8% faziam uso de cigarros industrializados. Em termos de situação profissional, 70% dos indivíduos entre os casos relataram estar inseridos no mercado de trabalho, enquanto entre os controles essa proporção atingiu 53,3%.

Quanto às mulheres na menopausa, 47,6% estavam entre as pacientes e 52,7% eram mulheres do grupo controle. O uso de medicamentos foi relatado em 60% dos casos, a proporção entre os grupos controle foi de 50%. Em relação às variáveis ​​relacionadas ao estilo de vida, constatou-se que dentre os casos, 16,7% dos indivíduos tinham hábito de fumar.

O hábito de consumir bebidas alcoólicas foi mais prevalente nos casos (26,7%) do que nos controles, incluindo 10%.

Tabela 1: Distribuição e freqüência dos indivíduos da população de estudo, segundo  características dos perfis sócio-demográfico e profissional
Tabela 1: Distribuição e freqüência dos indivíduos da população de estudo, segundo características dos perfis sócio-demográfico e profissional

ASSOCIAÇÃO ENTRE O LPB E A INFECÇÃO PELO VHC

CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS EM RELAÇÃO AO LPB

De acordo com os dados apresentados na tabela 6, é possível observar que a LPB acometeu com maior frequência as mulheres, numa proporção de 2,3 mulheres para cada homem. Nos homens prevaleceu a apresentação reticular da doença (66,7%), seguida de proporções iguais (11,1%) de formas erosivas, em placas ou com presença simultânea de mais de uma forma clínica. Pela tabela 7 verifica-se que a doença apareceu com maior frequência em indivíduos acima de quarenta anos, onde prevaleceu a forma reticular do LPO (81,8%), seguida das lesões erosivas (13,3%).

Nos indivíduos mais jovens também predominaram as lesões reticulares (50%), seguidas da combinação de mais de uma forma clínica (25%). Ao avaliar o aspecto clínico do LPO de acordo com a localização topográfica, observou-se que a maioria das lesões reticulares localizava-se na mucosa bucal bilateralmente. Essa apresentação clínica do LPO também é menos comumente observada na língua, gengiva, lábios e região do triângulo retromolar.

Lesões erosivas e em placa foram observadas apenas na língua, enquanto nas lesões com mais de uma apresentação clínica simultânea foram observadas além da língua, também na mucosa bucal.

Figura 4: Líquen plano bucal reticular em mucosa jugal bilateralmente
Figura 4: Líquen plano bucal reticular em mucosa jugal bilateralmente

ASSOCIAÇÃO DE CO-VARIÁVEIS ADICIONAIS COM O LPB

A concordância negativa foi observada em 20% dos casais, proporção que se repetiu em casais discordantes, dos quais apenas este caso fez uso de medicação. Ao analisar a relação entre BPL e hábito de fumar, constatou-se que 66,7% dos casais apresentaram concordância negativa em relação ao hábito de fumar. Em 13,3% dos casais a presença do hábito de fumar foi confirmada por um caso, enquanto em 16,7% tal hábito foi relatado apenas pelo controle.

Em relação ao consumo de bebidas alcoólicas, não foram encontrados pares pareados quando tanto os casos quanto os controles consumiram bebidas alcoólicas. Ao avaliar a discordância entre pares, observou-se que em 36,7% destes o consumo positivo de bebidas alcoólicas foi realizado ou apenas entre os casos ou apenas entre os controles. De acordo com os valores ali apresentados, é possível observar que, embora exista uma associação positiva entre o BPL e o consumo de bebidas alcoólicas, mesmo que seja raro como demonstrado anteriormente na Tabela 2, não foi encontrada significância estatística para esta associação. não encontrado.

Tabela 9: Odds ratio pareada e Qui-quadrado de McNemar de características de  condições de saúde e estilo de vida de casos e controles
Tabela 9: Odds ratio pareada e Qui-quadrado de McNemar de características de condições de saúde e estilo de vida de casos e controles

LPB E VHC: ASSOCIAÇÃO OU ACASO?

2004a) conseguiram demonstrar uma associação fraca mas existente entre o LPO e o VHC em diferentes regiões de Itália onde a infecção pelo VHC é endémica, utilizando duas coortes da mesma idade. A associação entre LPO e infecção por HCV em indivíduos co-infectados com outros vírus, como o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e o vírus da hepatite B (HBV) e o vírus da hepatite G (HGV), também foi investigada, sem encontrar um achado significativo de conexão entre (LODI et al., 2000, CAMPISI et al., 2004c, MICÓ-LLORENS et al., 2004). Alguns estudos sugerem que fatores imunogenéticos podem explicar parcialmente a heterogeneidade geográfica da associação entre infecção pelo HCV e líquen plano entre diferentes populações (CARROZZO et al., 2001 CARROZZO; GANDOLFO, 2003, CARROZZO et al., 2005, FEMIANO), 2005. .

Além disso, os autores sugerem que tal situação pode explicar parcialmente a heterogeneidade da associação entre LPO e infecção pelo HCV. Apesar de vários estudos indicarem alta prevalência de infecção pelo HCV entre pacientes com LPO, neste estudo, confirmado por Ingafou et al. 1998), Van der Meij;. Os resultados deste estudo epidemiológico sugerem, portanto, que não existe relação causal entre o LPO e a infecção pelo VHC.

Os estudos que tratam da associação entre LPO e infecção pelo HCV, consultados para este estudo, utilizaram o teste anti-HCV (ELISA) como ferramenta diagnóstica, confirmando os trabalhos que indicam esse teste para o diagnóstico de infecção, devido ao boa sensibilidade e especificidade do teste (CONTE, 2000, BRANDÃO et al., 2001, SILVA; ROSSETI, 2001).

LPB: UM PANORAMA DA DOENÇA

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Tabela 1: Distribuição e freqüência dos indivíduos da população de estudo, segundo  características dos perfis sócio-demográfico e profissional
Tabela 2: Distribuição e freqüência dos indivíduos da população de estudo, segundo  características de condições de saúde e de estilo de vida
Tabela  3:  Distribuição  e  freqüência  dos  indivíduos  por  grupo  de  estudo,  segundo  características dos perfis sócio-demográfico e profissionais
Figura 1: Distribuição da idade, segundo casos e controles
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Referências

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Gráfico 3 – Atendimentos, divididos por áreas, acompanhados no Hospital Veterinário da UnB durante o período do estágio final supervisionado, totalizando os 4 atendimentos