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universidade estadual de feira de santana - UEFS

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Academic year: 2023

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LESÕES Orais EM GESTANTES E SUA RELAÇÃO COM ASPECTOS BIOSSOCIAIS EM FEIRA DE SANTANA - BA. LESÕES Orais EM GESTANTES E RELAÇÃO COM ASPECTOS BIOSSOCIAIS EM FEIRA DE SANTANA - BA.

MUDANÇAS SISTÊMICAS NA GRAVIDEZ

  • Sistema endócrino
  • Sistema sanguíneo
  • Sistema cardiovascular
  • Sistema urinário
  • Sistema respiratório
  • Metabolismo
  • Outras alterações

A vasodilatação periférica mantém a pressão arterial normal apesar do aumento do volume sanguíneo durante a gravidez. Essas alterações na estrutura dos rins durante a gravidez resultam da atividade hormonal (estrogênio e progesterona), aumento da pressão uterina e aumento do volume sanguíneo.

ALTERAÇÕES BUCAIS DURANTE A GESTAÇÃO

A resposta melhorada aos irritantes locais na gengivite pré-existente pode ser observada já no primeiro trimestre, período que coincide com o aumento dos níveis de estrogênio e progesterona. Porém, esse quadro patológico pode ser evitado controlando a placa bacteriana (MACHADO; SARTÓRIO, 2001).

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS

Em 52,67% das gestantes houve alterações clinicamente determinadas nas características da gengiva, com destaque para alterações de cor, textura, consistência, inflamação e tamanho, sendo mais gestantes com essas alterações entre aquelas que estavam no oitavo mês do que entre aquelas no terceiro mês de gravidez. Em 18,18% e 24,24% das gestantes de classe média alta a gengivite foi encontrada no terceiro mês de gestação; o que contrasta com a percentagem e 87,5% de diagnósticos de gengivite na classe média baixa, classe trabalhadora e grupos marginalizados. Tunes, Fonseca e Correia (1999) em estudos com 74 gestantes atendidas na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia constataram que 100% das gestantes examinadas apresentavam quadro de gengivite, porém com maior gravidade em pacientes do sexo feminino. que estavam no 2º trimestre.gestacional.

Uma pesquisa realizada com 88 gestantes atendidas pelo Programa Saúde da Família no município de Lucas do Rio Verde-MT constatou que 40% das gestantes apresentavam pelo menos um sextante com sangramento gengival e presença de tártaro (TONELLO et al, 2007). Ao preencher um questionário entre 30 gestantes que faziam pré-natal na Maternidade Santa Mônica-Pernambuco, foram encontrados os seguintes resultados: todas as gestantes escovavam os dentes, e 63,3% delas afirmaram escovar os dentes três vezes ao dia, mas apenas 30 % indicado com fio. Coutinho et al (2005) em estudo com 24 gestantes, 54% delas relataram notar sangramento gengival, principalmente durante a escovação, e 75% relataram episódios de náusea, sendo que 39% desses episódios ocorreram durante a escovação dentária.

A candidíase oral foi a lesão mais comum e sua frequência em gestantes foi de 15% versus 5% em não gestantes (SARIFAKIOGLU, GUNDUZ, GORPELIOGLU, 2006).

ACESSO A SERVIÇOS DE SAÚDE

Em termos de acesso aos serviços odontológicos, o Sistema Único de Saúde (SUS) é um agente de grande importância, mas ainda com um papel relativamente pequeno (BARROS, BERTOLDI, 2002). Dados da PNAD de 1998 mostraram que a assistência odontológica é muito diferente da assistência médica, com uma proporção muito maior de atendimentos prestados em clínicas privadas e muito menos cuidados financiados pelos planos de saúde e pelo SUS (IBGE, 2000). Em 2000, os profissionais de saúde bucal foram incorporados à Equipe de Saúde da Família (ESF), que atendeu às solicitações das entidades profissionais e da própria população.

Porém, as equipes de saúde bucal têm que atuar em duas ESF ou em uma área de 6.900 pessoas, atuando assim em duas realidades populacionais distintas com grande população cadastrada e sobrecarga de atividades. Um exemplo da dificuldade de acesso ao atendimento odontológico pode ser mostrado no estudo realizado por Ramos e Lima, 2003, sobre acesso e espera de usuários em uma unidade de saúde de Porto Alegre-RS. Através de uma abordagem qualitativa, Assis, Villa e Nascimento (2003) observaram que as pessoas apresentavam queixas como o elevado número de absenteísmo no trabalho dos dentistas e a dificuldade de acesso a serviços de saúde mais complexos.

Outro estudo com abordagem qualitativa, realizado por Santos e colaboradores (2007) entre usuários do serviço de saúde bucal do Programa Saúde da Família de Alagoinhas-Ba, revelou dificuldades de acesso a esse tipo de serviço, bem como as relações conflituosas entre os usuários e cuidador devido ao tratamento baseado apenas na queixa e baixa resolutividade no atendimento às necessidades solicitadas.

OBJETIVO GERAL

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

DESENHO DE ESTUDO

CAMPO DE ESTUDO

POPULAÇÃO E AMOSTRA

  • População
  • Tamanho da Amostra
  • Obtenção da Amostra
  • Critérios de Inclusão

Inicialmente foi feito um levantamento dos dados de cada subdistrito e da demarcação geográfica de cada área. Em cada setor censitário também foram selecionadas aleatoriamente as unidades de saúde da família a serem incluídas no estudo, totalizando 14 unidades participantes do estudo. A amostra foi composta por gestantes atendidas nas Unidades de Saúde do Programa Saúde da Família.

A coleta foi feita nos dias em que as gestantes realizavam o pré-natal nas referidas unidades de saúde. Esse dia de coleta foi previamente agendado com os enfermeiros responsáveis ​​por cada unidade de saúde. Concordando com os termos do estudo, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido autorizando seu envolvimento na pesquisa.

Foram excluídos da participação neste estudo aqueles que não concordaram com o termo de consentimento livre e esclarecido.

Figura 1  Mapa de Feira de Santana subdividida em subdistritos (Fonte: IBGE, 2000)
Figura 1 Mapa de Feira de Santana subdividida em subdistritos (Fonte: IBGE, 2000)

PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS

Aqueles que demonstraram interesse no convite receberam as informações necessárias sobre o protocolo do estudo e o objetivo do trabalho. O exame clínico foi realizado de acordo com o seguinte cenário: primeiro foi examinado o lábio superior, depois o exame do lábio inferior, mucosa bucal direita e esquerda, gengivas superior e inferior, superfícies vestibular e lingual ou palatina, dependendo do arco graduado, ventre, dorso e borda lateral da língua, assoalho da boca e, por fim, palato duro e mole. Aqueles que necessitavam de avaliação histológica eram encaminhados ao ambulatório da disciplina Odontologia Preventiva e Social IV do Curso de Odontologia da Universidade Estadual de Feira de Santana, onde seriam submetidos a procedimento de biópsia, sob anestesia local, e exame histopatológico, quando possível. e extremamente necessário.

Três gestantes foram encaminhadas ao ambulatório do OPSIV, mas todas preferiram esperar até o final da gravidez e, se necessário, realizar biópsia. Os integrantes da amostra foram orientados sobre higiene bucal e receberam escova dental e aplicação de flúor, além de terem atendimento odontológico básico gratuito no ambulatório de extensão da disciplina de diagnóstico bucal I do curso de odontologia da Universidade Estadual de Feira de Santana.

VARIÁVEIS DO ESTUDO

As lesões orais avaliadas incluíram: gengivite gestacional, candidíase atrófica eritematosa, candidíase pseudomembranosa, úlceras traumáticas, granulomas piogênicos.

HIPÓTESE DO ESTUDO

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Idade, renda e etnia são potenciais variáveis ​​de confusão, assumindo que essas variáveis ​​poderiam influenciar tanto as variáveis ​​dependentes quanto as independentes, onde a remoção foi realizada uma de cada vez para então estimar o efeito da associação principal sob investigação. O programa estatístico Social Package for the Social Sciences – SPSS, versão 10.0 para Windows foi utilizado para análise das variáveis ​​de interesse.

AVANÇOS E LIMITES DO ESTUDO

O objetivo foi determinar quais lesões orais são mais comuns durante a gravidez e quais são os seus possíveis fatores de risco. Outra limitação do projeto é o comprometimento das gestantes com o trabalho, pois, como já mencionado, a maioria das mulheres considera a visita ao dentista durante a gravidez desnecessária ou arriscada.

ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA

Os procedimentos clínicos descritos no projeto de pesquisa foram realizados dentro dos padrões de biossegurança necessários ao desenvolvimento de pesquisas envolvendo seres humanos, sendo constituídos por luvas de procedimento, máscara, gorro, óculos de proteção, jaleco e material clínico autoclavado. Os potenciais benefícios do estudo são relevantes, pois o conhecimento de quais lesões estão presentes nos tecidos bucais da gestante, decorrentes da gravidez ou das circunstâncias que envolvem essa condição fisiológica especial, poderá contribuir para sua identificação e tratamento precoce, possibilitando assim as autoridades de saúde e os dentistas podem antecipar a procura de serviços e os seus custos. O diagnóstico precoce das lesões bucais e o tratamento eficaz permitem que a gestante tenha um bebê saudável no final da gravidez sem comprometer a saúde da mãe.

A população do estudo foi beneficiada diretamente pelo tratamento oferecido pelo Ambulatório de Extensão da Disciplina de Diagnóstico Oral I da Universidade Estadual de Feira de Santana - BA. Esses critérios foram estabelecidos com base na Resolução 196/96, do Ministério da Saúde (BRASIL, 1996), sobre pesquisas envolvendo seres humanos, de modo que todos os participantes deste estudo o fizeram de forma espontânea, após assinatura de autorização e Termo Livre e Esclarecido. Consentimento. Os resultados incluídos neste artigo referem-se à avaliação da amostra de 204 gestantes atendidas pelo Programa Saúde da Família do município de Feira de Santana.

A maioria das gestantes convidadas a participar do estudo aceitaram o convite, mas como havia poucas gestantes em muitas das unidades selecionadas, foram necessárias diversas visitas à mesma unidade para atingir o número esperado.

ANÁLISE DESCRITIVA

  • Características sociodemográficas
  • Características relacionadas ao estilo de vida
  • Características relacionadas à hábitos
  • Achados clínicos
  • Análise bivariada

Foi feita uma comparação entre os trimestres da gravidez, agrupando os dados do primeiro e do segundo trimestres e comparando com o terceiro trimestre da gravidez e a presença ou ausência de lesão oral. Comparando a idade, dividida em três faixas etárias (14-19 anos, 20-26 anos e 27-39 anos) e a presença ou ausência de lesões orais, encontramos um valor de p de 0,13, aproximadamente se estatisticamente significativo. Valor P significativo. Na comparação entre etnia e presença ou ausência de lesões bucais, foi encontrado valor de p de 0,081, aproximando-se do valor de p estatisticamente significativo.

No teste de distribuição de renda e presença ou ausência de lesões bucais não foi encontrada significância estatística (p-valor=0,300). Quando comparada a escolaridade e a presença ou ausência de lesões orais, foi encontrado um valor de p de 0,092, aproximando-se do valor de p estatisticamente significativo. No teste que relaciona o tabagismo com a presença ou ausência de lesões orais, o valor de p não foi estatisticamente significativo (0,802).

Verificou-se que aquelas mulheres que visitaram um dentista há menos de 2 anos tiveram uma prevalência 24% menor de lesões orais do que aquelas que tinham passado 2 anos ou mais desde a última consulta.

TABELA  1-  Distribuição  das  características  sociodemográficas  das  gestantes atendidas no PSF, Feira de Santana, 2007
TABELA 1- Distribuição das características sociodemográficas das gestantes atendidas no PSF, Feira de Santana, 2007

ANÁLISE ESTRATIFICADA

A análise da distribuição das gestantes segundo o intervalo de tempo da última consulta odontológica revelou valor de p de 0,126. Associação entre o trimestre da gravidez e a presença ou ausência de lesões bucais em gestantes atendidas no PSF, segundo possíveis covariáveis ​​de confusão, Feira de Santana, 2007. O estudo de Medeiros e Rosenblatt (2006) constatou que 73,9% das gestantes Os atendidos na rede privada usavam fio dental, enquanto 57,5% dos atendidos na rede pública o faziam.

Ao comparar o trimestre gestacional e a presença de lesões orais, não foi encontrado valor de p estatisticamente significativo (0,087). Quanto à comparação entre a presença de lesões e as covariáveis ​​faixa etária, etnia, escolaridade, consumo de álcool e intervalo de tempo desde a última visita ao dentista, foram encontrados valores de p próximos ao valor de p estatisticamente significativo, o que talvez pudesse ser alterado aumentando o número de mulheres grávidas na amostra. Em relação à covariável uso de fio dental, o valor p de 0,024 é estatisticamente significativo, ou seja, existe relação entre o uso de fio dental e a presença ou ausência de lesões bucais nas gestantes desta amostra.

Quanto à presença de dano, 38,2% das gestantes apresentaram algum tipo de dano bucal e a gengivite foi a mais prevalente de todas com 30,4% dos casos. Mulheres que estão no 1º e 2º trimestre de gravidez apresentam menor incidência de lesões orais do que aquelas que estão no 3º trimestre de gravidez. Apenas o uso do fio dental atuou como fator de proteção para a presença de lesões bucais.

TABELA 8- Análise estratificada da associação entre trimestre  gestacional  e  presença  ou  ausência  de  lesão  bucal  em  gestantes atendidas no PSF, Feira de Santana, 2007
TABELA 8- Análise estratificada da associação entre trimestre gestacional e presença ou ausência de lesão bucal em gestantes atendidas no PSF, Feira de Santana, 2007

Imagem

Figura 1  Mapa de Feira de Santana subdividida em subdistritos (Fonte: IBGE, 2000)
Figura 2  Modelo de Predição
TABELA  1-  Distribuição  das  características  sociodemográficas  das  gestantes atendidas no PSF, Feira de Santana, 2007
TABELA 2- Distribuição das características relacionadas ao estilo de vida  das gestantes atendidas no PSF, Feira de Santana 2007
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Referências

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